Apocalipse Semideus escrita por Only Demigods, Jim Sea, esterjuli


Capítulo 9
Dimittry - A batalha em Miami Beach


Notas iniciais do capítulo

Woo woo, ALERTA DE CAPÍTULO. Ta ai pra vocês Semideuses!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/633943/chapter/9

Pov. Dimittry Swayze

Nós tínhamos acabado de zarpar em direção ao céu, o impulso foi tremendamente assustador, tenho certo incômodo com a altura, afinal nunca fiquei tão alto assim, o máximo que consegui alcançar foi em uma roda gigante no parque de diversão.

Carol era uma ótima condutora de Pégaso, apesar de nunca tê-la visto treinar, parecia fazer aquilo desde que nasceu. Fiquei mais tranquilo e me acostumei com a altura. Naquele momento acabei percebendo que acabávamos de sobrevoar Nova York.

— Nossa Carol – disse surpreso á ela – devia chama-lo de jato.

— É - disse ela rindo - ele é bem rápido.

Tossimos quando passamos por Nova Jersey, também fez Ílios ficar tonto, como eu sei que ele ficou tonto eu não sei, mas senti, disse á Carol e ela fez com que o Pégaso ganhasse mais altitude, para não desmaiarmos com fumaça no pulmão. E assim que passamos por Nova Jersey percebemos que era hora do almoço, como sabemos que era hora do almoço?? Meu estomago roncou tão alto que Ílios relinchou.

Voamos mais um pouco e chegamos à Washington D.C., descemos atrás de um Burger King para esconder Ílios, fomos até a frente e pedimos sanduíches com batatas fritas, também pedimos algumas cenouras para Ílios, a garçonete estranhou o porquê de dois adolescentes pedirem cenouras, mas nos deu. Comemos rápido, teríamos que chegar o mais breve possível em Miami Beach. E ali estávamos, de volta ao céu e todos de barriga cheia.

— O que você esta achando da missão Jim?? – perguntou Carol puxando assunto.

— Pra falar a verdade, acho que está sendo bem diferente do que me falaram – respondi – me disseram que iria ser perigoso, mas está sendo bem tranquilo, não que eu queira me arriscar á morte, mas algum monstrinho acho que faria bem.

— Não se preocupe – ela deu uma risadinha – assim que chegamos você vai achar algo pra detonar.

— Espero que sim - eu ri – contanto que eu não morra.

Rimos e a conversa acabou. Percebi que Ílios estava ficando cansado, havia voado a tarde toda. Então quando chegamos à cidade mais próxima pousamos, era Charleston, Carolina do Sul. Descemos no telhado de uma lanchonete, tinha uma família observando as estrelas da janela de um prédio próximo e nos viu, então demos umas cambalhotas e fingimos ser de algum circo e dissemos que as asas de Ílios eram só uma fantasia, eles nos aplaudiram, e nós rimos muito.

Descemos por uma escada lateral e entramos na lanchonete, havia um cara estranho loiro que usava moletom e correntes, suas feições lembravam um elfo, mas parecia um mafioso, em elfo mafioso.

— Olha só Carol – direcionei meu olhar a um cara estranho – que moço mais esquisito.

— Ui – disse ela – ele me dá arrepios.

 Compramos sanduíches de frango e refrigerantes, o dinheiro tinha acabado, então tínhamos que sobreviver com aquilo. Saímos da lanchonete, o rapaz estranho nos seguiu.

— Carol, aquele cara da lanchonete está atrás de nós.

— O que?!?! – disse Carol, atônita.

Adiantamos o passo, viramos em ruas e entramos em becos. Olhamos para trás, achamos que o tínhamos despistado, mas quando nos viramos...

— Onde pensam que vão?? – perguntou o homem estranho segurando nossas camisas.

— Nos solte – disse Carol e assobiou.

— Isso não vai salvar vocês – disse o rapaz e riu.

Instantes depois, estávamos no chão, todos os três, e tinha um casco na cara do elfo mafioso, corremos.

— Vocês ainda me encontrarão Semideuses tolos – disse o rapaz e desapareceu em fumaça verde.

— Obrigada garoto – disse Carol recuperando o folego – mas tenho cenouras dessa vez.

O Pégaso relinchou.

— Carol – falei - posso pilotar??

— Pode – disse ela com incerteza na voz – mas tome cuidado pra não nos matar ok.

Rimos e subimos nele.

— Como faz pra suBIIIIR – senti meu coração cair para o estômago com o impacto.

Ílios empinou e saltou para o céu, senti que morreríamos.

— JIIIIIM – Carol gritou.

— AAHHHH.

Ílios moveu-se para a esquerda e girou para a direita, mas enfim... estabilizou.

— Uffa – suspirei.

Após recuperarmos o fôlego, Carol me disse onde pousar, então direcionei Ílios até um campo aberto com apenas algumas vacas a distância.

— Aqui é ótimo pra passar a noite – disse Carol.

— Contanto que as vacas não nos ataquem – falei e nós rimos.

Pegamos as barracas da mochila e armamos, bem, Carol conseguiu armar, eu fiquei com a tenda na cabeça e um dos bastões entre o braço esquerdo e a perna direita. Como fiz aquilo eu não sei, mas Carol me desenrolou e ela armou a barraca pra mim.

— Me sinto tão inútil – falei

— Por quê?? – perguntou Carol

— Eu não consigo fazer nada direito.

— Você vai conseguir – disse Carol – só está preocupado com o destino da missão.

— Deve ser – respondi – acho que devemos dormir um pouco agora.

Ela concordou, Ílios se deitou próximo a barraca de Carol e assim fomos dormir. E então, eu sonhei novamente.

***

Dessa vez, eu estava no Acampamento, Quíron conversava com uma garota loira de cabelos cacheados e olhos estranhos, eram cor de tempestade, cinzas, beeem esquisitos.

— Como foi a missão, Annabeth?? – perguntou Quíron ao que parecia ser o nome da garota – sucesso?!

— Sucesso nas informações – disse ela – fracasso no que descobrimos.

— Pelos Deuses – disse Quíron – quais informações conseguiram??

— Você tinha razão – afirmou Annabeth – eles estão se fortalecendo.

— ELES?? – disse Quíron com espanto – como assim eles??

— Não é só Crio que está ganhando força, outros titãs também, e eles estão juntando forças com os gigantes.

— Os gigantes de novo não – lamentou-se Quíron – e junto com os titãs?! Estamos perdidos.

— Soube que ciclopes estão atacando, é verdade?! – perguntou Annabeth.

— Infelizmente sim – disse Quíron – e receio então que os gigantes fortalecidos o bastante, ataquem cidades.

— Verdade – concordou Annabeth.

Depois de alguns segundos pensando, Quíron disse.

— AS CIDADES!!! – recordou Quíron, atônito – tem semideuses indo pra uma cidade.

— O que?! – disse Annabeth surpresa – quem?!  Por quê??

— Semideuses novos, chegaram recentemente – disse Quíron – não queria que eles passassem pelo tumulto aqui no Acampamento, então os mandei para uma missão onde eles não encontrariam nada.

— Imagino que agora eles terão que se virarem sozinhos contra um gigante – disse Annabeth – Jason, Piper e Leo conseguiram derrotar o gigante que foi criado para destruir Atena e alguns nascidos da Terra, os dois devem conseguir derrotar pelo menos um gigante.

— É, acho que não devo me preocupar tanto – disse Quíron, já mais calmo.

***

— PAAIII – ouvi Carol dizer em algum lugar.

Sai da minha barraca e me deparei com Carol conversando com... uma vaca?! Ela devia ter pirado durante a noite, estava chamando uma vaca de pai.

— E aí, Jim – disse a vaca – Bom Dia.

— Olá Dona Vaca – disse arrepiado – Bom Dia.

Carol riu.

— Por que estamos falando com uma vaca?? – sussurrei para Carol.

— Não é uma vaca Jim – disse Carol rindo – na verdade, é uma vaca, mas...

A vaca brilhou em dourado, e de repente a luz saltou dela, pousou no chão e começou a tomar forma. A luz foi crescendo e crescendo, até ficar do tamanho de uma pessoa adulta, e ela se tornou um homem, loiro de cabelos curtos em um topete, regata branca e uma jaqueta dourada nos ombros, usava calça jeans, tênis e óculos escuros.

— Ufa – disse o homem sacodindo a cabeça – bem melhor, aquela forma de vaca já estava me incomodando.

— Apolo!! – disse boquiaberto.

— Sim Jim, sou eu – disse o Deus rindo.

Carol riu.

— Bem, não tenho muito tempo – disse Apolo – vou direto ao ponto. Sabem os sonhos que vocês estão tendo?!

— Sim – dissemos – alias eu tive mais um hoje – completei.

— Eu também – disse Carol.

— Enfim – interrompeu Apolo – esses sonhos são reais, o primeiro foi realmente uma visão do futuro, essa batalha vai acontecer, e o dessa noite foi uma mensagem, aquela conversa aconteceu ontem no Acampamento.

— Então Quíron nos mandou em direção a Miami Beach com a certeza de que nada estaria lá?! – Carol perguntou.

— Sim – respondeu Apolo – mas agora vocês tem um perigo real esperando vocês em Miami Beach, vocês precisam ir imediatamente.

Concordamos com a cabeça e fomos arrumar nossas coisas. Uma luz passou rapidamente pelo canto dos meus olhos e um calor veio até nós, quando olhamos para trás, o Deus havia sumido.

Acabamos de arrumar nossas coisas e montamos em Ílios, subimos ao céu, e fomos em direção à Miami Beach.

Passamos pela Geórgia tão rápido que só notei quando saímos dela. Cruzamos a divisa entre a Geórgia e a Flórida, e algo me dizia que estávamos perto do nosso destino...

— Jim – falou Carol – estou nervosa.

— Também – disse – mas nós já lutamos com monstros antes, bem uma vez, e já que somos Semideuses foi fácil.

— É – concordou Carol, suspirando – mas vai ter um momento que vou ter que lutar sozinha.

— O que?? Por quê?? – perguntei confuso.

— Esqueceu?! Vai ter um momento que você vai estar desacordado – recordou-me ela – e que você vai cair no mar.

— O QUE?? – disse atônito – esqueci dessa parte, vamos voltar.

— Jim, a gente precisa ir.

— Não, não... NÃÃÃÃÃO.

— Calma Jim, meu Pai falou que você não morre, aff, quanto exagero – Carol riu

— CALMA?! EU VOU CAIR DE VINTE METROS DE ALTURA, E VOCÊ QUER QUE EU FIQUE CALMO?! – disse desesperado.

Ílios relinchou, chegamos à Miami Beach.

Pousamos. Miami Beach era uma praia linda, água limpa e azul, areia branca, e estava... vazia, a praia estava completamente vazia, percebemos que haviam vários cartazes dizendo:

Praia fechada. Acontecimentos estranhos. Homicídios.

Ficamos mais nervosos, estávamos sozinhos naquele lugar deserto, apenas com a certeza de que um gigante nos atacaria. Andamos mais um pouco.

— Isso está calmo demais – disse Carol

— Podia continuar assim pra mim – falei

Carol deu uma risadinha leve e rápida, andamos mais e nada aconteceu. Mas então uma fumaça verde começou a tomar conta da praia, então nos viramos, e nos deparamos com ele, o elfo mafioso.

— Hahaha – ele riu com aquela voz diabólica – eu disse que nos reencontraríamos.

— Finalmente – disse – demorou viu!!

— JIM – Carol gritou comigo.

— Chegou a hora – o monstro riu mais alto.

Então, o monstro começou a crescer, e crescer, e crescer mais, ficando com vinte metros de altura, eu já estava ficando assustado. Ele atingiu sua verdadeira forma, não tinha tanta musculatura, ainda possuía os traços élficos e cabelo loiro, mas agora tinha mais ou menos vinte metros e suas pernas eram escamosas.

— Eu sou Hipólito – disse o gigante – o gigante criado para destruir Hermes!!

— Ah, então por isso os traços élficos – falei.

— JIIM – Carol gritou comigo de novo – concentre-se.

Carol balançou sua pulseira que brilhou e virou um arco dourado com detalhes de sol e apertou seu colar, que se transformou em uma aljava também dourada, e nela vinham flechas douradas, meus olhos estavam doendo com tanto dourado.

O monstro urrou, tinha uma flecha na sua coxa, sem perceber Carol havia começado o ataque. O gigante deu um passo, e estava do outro lado, ele era bem ágil, ele girou o braço e nós dois caímos, Carol atirou mais uma flecha, só que dessa vez atingiu o queixo dele. O monstro pegou uma cadeira de praia próxima e jogou em nós, não nos atingiu, mas no meu desespero, me choquei contra uma rocha, me fazendo desmaiar...

Quando acordei, estava debaixo d’água, havia sobrevivido à queda, estava deitado numa pedra com recife repleto de corais ao redor, peixes nadavam por ali, eu estava ficando sem ar e meu ultimo suspiro saiu, quando achei que tudo iria acabar (de novo), percebi que estava respirando debaixo d’água, fiquei me perguntando como fiz aquilo. Então um tubarão lixa apareceu, fiquei morrendo de medo, mas quando achei que ele iria me devorar... ele deitou no meu colo, outra coisa estranha no meu dia nada normal.

Olhei para o lado e vi uma espada presa numa pedra, nadei até ela e a observei, ela era linda, sua lâmina brilhava nas bordas, parecia ser bronze celestial (Rick havia me explicado o que era bronze celestial) e seu centro de ferro comum, seu nome estava escrito no guarda mão: Vythós. Algo me dizia que significava Fundo do mar em grego, o que fazia sentido, já que era onde estava. Sua empunhadura era de couro marrom e no seu pomo tinha forma de um tridente.

Então me lembrei de que Carol estava lá em cima com um gigante, eu tinha que ajuda-la, agarrei o punho da espada e puxei com toda minha força, não imaginei que fosse sair tão fácil, então peguei a espada e nadei para a superfície, quando cheguei, Carol estava subindo em Ílios.

— Você ia me deixar?! – perguntei sorrindo

— Jiim – gritou Carol já saltando do Pégaso e vindo me dar um abraço – você está vivo!!

— Graças aos Deuses – suspirei.

— Como você sobreviveu?? – perguntou ela.

— Não faço a mínima ideia, só sei que até acariciar um tubarão eu fiz lá em baixo.

— Uau, o que você tem ai?!

— Achei lá também – mostrei Vythós a ela – mas conte-me, onde está o monstro?!

— Depois de te jogar no mar, eu comecei a saraivada de flechas – contou-me ela – eu o atingi no olho direito doze vezes, até que ele se desfez em pó dourado.

— Olha só uma guerreira – disse – parabéns.

— Obrigada, mas agora temos que falar com Quíron que obtivemos sucesso.

— Como faremos isso?! – perguntei

— Apenas olhe!!

Carol abriu sua mochila e pegou uma garrafinha que espicha água, apontou contra o sol e apertou, formando um arco íris, ela pegou um dracma (Rick também me explicou o que era um dracma) e disse.

— Íris ó Deusa do Arco Íris, por favor, receba nossa oferenda e nos mostre Quíron – então ela jogou o dracma contra o arco íris.

Então o arco íris se transformou em uma nuvem de fumaça, que foi mudando de forma, até nos mostrar Quíron.

— Nossa, quando você aprendeu isso – perguntei.

— Hoje cedo antes de você acordar – disse ela – meu pai me ensinou.

— Olá crianças – disse Quíron, ele estava junto com os campistas, era hora do almoço – graças aos Deuses vocês estão bem.

— É – disse Carol.

— Voltem para o Acampamento de imediato – disse Quíron – precisamos de vocês.

— Certo – concordamos.

Mas antes que a mensagem se dissipasse, todos (todos mesmo) ficaram olhando pra mim.

— Não – disse Quíron – não é possível.

— Jim – disse Carol – sua cabeça.

— Ahn?? – perguntei – o que tem na minha...

Quando olhei pra cima pude ver, havia uma holografia verde-mar em forma de tridente flutuando em cima da minha cabeça.

— Salve Dimittry Swayze – Quíron ajoelhou-se – Filho de Poseidon, Deus dos Mares.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham adorado, porque deu um certo trabalhinho. Nos incentivem a escrever mais capitulos com seus comentários ;)
Bye Bye