A Revolta De Dormin escrita por heercules


Capítulo 2
As Espadas Anciãs


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
:)



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Sinto todo meu corpo pesar, não consigo me mexer e a dor em minha cabeça se torna algo insuportável. Sinto o veneno se espalhando por todo meu corpo e percorrendo minhas veias. É quase como se pequenos pedaços de vidro estivessem dentro de mim.
Minha visão está escurecendo cada vez mais e sei que minha hora chegou, daqui a poucos momentos vou morrer. E antes de desmaiar por completo tenho a lembrança do rosto dela.
...
Acordo ofegante, já levantando da cama. Um guerreiro do meu lado rapidamente me acalma e me força a deitar.
– O que aconteceu?! Pergunto quase que desesperadamente.
– Calma, está tudo bem, mas você precisa descansar.
– E você precisa responder minha pergunta guerreiro.
– Ele está bem, já voltou sua arrogância. Ouço uma voz do outro lado da tenda Daqui a pouco já volta para a batalha não é Capitão?
– Olha como fala com seu Capitão Mina.
– É ele está bem Concorda o guerreiro ao meu lado Mas precisa descansar Capitão.
– Agora você é médico Johan? Não sabia disto.
– Não sou médico, mas sei que o veneno na teia daquela maldita aranha pode derrubar até outros colossos.
– Isto é verdade Concordo Onde estão os outros?
– Quer dizer o que sobrou? Retruca Mina A maioria mortos, só sobraram nós aqui e os gêmeos que foram atrás de algum suprimento.
– Por quantos dias eu dormi?
– Mais ou menos três e meio Diz Mina.
– Pensamos que você estava em coma Completa Johan Mas vimos os sinais e resistimos, amanhã cedo voltaremos para o acampamento dos xamãs.
– Aproveitaremos o fim da noite e o começo dia para nos guiarmos e partiremos o mais rápido possível, então é melhor descansar pois eu não irei carregar você de novo Diz Mina.
– Ta, vamos por partes. Primeiro, o que aconteceu depois que eu desmaiei? Pergunto.
Mina se senta ao meu lado e diz:
– Eu e os gêmeos corremos para te ajudar. A maldita da arranha iria te matar se Johan não a tivesse distraído. Pegamos seu corpo e corremos de volta ao acampamento. Deixamos todos lá para continuar lutando com aquela criatura. Mas quando voltamos não havia sobrado ninguém além de Johan.
– Como você fez para sobreviver Johan?
– Quando vi o colosso matando o último homem de pé além de mim, me joguei em meio ao sangue e coloquei um corpo morto sobre o meu. Lembrei que os colossos não sentem cheiro ou sinais vitais. Assim ele simplesmente foi embora.
– Bem nojento isto Digo.
– Era isso ou morrer junto Ele responde.
– Bom, tudo bem, só vocês escaparam e voltaram para o acampamento, já entendi. E o que tem haver estes sinais?
– Sinais de fumaça Diz Mina Vimos sinais de fumaça enviados pelo lorde xamã ontem. Sinais que diziam para que todos retornassem para o acampamento central. No começo achei arriscado e meio imprudente mandar estes sinais em meio a terra infestada com os colossos lacaios de Dormin. Mas depois pensei bem e vi que não temos nenhuma chance se ficarmos aqui acampados.
– É realmente não temos, e a qualquer hora podemos sofrer um ataque.
– Por isso vamos voltar e conseguir mais guerreiros para nos ajudar Diz Johan.
– Não, o lorde xamã não irá nos dar mais guerreiros. Principalmente depois deste massacre. Mas há uma coisa que me intriga. Se você está mesmo certa Mina, porque o lorde xamã mandaria todos os grupos voltarem? Há algo de muito estranho nisso.
– Bom só saberemos o motivo amanhã quando chegarmos. Então eu vou dormir um pouco pois temos que poupar energias hoje Disse Mina deitando-se em uma cama improvisada no chão.
– Está certo Mina. Vamos dormir, amanhã descobriremos isto. Você deveria dormir também Johan.
– Estou bem Capitão, vou ficar de vigia até os gêmeos voltarem.
– Certo, faça isso Digo a ele, me viro para o lado e caio em um sono profundo quase que instantaneamente.
...
Quando acordo todos já estão preparados. Apenas me levanto, junto minhas coisas e partimos. A caminhada até o acampamento central não é muito extensa, dura pouco mais de uma hora. O problema é que com a guerra acontecendo devemos tomar muito cuidado. Os colossos vagam por aí a mando de Dormin, e podemos encontrar com um deles a qualquer momento. E com apenas cinco pessoas num grupo com certeza morreríamos.
Caminhamos sempre perto de matas altas e árvores evitando a chance de sermos vistos. Assim é o percurso todo.
Já estou bem melhor do ataque do colosso, e creio que todo o veneno se dissipou, mas continuo sentindo algumas dores localizadas na cabeça e no tórax. É algo realmente incomodo, mas não posso parar e colocar a vida dos meus companheiros em risco por causa de algumas dores idiotas que logo vão sumir.
Vemos enfim o acampamento central escondido no meio de uma curta floresta. E finalmente me sinto um pouco mais aliviado, sei que estamos seguros por um tempo.
Assim que chegamos alguém se aproxima e diz:
– Capitão, o senhor é esperado na tenda do lorde xamã.
– Tudo bem, vou só deixar minhas coisas na barraca e... Então sou interrompido pelo homem.
– O senhor é requisitado imediatamente Capitão! Todos os Senhores da Guerra já estão reunidos e te esperam.
– Tudo bem Digo revirando os olhos, sei o que me espera Johan, por favor leve minhas coisas para a tenda.
– Sim senhor Ele responde.
Saio caminhando na direção da tenda do lorde xamã, uma tenda que fica o mais norte possível sendo a maior e de mais difícil acesso do acampamento.
Quando adentro a tenda vejo uma mesa com quatro pessoas sentadas e o lorde xamã de pé.
– Até que enfim você chegou, estamos esperando por você a um dia inteiro!
– Tive alguns problemas Damien.
– Como imprudência? O lorde xamã diz.
– Não entendi a pergunta Milorde Respondo.
– Não seja tolo Capitão, eu sei o que aconteceu na batalha.
– Me desculpe Milorde, mas não me lembrava que o senhor tinha clarividência Digo irônico.
– Tenha mais respeito Capitão! Ele responde bravo A sua imprudência causou a morte de muitos homens, o maior grupo que tínhamos agora foi reduzido a quatro guerreiros e seu Capitão!
– Sim, eu sei, e sinto o peso da morte daqueles homens em minhas costas Lhe digo.
– Pois bem, espero que isto lhe sirva de lição, pois agora não terá mais nenhum guerreiro para seu grupo. Se quiser continuar neste conselho terá de ser com os homens que lhe restam.
– Estou de acordo.
– Sendo assim, continuemos Diz o lorde xamã Convoquei vocês por uma razão. Nós xamãs, achamos as armas que colocarão um fim nessa batalha.
– E qual seria? Um dos Senhores da Guerra pergunta.
O lorde xamã caminha e faz um gesto para um dos xamãs vir até ele e diz:
– Traga aqui, vou entrega-as agora.
O xamã concorda e sai da tenda. Depois de alguns minutos o xamã volta com dois homens, estes segurando um baú grande e que parecia pesado. O xamã lhes diz para colocá-lo na mesa e depois para saírem, em seguida ele também sai.
O lorde xamã nos olha e diz:
– Bravos e destemidos guerreiros e Senhores da Guerra. O que vou lhes dar agora é uma relíquia muito antiga e valiosa. Só de poderem tocar nestes artefatos já devem se sentir honrados pelo resto de sua vida.
Então ele cuidadosamente passa a mão em cima do baú e sua tranca soltou um brilho branco. Então a tampa do baú se levanta exibindo seis espadas.
– Estas são as armas? Diz Damien desdenhoso.
– Não fale neste tom cavaleiro Retruca o lorde xamã Estas são as espadas anciãs, e nelas está contido todo o poder da luz. Elas são as únicas armas no planeta que podem matar os colossos e por final, matar Dormin O lorde xamã então distribui uma para cada senhor da guerra e pega a última para si.
– E como matamos os colossos com estas espadas? Pergunto.
– Quando estiverem em batalha, vocês devem localizar os selos de poder dos colossos. Cada um dele tem dois selos, e estes selo são a concentração de toda a magia negra presente em seus corpos. Finquem a espada nos selos e o colosso cairá.
– Como o senhor descobriu tudo isto Milorde? Damien pergunta.
– A magia e seus praticantes não devem ser entendidos por mortais senhor da guerra, o que temos aqui é apenas um conselho para vencer esta guerra. Por isso já estão liberados, partam o quanto antes.
– Sim Milorde Os cinco Senhores da Guerra dizem em um som uníssono.
Me levanto e saiu da tenda. Damien vem logo atrás de mim.
– Não quero nem pensar o quão furiosos o lorde xamã ficará quando descobrir que além de morrer você deixou a preciosa espada dele nas mãos de Dormin.
– Isto não acontecerá.
– Tem certeza? Esperamos um dia inteiro por você, e quando você chegou seu grupo de cinquenta homens havia sido reduzido a cinco. Você irá falhar, é só uma questão de tempo. Irá fazer como fez com sua mulher.
– Desgraçado! Grito e lhe dou um murro no queixo, ele cai desmaiado Nunca use essa sua língua imunda para falar dela! Grito de novo, só que desta vez com o corpo de Damien no chão descordado.
Os gêmeos que estavam por perto chegam e me seguram, pois sabem que minha vontade era matar Damien. Eles me levam até a nossa tenda.
– Obrigado por aparecerem, se vocês não estivessem lá provavelmente teria enfiado esta espada no coração daquele merdinha Digo quando mais calmo.
– Por nada Capitão! Os dois respondem juntos.
– A propósito, que espada é esta? Um deles pergunta.
– É, talvez, a nossa salvação. Avise os outros dois que amanhã sairemos na caça daquela aranha maldita.


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Notas finais do capítulo

Por favor deixem comentários e sugestões.
Muito obrigado por lerem.
:)



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