We're Going Back Home escrita por Leigh Bliss


Capítulo 3
The 3 Places Of The Heart


Notas iniciais do capítulo

-Hey! To com vários capítulos prontos,mas em compensação as minha provas vai chegar como um dinossauro de ressaca.
—Esse capítulo? Em homenagem a Srta. Evergood (acho que escrevi seu nome certo Lety...)
—Pode começar a ler ta? Não fique ouvindo ninjas besteiras.
Songs: People Help The People-Birdy (não tem nada aver com a letra,Okay?)



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Eh.
Eu estou morta.
Foi o que eu pensei quando acordei no meio de uma floresta muito bonita,mas do tipo que eu nunca viria no lugar onde morava. Por que eu sou sim,brasileira. Na verdade,eu sou carioca.
Sim. Vinte graus? Inverno rigoroso.
Sim. Chinelo no shopping? Com certeza.
Sim. Eu falo "Mermo" e puxo o "S".
Mas o lugar para onde fui não existe nacionalidade. Ninguém eh alemão,nem africano,nem japonês.
Nós fomos alemães,africanos e japoneses.
Esqueça do que aconteceu. Eh isso que nos ensinam,eh o que querem que façamos.
Mas não eh assim tão fácil,eu garanto.
Quando eu me levantei,não vestia mais meu pijama. Era uma camisola branca e simples,que ia até os pés e mangas até os pulsos. Legal. Fui estuprada e largada numa floresta com roupas que nunca vi na vida.
Pelo menos,foi o que pensei.
Mas não me lembrava de ser estuprada. Nem lembrava quem era. Agora,pensando bem,eu devia ter entrado em pânico. Perdida,sozinha e sem memória. Mas na hora tudo pareceu muito natural.

Eu resolvi andar. Ficar parada ali no escuro não seria legal. Continuei por algum tempo,e logo dei de cara com uma porta dourada,com uma lua crescente prateada,incrustada de diamantes. Ou o que eu pensei que fossem diamantes.
–Bem...Isso foi fácil. Conveniente.
Mas a porta estava simplesmente parada lá. Não que portas fiquem se mexendo,mas aquela não estava conectada a nada. Então,fiz o que os humanos muitas vezes fazem,quando encontram portas.
Eu a abri. E vi uma outra floresta,dessa vez durante o dia. Completamente branca,coberta de neve. Os flocos ainda caiam delicadamente,e escolhi atravessar,sem nem pensar no assunto. Quando passei,a porta se fechou,e deixou de existir,ou ficou invisível. Eu não me importei muito na verdade. Eu estava meio chocada com tudo. Eu percebi que eu pareceria muito com a branca de neve naquele lugar,se tivesse o vestido certo.
Avancei pela neve,e fiquei frustrada.
–Esse vestido! Não paro de tropeçar.
Uau. Muito conveniente,de novo.
Sim,eu ganhei o vestido que tinha desejado. Maravilha,eu estava muito morta. Subi o vestido que era branco também. Começava mais justo em cima,e se abria um pouco antes da cintura. só pra experimentar,desejei que meu cabelo estivesse penteado.
E,sim,como você já deve ter deduzido,ele se auto-penteou e se prendeu em um coque. Meus cabelos eram negros,muito escuros. Quando morri,eles batiam no meio das costas,mais ou menos,mas só por que eu tinha preguiça de cortar. Meus cabelos são cacheadamente incontroláveis,então...sim,aquilo seria útil.
Eu estava descalça e o vestido tinha mangas que iam apenas até o cotovelo,então eu devia estar meio que morrendo de frio,mas eu não sentia nada. Só estava confusa,claro. Mas eu não sou boba. Pelo menos acho que não. Eu não vou fazer como nos livros. Eu conheci um lugar mágico,vou aproveitar e não vou tentar descobrir nada,nem voltar pra casa tão cedo.
Quer dizer,como a Alice deixou o País das Maravilhas? Como Dorothy pode deixar Oz? Todas ela queriam achar uma coisa.
O caminho de volta para casa.
–Esse eh o problema. Eu não nego casa. Como vou voltar pra ela,se não a tenho? Eh mais fácil eu tentar achar uma nova. Mas aqui só tem neve. Neve...? AH MEU DEUS!
Ta bem. Eu queria esconder isso. Mas...talvez não. Eu pirei,sim. Me joguei na neve e rolei. Dei risadas e chorei de felicidade.
Olha,eu nunca tinha visto neve,Ta? Você faria o mesmo.
Então apenas parei de agir como humanos e resolvia agir como eu agiria.
Desejei uma porta que me levasse pra qualquer outro lugar.
A porta apareceu como esperado,prateada. Eu abri a maçaneta também prateada e atravessei,pensando em como eu queria um pouco mais de cor. Minha vida toda foi cinzenta. Agora eu teria que ver apenas aquele branco ofuscante?
Bem,meus desejos foram atendidos.
⭐️⭐️⭐️Lugar -2-⭐️⭐️⭐️
Eu parei de cara na areia,por que eu custumo cair muito. Depois de me levantar e sacudir a areia do vestido,observei o lugar.
–Ah. Maravilhoso. Uma praia. Será que eu arranjo uns shorts e chinelos...?
Fiquei conversando comigo mesma,coisa que eu faço muito quando estou sozinha. Em contraste com o lugar cheio de neve,a ilha em que eu estava agora era cheia de cores em todo o lugar.
Haviam bichos que eu nunca veria enquanto viva na água. Eram a coisa mais fofa e esquisita que eu podia ver,e eu queria entrar na água com eles. Por que sim. Mas eu estava de vestido,ainda. Então levantei-o da melhor forma possível e coloquei apenas os pés e os calcanhares na água. Fiquei pensando em como queria que meus olhos fossem daquela cor. Azuis,e não castanho-escuros. As criaturinhas nadavam pelos meus pés,e faziam cócegas. Dei risada e sai. Andei um pouco,tentando achar algum lugar pra trocar de roupa,e pensei em desejar de novo.
Foi o que eu fiz,e funcionou. Estava agora com um vestido (Branco como o primeiro,mais curto,acabando pouco depois dos joelhos,com detalhes em renda também brancas.)
Ta bem. Eu estou aqui,posso pedir o que quiser. Eu muito poder para uma pessoa só. Mas já sei o que vou pedir.
Assim que fiz meu pedido (que deu certo) abri o pote de Nutella que desejei. Agora,sim,posso pensar direito. Deixei o pote de lado e fui nadar um pouco,o que foi incrível. As criaturas eram muito fofas,se eh que posso dizer isso. Se não eram pré-históricas,eram do futuro. Ou talvez fossem imaginárias.
Quando sai,estava encharcada,o que me deixou muito frustrada. Claro que geralmente quando saímos da água ficamos molhados,mas tudo aqui era tão impossível que comecei a esperar as coisas mais malucas.
–Talvez-Uma ponta de esperança na minha fala,se não notou-Eu esteja no País das Maravilhas.
Mas não me lembrava de praias no país das maravilhas. Aquela poderia ser a Lagoa de Lágrimas de Alice,mas não sabia de praia nenhuma.
Eh,então eu morri.
Foi quando comecei a pensar.
Ah meu Deus. Eu morri? Mas eu tenho prova semana que vem! E o meu cachorro? Ah meu Deus,meia livros! Pobrezinhos,o que aqueles selvagens vão fazer com eles? Quem vai dar comida aos meus pássaros? Deus...E agora? Será que eu vou pro inferno? Agora vou descobrir a verdade. Será que eu vou conhecer Deus? Finalmente. Até que enfim minha hora chegou. Droga. Morrer aos...Hã...Quantos anos eu tinha mesmo? Ai meu Deus,eu não tenho me sentido muito eu. Talvez eu nem seja mais eu. Ah,Deus,quem diabos sou eu? Eu não lembro meu nome. Acho que começava com R. Era. R,com certeza...
Ta bem. Sem pânico. Aparentemente eu me lembro de tudo menos de mim mesma,estou nunca lugar que não poderia existir,não sei se morri e não me lembro do que aconteceu ou como cheguei aqui,e até onde sei ninguém sabe onde estou. Mas,sem pânico!
–Eu posso...Posso desejar alguma porta. Para ir embora daqui. Eh! Obviamente. Eu vou tentar,melhor tentar logo. Né? Eh. Deve ser.
Porque,sim,eu gosto de conversar comigo mesma. Em voz alta. Até alguém me mandar calar a boca.
Desejei a porta,e ela apareceu sem problemas. Atravessei-a,mas não fui parar em casa. Estava descalça como sempre,com um vestido de cetim e avental branco. Meus cabelos estavam presos por um laço (que daria trabalho se tivesse sido feito por mim.) e a minha frente havia um pavilhão de chá. Ah,ótimo. Talvez eles tenham livros. Corri até o pavilhão,pensando no que encontraria,e,naturalmente,num pavilhão de chá eu encontrei chá.
Que eu bebi.
Sentei numa das belas cadeiras e fiquei só pensando,ficando quieta.
comecei a conversar comigo mesma,mas eu estava ficando tão cansada de ficar sozinha sem entender nada. Eu podia desejar alguém para conversar,mas decidi não fazer isso. Decidi ver no que daria.
E algo aconteceria,pode ter certeza.

Vamos ver no que vai dar.


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Notas finais do capítulo

-Tchau!
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