Beacon Falls: Parte 1 escrita por Bloody Unicorn


Capítulo 16
Elena




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–-- Quando vocês três foram para debaixo d’água, quando cruzaram da inconsciência para uma espécie de superconsciência, abriram uma porta em suas mentes. –-- Explica Dr. Deaton.

–-- Então, essa alucinações, sonhos ou o quer que sejam... o que significam? –-- Pergunta Dean. –-- Que a porta ainda tá aberta?

–-- Entreaberta, provavelmente. –-- Ele responde. –-- Eu avisei que seria arriscado.

–-- Então, o que nós fazemos? –-- Eu pergunto. –-- Como fechamos essa porta?

–-- A única coisa que eu sei é que ter uma abertura como essa em suas mentes... não é nada bom. –-- Todos nos olhamos. –-- Você precisam fechar essa porta, o mais rápido possível.

Lydia nos chama para ir até a casa dela, onde a encontramos com centenas de páginas impressas de uma pesquisa sobre bardo que Malia a entregou. Todos pegamos algumas partes e começamos a ler. Eu estrava concentrada nos papéis, –-- tentando não enlouquecer com tudo que estava lendo. O final era sempre o mesmo: a morte –-- quando ouço Dean.

Stiles estava tremendo e suando. Parecia não estar conseguindo respirar. Ele vai correndo até o quintal e nós o seguimos, ele se apoia na parede e fica repetindo para si mesmo que aquilo é apenas um sonho.

–-- Stiles, olha pra mim. –-- Dean diz. –-- Como você faz para saber quando está sonhando e quando não está?

–-- Dedos. –-- Ele responde, com a voz fraca. –-- Nos sonhos temos dedos a mais.

–-- Então, olha pra mim e conta comigo. –-- Stiles o olha e Dean começa a contar seus dedos.

Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Seis. Sete. Oito. Nove. Dez.

–-- É real. –-- Dean o afirma e Stiles senta no chão, agora, respirando mais calmamente.

–-- O que ta acontecendo comigo? –-- Ele pergunta.

–-- Você vai ficar bem. –-- Dean se agacha e coloca mão no ombro do irmão. Stiles não reluta.

–-- Eu vou? –-- Ele pergunta, incrédulo. –-- Você vai? Elena também? –-- Ninguém respondeu. –-- Não podemos fazer isso. Não podemos ajudar ninguém. Não conseguimos nem ajudar a nós mesmos.

–-- Podemos tentar. –-- Garante Dean, apertando o ombro de Stiles e o olhando. –-- Sempre podemos tentar.

Pela primeira vez, não vi ódio no olhar de Stiles. Ele consente e abaixa a cabeça. Acreditava mesmo no irmão. Se duvidar, aposto que vi uma ponta de conforto em seus olhos ao ouvir as palavras de Dean.

...

Sam ligou para Dean avisando que tinha um caso com vampiros na cidade vizinha e eu me ofereci para ir junto. Stiles ficaria com Lydia, Caroline e Deaton pesquisando e eu precisava me concentrar em outra coisa.

–-- Você ao menos sabe usar uma arma? –-- Pergunta Dean quando entramos no carro.

–-- Eu tenho meu próprio estoque. –-- Ele faz uma cara de incrédulo.

–-- Meus pais adotivos eram caçadores. Mais especificamente de vampiros. Eles pararam quando me adotaram mas viveram o suficiente para me ensinar umas coisinhas. –-- Eu digo confiante. Ele sorri e nós vamos ao encontro de Sam.

Depois que o pegamos vamos até minha casa para eles olharem o que eu tinha. Eu lhes mostro o porão e eles se surpreendem. Apenas eu e minha tia possuímos aquela chave. Jeremy ainda não sabia do histórico da família e minha tia achava que era apenas para caçar apenas animais. Ela só estava meio certa. Eu abro o armário de espadas, pego a minha favorita e os mostro.

–-- O nome é Zulfiqar. Era de um líder islâmico. –-- Eu explico, a manuseando. Fazia um tempo que não usava armas, sentia falta da sensação.

–-- “Aquela que divide exatamente em duas partes.” –-- Fala Sam.

–-- Exato. –-- Eu sorrio, orgulhosa.

–-- Parece boa para cortar a cabeça de um vampiro. –-- Diz Dean e nós rimos.

Eu a coloco em cima da mesa e vou até um pequeno freezer no fundo do porão e pego bolsas de sangue e seringas.

–-- Sangue de homem morto. –-- Eu explico e eles continuam com a expressão de surpresa. Eu gostava de ser superestimada, gostava de ver a cara dos outros enquanto eu provava que era muito mais do que eles pensavam.

Cada um pega uma seringa e começa a enche-la. Quando eu pego a minha e tento colocar o sangue dentro, minha mão começa a tremer e minha seringa cai no chão.

–-- Você ta bem? –-- Pergunta Dean.

Eu respondo que sim e me abaixo para pegar. Quando me levanto, estou em um necrotério.

Haviam duas macas na minha frente e eu vou até elas. Eu sabia que ela uma alucinação mas não sabia como acordar. Quando retiro o lençol da primeira me deparo com minha mãe. Meus olhos começam a lacrimejar mas eu continuo dizendo para mim mesma que não é real. Eu vou até a segunda, esperando ver meu pai, mas quando retiro a proteção, vejo Stiles. Quando me viro para olhar novamente minha mãe, vejo Dean no lugar dela. Eu vou me afastando até sentir mãos me segurando por trás. A pessoa me empurra para frente e meu queixo bate na ponta da primeira maca. Eu caio no chão, sentindo o gosto do sangue escorrendo pela minha boca. Eu me viro e me vejo. Só que não era eu, eu sabia. Era Katherine. Ela tinha um buraco na testa, no lugar em que levou um tiro. Eu me levanto e vou me afastando enquanto ela se aproxima, eu precisava acordar mas não conseguia.

Eu pego uma faca que estava em uma bandeja perto de mim e vou me aproximando de minha cópia. Então eu tento um soco e sou bem sucedida, ela cambaleia e eu aproveito para chutá-la, fazendo ela cair, aproveito para subir por cima e colocar a faca em sua garganta. Mas assim que faço isso, Katherine vira Dean e eu sei que acordei. Ele pressionava a mão contra faca em seu pescoço e eu a retiro imediatamente assim que percebo o que estava prestes a fazer.

A mão de Dean estava sangrando, onde ele havia tocado na faca. Eu me afasto e os dois me olham.

–-- Eu não sabia o que estava fazendo. Me desculpa. –-- Eu me viro e Dean se aproxima.

–-- Não se preocupe. –-- Ele garante, pouco convencido. –-- Não é como se você fosse conseguir me matar então... –-- Ele ri mas eu não acho graça.

–-- Como vou ajudar alguém assim? –-- Eu pergunto e ele segura minha mão. Chegando perto o suficiente para eu sentir sua respiração em meu cabelo.

–-- Elena. –-- Ele tira a seringa da minha mão, que ainda tremia. –-- Deixa eu te ajudar. –-- Nos olhamos e então voltamos ao trabalho depois de eu fazer um curativo em sua mão cortada.


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