Beacon Falls: Parte 1 escrita por Bloody Unicorn


Capítulo 15
Stiles




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Eu ligo para Elena assim que chego em casa mas ela não atende. Penso em ligar para Lydia, contar o que aconteceu mas já era tarde. Eu contaria amanhã.

Meu pai me da boa-noite e eu entro em meu quarto. Me jogo na cama, estava muito cansado e confuso. Eu tento dormir mas tudo que aconteceu nos últimos quatro dias começa a passar pela minha cabeça. Eu ouço um barulho na porta e me sento para ver o que é. Era Elena. Eu sorrio por dentro e por fora ao vê-la. Ela me pergunta se pode entrar e eu consinto. Ela se deita a meu lado e ficamos olhando um pro outro. Eu a amava. Eu sabia disso, mas aquele sentimento que tive desde a terceira série, por Lydia, ainda estava comigo.

Quando comecei a namorar Elena, foi como se esse sentimento tivesse sido deixado de lado. Como um brinquedo velho que você cansou de brincar mas não tem coragem de jogar fora. Mas quando Lydia me beijou... foi como se aquele brinquedo fosse meu bem mais precioso e eu não conseguisse larga-lo agora nem se quisesse.

Ela me beija e eu fecho os olhos. Quando os abro, ao invés de Elena, vejo Lydia. Me levanto num susto.

–-- Isso é bem errado, maninho. –-- Eu olho para a direção em que a voz veio e vejo Dean, sentado em minha escrivaninha comendo o hambúrguer que a gente sempre pedia quando eu era criança.

–-- O que você... eu não... –-- Aquilo era muito estranho. Lydia se senta na beirada da cama e me olha.

–-- Você só precisa dormir. Vem. –-- Ela me chama de volta pra cama mas eu não me mecho. Então a porta do meu armário se abre, fazendo barulho e eu me viro.

–-- Se eu fosse você, eu não entraria ai não. –-- Diz Dean com a boca cheia. Ele sempre fazia isso e peguei o mesmo costume.

Um vento saiu da porta e eu fui indo em direção a ela. Lydia começou a me implorar para não entrar mas eu fui e quando entrei, estava na floresta. No Nemeton. Estava ventando forte de mais e um barulho de chiado começou a estourar meus ouvidos. Eu sabia que era um sonho. Eu tento acordar, me bato mas nada acontece. Quando sinto que minha cabeça vai explodir. Eu acordo e estou no meio da aula de recuperação.

O professor me da uma bronca mas eu tento ignorar. Quando a aula acaba eu ligo para Scott e ele me encontra no pátio. Eu conto sobre o sonho e ele apenas consente.

–-- Só uma pergunta... –-- Ele começa. –-- Como você sabe que isso é real? –-- Eu o olho e ele começa a girar e então eu sinto as mãos de meu pai me segurando enquanto me rebato e grito. Ele tenta me acalmar e depois ade alguns minutos, consegue. Eu ainda estava em meu quarto. Agora era real. Eu conto o que aconteceu para meu pai, tirando a parte de Lydia e Elena, e nós decidimos ir até o Dr. Deaton de manhã.

...

Eu não consegui dormir então quando o sol começou a aparecer fui direto para a escola, que ainda estava fechada. Eu fico esperando. Depois de um tempo, outro carro estaciona duas vagas à direita. Elena sai do carro e me vê. Eu vou ao encontro dela. Eu não conseguia lembrar se ela estava sendo tutora de alguém, por estar na escola nesse horário, já que ela já tinha passado.

–-- Ainda não pegou seu carro? –-- Eu pergunto. O que ela estava era da tia.

–-- Eu vou pegar hoje a tarde. –-- Ela olha para baixo, mexendo nas chaves. Ela estava com olheiras e parecia cansada.

–-- Você ta bem? –-- Eu pergunto e ela respira fundo.

–-- Claro.

–-- Não, você não ta. Também ta tendo os pesadelos? –-- Ela parecia surpresa.

–-- Como você sabe? –-- Ela pergunta.

–-- Porque está acontecendo com vocês três. –-- Nos viramos e vemos Lydia, com Dean a seu lado.

...

Eu falto a aula e nós quatro, mais Scott e Sam, nos juntamos em uma das mesas no pátio do colégio para tentar descobrir o que estava acontecendo.

–-- O que acontece quando se tem uma experiência de quase morte e sai disso vendo coisas? –-- Pergunta Dean, que estava o meu lado.

–-- E é incapaz de dizer o que é real e o que não é? –-- Eu pergunto.

–-- Fica trancado porque é um sinal de loucura. –-- Fala Sam. Completamente inútil.

–-- Há! Você pode ao menos tentar ser útil, por favor? –-- Eu digo irritado e Dean revira os olhos quando nós começamos a discutir até que somos interrompidos.

–-- Oi! Desculpe, não pude deixar de ouvir o que vocês estavam falando. –-- Todos olhamos para a garota que estava em pé em nossa frente, eu a conhecia de algum lugar. –-- E acho que posso saber sobre o que vocês estão falando. Há uma palavra Tibetana para isso chamada “bardo”. Isso literalmente significa “estado intermediário”. O estado entre a morte e a vida.”

–-- E como chamam você? –-- Pergunta Lydia, um pouco desconfiada.

–-- Malia. –-- Eu respondo. Meu pai havia trabalho no caso da família dela. Todos morreram em um acidente mas ela foi adotada logo em seguida. Ela sorri para mim e todos me olham.

–-- Meu pai trabalhou em um caso envolvendo a família dela.

Lydia me ignora e começa a falar com Malia sobre bardo. Ela nos explicou que haviam diferentes estados progressivos onde se alucina, alguns você vê, outros você ouve. Também poderíamos receber divindades malignas e pacificas.

–-- Divindades malignas? –-- Pergunta Sam. –-- E o que são elas?

–-- Tipo, demônios. –-- Ela responde e Sam e Dean se entreolham.

–-- Demônios. –-- Eu digo. –-- Claro, porque não? –-- Estávamos ferrados.

–-- Espera. –-- Começa Elena. –-- Se há diferentes estados, qual é o último?

–-- Morte. Você morre. –-- Ela responde e todos nos olhamos e suspiramos.


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