Unbreakable Ice escrita por Lucy Lancaster


Capítulo 18
O Ancião


Notas iniciais do capítulo

DEPOIS TE MUITO, MUITO TEMPO: YOOO MINNA!!!!

Estou aqui com esse capítulo que escrevi há muito tempo, nem lembrava dele, e acho que vou voltar a ativa com essa fic. Não está muito grande, então vamos marcar como um "quebra hiatus" e ler!

Boa leitura.



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A poeira foi se abaixando até chegar a sua estaca zero. Na Fairy Tail todos estavam para baixo e com caras depressivas. Em destaque, estava Gray sentado em um banco isolado de toda a conversa alheia da guilda. Ao seu lado, e um pouco distante, estava Juvia. Ela confessou seus sentimentos para Gray e prometeu que eles partiriam, mas isso não aconteceria de uma hora para outra e, não significa que ela tenha que abandona-lo em momentos difíceis. Sentado em uma mesa isolada de todos, sentiu a presença da azulada. 

— Gray... – chegou entristecida e ele a notou — O que está sentindo? – poderia não ter sido uma boa pergunta, mas era uma tentativa de desabafo. 

— Talvez, eu não saiba o que estou sentindo – colocara as mãos sobre a testa em pose encurvada.  

— Você sabe, mas não quer contar. – colocou a mão sobre suas costas e acariciava — Queria que ela estivesse aqui. – o garoto arregalou os olhos por milésimos segundos, mas era a realidade. 

— Honestamente, queria. – a encarou — Mas fico feliz que tenha vindo até aqui, mesmo depois de tudo, e me dar apoio.  

— Juvia sabe que você não é tão frio quanto pensam. – se levantou com um sorriso no rosto. 

Ao vê-la partir em direção à Erza, Gajeel, Laxus, Mira, Natsu, Happy, Wendy, Charles e Lissana, o garoto pôde sentir sinceridade em sua vinda. Quando outra se aproximou: 

— Gray! – veio Lucy, trazendo uma animação diferente. 

— Lucy... – disse.  

— Sei como está, também é difícil para eu ter deixado Kawori lá, sozinha – sorriu forçado — Mas ela tem Renzo.  

O garoto se perguntava “Quem é Renzo?”. Mesmo não sendo irmão de sangue ou de qualquer coisa que Zeref possa ter sido, a possibilidade de ter um terceiro Dragneel os assusta com frequência. 

— Ele é um companheiro fiel lá, senti isso assim que cheguei e notei que ele e ela já haviam feito laços – pôde sentir certo ciúme, nada grave — E mais... – gaguejou a seguinte frase — Ele é ir-irmão do Na-Natsu. 

— O QUE?!  

Se os olhos pudessem saltar e depois serem colocados novamente... Os de Gray teriam ido para muito longe. Quem sabe chegariam até Kawori.  

— Descobrimos isso anteontem. Ficamos extremamente... Eu não sei explicar! Mas foi uma surpresa e tanto.  

— Natsu tem um irmão?! – o Salamander teve sua atenção desviados para os dois magos sentados lá atrás no banco.  

— Silêncio. – o calou com o dedo em sua boca, o que os deixaram sem graça — I-Isso não é de verdade. Na realidade, Zeref é irmão do Natsu e Renzo foi “adotado” por ele.  

— Lucy, você está delirando! – falou com os dedos no meio dos lábios. 

— Não estou! – tirou — É a verdade. Acredite. Natsu e Zeref são irmãos, Renzo é quase irmão e a Kawori, ela... – percebeu que falava demais. 

— Ela...?  

— Go-Gosta dele, mas ela não me disse nada! – adiantou — Eu vi com meus próprios olhos e espero estar errada. Acho que isso nos reconforta em saber que existe alguém que ela pode contar naquele lugar. Embora Korudo seja fiel a ela de qualquer forma. 

— É até bom saber disso, fico mais confortável. – a garota sorriu aliviada — Por que você prefere achar que está errada? - mas ela respondeu com um gesto negativo. 

Lucy pensava que o moreno pudesse estar interessado na pequena Kawori, porém, tem medo de tocar em um assunto que parece ser tão pessoal para ambos. O silêncio iria permanecer entre os dois caso nenhum deles estivessem dispostos a tocar em algum assunto que poderia ser... Indelicado para aquele momento de derrota que todos na guilda estavam tendo.  

— E a Juvia? – perguntou Lucy, de repente para tirar o silêncio. 

— E o Natsu? – perguntaram tudo em uníssono.  

Acabaram tendo que rir alto por aquela confusão de falas. E mais uma vez, Natsu teve sua atenção desviada para eles, mas dessa vez Lucy pôde ver seu olhar incomodado. Gray percebeu que a loira não iria respondê-lo se ela não levasse um cutuque. 

— Ela se sentiu a vontade para me dizer o que sentia. – Lucy avistou a Lockser. 

— E você disse o que sentia? - a loira o encarou sem responder. 

Deixou o silêncio no ar e voltou a pensar por si. Lucy achou melhor ficar quieta e se aconchegar no banco, colocando as mãos entre as pernas de forma fofa. O silêncio de Gray e da loira foi atrapalhado por um ser humano – nem tanto – que parecia incomodado com situação, era Natsu, que já os observava há alguns minutos. Quando percebeu a presença do rosado se aproximando, logo tirou o seu de cena e afastou-se dos dois. 

— O que está acontecendo aqui? – chegou o inconveniente ficando entre os outros dois. 

— Gray e eu estávamos conversando sobre a Juvia. - disse Lucy. 

— E...? - ele cruzou os braços. 

— A Juvia é louca por ele, baka! – deu um tapa na testa dele. 

— Ai! - massageou a testa para evitar a dor — Mas o que isso tem a ver? . 

— Ela disse o que sentia por ele, mas deixou o caminho livre para Kawori. – arrependeu-se por ter dito aquilo para o idiota do Natsu. 

— ENTÃO O GRAY GOSTA DA K... – estava quase gritando o obvio quando foi interrompido por uma mão em sua boca e uma cara de brava de frente à sua. 

— Isso é pessoal! Você é louco?! – disse Lucy, soltando-o — Não sei porque ainda conto esse tipo de coisa para você, não sabe prestar atenção em nada, não entende nada e deixa tudo passar desapercebido!  

Por algum motivo, Lucy corou de raiva e saiu correndo, batendo os pés no chão. Gray observou a cena e resolveu se aproximar do garoto, que estava – como sempre – sem entender nada. 

— Ela está certa. – o dragon slayer virou sua atenção ao devil slayer — Por mais que eu ache a Lucy atraente, todo mundo sabe a quem o coração dela pertence. 

— Não entendo. - disse Natsu fazendo bico. 

— VOCÊ NUNCA ENTENDE! – perdeu a paciência — Natsu, quem trouxe Lucy à guilda? – estava fazendo o garoto pensar — Quem está sempre com ela, protegendo-a, fazendo rir, invadindo a casa dela, e levando ela em aventuras, que é o que ela sempre quis?  

— Happy? – Gray quase surtou — Brincadeira, eu sei a resposta de todas essas questões.  

— Finalmente. Você sabe do que estou falando, não é? – embora não quisesse admitir, concordou com a cabeça — Lucy é sonhadora, você transformou a vida dela. Ela é uma pessoa ótima, divertida, bonita e você gosta dela assim. 

— E-Eu não sei de onde você tirou isso Gray. – certo, Natsu corou. 

— Isso é divertido. - o moreno gargalhou. 

— Divertido é ver sua cara de desespero quando eu chamar a Kawori e dizer que você recusou a Juvia por causa dela! – Natsu soltou diversas gargalhadas. 

— Nem pense! – ergueu o punho para acertar o companheiro, mas foi impedido por Erza: 

— Muito barulho para uma só conversa.  

Pararam tudo que estavam fazendo quando perceberam o sorriso malicioso que havia no rosto do monstro. Claro, que Gray era o sábio da situação e controlou sua língua para não zombar, mas Natsu não possuía a mesma inteligência. 

— Esse sorriso me assusta! - sentiu um calafrio por todo o corpo. 

— Então quer dizer que resolveram falar de sentimentos aqui, não é? – ignorou o Salamander sem pensar duas vezes — Mas por ver a Lucy correr cuspindo fogo daquele jeito, você não é muito bom nisso. – olhou de soslaio para Natsu. 

— Ela não cospe fogo. - disse brincando. 

— Natsu não tem jeito com as mulheres, Lucy fez certo em sair. – acrescentou Gray — É bom em tantas coisas, mas só tem cérebro para lutar. Ou ás vezes nem isso... – pensou bem. 

O garoto não opinou nada sobre si, mas resolveu cutucar a onça – Erza – que estava apenas sentada de braços cruzados. 

— Você e aquele cara, do cabelo azul e um negócio vermelho na cara... Não tem um negócio um pelo outro?  

Mas que linguagem absurda para se falar de amor. Esse é o Natsu. Sabe lutar, comer, comer fogo, fazer coisas sem pensar, agir por impulso, mas não sabe nada sobre amor. E por incrível que pareça, ela não teve sequer alguma reação agressiva, apenas começou a suar frio. 

— N-Nós somos grandes amigos. – congelou dos pés a cabeça — Desde crianças. – possuía dificuldades para falar. 

— Conta outra! – o rosado bateu em seu ombro — Você fica toda diferente quando está perto dele – Gray apenas aguardava pela hora em que o garoto levaria um tapa — Happy me contou sobre o beijo que ele te negou. – gargalhou e quase levou Gray junto. 

— Erza, não se sinta obrigada a responder. – disse Gray. 

— HAPPY!!! - gritou o Exceed. 

O grito arrepiou todos os pelos do exceed azul, que estava comendo seu peixe e caminhando atrás de Lucy pela cidade. 

Após correr de Natsu, ela não sabia onde ir. Queria dar um tempo, mas se fosse para casa ele certamente procuraria por lá logo de primeira. Resolveu que seria mais conveniente andar pela cidade até cansar os pés.  

Só não contava com a presença irritante de alguém pequenino e azul. 

... 

Em Karsland, Kawori e Renzo estavam tendo uma batalha muito acirrada em um jogo de Dama. 

Ela chorou por minutos em seu quarto quando perdeu todos seus amigos novamente, mas o garoto não iria deixar que ela ficasse lá por muito tempo. E Sherry – embora se incomodava com a presença – o ajudou a animar a garota. 

— Eu ganhei de novo! – comemorou a garota — Sou muito boa nisso ou você é muito ruim! 

— Tanto faz. – fez bico — É um jogo chato. 

Continuaram sérios em uma partida, até Kawori pensar demais e deixar que as dúvidas em sua cabeça se acumulem, tendo que colocar para fora de alguma maneira. 

— Renzo. – o chamou com receio de suas palavras — Você confia no seu irmão?  

— Uhum. – assentiu com a cabeça — Por que esse tipo de pergunta? 

O garoto sentiu uma presença na sala de jogos onde estavam.  

— Ele é nosso mestre, mas já alguma vez lhe provou lealdade?  

— Chotto matte. – aprofundou-se no cheiro — BINKAN! 

O garoto correu rapidamente até a porta e deixa a outra confusa. Pensando “quem?” e logo lhe viria a resposta de cabelos brancos e uma marca preta em cada olho. 

— Renzo-sama. – fez reverência — Kawori-sama. 

Sama?” pensou ela. 

— Perdoe-me o incomodo, mas esta é a única hora do dia que todos já deveriam estar na cama e eu terminado meu trabalho. 

Ele tinha razão, já era mais de meia noite. Embora não esquecera o rosto, não fazia ideia de quem era. Seu rosto familiar vem da reunião de hoje cedo. Provavelmente é o 'cara legal' bem inteligente que Renzo citara quando explicou onde aprendeu todas as coisas que sabe. 

— Sou Binkan e estudo tudo aquilo que me der por curioso. – sorriu — Sei tudo sobre você.  

— Novidade... só eu não sei nada sobre mim. – sentou-se decepcionada e cansada de sempre ser a última a saber sobre ela mesma e toda sua história mal contada. 

— Eu posso lhe ajudar, assim como ajudei todos e inclusive o pequeno Renzo. - o garoto sorriu para o mais velho — Prometo que sou um ancião muito bacana, pode contar comigo! - sorriu largo. 

— Então Kawori, esse é o cara que me ensinou tudo que sei. – o garoto apontou orgulhoso para o cara de cabelos grisalhos que permanecia reto e com orgulho de si. — Ele vai melhorar seus dias tediosos presa aqui nesse castelo chato.  


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Notas finais do capítulo

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO! Foi mais um capítulo para descontrair mesmo e logo menos teremos mais! Sinto-lhes dizer, mas já está chegando ao fim... É isso povo, até a próxima.
Beijucy.



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