Sob As Luzes de Paris escrita por Letícia Matias


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!! Tudo bem com vocês? Espero que sim :)
Aqui está mais um capítulo dessa história loooouca ushauhsuah
Espero que gostem ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/633534/chapter/38

 

As horas conversando na sala aquecida pela lareira, passam rápido demais. Anne , apesar de ter dormido, diz que está cansada e se despede de nós por volta das onze para ir dormir. Dou um abraço de boa noite nela e ela me da um beijo carinhoso no rosto, o que me faz sorrir. Ela faz o mesmo com Alexander e depois nos deixa a sós na sala. 

 

 

 

 

 

Vou para o sofá onde Alexander está sentado e sento-me ao seu lado. Ele passa o braço ao redor dos meus ombros e beija meu cabelo.
—Então, nós vamos para Monte Carlo ou passar o ano novo com sua amiga Mia? - olho para ele.
Alexander revira os olhos e tenta reprimir um sorriso.
—Vou deixar você escolher.
Sorrio.
—Vamos passar o ano novo com a sua amiga Mia.
—Sério? - ele pergunta sem acreditar, estreitando os olhos e sorrindo um pouco.
Dou risada.
—Claro que não.
Ele ri baixinho.
—Tudo bem, vamos pra Monte Carlo então. Mas, só se você não estiver passando mal.
— A gente tem que ir. Temos que passar o ano novo com a sua tia. Ela é um amor.
—Eu sei, amo ela.
Sorrio e sou um beijo em seu rosto. Alexander fecha os olhos e pousa a cabeça no encosto do sofá.
—Estou muito cansado também.
—Eu sei. Você não dormiu quase nada. Talvez seja melhor irmos deitar também.
Ele assente de olhos fechados mas não se mexe. Aproveito para analisar seu rosto lindo. Sua boca é uma distração maravilhosa, seus cílios grandes e pretos, seu nariz reto, seus traços são pesados e lindos. Não consigo me conter e beijo sua boca. Ele olha para mim e sorri.
—Vamos subir antes que você durma aqui e eu não tenha como te carregar. - falo levantando do sofá.
— Eu nem sou pesado assim.
—Claro que não. - revido os olhos. - Quem tinha que ser carregada aqui sou eu. Eu que estou grávida.
Alexander sorri enquanto se levanta do sofá. Como é estranho dizer isso em voz alta. - penso comigo mesma.
Enquanto ele desliga a televisão e a lareira a gás, vou para a escada. Antes que eu possa subir o primeiro degrau, sinto os braços de Alexander me pegarem no colo. Dou uma risadinha enquanto ele começa a subir os degraus me carregando.
—Eu estava brincando.
Ele sorri sem mostrar os dentes olhando nos meus olhos.
—Tudo bem, eu carrego você.
E é o que ele faz. Me carrega até o andar de cima. Abre a porta do quarto sem me colocar no chão e a fecha com o pé; me leva até a cama e eu me sento na beirada dela.
Alexander tira a calça jeans e a dobra colocando-a em cima da poltrona. Tira a camiseta também. Agora ele está só de cueca box branca. Nossa! Tenho que desviar os olhos. A beleza dele sempre me desarma. Ele se deita na cama e suspira. Eu bocejo e me deito ao se lado.
—Será que é normal sentir tanto sono assim? - pergunto com o rosto há poucos centímetros do seu.
—Você sente sono por dois agora.
Sorrio.
—É, deve ser isso mesmo.
E então, ele faz uma coisa que me desarma mais do que vê-lo de cueca. Alexander pousa a mão na minha barriga e olha para ela por um instante, enquanto olho para ele, extremamente surpresa. Tento disfarçar minha cara, mas aquilo me pegou totalmente desprevenida.
—Eu te amo. - falo e ele olha para mim.
— Eu também. - Alexander beija a ponta do meu nariz e eu me aproximo ainda mais dele.
Seus braços me envolvem e eu fecho os olhos. Tenho certeza que adormeço primeiro do que ele.
***
Quando acordo novamente, se passa das oito e meia da manhã, são quase nove. Está muito frio e a cama está vazia. Fico surpresa de como está frio, talvez Alexander tenha desligado o aquecedor, mesmo assim, não parece que ele desligaria com o frio que está.
Levanto-me da cama e abro minha mala ao lado dela. Pego uma calça jeans preta e a visto, visto também uma blusa de manga cumprida branca e um sobretudo vermelho. Coloco minha bota caramelo com alguns pelinhos brancos feita especialmente para andar na neve e vou para o banheiro. Escovo os meus dentes e jogo um pouco de água gelada no rosto. A água está congelante. Tem algo errado. Depois de pentear os cabelos,coloco uma touca de crochê da mesma cor que o sobretudo e então saio do quarto.
A porta do quarto de hóspedes está fechada, mas pelo horário, imagino que Anne já tenha ido embora,o que é uma pena,já que ela é um amor e eu gostaria de ter me despedido.

 

 

 

 

 

Desço as escadas e vejo que está tudo silencioso. A lareira não está acesa e nenhuma luz. Vou para a cozinha e vejo uma folha de papel em cima da mesa. Pego-a na mão e vejo a letra legível e fina de Alexander.
"Fui levar minha tia no aeroporto. Volto logo".
Foi o que imaginei. Coloco a folha no lugar em que ela estava e vejo que há massas de panquecas rm um prato coberto com uma tampa redonda. Que bom, menos trabalho para mim.
Pego o prato sentindo aquele cheiro maravilhoso de panqueca e sento-me na mesa para comer. Coloco alguns morangos, blueberries e açúcar de confeiteiro em cima. Procuro um pacote de gotas de chocolate no armário e acho. As despejo em cima da massa da panqueca que ainda está quente e as gotas derretem um pouco. Minha boca está até salivando. Corto um pedaço e levo até a boca suspirando. Está uma delícia e estamos mortos de fome. Eu e o... bebê. Olho para minha barriga enquanto mastigo e sem pensar, minha mão que não está segurando o garfo, pousa nela.
—Assim você vai eu fazer virar uma baleia. Vamos entrar em um acordo,certo?
É a segunda vez que falo com a minha barriga, tenho que parar com isso.
Como avidamente as panquecas até que não sobre mais nada no prato. Sinto que ainda posso comer algo e decido tomar uma xícara de café preto puro. Fico feliz de já ter café na cafeteira.
O café está escaldante, sai fumaça constantemente da xícara e eu eu decido ir para o lado de fora olhar a paisagem esbranquiçada. Com uma mão, abro a porta da cozinha e saio para o lado de fora. Minhas botas pisam na camada grossa e fofa de neve e eu fecho a porta de vidro para não correr risco de entrar neve dentro de casa. Começo a andar me afastando da porta. Nunca estive ali, nunca sai pro lado de fora da casa quando estive ali. Geralmente eu não saia nem do quarto. Era os fundos da casa. Era um terreno enorme, muito grande mesmo e ele estava coberto de neve. Metros a frente havia uma um pinheiro com flocos de neve grudados em suas folhas verdes escuras.
O vento era muito gelado, quase cortante e com a intensidade da nevasca eu tinha que semicerrar os olhos para poder enxergar direito. Não tinha muitas coisas ali, apenas vários pinheiros cobertos de neve e neve, muita neve.
Olhei para minha xícara de xafé escaldante e tomei um gole do líquido marrom escuro que queimou minha língua e me proporcionou calor por alguns segundos. Era uma boa casa para criar uma criança. Ela teria muito espaço para correr, brincar, fazer guerrinhas de bola de neve, bonecos de neve. E, no verão e nas outras estações, ele - ou ela- poderia correr, jogar bola, aproveitar o ar livre.
Mas eu tinha uma insegurança enorme á minha frente. Acho aue a ficha ainda não tinha caído. Ainda tinha muito com o que se preocupar. Como, por exemplo, meu futuro acadêmico. Estou tentando me livrar desse pensamento desde que descobri, mas não consigo. O que eu vou fazer?
As lágrimas parecem voltar com brutalidade e eu começo a chorar em silêncio. O que eu vou fazer? Não é que eu não esteja feliz, só estou assustada. Não acho que seja a hora e estou insegura. Mas como posso me abrir desse jeito com Alexander? Já falei para ele que estou feliz e só estou assustada, mas... É um sentimento muito forte e desesperador.
Respiro fundo tentando me acalmar. Não posso me desesperar. Ele vai chegar a qualquer momento.
***
Não sei o porquê,mas tenho um sentimento forte de que ela está chorando. Ela está longe o suficiente da porta, onde eu estou, então não posso ouvir se ela está chorando ou não. Espero que não. Se ela se virar e eu ver que ela estava chorando, meu coração vai se partir no meio.
Como se o universo lesse minha mente, Justice se vira com uma xícara na mão. Ela não me viu ainda, não olhou para cima. Mas posso ver que minhas suspeitas se concretizam. Seu nariz está vermelho, assim como o seu rosto. Sim, ela estava chorando.
Ela está infeliz. Sinto um aperto no coração enquanto aperto a caixinha de veludo azul escura que está em meu bolso. Minha tia tocar no assunto foi apenas um empurrão para que eunconcretizasse o plano que eu já tinha. Quando a vi vendo aquele programa bobo de bolos de casamento na noite passada, foi outro sinal.
Ela olha para mim e parece surpresa por um momento, um pouco constrangida porque sabe que está evidente que ela está chorando. Mas, prometo a mim mesmo que vou fingir que não percebi.
***
Meu coração se acelera e me sinto mal e desesperada. Sei que estou com cara de choro. Ele está parado com as mãos no bolso, usando uma jaqueta de couro preta, calça jeans e sapatos pretos. Espero realmente que ele não perceba que eu estava chorando. Para tentar disfarçar, abro meu melhor sorriso e ele sorri também. Bom, talvez não esteja tão na cara assim.








Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pessoal o que vocês acharam desse capítulo? Espero que vocês tenham gostado :)
Ah peço desculpas se teve um erro de digitação ou de português. É que eu escrevo no celular e depois me mando por e-mail para postar pelo computador kkkkk
Bom, espero que tenham gostado e encontro vocês no próximo capítulo!!
Amo vocês



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sob As Luzes de Paris" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.