Sob As Luzes de Paris escrita por Letícia Matias


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, tudo bem com vocês?
Aqui está um capítulo novo :)
Espero que gostem!!



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Comemos o nosso café da manha em silêncio. Enquanto eu terminava de comer minha porção de waffles, sentia os olhos de Alexander em mim.
Enfiei um último pedaço de waffle na boca e larguei o garfo dentro do prato. Enquanto eu mastigava, olhei para o lado de fora. A nevasca tinha aumentado muito mais. Os flocos de neve agora caiam freneticamente e grossos na rua. Era tão bonito, mas fazia eu me sentir um pouco deprimida, fazia-me lembrar dos momentos em que eu e meu irmão construíamos bonecos de neve junto de nossos pais, que na época não traiam um ao outro.
Suspirei e encarei o meu prato vazio.
– O que você tem? - ouvi Alexander perguntar.
Balancei a cabeça.
– Não é nada.
– Eu te conheço, Justice.
Olhei para ele e respirei fundo.
– Estou com saudade de Paris.
– Pode ser. Mas, não é isso que está te incomodando.
Balancei a cabeça.
– Não quero falar sobre isso.
– É seus pais, não é?
Sorri amareladamente para ele.
– Quando foi que você aprendeu a ler mentes?
Ele pousou o garfo e a faca em seu prato e disse:
– Eu sei te ler muito bem, mesmo. Então não tente esconder nada de mim.
Não respondi.
– Se você não quer conversar sobre isso, eu vou respeitar. Mas não quero ver você triste, ainda mais hoje.
Dei um sorriso murcho.
– O que fiz pra merecer você?
Ele deu de ombros.
– Boa pergunta.
Ri baixinho.
– Vamos? - ele perguntou se levantando.
Assenti levantando-me também. Alexander se dirigiu para o caixa e eu fiquei na porta olhando para o lado de fora. Vi um grupo de rapazes se aproximando. Eles pareciam ter a minha idade ou a idade de Alexander. Eram três. Eles entraram na cafeteria rindo de alguma coisa e então um deles, o último que entrou, olhou para mim.
Ele tinha cabelos castanhos arrepiados e desgrenhados, olhos acinzentados, era alto e muito bonito.
Ele sorriu e disse:
– Bom dia, preciosa.
Meus olhos se arregalaram um pouco, não me atrevi a olhar para Alexander.
– Bom dia. - gaguejei.
– Ei Jace, você tem que ver essa belezinha aqui. - ele falou mais alto para que um dos amigos, já sentado em uma mesa longe de nós, ouvisse. - Você não quer se juntar a nós? - ele perguntou para mim.
– Não, ela já está indo embora. - Alexander disse chegando perto de mim.
O cara olhou para Alexander, medindo-o de cima a baixo e depois olhou para mim.
– Acho que a preciosidade pode falar por ela mesma.
Senti o bafo de bebida alcoólica vindo do cara bonito.
Antes que eu pudesse falar alguma coisa, o cara falou:
– Vamos lá preciosa, só um café! Depois podíamos sair e nos divertir um pouquinho. - ele falou e deu um sorriso malicioso. - Essa sua boca gostosa deve fazer um trabalho ótimo no meu pau, não é?
No mesmo instante Alexander segurou a gola do suéter do cara e o empurrou contra a porta de vidro que estremeceu com a violência.
Assustada eu dei um passo para trás.
– Cala a boca, seu merda. Cala a boca ou eu acabo com você aqui mesmo.
O cara bêbado começou a rir e olhou para mim.
– Qual é cara, não faz isso não. Ele está bêbado. - um dos amigos dele chegou perto de Alexander. - Desculpe, nós não vamos mexer com a sua garota. Ele é um idiota.
– Alexander, vamos embora.
Alexander estava encarando o cara que ele estava segurando contra a porta. A tensão era palpável. Eu estava prendendo a respiração e só relaxei meus ombros quando Alexander soltou o cara e abriu a porta para mim.

Do lado de fora, o ar estava cortante. Estava muito frio e nevando muito.
– Você esta bem? - perguntei enquanto ele fechava a porta atrás de nós.
Ele respirou fundo.
– Não, estou com vontade de arrebentar a cara daquele bosta.
– Calma, Alexander. - falei enquanto olhava para ele.
Olhei suas mãos ao lado dos quadris que tremiam.
– Alexander, calma! - falei e me aproximei dele para pegar uma das suas mãos. Mas ele não deixou e se afastou de mim.
Fiquei pasma com aquela reação e paralisada vendo-o se afastar alguns passos de mim, dando-me as costas. O que diabos eu tinha feito?
Fiquei de braços cruzados esperando alguma reação dele. Depois de alguns segundos que pareceram horas, ele voltou para perto de mim.
– Vamos, vamos voltar para o hotel - ele falou e colocou uma das mãos nas minhas costas. Mas, ele estava tenso e irritado. Eu podia sentir de longe.
***
Durante todo o trajeto a pé de volta para o hotel, o silêncio permaneceu entre nós. Eu estava confusa com aquilo tudo. Os meus cabelos estavam com flocos de neve grudados e minhas bochechas com certeza estavam levemente rosadas por causa do frio cortante.
Quando entramos no saguão do hotel, ouvi alguém chamar meu nome. Era Scott.
Alexander olhou para ele, se aproximando de nós, com um sorriso, e me deixou sozinha, indo até o balcão para pegar a chave do quarto. Scott não pôde deixar de notar a cara feia de Alexander. Mas, mesmo assim veio me cumprimentar.
– Bom dia e feliz aniversário! - ele disse com os braços abertos e muito empolgado.
Ele era tão bonzinho...
– Obrigada! - eu falei forcando um sorriso. Abracei-o rapidamente.
– Eu comprei uma coisa para você.
Meus olhos se arregalaram quando ele tirou um pacotinho pequeno de veludo vermelho de dentro do bolso do paletó que estava vestindo.
– Ah Scott, não precisava! - eu falei pegando a bolsinha pequenina da sua mão.
– Abre!
Eu abri a bolsinha pequena e de lá, tirei uma pulseira brilhante e dourada com um pingente de violoncelo e uma torre Eiffel. Era muito linda!
– É linda! Muito obrigada, não precisava se preocupar, mesmo!
Ele sorriu e eu lhe dei um abraço.
– Obrigada! - falei com sinceridade e sorri.
– De nada. - ele deu de ombros. - Ah... Está tudo bem? Você parece um pouco triste.
–Ah esta sim. - eu falei. - E você, esta indo para onde?
– Vou me encontrar com uns familiares do meu pai.
– Que legal. - foi tudo o que consegui dizer.
Ele sorriu e disse:
– Espero que aproveite o seu aniversário e espero te ver em breve.
– Obrigada. - falei. - Também espero te ver em breve.
Ele sorriu e disse:
– Tenho que ir. Que bom que gostou do presente.
– Amei! - falei e sorri. - Muito obrigada!
Ele sorriu e me deu um abraço rápido.
Enquanto ele se afastava de mim para sair do hotel, olhei em volta procurando Alexander. Ele tinha ido pro quarto sem mim.
***
Quando girei a maçaneta da porta e a abri, vi Alexander sentado na cama olhando para mim. Fechei a porta e a tranquei.
– Obrigada por ter me esperado lá embaixo. - falei tirando as botas cheias de neve.
– Eu quis te dar privacidade para falar com o seu amigo sobre o presentinho que ele te deu.
Olhei para ele.
– Por que esta agindo desse jeito, Alexander? Eu não fiz nada! Que culpa eu tenho do que aconteceu na cafeteria? Você está sendo grosso e idiota e eu nem fiz nada.
Ele não respondeu de imediato. Ficou olhando para seus pés no chão.
Decidi não falar mais nada e fui para o banheiro tomar um banho. Tirei o sobretudo, a blusa e a calça e os joguei no chão ao lado da pia.
A luz amarelada acima do espelho do banheiro estava acesa e fazia meus olhos parecerem mais cansados. As olheiras arroxeadas pareciam mais fortes com aquela luminosidade.
A porta do banheiro se abriu e então meus olhos e os de Alexander se encontraram no espelho. Respirei fundo e de repente quis que ele me deixasse sozinha.
– Alexander, eu quero ficar sozinha. - comecei a falar. - Por favor, não quero piorar mais a situação e...
– Não, me desculpe. - ele disse se aproximando de mim.
Eu estava exposta demais, de calcinha e sutiã branco e ele ainda de roupa, meus cabelos parcialmente molhados caiam pelos ombros e alguns fios perto do rosto, estavam grudados nas minhas bochechas levemente rosadas por causa do frio.
Fiquei olhando para ele pelo espelho. Ele afastou meus cabelos do ombro esquerdo e depositou um beijo suave nele e depois seus olhos castanhos encontraram os meus.
Suspirei.
– Sei que não foi culpa sua. É que eu fico louco só de imaginar você com outra pessoa e... - ele respirou fundo e fechou os olhos - na hora que aquele cara falou da sua boca no...
– Shh! - eu virei-me e fiquei de frente para ele. - Você não precisa ficar imaginando nada disso. Ele estava bêbado! Não fica lembrando disso.
Ele olhou para mim e colocou as mãos na minha cintura.
– Como você pode ser tão bonita assim? - ele perguntou e colou seus lábios nos meus.
Soltei um suspiro enquanto ele me beijava.
– Eu vou deixar você tomar um banho.
– Você pode vir também. Se quiser.
Ele sorriu e falou com o rosto a centímetros do meu.
– Eu queria outra coisa nesse momento.
Sorri enquanto senti seus dedos no fecho do meu sutiã.
Puxei sua boca para a minha e então senti seus dedos deslizarem para dentro da minha calcinha. Soltei um gemido quando senti dois dedos dentro de mim. Fechei meus olhos e apoiei minha cabeça em seu ombro.
– Você gosta disso, não gosta?
Meu coração estava acelerado.
– Sim. - falei com dificuldade.
Ele continuou a movimentar os dedos dentro de mim, enquanto eu me contorcia próxima a seu peito, sentada em cima da pia de granito branco.
– Eu gosto de fazer isso em você. - ele falou sem parar com a tortura lenta.
– Ai! - soltei um gemido e senti meu corpo começando a responder ao seu toque.
Ele parou e eu olhei para ele arfando. Ele desabotoou a calça rapidamente e tirou-a. Com as mãos trêmulas, tirei seu suéter rapidamente e então ele se aproximou mais de mim.
Com as mãos na minha cintura, ele entrou dentro de mim lentamente. Fechei os olhos e tombei a cabeça pra trás. Ele apoiou seu queixo no meu ombro e soltou um gemido baixo e começou a se movimentar lentamente. Era torturante de tão bom.
– Se você pudesse ver como você está agora. - ele falou sem parar de se movimentar.
Soltei um gemido. Ele estava olhando minhas costas no espelho.
– Você é tão bonita, Justice. Tão bonita.
Eu estava tão perto...
Uma das suas mãos estava nas minhas costas e outra segurando minha coxa direita. Ele começou a aumentar o ritmo, eu podia sentir o meu e o coração dele batendo forte no peito. Meu corpo começou a tremer em espasmos enquanto eu mordia minha boca com força. Ele me acompanhou, chegando no clímax junto de mim dando mordidas leves no meu pescoço.
***
Eu estava me sentindo exausta e relaxada depois do banho. Alexander estava colocando uma cueca quando eu estava fechando o chuveiro.
Enrolei-me em uma toalha e sai do box.
– Acho que sei para onde te levar hoje.
– Pra onde? - perguntei.
– Podíamos ir em uma boate.
Olhei para ele.
– Você sabe que se formos para uma boate eu não vou ficar sentada vendo as pessoas dançar, não é?
Ele arqueou as sobrancelhas.
– Sei.
Sorri.
– Se ficarmos aqui no quarto está bom também. - falei enquanto secava meu corpo e ele me olhava.
– Você sabe me tentar. - ele falou. - Mas quero te levar para algum lugar.
– Tudo bem. Mas agora, eu preciso mesmo dormir. Você me deixa exausta.
Ele sorriu e eu dei um beijo rápido na sua boca enquanto eu ia para o quarto de calcinha, meias e uma blusa se manga comprida.
Deitei-me na cama e cobri minhas pernas com o edredom branco. Alexander saiu do banheiro e apagou as luzes do quarto.
– Você vai passar seu aniversário dormindo?
– Não. Só vou tirar um cochilo. - falei virando-me de lado quando ele deitou na cama ao meu lado, sem se cobrir.
Ele sorriu e colocou a mão no meu rosto e ficou contornando minha boca com o polegar.
– Eu nunca me canso de você. - ele falou. - Eu te quero toda hora, é uma tortura, sabia?
Sorri e senti meu estômago se revirar.
– Eu te amo.
– Eu também.










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Notas finais do capítulo

E aí, vocês gostaram? Eu espero que sim!! :)
Espero vocês no próximo capítulo. Se vocês estão gostando, por favor, não deixem de comentar e dar suas opiniões.
Grande beijo



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