Apesar de tudo escrita por Liv Hendrix


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/633506/chapter/1


Era uma manhã ensolarada, depois de uma semana disfarçado para resolver o caso de tráfico envolvendo as duas maiores gangues de Chicago, a única coisa que eu pensava enquanto subia as escadas era nela. Erin Lindsay com seus trinta anos, olhos verdes, cabelos cor de mel. Naquela uma semana, eu só pensava na Erin, no jeito que ela sorria, talvez porque eu tinha ido para a operação sem falar com ela, mas eu só pensava na Erin:

"Halstead” falou Voight

"Sargento” olhei para o andar da Inteligência, ela não estava lá "Cadê a Lindsay?”.

"Pediu demissão" ele respondeu.

Ignorei todos da sala, peguei meu celular e mandei uma mensagem para ela:

-Erin, preciso falar com você - ignorei o que o sargento dizia e mandei uma mensagem para Lindsay. Me diga que não falou sério sobre a demissão...

-Jay, Hank já me falou tudo semana passada... Fale para ele que não quero ouvir sermão de novo - foi a resposta de Lindsay

-Ele não me pediu para falar com você... Eu não me posso me preocupar com você?...Por favor, Erin... -

"Faremos uma abordagem com..." olhei para Voight, e assim que meu celular vibrou, voltei a prestar atenção na conversa com Erin.

-No meu apartamento daqui a cinco minutos... Só eu e você, Jay... Como nos velhos tempos-

"Vamos!” ordenou Voight.

"Ei ei, você pode me cobrir?” perguntei para Antônio "Eu tenho um assunto urgente”.

"Halstead eu..."

"Por favor, eu falo com o chefe, mas eu não consigo fazer nada se eu não resolver isso” era verdade, não ia conseguir me focar no caso que eu nem sabia qual era até saber se Lindsay estava bem.

"Só essa vez"

"Valeu"

Sai correndo, cheguei ao apartamento da Lindsay, subi as escadas como um louco e massacrei a porta de entrada:

"Bom dia, Jay" ela abriu a porta, estava de pijamas, enrolada num roupão, fingia que nada havia acontecido.

"Eu soube que você se demitiu!" entrei exaltado.

"Jay, eu não tenho nada para falar com você sobre esse assunto!” Lindsay fechou a porta.

"Então por que me chamou aqui?” olhei para ela.

"Porque eu estava a fim de jogar Scrabble” ela sorriu maliciosamente, levei um tempo para perceber o motivo de ela ter dito isso, assim que me lembrei de sorri e ela me beijou.

Eu poderia rejeitá-la, empurrá-la para trás, mas eu não queria isso, eu queria ela, eu sempre a quis, retribui o beijo. Eu e ela sempre tivemos uma química inegável, os lábios macios dela estavam praticamente engolindo os meus, a língua de Lindsay estava dançando na minha boca como se fosse um salão, desci minha mão até a cintura, e lancei o roupão azul claro dela no chão, Erin estava com seus dedos no zíper da minha calça, assim que conseguiu abrir ela me empurrou para que caísse no sofá, logo em seguida ela se sentou em cima de mim, olhava nos meus olhos e começou a me beijar, segurei as costas dela enquanto ela segurava o meu pescoço, Erin não parava de me beijar e eu não queria que ela parasse de me beijar, o gosto dos lábios eram viciantes:

"Eu preciso de você, Jay” ela deu uma pausa “Eu" ela levantou a minha cabeça e me beijou “sou” mais um beijo "um" ela mordeu o meu lábio inferior “desastre”.

"Não fala isso”.

"Jay" ela me olhou nos olhos, estava respirando ofegante, encostou sua cabeça a minha como se fosse me beijar, mas não me beijou "Eu matei a Nadia, eu..." e então ela começou a chorar.

"Erin..." eu a abracei "Não foi culpa sua" massageei seus cabelos castanhos.

"Jay” os olhos cor de mel estavam molhados "Eu...”.

"Erin” sorri para ela "Você fez tudo que podia, não é sua culpa, Erin” Lindsay derramou mais lágrimas "Nadia odiaria te ver assim”.

"Ela odiaria nos ver assim, Jay” ela passou a mão na minha bochecha
“Ela me disse uma vez para deixar você dirigir o carro e dirigir o meu coração, depois ela riu, porque essa frase era uma merda” ela sorriu um sorriso luminoso.

“É uma péssima frase” sorri para ela.

"Tudo seria tão mais fácil se não sentíssemos nada" ela encostou a cabeça em mim.

“Seria” beijei o topo de sua cabeça.

Olhei para ela, sentada no meu colo com uma calcinha preta e nua na parte de cima, com um olhar assustado, focado em mim, ela queria manter contato visual, ela parecia precisar daquilo. Pelo jeito que ela me olhava poderia me beijar ou desabar em choro, era belo ver Erin tentar decidir o que faria, mas não decidiu, mas o meu celular tocou, uma mensagem de Voight:

-Onde diabos você está?

"Tem planos para voltar para a Inteligência?” perguntei respondendo a Voight que estava a caminho, Erin não respondeu "Bom" me levantei "Eu preciso ir" vesti minha calça "Temos um caso importante e a melhor policial do Distrito se recusa a trabalhar”.

Lindsay continuou quieta, sentada no sofá, me olhando enquanto eu me vestia, assim que me vesti por completo, beijei os lábios macios dela uma última vez e eu andei até a porta:

"Jay" eu segurava a maçaneta me virei e a vi parada no corredor, enrolada no roupão azul claro, parecia uma criança "Obrigada”. Ela correu ate mim e me abraçou, um abraço apertado, depois de um tempo ela me soltou.

"Volte para a Inteligência” passei a mão na bochecha dela “Por favor”

Voltei para o Distrito, diria que meu irmão precisava de ajuda, já havia ligado para ele confirmar a história. Lindsay era tudo que eu queria e tudo que eu não podia vê-la daquela forma era deprimente, Erin chorando, se culpando pela morte de Nádia, ela precisava entender que não foi culpa dela:

"Halstead!” exclamou Voight.

"Sargento" respondi

"Na minha sala"

Andei até lá, sabendo que levaria uma bronca:

"Michael Johnson 49 anos, é o nosso cara”.

"Certo” falei pegando a ficha dele em cima da mesa "Temos um mandato?”.

"Você efetuará a prisão dele amanhã”

"Sim senhor” fechei a pasta e a devolvi a mesa.

"Com a Erin"

"Ela vai voltar?” indaguei surpreso, não pude evitar e sorri.

"Vai" ele me olhou como se me analisasse "Jay, eu sei que você a fez voltar, eu sou grato, mas isso não muda o que eu disse antes...”.

“Sargento, Lindsay e eu não... Nós sabemos da regra”.

“Espero que sim, Halstead” eu andei até a porta “Obrigado por trazer a Lindsay de volta”.

“Eu não a trouxe de volta, Lindsay só é muito orgulhosa para voltar por conta própria, então eu só pedi”.

“De qualquer forma, obrigado”.

Dizem que quando você fica ansioso o tempo não passa, era mentira, logo vi o dia acabar, e eu em meu apartamento, sozinho. Eu sabia que o que houve no apartamento dela não era para ter acontecido nunca mais podia ter acontecido, já havíamos quebrado a regra uma vez, não faríamos isso de novo, mas era ela, eu não poderia não amá-la, eu a amava, droga, como eu a amava!Eu sabia disso, e sabia que era recíproco Voight também sabia disso, mas não podia culpá-lo por tentar protegê-la:

“Oi” minha campainha tinha tocado, e eu havia aberto a porta.

“Você sabe que não deveria estar aqui” olhei para ela

“Eu te disse, Jay” Lindsay me beijou “Eu preciso de você”. A voz rouca dela me fez sorrir.

Ela fechou a porta, e tirou meu casaco e pulou no meu colo, enrolou as pernas em mim, eu pus minha mão na sua bunda, nós iríamos continuar o que tínhamos começado no apartamento dela, iríamos terminar e recomeçar aquilo um milhão de vezes naquela noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apesar de tudo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.