Contos sobre o fogo escrita por AoiB


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Sumi? Sumi.
Sinto muito? Sinto.
Estou com medo da reação de vocês? Não tem ideia do quanto.
Gente, sinto muito pela demora com os capítulos. Vocês não devem nem lembrar do que está estória é sobre. Mas caso alguém continue aqui, firme com esses monstrinhos, tenho mais um monstrinho para adicionar a mistura. Ele está bem diferente dos outros que escrevi, o que quer dizer que está mais confuso e com um final um pouco mais...er... é, mas talvez expresse bem o que acontecerá com a história daqui para frente. Falando nisso, desculpe o quanto o personagem está fora do caractér, mas isso era necessário por agora. Tudo voltará ao normal daqui para frente, mais ou menos.
Eu realmente não sei o que falar, só espero que gostem do capítulo e continuem dando uma chance a essa estória e a sua autora ridiculamente desorganizada com o tempo de postagem.
Espero que gostem do capítulo e boa leitura.
Beijos e Sayonara. AOIB.
P.S: A música desse capítulo é O Lado Escuro da Lua, do Capital Inicial.



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Tsuna era simples, assim como Ryohei gostava das coisas em sua vida. Ele era interessante, mas não era complicado, não era algo que você precisasse se entregar de corpo e alma para entender. Você apenas precisava estar lá e tudo se resolveria na sua frente.

Tsuna era Tsuna, simples e normal. Mundano. Fácil de acompanhar.

...

Como as coisas mudaram tanto?

Os punhos de Ryohei atingiram seu adversário, sangue manchando o amarelo de suas luvas. Seu rosto estava sério, mas seus olhos brilhavam como o sol. Havia fogo neles, brilhante, sério, complexo.

Tsuna era fácil. Vongola era fácil. Ele apenas tinha que lutar, Ryohei apenas precisava mover os punhos e tudo se resolveria. Não havia estratégia, não era um jogo de xadrez, era brincadeira de criança.

Assim como sua irmã gostava. Assim como ele odiava/gostava?

Engajando os joelhos de cada lado do pobre homem a sua frente, Ryohei continuou movendo os punhos. Cada vez mais difícil, um mais forte que o outro, se tornando mais complexo.

Será que ele realmente gostava das coisas simples? Sua irmã adorava, ele tinha certeza disso. Kyoko, abençoe e amaldiçoe sua alma bondosa, não queria um campo de batalha. Ela queria flores, paz e bolos doces. Ela gostava de simplicidade, gostava de Tsuna como o ser humano fofo e engraçado que ele era.

Mas Ryohei gostava disso? Ele nunca havia realmente parado para pensar nisso.

O que Ryohei gostava?

Um punho se moveu em direção ao seu rosto e o Ryohei o pegou. As mãos enluvadas e vermelhas apertaram o osso frágil sobre seus dedos, ele podia sentir cada um deles e nomeou mentalmente um por um, enquanto quebrava-os.

 Metarcapo.

Um grito cortou a noite e Ryohei fechou os olhos. Simples, sua mente rosnou. Não o bastante, nem perto do bastante. O que estava errado com ele? Kyoko gostava de simples, Ryohei amava Kyoko, então ele também gostava de simples.

Mas não!(Escafóide)

Sua cabeça doía. Ryohei não costumava pensar, ele gostava de deixar as coisas correrem da maneira que queriam. Mas algo dentro dele não gostava disso, algo um pouco mais profundo, quente e brilhante que corria grosso por sua medula e atacava seu cérebro com a força de uma super nova. Que o mudava, ou mostrava quem ele realmente era.

Ryohei sentiu raiva, mas era simples então ele odiou, e a complexidade havia voltado. Ele soltou o braço inútil, olhou para o corpo desacordado e rosnou. Faça sentindo, ele pediu ao mundo, mas o universo era muito complexo para realizar desejos bobos.

— Você realmente tinha que fazer isso? – pediu Tsuna, parado no prédio ao lado. Ryohei pulou longe do corpo como se queimado, ele havia se esquecido do garoto, do porque estava ali.

Tsuna havia sido atacado, outro assassino em busca de fama e sangue. Ryohei estava perto, então ele ajudou o menino. Simples. Mas havia tanto sangue em sua mão e seu coração batia tão forte, que não podia ser simples. Ryohei estava disposta a torturar por Tsuna... O que havia acontecido?

—Não – respondeu Ryohei, a voz rouca e baixa. Diferente da sua normal, mas ele não se sentia muito normal naquele momento. – Mas eu queria.

—Oh... Então tudo bem – e foi isso. Tsuna se virou e caminhou para longe, como se nada tivesse acontecido. Ryohei piscou surpreso, com as mãos pingando sangue e com a mente confusa como um mar revolto.

—Sawada! – Ele chamou se movendo para acompanhar Tsuna, o corpo do assassino esquecido atrás de si. Tsuna parou no meio da rua, os olhos brilhantes focados nele. Ele parecia ser a única fonte de luz naquela escuridão, atraindo Ryohei para perto dele. – Sawada... O que está acontecendo?

As sobrancelhas de Tsuna se elevaram e ele fez um beicinho confuso. Parecia estranhamente ensaiado.

—Acontecendo? Como assim, irmão mais velho?

—Algo está errado. As coisas não são mais... simples. – a palavra saiu de seus lábios como uma praga, Ryohei não entendia porque de repente a normalidade lhe parecia repulsiva. – E eu não sei o que aconteceu, mas eu sei que aconteceu algo e isso está me enlouquecendo. Por favor, o que aconteceu?

— Nada- a palavra saiu como um juramente secreto. Os olhos dourado focados nos seus, parecendo ver seu próprio cérebro, analisando cada neurônio. – Nada aconteceu, Ryohei. Extremamente nada.

Os olhos do boxeador se alargaram. Extremamente. Extremo. Ele não havia falado essa palavra em nenhum momento desde que começaram a conversa e ele de repente se sentiu tonto. Algo estava extremante errado.

—Mas algo vai acontecer – continuou Tsuna de repente. Os pulmões de Ryohei doeram quando o ar pareceu ficar mais quente, linhas douradas suaves se enrolando ao redor deles como uma moldura ou talvez uma gaiola. – E você precisa se manter, irmão mais velho. Não pense no que é simples ou complexo, pois é mundano e me enoja, então não precisamos mais disso. Pense apenas no que é extremo e se mantenha calmo. Espere apenas mais um pouco e então faça tudo extremamente.

O sorriso de Tsuna era lindamente perigoso e as linhas douradas pareciam encher a rua, apagando as dúvidas e os pensamentos confusos de Ryohei. Provavelmente havia algo errado, mas quem se importava, as chamas douradas ditavam a nova realidade, e era uma realidade tão melhor do que a atual.

(E uma das perguntas não feitas de Ryohei havia sido respondida naquela noite.

Kyoko gostava de simples, então ela gostava de Tsuna, o ser humano simples e bonito.

Ryohei gostava do extremo, então ele gostava de Tsuna, o Senhor do Fogo, que mudaria tudo que ele sabia, até si próprio. E ao qual ele ajudaria a queimar a realidade.)


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Notas finais do capítulo

Uma pergunta: Vocês perceberam o que está acontecendo com os guardiões? Já descobriram a mudança que teve entre Hibari e Ryohei? Se alguém acertar ou responder, ganha uma surpresa.