Beyond the Eyes of Darkness escrita por Srta Who, Agaya


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

Srta. Who In: Oi, como vai você, bem aqui sozinha, na verdade isso foi uma ideia de uma das minhas leitoras (que agora é uma ótima amiga minha) a Agaya, então eu gostaria de agradecer a ela que teve a excelente ideia dessa fanfiction e a vocês que estão lendo, bem muito obrigada. BeijosAgaya In: Esse é o prólogo e já estamos trabalhando nos próximos capítulos, aguardem :D (e desculpem-nos por qualquer erro que possa ter)



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Meu nome é Lilith Jones, e essa é a história de como minha vida se tornou um inferno,a história de como eu morri.

Quando eu nasci, minha mãe disse que eu cheguei antes do que devia, disse que eu nasci morta, antes, os aparelhos mostravam que estava tudo bem, mas quando ela me teve, com 7 meses, eu estava morta, eles iriam me considerar um nado morto, porém uma das enfermeiras insistiu em tentar me salvar, e ela conseguiu, eu vivi.

Depois disso os outros 16 anos que eu vivi não tiveram nada de especial, nada com certeza, eu tinha uma vida normal de estudante colegial do segundo ano do Ensino Médio.

Eu sempre vivi só com a minha mãe em uma casa ao Sul do Reino Unido, eu nunca conheci meu pai, mas minha mãe disse que ele a deixou quando ela tinha quatro meses de gravidez, ela nunca me contou no que ela trabalhava, nunca contou sobre meu pai, nem mesmo dizia o porquê ele não vinha nos visitar, mas eu nunca tive muita curiosidade em saber. Sempre encarei isso como uma daquelas ‘’coisas de adulto’’ sobre as quais nós, pessoas mais jovens, nunca podemos saber.

Todas as noites eu tinha pesadelos, eram horríveis, às vezes eu acordava no meio da noite, assustada. Houve uma vez em que o pesadelo havia sido muito real, havia uma sala de espelhos, mas eles estavam sujos e velhos o lugar era mal iluminado, o que só os dava uma aparência ainda pior, cheirava a podridão, olhei para todos os espelhos, procurando o causava aquele fedor, mas tudo o que eu via era minha própria face aterrorizada, até eu olhei para frente e refletido claramente num deles eu vi... A minha imagem em, olhando de volta para mim, mas bem... Eu, era uma eu mais velha, morta, com olhos fundos e cadavéricos, estava bem nítido, eu estava morta, e meu corpo estava sendo devorado por vultos, que pouco a pouco tomavam forma, e se transformaram numa silhueta negra, a única coisa distinguível eram seus olhos cor sangue, aqueles olhos... Eu os conhecia sempre aqueles malditos olhos vermelhos, me amaldiçoando, durante incontáveis noites eu os vi, mas nunca tão brilhantes como daquela vez, ele virou, me encarou e sorriu para mim, então deu arrancou a cabeça do corpo com as mãos. Naquela noite eu acordei banhada em suor, eu joguei as cobertas para fora do meu corpo, corri até o quarto da minha mãe e me joguei em sua cama, ela acordou assustada.

–Lilith querida? O que houve? - Ela perguntou acendendo a luminária que ficava ao lado da cama dela e olhando fixamente para mim, que a essa altura já tinha começado a chorar.

–D-Demônio.- Fui tudo que eu pude dizer. Ela olhou nos meus olhos em um misto de pena e compreensão.

–Não tenha medo deles meu amor... Nós criamos nossos próprios demônios, e eles são piores do que qualquer outro. - Ela me abraçou e eu fiquei ali com ela pelo resto da noite.

Mesmo com tudo isso, eu pelo menos era feliz, até este preciso momento, o momento em que os pesadelos viraram reais, o momento em que aquela sombra invadiu minha alma, o momento em que minha vida termina, o dia em que eu morri.

***

A Caixa de Pandora é uma antiga lenda da mitologia grega, diz-se que uma moça, chamada Pandora, foi a primeira mulher criada pelos deuses, ela, recebeu de Zeus uma caixa que foi nomeada a Caixa de Pandora, foi dito a ela que ela deveria zelar esta caixa e em circunstância alguma abri-la, pois lá, habitavam todos os males existentes. Pandora, tentada pelo desejo, foi até a caixa e a abriu, criando o caos sobre a Terra, porém, dentro da caixa, algo que não foi percebido restou, a esperança.

–Alguma pergunta? - Disse o professor enquanto caminhava pela sala.

Uma menina que senta perto de mim levantou a mão

–Sim?

–No final, apenas ficou a esperança dentro da caixa, não é? - o professor assentiu com a cabeça.

– Mas você disse que a caixa guardava todos os males existentes, a esperança é ruim?

–Não necessariamente, depende do ponto de vista. Veja, a esperança pode ser considerado um mal, pois nos traz uma ideia superficial acerca do futuro, mas como não tem uma explicação para isso, você pode acreditar do jeito que quiser... Alguém mais? - ele esperou alguns segundos, passando os olhos pela sala inteira. - Ninguém? Tudo bem comecem a anotar. - Ele se virou para a lousa e começou a escrever.

Eu estava muito distraída para copiar, eu olhei a sala inteira até chegar a uma pessoa, uma aluna nova, acho que o nome é Kristen, na verdade, ela é bem estranha, mas não estou falando de aparências, já que os cabelos curtos platinados e os óculos podem ser considerados ‘’descolados’’ dependendo do ponto de vista, é que ela é muito quieta, desde que entrou na escola, ela não fala com ninguém além do irmão dela que está no terceiro ano, um acima de nós, quando não está com ele, está sozinha por aí, seja na sala ou em qualquer lugar. Às vezes eu sinto que ela está olhando pra mim... Não, eu balancei minha cabeça para me livrar destes pensamentos, não fazia sentido algo assim, certo?

–Pois bem, assim que a caixa de Pandora foi aberta... - O professor parou de copiar e voltou a explicar, mas eu definitivamente não estava com vontade de prestar atenção na aula, eu estava muito dispersa para isso, eu olhei pela janela, e vi o céu alaranjado londrino ser tomado pouco a pouco pela escuridão, e os prédios que à medida que eram engolidos pela recém-chegada penumbra acendiam suas luzes, lutando constantemente para vencer aquela batalha incessante com as trevas, senti um calafrio, porque talvez essa fosse uma batalha que a humanidade nunca pudesse ganhar, o sol ia sempre se por de novo e de novo, trazendo com sigo a noite, ‘’Logo chegaria a hora de me deitar novamente’’ Engoli seco com o pensamento, uma garota de dezesseis anos com medo de dormir era digna de piada, mas no meu caso havia justificativa...

Toda a noite, aqueles sonhos... Não sonhos, mas sim pesadelos, eles são estranhos, dão medo, eu acordo no meio da noite suada e aterrorizada às vezes, e sempre está lá, aquela sombra, aquele vulto, observando tudo, é como diz na história da Caixa de Pandora, o Caos, mas é muito pior que isso, não há piedade, apenas sofrimento, gritos, angústia e aquela sombra, ela esta sempre lá, acompanhando meus passos, encobrida pela escuridão, ela não me permite vê-la, eu nunca soube quem é nem o que faz ali, mesmo quando eu estou tendo um sonho bom ela aparece, seu rosto, eu nunca vi seu rosto, mas os olhos... Não tem como esquecer os olhos que recaem sobre mim, como uma maldição, que não sei como quebrar. Se eu pudesse apenas acabar com ela... Se eu pudesse... ‘’Tick... Tack faz o relógio... Tick... Tack.... A hora se aproxima’’

Uma voz engoliu minha cabeça com esses pensamentos como da mesma forma que o mar engole o rio que se atreve a chegar perto dele, e continuo até que a voz era a única coisa que podia ouvir... Eu daria tudo para acabar com isso... Se eu pudesse...

–Senhorita Jones? Você está bem? – O professor perguntou, me trazendo de volta ao mundo real.

–Huh? - Eu olhei pra ele, e depois para mim mesma, percebi que enquanto pensava tinha começado a apertar o lápis com muita força. –Ah... Sim... Estou bem, não se preocupe. - Eu disse sorrindo, ele se virou para lousa e voltou a copiar, e dessa vez eu me forcei a prestar atenção exclusiva na aula, era melhor assim.

Essa era a última aula do dia, então depois eu fui para casa do mesmo jeito que sempre, pegando o ônibus 14 que passa todo dia a no ponto a uma quadra da escola as 17h40min que geralmente não está nem muito cheio nem muito vazio e levando pelo menos 15 minutos para chegar a minha casa.

Como de costume eu cheguei ás 18h00min, e coloquei na fechadura da porta de casa a minha chave que eu sempre deixava no bolso da frente da mochila, eu a segurei em minha mão direita a pus no buraco a qual ela é destinada, a segurei, mas hesitei antes de gira-la de alguma forma eu tinha um mau pressentimento sobre entrar em casa, um peso no coração, e minha mente me mandava correr o mais rápido que eu pudesse ‘’Que bobeira. Estou só entrando em casa como sempre’’ disse a mim mesma, foi inevitável quando eu virei a chave um calafrio subiu pela minha espinha dorsal e percorreu todo o meu corpo, fazendo-me tremer dos pés a cabeça ‘’devo estar ficando doente’’ pensei nervosa. Abri a porta devagar e vi que as luzes da sala estavam acesas, mas sem sinal da minha mãe, entrei e fechei a porta, as janelas estavam abertas deixando o frio do começo da noite entrar.

–Mãe! Cheguei! Quer ajuda para o jantar? - falei em um tom de voz relativamente alto para que ela escutasse de qualquer cômodo da casa enquanto eu jogava minha mochila no sofá.

–Mãe? - perguntei novamente, nada. – Senhorita Jane Jones, se apresente na sala imediatamente! - debochei esperando que ela estivesse brincando comigo, mas o silêncio continuava a reinar.

Eu fiquei um pouco assustada, claro que ela poderia ter saído de casa para ir ao mercado ou qualquer coisa do tipo, mas ela sempre deixava um bilhete, e o carro também estava na garagem, não devia ser nada, mas eu liguei para o telefone dela por precaução. Eu peguei meu celular e disquei o número rapidamente.

–Tu...... Tu...... Tu..... Tu.... O número discado encontra-se desligado ou fora de área, tente novamente mais tarde.

Eu gelei por um instante ao ouvir isso, eu pensei em descansar, achei que era só paranoia minha. Peguei minha mochila do sofá e fui para o meu quarto, deixei-a por lá, coloquei meu celular para carregar, fui até o banheiro, mas quando voltei para o quarto, vi algo escrito na minha janela em tinta preta que escorria aquilo não estava lá antes, eu sabia que era coisa minha cabeça, mas o som das gotas de tinta negra ecoavam por todo o quarto, mais alto do que qualquer coisa, minha cabeça girou por um segundo enquanto eu lia o que estava escrito.

O que é aquilo no espelho ou no canto do olho?

Meu coração parou e logo voltou, eu senti um enorme calafrio, dessa vez eu sabia que não estava tudo bem, eu olhei a volta analisando tudo no meu quarto, até ouvir um barulho na sala, eu andei lentamente até lá e tudo estava uma bagunça, e lembro-me perfeitamente que não estava assim quando eu cheguei, as almofadas estavam reviradas no sofá, os livros jogados no chão, e a parede estava pingando tinta preta, parecia do mesmo tipo que havia nas janelas do meu quarto, as luzes piscaram tornando a cena ainda mais assustadora, eu olhei para o lado e jurava ter visto um vulto preto, olhei para uma parede na esquerda, aquilo não estava ali um segundo atrás!

‘’O que são aqueles passos insistentes que nunca passam por você?’’

Eu andei até o centro da sala e observei em volta, as luzes piscaram novamente, estava já muito frio, e as janelas estavam escancaradas, as luzes apagaram por um momento e eu ouvi uma batida, outra mensagem? O que é isso? Que tipo de brincadeira é essa!?

‘’Talvez estejam apenas esperando, talvez quando estiverem todos mortos eles venham rastejando por debaixo de sua cama...

OLHE NOS MEUS OLHOS! CONHEÇA A ESCURIDÃO, SINTA-A, ADORE-A!’’

Aquela parecia ter sido escrita com sangue e em volta dela haviam desenhados olhos, eu estava desesperada, tremia mais do que imaginava que fosse possível, aquilo não podia estar acontecendo, era impossível! Quando as luzes voltaram a acender estava lá um homem, parecia ser mais velho que eu, de aspecto com certeza incômodo e assustador, com um sorriso maldoso no rosto.

–Olá irmãzinha. - Ele disse com um sorriso dissimulado, revelando os dentes pontiagudos dele, ele vestia uma jaqueta por cima de um terno.

–O-O que?!

Eu não fazia ideia de quem ele era, mas seus olhos... Era ele, conhecia aqueles olhos vermelho sangue, aquele olhar dissimulado como se mexer comigo fosse apenas uma diversão de domingo, era ele, eu sabia que sim... A sombra, o demônio que antes estava sempre escondido na escuridão, está bem na minha frente, e me chamou de irmã, talvez fosse mais um dos meus pesadelos, e eu fosse acordar mais uma vez em minha cama, completamente suada, para tomar mais uma vez o ônibus e ir até a escola, na época eu acreditava que era isso... Não, eu queria que fosse isso, mas hoje eu sei que aquilo para meu infortúnio era mais do que real, e foi a partir desse dia, desse momento, que meu mundo despencou e se tornou um verdadeiro inferno.


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Notas finais do capítulo

Bem nós esperamos que vocês tenham gostado, comentem por favor e em breve voltaremos com mas capítulos. Beijos: Agaya e Stra. Who



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