Diga-se de Passagem, Eu Te Amo escrita por duda_bouvier


Capítulo 6
Capítulo 6




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Charles POV’S

 

- Charles! –gritava Ana Duda enfezada.

- Já te disse que não!

- Abre essa porta! Anda logo!

- Não!

- Carmichael!

Odeio quando ela me chama de Carmichael. ¬¬

            - O que você quer? –disse, finalmente abrindo a porta.

            - Cala a boca e nos ouve. –disse ela e Luis entrando e me empurrando.

Sentei na cama e me dispus a ouvir.

            - Diga.

            - Você é meu maior motivo de orgulho, maninho. Mesmo às vezes você não fazendo por onde. Mas agora você já ta passando dos limites! Você ta achando que é que? Um saco de batatas? Um idiota atrapalhado? Não, você NÃO é. Você é um garoto lindo, engraçado e é um herói. O meu herói! E você vai provar isso pra mim. Você vai a essa festa e não vai dar ouvidos ao que esse povo fica dizendo. – pregou sermão, Ana Duda.

            - É irmão. Esse povo que ficou colocando isso na sua cabeça ta com inveja porque própria Isabella veio te convidar. É o sonho de qualquer garoto que se acha naquela escola. De qualquer um que acha que beleza é o fundamental ou que dinheiro é fundamental e não é isso que ela viu em você. Ela viu um cara bacana, engraçado e um pouco palhacinho... –dizia Luis.

            - E lindo também. – completou ela.

            - É sim. Eu brinco que não mas é. E o que ela quer são pessoas verdadeiras e sinceras. E você vai fazer que nem a maioria? Para de bobagem. Vai lá e de parabéns a ela e curta a festa.

            - e a Isabella também.

            - vocês têm razão. Eu vou a essa festa. –disse, determinado a fazer qualquer coisa.

            - Isso Carmichael!

            - Carmichael não, Duda! Charles!

            - é, da na mesma.

Fiquei de pé e corri pro banheiro trocar de roupa. Eles estavam certos. Não devia fazer igual à maioria. Tinha que ser diferente, porque ela viu que eu sou diferente. Peguei o convite e sai.

 

Cheguei na portaria da casa dela. O cara da porta me olhava, mas apresentei o convite e entrei. A vi lá na frente. Meu coração disparou e minhas mãos gelaram. Decidi e a chamei pelo nome.

            - Isabella!

Ela olhou assustada e logo sorriu.

            - Charles!

Ela veio correndo e me deu um abraço apertado. Retribui.

            - ah que bom que você veio. Achei que você não ia vir, ia me decepcionar.

            - por um minuto eu ia fazer isso. Mas pensei melhor. – meio desengonçado, entreguei uma rosa branca pra ela.     

            - Amo suas rosas. – disse ela, pegando. – Aonde você compra elas?

            - Sem querer contar, mas eu pego do jardim da minha mãe.

Ela riu e me deu um beijo. Na bochecha, obvio.

Seguimos juntos para a festa. Ela sorria. Será que era só por causa da minha presença?

            - Ai Charles, to tão feliz que você veio!

É, parece que era...

            - nem fui comprar um presente pra você, porque fui convencido a vir.

            - nem precisa... E por que você foi convencido? E cadê sua irmã?

            - Ah, ela nem deu pra vir. E a outra é uma longa historia.

            - É, eu imaginei que você não viesse por conta própria. É impossível de isso acontecer. Mas to feliz que você veio.

Que ela estava feliz, eu não duvidava. Ela sorria o tempo todo... Nos sentamos num banquinho perto do chafariz.

            - E sua namorada?

            - que namorada?

            - Não se faça de besta!

Meu Deus! De quem ela poderia estar falando?

            - Não tenho namorada, Isabella.

            - E aquela menina que estava com você na escola, todo dia?

            - Ah, é a Camila.

            - Camila.

            - É. É minha prima. Ela morava no meu prédio. Crescemos juntos. Depois ela se mudou de lá e só a vejo na escola. Não somos namorados, somos primos apenas.

            - E você fica abraçado a ela daquele jeito?

            - Sim, o que tem demais?

            - Nada.

Ela sorriu, meio disfarçado. Será que ela gostou de ter ouvido isso? Eu não podia alimentar esperanças, pois sabia que ela não ia querer nada comigo, um cara destrambelhado daqueles. Mas se eu tivesse chances... Não sei por que, mas quando fico do lado dela, eu sinto que eu fico diferente, o mundo fica mais engraçado e... Acho que gosto dela, mas não posso. O que ela ia querer comigo? Talvez se eu fosse um cara mais...

            - Charles! Volta! Eu só te fiz uma pergunta.- disse ela. Acho que viajei...

            - Hã? Desculpa.

            - Tudo bem. Eu sei que você é meio desligado mesmo.

            - E você acha isso bom ou ruim?

            - Bom... Foi assim que eu te conheci.

Sorri. Parece que havia se agradado do jeito que eu sou. Logo, o pai dela veio lhe dar um abraço, mas nos pegou de mãos dadas.

            - Seu presente está no seu quarto, Isah.

            - Ta pai. Obrigada.

Ela sentou do meu lado de volta, meio sem graça.

            - Acho que ele não gosta muito de mim... –disse.

            - Ele é assim mesmo. Não gosta muito das pessoas que me fazem bem.

            - E eu te faço bem?

            - De um modo sincero, sim.

            - Porque, se mal nos falamos?

            - Ah, porque é engraçado o seu jeito... O jeito que você joga bola no recreio, ate o jeito que você cai nas escadas.

            - Ah ta. – respondi sem-graça.

            - Mas isso não é uma coisa ruim. É o seu jeito e ninguém vai tirar isso de você, mesmo que você queira.

            - É, eu sei disso..

            - Não fica triste. Você não tem que encarar seu “defeito” de uma forma monstruosa. Primeiro, você tem que aceitar e encarar de uma forma divertida. – e ela acariciou minha bochecha. (Posso dizer que derreti?) (sim :D)

            - É que às vezes eu fico sozinho por causa disso.

            - Eu te entendo, Charles.

Nos abraçamos sinceramente. Foi um abraço gostoso. Tinha me esquecido de tudo que eu era, até que a amiga dela a chamou e voltei à tona.

            - Amiga, eu sei que você ta ocupada, mas vem cá.

            - Tem que ser agora, Fernanda?

            - Tem.

            - Charles, eu já volto. – e saiu com a amiga dela.

Fiquei onde estava, vendo ela se distanciar. Logo, os garçons passavam por mim, me oferecendo os ‘comes e bebes’. Eu estava um pouco sem-graça, mas feliz por ela.

Charles POV’S off

 

 

 

 

 

 

 


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