Trilogia Aventuras 01: FAMS - A Grande Aventura escrita por Renny Gouveia


Capítulo 6
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

É chegada a hora da conclusão final da história em homenagem ao FAMS. Considerem o Epílogo como uma espécie de "créditos do filme".
Boa leitura!



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— EPÍLOGO —

A borboleta continuou voando, até se aproximar da margem, ponto frequentado por muitos jovens durante a noite. Passaram-se alguns dias desde que o Festival de Anime e Mangá Sobralense aconteceu em Sobral, e a borboleta finalmente viu seu objetivo concluído quando identificou a figura de um garoto que estava sentado embaixo de uma árvore ali perto, admirando o fluxo calmo da água.

O pôr do sol tinha começado, e o céu estava tingindo de laranja quando a borboleta pousou em um galho bem próximo da árvore que o garoto estava escorado. Ele parecia tranquilo, meditativo.

— Então finalmente você me encontrou, não é? — disse o garoto, tirando com a mão, a mecha vermelha que cobria seu olho enquanto olhava de relance para a borboleta. — Devia ter vindo pessoalmente. Você sabe muito bem como eu detesto quando você usa insetos ou animais para se comunicar comigo. Não sei pra que tanto mistério.

A borboleta moveu levemente suas asas, ignorando o comentário do rapaz.

— Sabia o quanto foi difícil encontrá-lo, Luiz — disse a borboleta, numa voz telepática que apenas o rapaz conseguia ouvir. — Sua existência foi completamente apagada do mundo. Sorte a minha que os encantamentos rituais que protegem minha moradia impediram que eu fosse afetado por essa estranha ação. Conte-me o que aconteceu.

Luiz suspirou.

Aquele era o mesmo garoto que fizera o ritual enoquiano no Centro de Convenções e que se tornara Uchiha Madara, mas agora ele estava normal outra vez. Ele vestia um calção preto e uma blusa branca com a estampa de uma caveira, e suas roupas pareciam meio amarrotadas e sujas. Luiz andara vagando por muito tempo pelas ruas de Sobral.

— Eu cheguei bem perto, muito perto de conseguir fazer nosso plano caminhar a diante. Mas acabei me deixando levar pelo poder que ganhei, e isso foi minha perdição. Fiquei tão distraído enfrentando aquele bando de cosplayers fracotes, que também foram afetados pelo encantamento, que acabei me descuidando da proteção da esfera-ritual. Eu achava que fosse o único conhecedor daquele feitiço, mas parece que outra pessoa também o conhecia. — Luiz expressou ódio enquanto seu punho se fechava. — O ritual foi maculado e, pelo que tudo indica, também modificado. Não só perdi meus poderes como também todos os fatos temporais daquele dia foram refeitos. As pessoas parecem ter perdido as lembranças daquele dia, exceto eu. Quando acordei, eu estava do lado de fora do Centro de Convenções, deitado sobre a árvore que usei para esconder a esfera. Decepcionado e irado, fui pra minha casa procurar mais ingredientes para refazer o encantamento, mas meus pais não me deixaram entrar, dizendo que nunca tiveram um filho chamado Luiz. Eles até chamaram a polícia, achando que eu fosse um bandido.

Luiz se levantou, escorando suas costas na árvore logo atrás. Poucas pessoas caminhavam ali perto: uns fazendo caminhada; outros, andando de bicicleta.

— Eu não entendia o que estava acontecendo, mas na madrugada daquela mesma noite, voltei para minha casa e entrei escondido no meu quarto, sutilmente. Vasculhei um álbum de fotografias do meu tempo de ensino fundamental, mas eu tinha desaparecido completamente de todas as fotos em que deveria estar presente. Sem entender bem, peguei umas roupas minhas do guarda-roupa e o dinheiro que eu tinha guardado numa caixa de sapatos, então sai. Fiquei vagando no meio da madrugada pelas ruas, sem sono, mas consegui refletir bastante sobre o que se passava, assim cheguei a uma conclusão: a pessoa que reprogramou meu ritual, também tentou apagar a minha existência da história.

— Hum, muito interessante. Isso explica porque meus feitiços de localização não conseguiram encontrá-lo. Mas, você tem alguma ideia de quem possa ter feito isso com você?

Luiz olhou para o chão — para algumas formigas que caminhavam em fileira —, então se lembrou do rosto de Uchiha Obito no momento em que desaparecera, pouco tempo depois ressurgindo misteriosamente com reforços; e também da hora em que o ninja passara caminhando com a God of War para uma direção oposta ao confronto. Quem era aquele cosplayer? O que ele sabia?

— Talvez eu saiba. Mas isso não vem ao caso, agora. Acho até melhor assim, pois com minha existência apagada, posso continuar meus planos, aliás, nossos planos, com maior liberdade. — Luiz direcionou seu olhar para a borboleta e sorriu. Ele estava ansioso. — Mas, deixando meus dramas pessoais de lado, diga-me: qual será nosso próximo passo?

A borboleta bateu suas asas negras e começou a voar, ficando mais perto de Luiz.

— Fico feliz que esteja empolgado, meu caro Luiz... Bom, já que o primeiro objetivo se mostrou bem sucedido, apesar de algumas pequenas falhas, isso significa dizer que ainda podemos utilizar a magia nestes tempos em larga escala, e a seita enoquiana parece ser bem destrutiva. Por isso, vamos agora partir para o plano B, ele promete ser bem mais interessante que o primeiro que você colocou em prática. Porém, a pergunta é: onde e quando poderíamos fazê-lo de modo a envolvermos muitas almas leigas para o sacrifício final?

Luiz ergueu sua mão quando uma folha caiu da árvore, então pensou enquanto a pegava.

— Acho que podemos fazer o ritual no mesmo local — afirmou Luiz, sorrindo. — Ouvi boatos que provavelmente no final deste ano vai acontecer outro evento no estilo do FAMS. Acho que o novo ritual, assim como o sacrifício final, poderiam ser realizados lá. É até uma excelente chance de eu me vingar daquelas pessoas, e quem sabe, descobrir quem foi o maldito que modificou o ritual.

— Hum... que seja. Qual o nome do evento?

— O nome do evento é... — Luiz fechou sua mão com força, esmagando a folha com um prazer insano; sua cara distorcida com um sorriso sombrio. — Azure Con!

 

Os vilões planejam o próximo passo...

         Uma nova calamidade está por vir!

 

 

FIM!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da conclusão final da história do protagonista anti-herói Luiz.
Obrigado por acompanhar minha fanfic.



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