Pokémon Universe - Fic Interativa escrita por Kazunari, Novus


Capítulo 4
Prólogo - O exame de sobrevivência - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Novus ~Bem, desculpem-me quanto ao atraso, levou uma semana a mais do que o planejado por problemas de saúde (avisei na ocasião). No meu metabolismo, madrugada de quarta-feira ainda é terça-feira, logo, estou dentro do prazo (ou não).



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Eram 6 horas e 15 da manhã quando o Nidoran abriu os olhos pela primeira vez desde o começo de sua “hibernação regenerativa” e, imediatamente, percebeu que seu corpo não estava em seu melhor estado. Um sintoma era a fadiga em cada músculo do corpo, consequências claras de uma batalha tão intensa. Sabia que ficar lamentando quanto a isso não era uma boa opção, por isso, fez um esforço para ficar sentado em sua cama e analisar o local em que estava.

“Uma bandeja com comida na mesinha à minha direita, uma janela coberta com uma cortina grossa e uma cadeira para possíveis visitas à minha esquerda e estou cercado por... lençóis? Imagino que devam ter várias camas aqui e improvisaram uma cobertura para garantir privacidade ou evitar que pessoas em estados piores possam ser vistas e julgadas pelos demais pacientes. Acho que devo estar na enfermaria do Instituto, não é tão luxuosa quanto gostaria”. Assim que terminou, pegou a bandeja com suas patas dianteiras e colocou em cima de sua barriga para que pudesse realizar sua refeição: panquecas de Oran Berry acompanhadas por vitaminada de Mint Berry com Bitter Berry.

Assim que terminou sua refeição, encontrou a carta que antes estava oculta embaixo da bandeja e leu as palavras deixadas por Mika: “Bem, não é como se pudesse fazer algo quanto aos meus machucados... fiz o que foi necessário para passar”. Seus olhos se arregalaram, só nesse momento que percebeu que havia a possibilidade de não ter passado. Será que seu golpe final fez o Instrutor sair do círculo? E se reprovou? Sacudiu a cabeça tentando esquecer aqueles pensamentos negativos e levantou-se da cama almejando sair dali.

Abriu o lençol improvisado que isolava seu “quarto” e deparou-se de frente com o Pidgey, também saindo do dormitório. Revirou seus olhos numa tentativa de questionar o universo pelo encontro inusitado e até pensou em ignorar o ser incômodo, mas sabia que isso só tornaria as coisas mais difíceis. Após alguns segundos entreolhando-se, Axel decidiu tomar partido e quebrar o silêncio.

– PJ! Fazendo o quê por aqui? Apanhou tanto durante o exame físico que acabou passando a noite na enfermaria? – questionou dando um leve sorriso irônico para zoar o conhecido – Pensei que alguém que curte mais o combate à distância como você iria sair inteiro desse teste.

– Ora se não é o meu Nidoran preferido! Desculpa, gostaria que fosse o caso para que você tivesse alguém com quem pudesse se solidarizar. Deve ter sido o que aconteceu com você, mas... – ironizou devolvendo o comentário sarcástico com outro do mesmo nível – Vim para visitar um amigo que desmaiou durante uma luta.

– Claro! E por que será que não ouvi nenhum som que indicasse uma conversa durante todo o tempo que estive acordado até vir aqui? – Axel não queria dar o braço a torcer, sabia que o amigo estava escondendo algo, assim como ele – Tudo o que ouvi foram grunhidos de dor, por acaso não teria sido você?

– Não confunda os sons que você faz com o dos outros – respondeu com um sorriso no rosto como se estivesse prestes a ativar sua carta secreta – Será que o Nidoking o acertou com tamanha força que afetou sua audição?

“Desgraçado, como conseguiu descobrir sobre a luta de ontem? Imagino que rumores devem se propagar rápido entre os alunos” pensou enquanto procurava achar uma resposta digna escondida em algum canto de sua mente.

– Bem, o que posso fazer se o Instrutor era o único adversário capaz de me oferecer dificuldades? – foi o único comentário que conseguiu formar – Bem, por que não vamos para o auditório nos preparar para o Exame de Sobrevivência e encontrar os outros?

– Adversário que podia lhe oferecer dificuldades? Contaram que foi uma verdadeira surra – revelou enquanto desviava o olhar mantendo o sorriso irônico.

– Surra? Esse Instrutor, se tiver outra oportunidade de aplicar o teste, irá mudar já que vai ter lembranças dolorosas – brincou tentando fazer parecer que a situação foi um pouco melhor. No final, sabia que havia apanhado bem mais do que o adversário.

– Posso ser sincero? – suspirou o Pidgey – Sei que essa abordagem foi a única forma que conseguimos de manter uma conversação com você, mas não poderíamos ter uma folga de vez em quando? A verdade é que o meu teste também não foi tão legal assim, afinal, demos cerca de oito voltas correndo em uma pista olímpica. Minhas pernas estão doendo tanto que mal consigo me manter em pé... acabei dormindo aqui por ter desmaiado depois de conseguir a última volta.

– Voltas em pista olímpica? – Axel não podia negar que estava surpreso com uma prova desse gênero para pokémons voadores – Seu Instrutor também não era dos melhores, né?

– Segundo ele, um Pidgey não deve ser limitado ao que acontece no ar. Meio que entendo a linha de raciocínio, perdeu a habilidade de voar na asa direita em combate e foi um impacto tão grande que deve ter até cogitado suicídio... deve estar passando provas assim para mostrar que há outros futuros para um pokémon voador – deduziu o Pidgey enquanto ainda aparentava estar deprimido – Ou ao menos foi o que ouvi.

“Sua capacidade de reunir informações sempre me assusta” pensou Axel ao ouvir as palavras do amigo. Continuaram a conversa enquanto desciam as escadas a lentos passos e foram em direção ao auditório para se reunir com os demais amigos. Ao chegar lá, acabaram separando-se no meio da multidão e o Nidoran acabou optando por pegar uma das poucas cadeiras livres a contar com a pequena chance de encontrá-los.

Após algum tempo aguardando silenciosamente, o mesmo Blastoise que explicou as regras do dia anterior subiu ao palco e começou o discurso: “Sejam bem-vindos! Obrigado por terem vindo ao auditório sem gerar confusões. Hoje, daremos início ao Teste de Sobrevivência! Sim, o mais aguardado por todos! O último obstáculo que lhes separa da tão sonhada vida de aventureiros. Antes disso, peço que me ouçam atentamente já que as informações não serão repetidas futuramente”. O Instrutor estava tão animado quanto no dia anterior, talvez gostasse desse evento. Houve uma breve pausa no discurso até que quatro telões desceram nos quatro cantos da sala.

“Mais uma vez, gostaria de desculpar com a demora da burocracia, mas a transmissão será televisionada para que os pokémons aquáticos recebam as informações na sede alternativa, isto é feito para que ninguém possa reclamar de vantagem sobre os demais candidatos. Enfim, no telão está sendo mostrado a floresta em que o exame será aplicado e todas as entradas pelas quais os alunos poderão ser encaminhados”. Imediatamente, o mapa foi revelado junto com oito quadrados designados com diferentes números que demonstravam os locais de entrada. “Pois bem, o objetivo é chegar ao prédio do Instituto na região central, caso estejam perdidos podem seguir o fluxo do rio que ele também os guiará ao local indicado e, não se esqueçam, vocês tem no máximo três dias para chegar ao local designado”.

“Isso é óbvio, pokémons aquáticos que não podem sair desse meio, como Magikarps ou Goldeens precisam de medidas apropriadas. Acaba por se tornar uma vantagem seguir o caminho dos rios já que também passa a possuir acesso à água potável... por outro lado, também terá um número proporcional de selvagens já que eles também precisam dela” pensou Axel enquanto buscava digerir a informação obtida.

“Como todos sabem, há fiscais que irão vigiar os locais de partida para que ninguém seja prejudicado durante o sorteio. Lutas só serão permitidas entre candidatos após três horas do começo do exame e os itens serão iguais para todos, exceto para os que vão ganhar acessórios especiais por passarem no exame teórico com boa posição no ranking. Após esse tempo, nenhum dos nossos funcionários estará no campo de exame e qualquer ato entre candidatos será permitido... claro, desde que seja dentro das leis. Lembre-se também que quanto mais concorrentes passarem, menor a probabilidade de conseguir bons trabalhos através do nosso sistema e isso poderá comprometer o seu desempenho no futuro”. Os comentários do apresentador ecoaram pelo auditório demonstrando malícia, como se tentasse fazer com que os alunos começassem a cogitar atuar daquela forma.

“Os itens que serão distribuídos são: três poções, um repel, um sinalizador e uma Berry de escolha do candidato. Sobre os itens que serão dados aos que fizeram boas posições no ranking durante o teste teórico: primeiro ao décimo receberão um celular dotado de gps com a localização de todos os demais candidatos e internet, além de 5 Berrys extras à sua escolha; décimo ao quinquagésimo receberão 3 Berrys extras escolhidas pelo Instituto; quinquagésimo ao último receberão 1 Berry extra de acordo com a escolha do Instituto. Devo avisar também que não serão permitidos uso de bolsas ou quaisquer objetos que não serão entregues por nós, isso é feito para garantir a igualdade de todos os candidatos. Quanto ao ponto de partida, houve um sorteio e o número de identificação está numa lista pregada nos murais com a hora e ponto de partida que o candidato será submetido. Serão disponibilizados ônibus que partirão de meia em meia para levá-los aos determinados pontos de saída, então prestem atenção e por favor, cheguem na hora certa ou serão automaticamente eliminados. Agradeço a atenção de todos”.

“Devo admitir, essas premiações para os dez primeiros do exame teórico são roubadas. Se não cometerem erros, serão aprovados e ainda poderão se distrair com o uso dos celulares... isso é muito injusto!”. Enquanto fazia sua reflexão, Axel saiu do auditório deparando-se com o Pidgey e todo o grupo reunido. Talvez, levado por um sentimentalismo pré-teste, tomou uma rara iniciativa e foi falar com eles.

– Pessoal! Como vão? – tentou cumprimentá-los de forma desengonçada já que não estava acostumado – Não acharam a divisão dos prêmios meio... injustas?

– Na verdade, sim. Deveriam ter ganho mais itens de proteção... os dez primeiros estão correndo sérios perigos esse ano – o Pidgey revelou preocupado – Desde a saída serão seguidos e... após as três horas, grupos de outros alunos irão atacá-los para tentar roubar os itens que possuem, esta é uma situação horrível.

– Demos sorte de não termos pego posições muito altas nesse ano – concordou o Machop – É a primeira vez que os prêmios são tão desequilibrados.

– Pergunto-me qual o objetivo em ter uma premiação tão desigual... querem desestimular os alunos inteligentes? – questionou Magnite.

– Acho que posso especular – comentou o Pidgey enquanto pensava qual seria a melhor forma de criar um argumento – Imagino que essa seja uma forma de levar os inteligentes a terem um teste de sobrevivência de verdade, afinal, muitos deles acabarão por trabalhar em setores estacionários do Instituto. Devem querer que passem por dificuldades agora já que não terão outra chance? Ou até mesmo desestimular a formação de aventureiros que não sejam capazes de sobreviver sem habilidades de luta?

– Ainda acho que eles possuem vantagem em vários aspectos – contrariou Axel tentando mostrar seu ponto – Eles poderão usar o celular e visualizar a posição de todos os outros candidatos, dá pra fazer armadilhas e procurar pontos que estejam com pouca gente para se esconderem. No pior dos casos, o plano poderia ser fugir com tudo em direção ao objetivo.

– Por que deveriam fugir? – questionou o Sandshrew – É óbvio, caçar ou serem caçados. Se todos querem os atacar, então qualquer assassinato seria legítima defesa... num ponto de vista legal, adquiriram uma licença para matar qualquer outro candidato.

– Sob esse ponto de vista... seria uma dádiva ou uma maldição receber o prêmio? – perguntou o Poliwag.

– É um teste... deram poder a dez pokémons. Serão engolidos pelos outros que o anseiam? Irão sujar as mãos por o possuírem? É um tremendo teste de personalidade, estou impressionado – confessou o Pidgey.

– Bom, que tal vermos o horário de saída de todos? – Propôs Magnite – Ficar aqui especulando sobre essa decisão não vai nos levar muito adiante.

Todos balançaram a cabeça em sinal afirmativo. No final, Magnite, Machop e Pidgey teriam de pegar o primeiro ônibus com destino ao ponto três; Poliwag, Sandshrew foram escolhidos para a segunda leva e iriam em direção ao ponto sete; Axel ficou sozinho na terceira em direção ao ponto oito. Acabaram trocando conversinhas e leves provocações até o horário de todos irem embora e deixarem Axel sozinho novamente. Sem opções melhores para matar o tempo, resolveu ficar deitado debaixo de uma árvore.

“No final, acabei passando no exame físico sem grandes problemas e pude disfarçar bem que o meu quadril dói a cada passo. Outro problema são as pernas trêmulas quando caminho muito”. No final, tirou a carta deixada pela Hypno da mochila e decidiu reler. Na verdade, eram dois documentos, um sobre os cuidados médicos que deveria ter durante esse período e o segundo acerca de um item que lhe fora deixado pelo Nidoking com a seguinte mensagem: “O seu corpo não irá responder tão bem após tamanhos danos e você usa sua velocidade como grande trunfo... não irá reparar o estrago, mas é uma forma de compensar. Comunicamos ao Instituto e não irá causar problemas entrar no exame com o item, use-o sabiamente”.

No fundo, Axel sentia-se ofendido com a hipótese de usar uma Quick Claw. Quando a viu nos livros, sempre a considerou um recurso utilizado por pokémons lentos e fracos para tentar equilibrar duelos contra velocistas. Era tudo contra o que seu pai lhe ensinara: “confie em sua velocidade, melhor do que defender um soco, só desviar dele enquanto desfere um golpe”. Definitivamente, não iria usá-la.

A hora do seu ônibus chegou e, imediatamente, dirigiu-se a ele. Assim que entrou, buscou um lugar vazio com acesso à janela, encostou sua cabeça na janela e tirou um cochilo que o deixou apagado por toda a viagem. Durante o decorrer do trajeto, alguns alunos o reconheceram e começaram a sussurrar sobre a luta do Nidoran e especularam que ele poderia acabar por se tornar uma ameaça no futuro, o fazendo receber vários olhares. Assim que o ônibus parou e a agitação dos alunos o acordou, Axel saiu do transporte e encaminhou-se ao setor de registro. Deixou sua mochila lá e pegou a nova que foi entregue pelo Instituto junto com os itens que lhe eram permitidos: três poções, um repelente, um sinalizador, uma Mint Berry e uma PRZCureBerry. Por desencargo de consciência, optou por levar a Quick Claw também.

Após ser revistado, checar toda a documentação e cumprir todos os pré-requisitos determinados pela burocracia, foi dado o direito de Axel ir para a posição de largada. Era um esquema bem simples, todos os candidatos teriam cinco minutos para sair do local designado e irem para mata adentro. Após esse tempo, o candidato seguinte também largaria na mesma posição e receberia o mesmo intervalo para se distanciar do ponto de saída. Assim que o permitiram, correu para dentro da mata para a região à sua direita, sentido oposto ao córrego mais próximo já que era local onde imaginou que todos iriam, contudo, seu corpo só lhe permitiu um pique durou cerca de dois minutos e meio, longe de ser o suficiente para adquirir uma distância segura.

Já haviam passado cerca de duas horas desde sua saída e Axel continuava adentrando a mata sem encontrar uma alma viva, seja selvagem ou candidatos. “Em breve será a hora do almoço e não encontro uma mera pessoa... minha previsão deve ter sido correta. Se fosse em direção ao córrego, já teria encontrado uma luta contra um selvagem ou alguém poderia ter reparado na minha condição. Qualquer uma das duas opções seria horrível”. Não que sua escolha fosse tão positiva assim, afinal, estava sem estoques de água potável ou comida de fácil acesso. Seria um desperdício acabar com uma das duas preciosas Berrys dessa forma.

Após procurar bastante, encontrou uma Oran Tree e conseguiu arrumar quatro frutas. Pegou duas delas e misturou com algumas ervas e cogumelos que encontrara pelo caminho e consumiu o que definira ser “um almoço ecologicamente correto”. Sabia que uma dieta baseada em ingredientes tão pífios não seria sustentável por muito tempo, entretanto, foi o melhor que conseguiu arranjar naquela região.

Horas seguindo na mesma direção, sempre avante em busca do que considerava ser um “riacho temporário” que não era mostrada no mapa demonstrado na sede do Instituto. Um mero palpite. Conhecia o clima da região e acreditava que a formação rochosa iria colaborar, esse foi o seu pensamento. Se fosse verdade, pode ser que não houvesse nem candidatos nem selvagens por ali... ou pelo menos, não muitos. Seguiu seu caminho sempre atento em busca de comida e, quando ficava com sede, conseguia extrair um pouco das árvores para saciá-la. “Talvez deva agradecer o meu pai por ter me trazido tantas vezes para acampar, sem esse conhecimento poderia estar com sérias dificuldades”, pensou enquanto guardava uma Mint Berry recém-colhida em sua mochila.

Sentiu que era hora de procurar um local e torná-lo propício para dormir, procedimento padrão. Cavou um pequeno buraco com Dig e o cobriu com folhas, armadilha para pokémons maiores; colocou diversos espinhos com Poison Sting presos na raiz de uma árvore e os cobriu com uma Oran Berry (também envenenada com tal habilidade), armadilha para potenciais ladrões; escalou algumas árvores na região e os deixou “quase quebrados” para que o barulho servisse de aviso caso algum pokémon ave pousasse sobre eles. O objetivo delas não era impedir ou causar problemas para outras pessoas, apenas garantir que se algo tentasse incomodá-lo pudesse ganhar tempo a ponto que pudesse fugir.

No final, fez um túnel com Dig para que pudesse ficar protegido sob a terra como plano de fuga e garantiu que sua mochila estivesse a salvo dentro dele. Também teve certeza de deixar bem vulnerável para que qualquer novo buraco em sua rede pudesse causar um deslizamento e causasse algum dano ao alvo, apesar de duvidar que alguém com tal habilidade surgiria. Obviamente, como perdera cerca de duas horas arrumando todas as armadilhas e checando a área, estava cansado e pronto para ter uma longa noite de sono. Tiro e queda, assim que se deitou no local escolhido, dormiu imediatamente.

No meio da noite, acordou subitamente. Suas orelhas estavam agitadas, demonstrando que algum barulho anormal estava acontecendo, um alerta clássico. Outra coisa o deixava aflito, sentia um embrulho em seu estômago, como se algo ruim estivesse por perto, um ser que podia ameaçá-lo. Cuidadosamente, aproximou-se do local onde o som foi formado, até ficar coberto apenas por mais um pequeno arbusto. Juntou sua coragem, respirou fundo e viu... aquela cena quase o fez vomitar.

Quatro pokémons brutalmente assassinados encostados nas árvores. Spearow, Pikachu, Weedle e Charmander. Todos tiveram suas peles arrancadas, alguns órgãos foram estraçalhados e arrancados para longe de suas posições naturais. Suas mochilas estavam pouco afastadas dos seus corpos e o sangue deixado por eles ainda estava fresco.

“Não tenho precisos conhecimentos médicos, mas posso dizer que morreram há menos de uma hora... como suas mochilas ainda estão aqui, então não foi roubo... mas só lhes restaram os sinalizadores, todos os outros itens parecem ter sido... usados? Os arbustos também parecem ter sido movidos bruscamente, como se indicassem uma perseguição. O que raios aconteceu aqui?”. Por fim, recolheu as ID’s de todos e decidiu voltar para sua “casa” antes que o ser causador daquele estrago aparecesse. Axel não conseguiu voltar a dormir naquela noite.


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Notas finais do capítulo

O nome do Pidgey é PJ (leia-se Pi Jay) ba dum tss. Falei zoando pro Kazunari e ele me fez a imoral proposta de postar aqui. Como podem ver, essa história está na mão de pessoas com problemas kkkk