Contos de Poseidon & Atena escrita por Olw Mills


Capítulo 1
Centelha de um Sentimento


Notas iniciais do capítulo

Uma das primeiras descobertas sentimentais deles... e um pouquinho de sacanagem pra não perder o costume... huahau
Nao rola nada nesse capitulo, só umas indiretas dele, e os sentimentos dele... sem mais spoilers... leiammm



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Era uma noite agradável no Olimpo, as ruas das cidades dos deuses estavam calmas, e o Olimpo estava quase vazio, se não fosse a deusa da sabedoria que optara por ficar sozinha a ir passar as férias em uma das ilhas desertas na Grécia com sua “adorável” e grande família.

Já eram duas da manhã, e Atena havia acabado de terminar uma das temporadas de Supernatural; sua terceira xícara de café revelava-se vazia, e partir para a sétima temporada sem cafeína seria desagradável, pois o gosto do café a acalmava, o que era bem contraditório. (A verdade é que a deusa sentia um certo receio com criaturas de Supernatural, elas eram tão... estranhas e sombrias).

Fechou a porta do quarto, e desceu as escadas, entrando na cozinha, já com as luzes acesas, o que era um pouco estranho já que a loura lembrava-se de tê-las apagado.

- o que esta fazendo aqui?! – perguntou ela, assustada, observando o deus dos mares sentado junto a bancada, uma vasilha de salgadinhos à frente, as costas largas e definidas viradas para ela.

O deus levantou as sobrancelhas, assustando-se com a presença dela, virando-se de frente para a mesma.

“Ela não deveria estar aqui...” pensou ele.

A pele bronzeada dele estava à mostra, a única coisa que vestia era uma calça de moletom cinza, seus braços musculosos cruzaram-se sobre o abdômen e peitoral definidos. Soltou um suspiro, seguido de um sorriso sacana, os lábios desenhados formando uma curva que Atena ‘odiava’, o que chamava-se “sorriso”, as orbes verdes como algas marinhas, os olhos penetrantes dele encontraram os dela, e sua sobrancelha grossa arqueou-se.

–eu é que pergunto... – respondeu ele – não deveria estar de férias?

–eu não quis ir. Mas o que está fazendo na minha casa? – a loira cruzou os braços sob os seios.

– meu palácio esta em uma pequena reforma, e pedi para me hospedar aqui enquanto vocês estiverem viajando – ele coçou a barba curta – não sabia que estava aqui.

A deusa não pode deixar de reparar que Poseidon havia sido educado, mas deixou isso para lá.

– pediu para quem?

– Afrodite... – respondeu ele com pouco caso, mas se tocou imediatamente de que a deusa do amor havia planejado aquilo.

– Hm... – ela respondeu, descruzando os braços e seguindo ate a cafeteira.

Ele girou o corpo para observa-la, e não pode negar... ela era atraente.

Seus cabelos dourado caiam em cachos de ouro por suas costas, cobertas apenas por uma fina blusa de renda vermelha –“tenho que parabenizar Afrodite pela escolha de roupas dos deuses” pensou ele – a cintura fina levava ate os shorts, também vermelhos, eram curtos e justos, revelando o quadril moldado da deusa, seus olhos desceram ate suas pernas musculosas, para depois subir novamente para o quadril¹, e desviou os olhos antes que sua mente maliciosa começasse a fantasiar coisas nada puras com sua inimiga.

– o que foi? –perguntou Atena, observando ele suspirar, revirando os olhos por isso.

Poseidon a encarou, os olhos cinzentos como nuvens de tempestade, mas incrivelmente brilhantes, as pequenas faíscas azuis-celestes que circulavam suas pupilas davam contraste, tornando-os intrigantes e misteriosos, os cílios compridos e curvados passavam um toque delicado ao mesmo. O nariz fino e arrebitado possuía micro sardas que iam ate suas bochechas coradas, seus lábios cheios e rubros contrastavam com sua pele branca, que aparentava ser incrivelmente macia.

Seus olhos desceram involuntariamente, e ele imaginou como o pescoço branco dela ficaria vermelho quando beijado, observou o decote da blusa, que revelava o começo dos seios fartos da deusa.

– o que esta olhando?! – perguntou a loira, levemente irritada.

– colar bonito... – disfarçou o deus dos mares, a inocência dela a tornava ainda mais atraente.

– ah... – ela observou o próprio colar, uma pequena coruja de ouro, com olhos de pequenas esmeraldas. – você vai se envenenar se continuar comendo essas porcarias industrializadas... –apontou para os salgadinhos sobre a bancada, falando de modo autoritário.

– eu não ligo... –o deus deu de ombros – sou um deus, esqueceu? Sou imortal.

– é... infelizmente. –disse arqueando a sobrancelha fina e desenhada.

– vá dormir, esta tarde para você... –Poseidon disse de modo debochado.

– estou assistindo... idiota! –ela revirou os olhos.

– posso te oferecer coisas mais interessantes para fazer do que assistir... –disse mais para si próprio do que para ela.

Ela ficou calada por alguns segundos.

– você é perturbado. –disse pegando a xícara de café e saindo da cozinha, subindo as escadas.

Ele sorriu maliciosamente, estalando os dedos, fazendo a vasilha de salgadinhos desaparecer.

Subiu as escadas e parou em frente a porta cor de marfim com entalho de coruja, empurrando-a cuidadosamente.

A deusa cobria-se até a cintura, o notebook sobre o colo, a xícara de café nas mãos, os olhos vidrados na tela, o quarto iluminado apenas com a luz do abajur ao lado d cama de Atena.

Aquele quarto parecia tão convidativo, aquela cama aparentava ser tão macia, e a deusa... Poseidon realmente precisou se controlar muito.

“Porque ela tem que me odiar?” pensou ele.

Bateu na porta, colocando parte do corpo para dentro do quarto, o sorrisinho sacana no rosto.

– o que quer?! –ela quase gritou, repreendendo-se por não ter trancado a porta.

– meu quarto é o penúltimo do corredor... –ele sorriu de modo malicioso –caso meu de ideia...

– SAI DAQUI! – a loura gritou, arremessando uma almofada contra ele.

O deus dos mares sorriu , caminhando ate seu quarto, permitindo-se pensar abertamente ali, mas sem trancar a porta caso Atena resolvesse fazer uma visitinha. (obvio que isso não aconteceria).

Atena trancou a porta, e voltou a deitar-se na cama, tentando ignorar o fato de que ela e seu inimigo estavam sozinhos ali, e que mesmo trancas mágicas não poderiam parar um dos três grandes.

E tentou ignorar, acima de tudo, o que sentiu ao vê-lo, uma sensação aconchegante em seu peito, e uma pequena quentura em seu corpo, que percorria suas veias e enevoava sua mente.

“PARE COM ISSO, ATENA!” disse para si mesma “você o odeia!”.

Suspirou, voltando a prestar atenção no notebook.

“não há nada demais nisso... é apenas a raiva correndo por minhas veias, a raiva DELE!” pensou ela.

Mas a deusa sabia que não era isso, sabia que era algo mais forte e algo que nunca havia sentido por ninguém, a não ser por Poseidon.

O deus sorriu mais uma vez, tentando ignorar a quentura que crescia em seu peito ao lembrar-se dela, o deus não deveria sentir isso por ela, mas não era como se ele pudesse controlar, ele não tinha culpa de nutrir sentimentos por Atena.

Eles não podiam controlar isso... mas eram orgulhos demais para admitir para si mesmos, e mais ainda para admitir um para o outro...

Mas o tempo cuidaria disso...


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Notas finais do capítulo

¹ a verdade é que Poseidon estava reparando no bumbum dela mesmo, mas vamos deixar isso menos explicito. hauhauhau
é isso meus amores... comentem ♥
bj bj
Logo logo vem capitulo novo hehehe



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