Paradoxo - Seson 2 escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 35
Casa Comigo?


Notas iniciais do capítulo

Oi gentes bunitinhas!
Hoje é domingo e com o capítulo novo vem alguns avisos bem legais, bom, são legais para Sweet e eu, vocês só vão querer nos matar. No proximo mês teremos uma semana de recesso da fic, pois Sweet vai sair do fim de mundo que ela mora, e vir aqui me visitar nas minhas terras. Semana que vem, vamos passar para vocês todos os detalhes, do dia exato, mas acredito que não terá capítulo novo, na segunda semana de abril.
Agora a coisa boa, a lindinha da Dama de Ferro fez uma linda recomendação para nós, e o capítulo de hoje é todinho para ela, como nossa forma de agradecer. Vão ver que está muito especial!



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ISIS

Ligo para o tio Barry, e percebo que Damian já havia entrado em contato com o Dick. Tento manter Connor confortável, mas ele deve ter quebrado algo, o que é muita sorte se for olhar o quadro geral, já que foi enfrentar um meta humano com arco, flechas e muita marra. Respiro fundo me acalmando, quando o vejo soltar um murmuro involuntário de dor, apesar de segurar a onda, aquilo deve estar doendo como o inferno.

—Vai ficar tudo bem, vamos tirar você daqui. –falo sem parar.

—O que aconteceu? –Luna questiona assim que passa pela porta, sendo seguida por Dick, e Connor passa a se esforçar ainda mais para não demonstrar a dor que sente.

—Precisava ver o outro cara. –Con tenta fazer graça, mas Luna não tem nenhum humor quando o assunto é a saúde dele.

—Connor nos salvou. –Damian diz em voz baixa, e me recuso a olhar em sua direção, me levanto do sofá, cedendo o lugar para Luna que examina meu irmão com a seriedade de uma médica formada.

—Ele fraturou no mínimo uma costela. –diz depois de alguns segundos. –Por que Connor? –chama a atenção dele. –Por que sempre precisa se machucar?

—Na próxima vida, vou ser jardineiro, você pode ser uma cozinheira, então vamos ter uma casa no campo e criar nossos filhos com as vacas.

—Ele está delirando de dor? –Dick me pergunta, confuso com a linha de raciocínio.

—Talvez, Connor nunca fez sentido para mim. –respondo sem conseguir focar em nada. –Pode levar nossos carros para Star City? –pergunto jogando minha chave para Damian, sem nem olhar em sua direção.

—Claro. –ele olha de Damian para mim.

—Ótimo. –falo rapidamente, me livrando de qualquer conselho que ele possa me dar, realmente, não tenho saco. –Luna, entrega a chave do Con para o Dick.

—Já está com ele. –diz com a atenção em meu irmão.

—Por que? Por que está com ele?

—Jura Hon, ciúmes agora?

Esse é o motivo de saber que Connor a ama, por que sei que eles está irado, morrendo de dor, e que só o que anseia nesse momento é arrancar a cabeça do boboca do Hunt. Mas ainda assim ele está tentando a manter tranquila, a fazer sorrir, mesmo sabendo que Luna não precisa de nada disso, ela é durona a seu próprio modo. E ainda assim, aos olhos dele, ela é tudo. Assim como eu.

—Me ajuda a levantá-lo? –Luna pergunta passando o braço de Connor por seus ombros.

—Ele é muito pesado. –falo o apoiando do outro lado. –Pronto, peguei.

—Felicity, pode levar Connor, Luna e Isis para a base de vocês? –escuto Damian dizer antes de reaparecer em frente aos meus pais com os rostos cheios de preocupação, Sara e Dig não muito diferentes.

—Ele deve ter fraturado uma das costelas. –Luna informa quando meu pai começa a pegá-lo. –Precisamos de um raio x, e talvez Caitlin seja de grande ajuda.

—Acho que precisaram de Cait em Central. –falo em voz baixa fazendo com que todos me olhem surpresos.

—O que quer dizer? –Minha mãe se levanta seguindo meu pai e John que estavam colocando Connor na maca.

—Nós conseguimos. –entrego meu celular para ela, com as foto das provas. –Foi mesmo Hunt. –olho para Sara e John que pareciam perdidos, vejo Luna colocar a mão no ombro de Sara e ela a segurar ali, como se precisasse de conforto.

—Sinto muito. –diz a amiga.

—Ele conhece Wally, já esteve em minha casa... –John anda de um lado para o outro. –Como isso é possível?

—Nós não sabemos. –Luna o responde.

—Na verdade ele está pensando que de alguma forma, matar Sara foi um grande favor para Wally. Idiota. –penso alto, e vejo meus pais me olhando de esgueira, para que me calasse.  –Ou... Não sabemos.

—Onde Wally está? –Sara pergunta quando eles começam a cuidar de Connor. –Ele voltou?

—Sim. –seguimos Luna em direção aos computadores, enquanto John e meu pai empurravam a maca de Connor para leva-la a ala que adaptamos como uma espécie de hospital. –Ele salvou Connor, Isis e Damian do Hunt. –começa a digitar, procurando alguma imagem que mostrasse o que estava acontecendo com os dois em Central.

Nós ficamos boquiabertas ao ver todo o rastro de destruição pela cidade, e três raios em uma perseguição de alta velocidade. O raio azul se mantinha a frente com muito esforço, por vezes sendo jogado em direção a um prédio, mas ele sempre escapava e voltava a correr, o raio vermelho e amarelo era o que o atacava, com uma violência que nunca vi Wally usar antes. E por fim o raio vermelho tirava pessoas da rua, esvaziava os prédio e tentava evitar que alguém morresse.

—Wally vai matar ele! –falo, não que me importe, mas Wally não sobreviveria com aquilo sobre seus ombros.

—Não, não vai. –Sara se senta ao lado de Luna. –Pode me ligar a frequência dele, Lu?

—Um segundo. –responde já digitando, vemos minha mãe se juntando a nós e uma pequena exclamação escapar de seus lábios, ao ver o que estava se tornando Keystone.

‘Me ajudando, como pode pensar que estava me ajudando?’ a voz de Wally estava irreconhecível, repleta de fúria enquanto prensava Hunt contra um muro e o socava com a mão livre.

‘Você ficou fraco.’ Retrucava com dificuldade, entre os socos. ‘Perdido em um namoro tão sem graça que não valia a pena.’ Mal víamos o braço de Wally depois daquilo, mas o muro estava cedendo atrás deles, tamanha a potência.

—Desgraçado. –Sara passa a mão no rosto.

—Wally vai mata-lo, precisa fazer com que ele pare. –Luna a lembra.

—Wally. –Sara chama pelo comunicador.  –Você é melhor do que ele.

‘Não, eu não sou.’ Responde entre dentes.

—É claro que é, não vai conseguir voltar se for até o fim, precisa parar agora. –diz novamente contendo a emoção da voz. –Me escuta, eu matei enquanto estava longe. É o que se espera em uma guerra, mas dentre todos os rostos desconhecidos, havia um velho decrépito em uma cama hospitalar se mantendo vivo como uma espécie bizarra de zumbi. –Luna não parece surpresa, mas minha mãe e eu a olhamos em choque. –Não deveria falar sobre isso, jurei nunca mais tocar no assunto. Era a vida dele ou a do tio Ollie, mas mesmo assim todas as noites são os olhos nublados dele que vejo antes de dormir, o que é uma droga, por que costumavam ser os seus. –funciona, Wally para e nós respiramos aliviadas.

Então me lembro de minha visão, Ivo em um lugar estranho em uma cama hospitalar, estava em choque, não conseguia dizer nada. –Foi você. –minha mãe se vira para Sara com um sorriso de gratidão. –Você parou o Amazo, nós nunca conseguimos entender como ele simplesmente caiu como um monte de sucata.

Sara estava pronta a responder, quando nossa atenção se volta mais uma vez para os monitores. Hunt estava livre novamente, ele corre em direção a uma mulher que tinha uma criança nos braços, vemos o tio Barry tentar impedi-lo, e Wally indo atrás, mas antes que possa o alcançar o bebê está na calçada e a mulher acima de um prédio, sendo pendurada pelo pescoço.

—Um canal de notícias! –Sara diz, e minha mãe liga nos News 52 que estavam cobrindo todo o desastre.

Hunt mandava que eles se afastassem, ou jogaria a mulher do alto do prédio. Barry pegou a criança e pediu para que uma das pessoas curiosas e nada inteligentes que estavam observando a cena como se fosse um teatro de rua, para segurar o bebê. Então Hunt solta a mulher, e no tempo em que ele Wally a resgata, o bandido desaparece.

—Merda! –Sara se levanta irritada, respira fundo algumas vezes, tentando se acalmar. –Vou ver se posso ajudar com o Connor.

—O que vamos fazer agora? –questiono aflita, pensando nos filhos dos Grayson, e dos Allen.

—Agora, nós trabalhamos. –minha mãe responde com sua calma típica das piores crises, e ela e Luna voltam a atenção para as provas que Damian e eu coletamos mais cedo.

Não seria útil ali, então visto uma calça de moletom, e uma camiseta. Precisava esmurrar alguma coisa, ou alguém. Essa é a parte frustrante por não ter nenhum poder, ver meu irmão se machucar diante dos meus olhos, um dos meus melhores amigos em uma guerra e ficar atrás de um computador vendo o homem que tentou matar a garota que considero uma irmã, se safar. Escuto o elevador se abrir... e tem isso também.

—Uma hora vai ter que falar comigo. –Damian diz, e sinto seus passos o que só aumenta a força em que golpeio o boneco a minha frente.

—Não tenho nada de bom para te falar agora, Wayne.

—Eu precisava te tirar de lá, e era exatamente isso que Connor queria. –sinto o sangue ferver em minhas veias, dando assim a tal atenção que ele pediu.

—Sabe, mais cedo você falou sobre eu ter algum problema por escolher você. –respiro fundo e olho para ele, vendo seu rosto impassível, da forma que fica quando ele não quer demostrar nenhuma emoção forte. –A verdade é que eu te escolhi por que dentre todos os que me rodeiam, você era o único que não me tratava como uma boneca de porcelana. –dou risada. –Me via como uma igual, me apoiava em tudo...

—Eu ainda apoio...

—Acontece que hoje, quando meu irmão estava lá, quase sendo morto... –as palavras saem da minha boca como se fossem palavrões. –Você fez exatamente como meus pais faziam, como o Wally fez.

—Estava tentando te manter segura! –grita, se livrando da máscara de filho controlado do Batman.

—E quando foi que te pedi para me proteger? –dou um passo em sua direção, e o encaro. –Nunca quis um herói particular, ou um príncipe no Batmóvel. –digo seca.

—Isis, por favor...

—Era a vida do meu irmão, a minha vida. –Damian parece estar sendo torturado. –A diferença de suas atitudes para as do meu irmão, é que ele nunca mascarou que me colocaria acima do próprio bem estar, mas não acredito que Connor deixaria alguém morrer para me poupar. –jogo minhas luvas no chão, e saio o deixando ali, sozinho.

LUNA

—Como você está? –entro no quarto hospitalar, que nós mantínhamos na caverna, e vejo Connor sonolento deitado no leito, lindo do jeito que só ele consegue ser.

—Você é linda, tão linda. –sorri abobado. –Parece um anjo.

—E você está chapado. –puxo a cadeira que estava ao lado do leito para me sentar. –Duas costelas Connor, duas. Esse é seu recorde até o mo... momento! -respiro fundo, tentando não gaguejar mais. –Por que não tenta se manter inteiro, só uma vez? –ele estende a mão para mim, e a seguro.

—Eu deveria me casar com você, e ter filhos, muitos pirralhos bonitos. –dou risada ouvindo sua voz grogue.

—Sou mais do tipo que tem um ou dois filhos, nada de uma multidão. –brinco sabendo que ele não se lembraria de nada. –Terão os seus olhos, e esse charme quase grosseiro, nunca vou conseguir dizer não para eles.

—Hum hum. –nega balançando a cabeça. –Quero que se pareçam com você e puxem essa incapacidade de saber o quanto são bonitos. –ele me olha como se eu fosse o centro de seu mundo.

—Quando seu barato passar, você vai entrar no modo Robocop, não vai? –passo as mãos por seus cabelos louros. –Vai ficar frustrado por não poder lutar, mal humorado e tentando manter a pose zen, mas falhando de forma quase vergonhosa.

—Se eu te pedir em casamento, você se casa comigo? –sorrio para ele.

—Eu faço qualquer coisa que você me pedir, Connor. É o amor da minha vida. –sinto meus olhos se encherem de lágrimas. –Só não tenta morrer mais, não vou superar perder você.

O elevador se abre e Felicity entra no quarto, Connor sorri radiante para ela, quem vê pensa que estava posando para alguma capa de revista médica. Ela dá risada se divertindo com o bom humor temporário do filho e beija o alto da cabeça dele.

—Mãe, manda ela casar comigo. A senhora é a chefe dela. –diz feito uma criança e nós damos risada.

—Luna, se case com ele. –Felicity fala, se esforçando para não sorrir, e Connor parece relaxar depois.

—Obrigado, mãe. –murmura fechando os olhos.

—Nós precisamos trabalhar, eu encontrei um projeto antigo que pode ajudar.

—Claro, vamos. –beijo Connor, me despedindo, e saio com Felicity.

—Eu adoro esses remédios para dor. –começa a devanear quando o elevador se fecha. –Tudo parece mais colorido e feliz com eles!

—Ele vai ficar um porre quando o efeito passar.

—Eu sei. –choraminga. –Cisco e Cait adaptaram um antigo projeto que vai manter Don e Dawn protegidos do Hunt. Aliás, Cisco nos mandou chama-lo de Zoom.

—Wally sempre disse que esse era nome para psicopata. Me parece apropriado. –dou de ombros, o elevador se abre e caminhamos em direção aos computadores. –O que faram com os Grayson?

—Jason levou Chloe e Alfred para uma ilha deles, não fiz perguntas, mas sabe como eles são, estarão seguros.

—Isso é bom.

—Preciso encontrar um meio de replicar a nano tecnologia do Ray. Ele criou a muitos anos atrás um soro que desacelerava o Flash. –observo o projeto que ela colocava na tela.

—Onde está Ray?

—Em 1945. –responde vagamente, e prefiro não pedir detalhes.

—Mesmo se conseguirmos repica-lo e eu acho que vamos, como uma flecha vai atingir o Zoom?

—Nós temos dois Flash’s, um Arqueiro Verde e meio, uma garota com uma adaga mágica, uma guerreira muito habilidosa que o psicopata tentou matar, um pai furioso, dois membros da Batfamilia, e dois super cérebros! –ela aponta para nós duas. –Acredite querida, já trabalhamos com menos. –ela sorri para mim, com aquele ar de criança, e por um momento acredito que estamos realmente em vantagem, que aquilo pode dar certo.

FELICTY

—Sra. Queen? Sra. Queen? – tomo um susto, quase pulando da cadeira quando percebo que Michael Tenner, meu assistente pessoal que estava em minha frente, receoso por ter me tirado do meu devaneio. – Desculpe senhora, mas tem uma reunião com os associados de Madri em uma hora, me pediu que a lembrasse. Eu trouxe as pautas para serem revistas.

—Primeiro Tenner, não me chame de Sra. Queen, isso me lembra a minha finada sogra, que Deus a tenha. Ela não era uma pessoa legal. – afirmo enquanto pego minha bolsa na gaveta. –E nem era por ser a minha sogra, o que não era na época, ela só não era legal.

 Calço os meus sapatos que estavam jogados em baixo da minha mesa, eu faço muito isso. Assim que chego ao escritório tiro os sapatos, principalmente quando alguma coisa está errada, e sempre existe muita coisa errada a ser resolvida.

 -Me chame de Felicity ou de Sra. Smoak-Queen, mas nada de Sra. Queen. – ele concorda rapidamente me passando um tablet que deveria conter a pauta da próxima reunião. –Desmarque essa reunião.

—Tem certeza? –os olhos escuros dele quase saltam das orbitas, para ser melhor, só se ele gaguejasse um pouco...

Fiquei muito tempo olhando para o meu monitor na tentativa de achar alguma pista do Zoom, que desapareceu a mais de três dias. Preciso concordar com Luna, Zoom é um nome perfeito para o psicopata que estávamos caçando, na verdade estávamos nos defendendo, ou tentando. Então resolvi fazer alguma coisa de útil, ou pelo menos algo que me deixe um pouco mais leve.

—Melhor, não desmarque, vejamos o que você pode fazer nessa reunião. – saio pela porta vendo a cara de terror que Michael fazia. – Não me decepcione. – grito quando a porta do elevador estava se fechando.

Foi difícil achar alguém para substituir Luna, nós conseguíamos nos entender sem muitas palavras, o que sempre foi excelente, mas Tenner está se saindo bem. Vejo que ele quer dizer mais alguma coisa, mas a porta se fecha sem que eu tenha entendido nada. Aceno de forma educada enquanto somos separados pela porta de metal.

—Boa tarde Felicity. – John está parado à frente do elevador, com o seu sorriso costumeiro, sorriso que voltou junto com Sara.

—John, assustar as pessoas é um habito horrível. – ele começa a andar ao meu lado. – Tecnicamente você é segurança do prefeito. – aponto para ele com a chave do meu carro estendida, como um dedo da acusação. – Isso pode ser visto como mau uso da verba da prefeitura.

— Eu tirei um mês de férias. – dá de ombros, retirando a chaves da minha mão. – E depois que ... não quero repetir nada daquilo. –não precisa colocar em palavras, seu sorriso some, e seu rosto parece ter envelhecido dez anos com apenas a menção de tudo que havíamos passado.

—Não vamos. –abre a porta do passageiro ao lado do motorista e eu entro, coloco o cinto e espero que entre.

—Para onde? –pergunta, e me sorridente.

—Para o apartamento do Connor.

No caminho falamos amenidades, tentávamos manter o assunto longe de Zoom, já que aquela peste tomou conta dos nossos pensamentos por completo. Luna decidiu ficar trabalhando em casa por esses dias, e havia impedido que Phill saísse, o que deve estar gerando um conflito de relacionamento entre os irmãos, algo que ficou bem sonoro quando o elevador parou na cobertura do prédio. O som alto dos pratos da bateria davam para ser ouvidos antes mesmo do elevador abrir a porta.

—Ele não está bravo. –Luna abre a porta já se explicando. –Só está se desenferrujando. –afirma e como que por magica o barulho estridente desaparece. – Melhor ouvir a bateria do Phill do que o sarcasmo do Connor. – sorri. – Ele está no quarto dele. –aperto sua mão com carinho e deixo John e Luna conversando enquanto entro a procura do Oliver II o Retorno, também conhecido como Connor.

—Espero que esteja vestido. – enfio minha cabeça pela porta tampando meus olhos com as mão.

—Mãe, isso perdeu a graça na quarta série. – a voz cheia de rabugice quase não me deixa reconhece-lo.

—Você fala de mim e do seu pai, mas já peguei você em poses muito comprometedoras, lembra aquela vez com a garota mais velha? Acho que era Alice o nome dela...

—Ok mãe, já provou o seu ponto, não precisa me lembrar daquela vez. – faço objeção com o dedos. – Nem de todas as outras. -faz careta. -Alguma coisa? – pergunta esperançoso.

—Nada. -me sento ao lado dele na cama, colocando meus pés debaixo da coberta. –Como estão as costelas?

—Só doí quando respiro. –era tão sarcástico que chegava a ser ácido.

— Então é só parar de respirar. –prendo o nariz dele entre meus dedos.

—Você sabe que eu já tenho vinte se sete anos?

—Sabe, quando o Wally apareceu nas nossas vidas, nos dando pequenos spoilers do futuro...- brinco com o seu cabelo loiro, sentados assim quase parecia que eu tinha uma altura digna.

—Qual é mãe? Vocês já nos contaram tantas vezes essa história nos últimos anos, que te garanto, perdeu a graça. – me interrompe, mas não ligo muito, apenas continuo.

—Espera, essa é uma história boa, acho que não contei para vocês ainda. – tento me lembrar... É, não havia contado mesmo. –Bom, Wally mudou muitas coisas daquela época. -sorrio com a lembrança nostálgica. -Se hoje sou tão boa na cozinha deveria agradecer a ele.

—Wally sempre faz careta ao comer sua comida, e reclama feito um velho. –dou risada, sinto que aos poucos ele vai deixando a barreira que o envolvia ceder. –Pensei que tivesse aprendido com a Iris.

—Na verdade foi, mas resolvi aprender a cozinha por que ele me deu um susto muito grande. –dou risada com a lembrança, de um Wally quase surtando dentro do meu antigo carro, e bota antigo nisso.

—Vai dividir a piada?

—Ele disse algo como “não sei como Connor sobreviveu a sua comida.” Não foi com essas palavras, mas foi essa a intenção. – tento dizer entre o riso. –Realmente, não sei como você sobreviveu, naquela outra realidade, ao meu tempero. Minha comida parecia um grude, seu pai era muito melhor, tipo um abismo enorme nos separando. –demonstro com os braços esticados.

—E por isso você resolveu pedir a tia Iris para te ensinar a cozinhar. – deduz. – Nossa mãe, boa história. – diz cheio de sarcasmo.

—Calma que você não entendeu a questão ainda. – dou um safanão na sua nuca, o que faz um sorriso aparecer em seus lábios, depois de um sonoro “ai”. –Até então, bom, até Wally soltar seu nome, era só o presente. Ok, Wally era do futuro, mas ali estávamos vivendo o presente, problemas do presente. –sorrio colocando minhas mãos em cada uma das bochechas de Connor, fazendo um sanduíche do seu rosto. – Tudo mudou quando disse o seu nome. Naquele momento, foi onde algo despertou em mim, comecei a ver o meu futuro, minha família. Na verdade surtei por algumas horas, afinal, como iria criar uma família, mas algo nasceu em mim, Connor. Você despertou o meu amor de mãe sem nem ao menos te conhecer, só o seu nome foi o suficiente. – beijo seu rosto, e ele sorri carinhosamente, deitando a cabeça em meu ombro. – Quando Oliver te encontrou, bom, nós já te amávamos a muito tempo.

—É uma história linda, mãe. – sorri olhando para mim. – Mas isso não muda em nada o que estamos enfrentando agora.

—Eu sei. –acaricio o seu cabelo. –Mas sempre que lembro dessa história, sinto a esperança renascer em mim. Uma palavra, um nome, foi o suficiente para tudo mudar para melhor. Talvez seja isso o que precisamos agora.

—Um nome?

—Não. – respondo olhando nos seus olhos. –Esperança Connor, esperança. – volto a olhar para ele. – Mas se tiver um nome, fala sério, sua vó iria surtar. Ela é tipo aquelas pessoas que quando vê um bebê parece ... Você lembra de como ela ficou quando a Isis nasceu.

—Ela falava com aquela voz engraçada. – ele solta uma gargalhada misturada com um l2ganido desesperado de um guaxinim sendo torturado.

— Ela ativou o modulo super avó. – concordo. – Imagina se você disser a ela que vai ser Bisavó, a velha cai dura.

—Ei, mãe, calma lá. – se assusta fazendo careta de dor. – Uma coisa de cada vez. – ele se ajeita e puxa a jaqueta que estava aos pés da cama.

—Quer uma coberta? – pergunto sem entender o súbito frio.

—Não. – seu rosto tem estampado o símbolo da interrogação. – Eu quero te mostrar uma coisa, mas promete que não vai surtar?

—Connor, eu tenho o telefone do presidente na discagem rápida, de mais de um deles na verdade, e da rainha...

—Aquela mulher deve tomar banho com sangue de unicórnio, para ainda estar viva. – ele balança a cabeça com cara de nojo. –A imagem dela tomando banho não é saudável. Mas promete não surtar.

—Ok. – respondo desistindo de fazer piada. – Prometo não surtar.

Connor tira do bolso uma caixa de veludo, e eu levo as mãos a boca com a surpresa. Não era exatamente o fato dele se casar, mas sim todo o cuidado que estava tendo, com o anel e a surpresa que queria fazer a Luna. Meu bebê tinha mesmo puxado ao pai.

—Minha outra mãe me deu isso no dia do enterro falso da Sara, esse foi o anel de casamento dela. Me disse que não poderia estar mais feliz com a minha escolha.

Connor sorri feito um pateta apaixonado, enquanto abre a caixinha de veludo e vejo como era delicado o anel em ouro branco com um senhor diamante em corte princesa, nada parecido com a versão sutil e discreta que ele comprou para Luna a alguns anos atrás. Olho para ele contendo minha emoção, tive diversas conversas com minha mãe quando estava noiva de Oliver, ela sempre descreveu a ideia de me ver casando como a realização de um sonho, um tipo de realização pessoal. Agora vendo meu filho prestes a se casar, consigo entender o sentimento.

—Sandra tem razão, você não poderia ter escolhido melhor. –fecho a caixa e devolvo para o bolso da jaqueta, ao mesmo tempo que o som do violão do Phill toma conta do apartamento. –More than Words. -indico feliz ouvindo a música. Sorrio, sentindo uma leveza que fazia tempo já não sentia. –Mas ainda não me disse qual os nomes dos meus futuros netos. –Con me olha de lado, com a cara “não estou brincando” que herdou de Oliver, nunca me importei com essa expressão nem mesmo no rosto do pai dele, quem dirá no desse pirralho. –Não vem não, tenho direito de me preocupar. Não estou julgando, mas se tratando de você e Luna, vamos ter Hogwarts inteira na família!

—Mãe? – reclama feito uma criança.

—Brincadeira, brincadeira. –o abraço tomando cuidado para não machuca-lo. –Mas evite colocar o anel no suflê, sorvete, ou no champanhe. Comida e anel, não são coisas que combinam, não sei quem foi o maluco que teve essa ideia. Vai acabar matando minha futura nora se fizer isso! –vejo seu peito vibrar com a risada.

DAMIAN

—Você não deveria estar aqui. – reclamo ao ver Barbara encostada na porta da academia que tínhamos na mansão.

Meus últimos dias se tornaram um revezamento entre treinar, seja distribuindo socos em um dos robôs, ou aqui em cima entre os aparelhos de musculação. Nos raros momentos que não estou fazendo isso, ajudo Tim, Wally, ou qualquer um que tiver uma ideia de como derrotar o filho da puta do Hunt. De alguma forma esse cara conseguiu tornar a caçada para fazer justiça por Sara, em algo pessoal para mim.

—Pensei que estaria dando uma de mãe paranoica lá na ilha.

—Jason consegue lidar com os meus pestinhas. – sorri. – Sem falar que a Estelar está por lá. – faz uma careta de nojo ao falar da amiga de Jason.

—Você tem que superar essa crise com as ex-namoradas do Dick. – deixo cair o halter que faz um ruído alto em protesto.

—Não tenho problemas com elas. –se defende, mas nem de longe dava para acreditar.

—Ainda lembro daquela briga que teve com a Helena.

—Quem nunca brigou com a Helena deveria ser proclamado santo, ela é um porre quando quer, não sei como Szasz a aguenta. –fato.

 Todo mundo tem um histórico problemático com Helena Bertinelli, o maior histórico ainda era com Charles Victor Szasz, mas a vinte anos eram casados, e o Questão não era a pessoa mais fácil de se lidar do planeta, então, eles deveriam se completar. Ainda me lembro de quando começamos a pesquisar sobre a Katoptris, no que me parece agora séculos atrás, sempre que Isis citava a Helena, fazia questão de especificar que estava falando da de Troia, por que a mãe também não é uma fã da Caçadora.

—E por mais que eu me desentenda com Jason, ter Koriand'r com ele na ilha cuidado das crianças me deixa mais tranquila. – dá de ombros. – O que deveria dizer? Que tipo de mãe desnaturada eu sou? Quem deixaria seus filhos com Jason e Koriand'r? –senta no extensor, em choque. Dick e Barbara revezavam sempre na paranoia da segurança das crianças, o que era bom, assim um nunca deixa o outro surtar completamente.

—Relaxa, Jason morreria de novo antes de deixar alguma coisa acontecer com Al ou Chloe. E não me peça para repetir isso em voz alta, mas vocês estão se saindo muito bem como pais. Melhor do que a minha mãe, te garanto que você é. – dou de ombros voltando minha atenção as barras a minha frente.

—Eu esperava ver uma versão mais destrutiva sua, mas parece que está reagindo bem a sua primeira briga com Isis. – perco o foco por um segundo, eu não esperava lição por pelo menos mais dois dias, não estava preparado ainda para lidar com conselhos. Respiro lentamente, quanto menos falasse mais rápido o monologo da Barbara terminaria. – Aí está o que eu estava esperando. – ela se levanta e para a meu lado apontando para a minha cara fechada no espelho. -Você nunca me desaponta.

—Hilário, aprendeu com o seu marido?

—Serio Damian, você está indo bem. Quando Dick me disse que Isis não estava falando com você, me preocupei. Sabe, você voltar a ser o seu antigo você. –cutuca minha costela com o cotovelo, mas não de uma maneira delicada e amigável, seu “carinho” deixaria uma marca roxa.

—Não sou mais um adolescente revoltado, não sei se percebeu, mas eu cresci. – paro ao seu lado, ilustrando meu argumento com o fato de ser uma cabeça mais alto do que ela agora.

—Idiota. –xinga me empurrando.

—Acho que estraguei tudo. –confesso e ela passa a mão em meu cabelo, quase se divertindo com a minha tragédia pessoal. –Muito legal da sua parte. – recrimino indignando e saio da academia a deixando entre gargalhadas, mas claro que não havia acabado, Barbara começa a me seguir, subo as escadas correndo e entro no meu quarto batendo a porta em sua cara.

—Uma atitude muito madura. – a voz sai abafada do outro lado da porta. – Dick disse que você a tirou da luta com Hunt, e deixou Connor sozinho! – parece não acreditar. Abro a porta vendo seu olhar cheio de acusação, a herança de berço, genética pura, e com certeza do lado do comissário.

—Você me faz sentir como um vilão de desenho animado. – entra se sentando em uma das poltronas.

—Você nunca viu um desenho animado, na vida. – recrimina. – Não tem como saber.

—Tenho certeza que era o que Connor queria que eu fizesse, ele se arriscou para salvar a irmã. – decido ignorar o comentário.

—Você não é namorado do Connor.

—Essa é a sua frase de sabedoria? Teria mais sorte com a Bola Magica 8. – retruco, mas e a sua vez de ignorar o comentário.

—Isis não precisa ser salva. Dick demorou um tempo absurdo até entender que eu não precisava ser salva, aprenda isso de primeira e vai economizar 75% das suas futuras brigas. Estamos nisso como vocês, não achamos príncipes encantados atraentes, eles só aparecem no final das histórias e ficam com todo o crédito. – ela realmente estava frustrada, eu temia que aquilo iria acabar mal de novo para mim.

—Ela me disse uma coisa parecida. Falou que não queria um príncipe no Batmóvel. –Barbara solta uma gargalhada, parando de forma abrupta quando a olho irritado.

— O que foi? Eu adoro o humor ácido da família do Arqueiro. –comenta de forma inocente. –Eles brincam com a verdade, é divertido. Qual é Damian? Essa foi só a primeira briga entre vocês.

—Não tem ideia de como ela me olhou, como se não soubesse quem eu sou. – conto, antes de ser atingido por uma almofada voadora. – Você é tão delicada.

—Não preciso ser delicada com você. – mostra a língua mais parecendo com a filha do que com uma mulher casada e mãe. –Larga a mão de ser exagerado. Vai logo pedir desculpas para Isis.

—Acho que não vai ser tão fácil. –penso na discussão de três dias atrás, mas sou obrigado a prestar atenção no fogo inimigo que Barbara tacava em mim. Quantas almofadas haviam naquelas poltronas?

CONNOR

—Quer mais alguma coisa? –Luna pergunta prestativa depois de ter dado um chilique e conseguido fazer Phill me ajudar a vir para a sala.

O quarto dela, que passou a ser o meu quarto depois passamos a namorar é colorido demais para meu gosto, com quadros e uma representação do que é a personalidade dela. Eu amo a personalidade da Luna, não existe nada que não ame nela, mas não aguanto mais a parede vermelha, nem mesmo os tijolos expostos ao redor da janela, preciso de um pouco menos de informação por um tempo, e pensei que ir para meu antigo quarto não seria visto com bons olhos, não quando quero a convencer a se casar comigo. Muito menos no humor que tenho andado.

—Está tudo bem, só vou ficar aqui escutando Philippe. –mexo meus lábios no que deveria ser um sorriso.

—Foi mal cara, mas vou ir ver Mia. –Phill veste o casaco e o olho sério.

—Não estávamos mantendo esse pirralho em regime fechado? –questiono a Luna, sobre os ombros dele.

—Laurel está lá em baixo para pegá-lo, parece que ela e Tommy fizeram um jantar para comemorar Mia ter recebido a carta de aceitação de Havard.

—Uau. –solto impressionado. –E as suas Phill? –ele desvia o olhar. –O que aconteceu, ele não foi aceito? Impossível!

—Eu fui. –me entrega um bolo de cartas. Stanford, Yale, Comlumbia e algumas outras.

—E por que não comemoramos? –pergunto confuso, tentando me mover de forma que não me causasse dor.

—Bom, me diz você. Foi quem martelou em minha cabeça até me convencer a voltar a tocar. –começa a andar em direção a porta. –Não me esperem acordados!

—Tommy e Laurel vão trazê-lo. –Luna diz se sentando ao meu lado no sofá, depois de colocar minhas pernas esticadas sobre um puff quadrado. –Pedi a Felicity pra conseguir uma audição para ele em NYADA, já que perdeu a data de inscrição.

—Se tem alguém que pode conseguir isso é Felicity. –tento sorri mais uma vez, ver Felicity me ajudou a sair do limbo que estava, mas ainda assim a frustração é quase maior do que eu.

Pego a mão esquerda de Luna que estava sobre seu colo, e brinco com seus dedos finos e delicados. Ela olhava para a TV, com um pequeno sorriso nos lábios, um ar de satisfação quase culpada. Estudo seu rosto por um segundo, vendo seu esforço para não sorrir.

—O que foi Lu?

—Nada, só estava me lembrando de sua versão drogada. –ela sorri divertida e volta a prestar atenção em Friends, rindo das piadas que já sabe de cor.

—Vou querer saber o que disse?

—Não. –e assim damos o assunto por encerrado. –Eu fiz uma pesquisa, hoje mais cedo. –começa a contar, vendo Joe tentando falar francês. –Sobre recuperação para lesões, como fazer o paciente se sentir melhor, acelerar o processo de cura... –olho para ela quase ofendido. –Em minha defesa, você está um porre!

—Não reclamo a quase uma hora! –me defendo, mas ela já não estava me ouvindo, podia ver em seus olhos que aquela cabecinha já estava procurando uma forma de me fazer aceitar seus métodos.

—Então, eu estava falando sobre a pesquisa. –se vira em minha direção e ajeita a almofada em minhas costas, depois simplesmente desce o zíper lateral do seu vestido florido. –Tá afim de tentar? –um sorriso largo aparece em meu rosto, ao ver seu corpo perfeito, coberto apenas por um lingerie verde.

—Vai ter que fazer o trabalho todo. –brinco a puxando para meu colo.

Luna se senta sobre minhas pernas, e me olha com tamanha devoção que as vezes me pergunto o que foi que fiz para merecê-la. –Não se mecha, não quero que se machuque. –sussurra em meu ouvido, distribuindo beijos por meu pescoço, ombros e clavícula. Engulo em seco, obrigando meu corpo a permanecer parado. Passo as minhas mãos por suas costas, aperto a sua cintura e a beijo com intensidade quando encontro seus lábios ao meu alcance.

—Adoro o fato de você ser uma nerd. –murmuro com a boca na dela. –O que faria se fosse um ataque de sinusite?

—Você não tem sinusite. –responde se livrando do sutiã, e beijo seus seios, escorrendo minhas mãos por seus braços.

—É uma pergunta hipotética. –pergunto sem parar o que fazia.

—A mesma coisa. –reponde com a voz intercortada. –Um orgasmo aumenta a produção de ante corpos do seu corpo, acelerando assim o processo de cura, isso sem falar que libera endorfina o que alivia a dor. –solta um gemido baixo, antes de voltar a me beijar. Me ajuda a tirar a camisa com cuidado, beijando as cicatrizes expostas como se tivesse o poder de fazer a dor que causaram quando ainda eram feridas abertas, desaparecer. Mal me lembrava das minhas costas quando ela se livra do puff, e se ajoelha entre as minhas pernas, só o que consigo pensar é que se houvesse algo além de um casamento, qualquer coisa que me ligasse a ela para sempre, estaria disposto a fazer.

—Me conta uma coisa que não sei sobre você. –Luna pede, deitada no sofá, com as pernas sobre a minha. Eu estava novamente sentado com as minhas pernas sobre o puff, enquanto deslizava minhas mãos, brincando com os pés dela.

—Sem contestações? –sorrio a olhando de lado.

Nós temos um jogo idiota, que inventamos um pouco depois de nos tornamos amigos. Na verdade ela inventou, por que queria saber com quem eu estava uma vez que desapareci por três dias, e voltei com uma mancha de batom na lapela da minha camisa, e um olho roxo, não estava com nenhuma garota especifica, só fui idiota o suficiente para aceitar sair com Hal Jordan, é uma longa história. Mas voltando ao jogo, nós fazemos uma pergunta, o outro responde com sinceridade, mas quem perguntou não tem direito de questionar mais e precisa responder outra pergunta como pagamento.

—O dedo mindinho do meu pé direito, foi reimplantado. –balanço o dedo, a vendo dar risada. –Isis o manteve congelado, usando a arma do Snart, precisava ver a cara dela segurando meu dedo embrulhado em um pedaço do uniforme, e repetindo sem parar que tudo ficaria bem. Ela dizia olhando para o dedo! –dou risada, e Luna tampa a boca para conter a gargalhada alta. -Foi um ano antes de te conhecer, sinto saudades de como minha irmã era sem o peso da adaga sobre os ombros.

—Sei do que está falando. –concorda com um sorriso saudoso. –Phill é muito mais maduro do que eu gostaria que fosse.

—Exatamente. –massageio seu pé, e a vejo sorri em aprovação. –Não tenta fugir, é a sua vez.

—Não sei gostar de Titanic. –olho para ela quase em choque. –Eu acho super valorizado, e tirando o fato do Leo ser um gato, e adorar a química dele com a Kate, a história já começa fadada a ter um fim horrível! –franze o nariz. –Quero dizer, quem em sã consciência assiste algo que só tem o intuito de fazer sofrer?

—Eles poderia ter revezado a porta. –brinco a vendo concordar. –Quer mais uma rodada? –Luna confirma, balançando a cabeça. –Pode começar.

—Depois daquele almoço na casa da Sara, o que aconteceu com você e Vicky? Nunca mais a vi, e não estou reclamando disso! –respiro fundo, antes de começar a responder.

—Ela apareceu no hospital para saber... –não consigo falar o nome do desgraçado, mas Luna balança a cabeça concordando. –Disse que eu precisava parar de lutar contra o que sentia por você, e que era melhor minha amizade com ela, passar a ser preto e branca. –houve muito mais sentimentalismo, mas o bom do jogo é que não preciso dar nenhum detalhe.

—Legal. –dá de ombros, tentando fingir que aquilo não a afetava, o que me fez rir. –Sua vez.

A vendo de lingerie, deitada no sofá com a minha camisa enorme em seu corpo, o silencio da nossa casa e a forma como é fácil passar tempo com ela. Percebo que não tem muito que queria perguntar, na verdade só havia uma pergunta a ser feita, e não tem jeito errado de dizer isso, a menos que seja um plano para conseguir a guarda de alguém, esse foi o jeito errado com certeza.

—Luna. –estendo minha mão para ela, que se senta, fazendo com que seu rosto fique a centímetros do meu. Coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, e a vejo sorri serena, como se tudo estivesse no lugar. –Quer se casar comigo? –meu coração bate acelerado, nos poucos segundos que leva para que ela abra um sorriso largo, e balance a cabeça em afirmação.

—Sim! –eu a beijo, sem acreditar que poderia ficar tão feliz, e como se a resposta viesse a cavalo, nossos celulares tocam ao mesmo tempo, o que nunca é um bom sinal.


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Notas finais do capítulo

Ah esse Lunnor aquece nossos corações... Conte para nós o que vocês acharam do capítulo! Bjnhos