Instituto V.G: Escola de Super-Heróis - Interativa escrita por Matheus


Capítulo 5
Capítulo IV: Um sopro de vida


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Me perdoem, eu sei que devia ter avisado que estava muito atarefado e ficaria algumas semanas sem postar, mas deixa eu me explicar antes que seja linchado...
Minha faculdade, a Unesp, está com o calendário atrasado, só terminamos o primeiro semestre agora, em setembro. Ou seja, tive um semana intensa de provas, seminários etc. espero que agora eu tenha mais tempo para me dedicar a nossa história. Sim, nossa, pois construímos essa história juntos.
Tenho uma surpresa para vocês! Criei um tumblr para postar tudo sobre os personagens! Já coloquei os links de cada personagem nas notas da história (onde está a ficha de inscrição), vale a pena conferir!
Desculpem, mas ainda não tive oportunidade de adicionar os novos personagens nesse capítulo, tinha de terminar os conflitos anteriores. Espero que gostem!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/632635/chapter/5

O silêncio, característico do hospital do Instituto Van Gould por apenas receber pacientes sazonalmente, estava incômodo como nunca esteve, todos estavam sem reação, os jovens amigos e a sedutora enfermeira estavam petrificados. Todos sabiam da rivalidade entre as duas heroínas por conta de certas desavenças sérias no passado. “Testemunhar um momento desse não acontece todos os dias.” pensava James ainda boquiaberto.

Os olhares raivosos das duas mulheres esbanjavam rancor, um clima intenso havia se instalado no ambiente. E, num momento quase imperceptível, rajadas de energia do caos e um raio de umbracinese encontram-se numa velocidade avassaladora causando uma explosão atroz. Tudo fica branco por segundos.

– Acorda, James! Você vai acordar o hospital todo com esse seu ronco! – Berra Anna ao sentir dificuldade para ouvir os próprios pensamentos por conta do barulho emitido pelo amigo.

– Hã? O-o que?! O que está acontecendo? Estamos todos inteiros?! – Balbucia James esfregando os olhos voltando para a realidade.

James, que cochilava deitado no banco frio da sala de espera, escorrega para o lado por conta de seu abrupto despertar caindo de encontro ao chão e batendo a cabeça com força.

– Hahaha seu idiota! Estava sonhando com o príncipe encantado? – Zomba Edward que estava sentando junto das colegas no banco de frente de James.

– Ai... – Reclama colocando a mão na cabeça na região do impacto. – Tive um sonho maluco... A Feiticeira Escarlate e a Ravena estavam aqui e tudo explodiu...

– HAHAHA que mente fértil! Como se essas duas fossem aparecer assim de repente e no mesmo lugar hahaha. – Edward ri alto enquanto o amigo ainda tenta despertar do cochilo.

Para James, o ambiente estava o mesmo. Nenhum movimento. A sala de espera do Hospital do Instituto Van Gould estava praticamente deserta, havia apenas o quatro colegas de equipe ocupando dois bancos e a enfermeira, logo à frente na recepção, lixando as unhas e encarando o relógio de parede aguardando seu turno terminar.

As paredes e os móveis brancos eram de causar arrepios dando a impressão de que estavam em um sanatório. A luz da lua cheia entrava pela janela da sala de espera, sendo que essa reconfortava Anna, tão absorta em seus pensamentos, ou melhor, nos pensamentos de seus colegas, pois sua telepatia a traía ainda mais quanto esta fica inquieta ou angustiada. Estava furiosa com o comportamento do colega de equipe com a enfermeira e, ao mesmo tempo, preocupada com o estado de Matthew.

A pequena Mayara estava quase pegando no sono com a cabeça deitada no colo da amiga, nem estava atenta ao que acontecia, muito menos percebeu o tombo de James, estava tão cansada e preocupada com Matt que havia se esquecido completamente do encontro às escuras que havia marcado com Spencer naquela noite.

Enquanto Edward estava sentado em seus pés, mexia no celular e encarava a enfermeira.

– Que horas são? – Pergunta James para quebrar o silêncio.

– São quase dez horas e nenhuma notícia... – Suspira Anna desanimada – Acho melhor irmos embora, daqui a pouco o hospital fecha e...

– Nosso hospital fica aberto vinte e quatro horas, queridinha. Vocês e seu amigo podem ficar aqui o tempo que precisarem. – Disse a enfermeira da recepção se referindo a Edward enquanto passava a língua discretamente pelos lábios.

Todos se surpreenderam com o comentário e a atitude da enfermeira, ninguém imaginava que ela estava prestando tanta atenção na conversa deles e o jeito que encarava o jovem Edward, parecia que iria arrancar um pedaço.

– Não acredito que essa lambisgóia está ouvindo a nossa conversa e a essa distância. – Cochicha Anna incrédula com um olhar mortal para a mulher. – E que oferecida!

– Calma, amiga. Você precisa se controlar... – Sussurra Mayara pela primeira vez apoiando-se na perna da amiga e se sentando ao seu lado.

De repente, o ruído de passos atravessou o hospital, todos voltaram a sua atenção para o corredor. Uma figura adentra pelo corredor chegando na sala de espera, era Mutano que estava acompanhado de um Matthew, sendo carregado por ele pelos ombros, pálido e abatido.

– Matthew! – Gritaram todos em uníssono indo de encontro ao amigo.

– Oi, gente... – Diz Matt timidamente que, ao avistar os amigos, abre um sincero sorriso.

James abraçou forte o amigo, enlaçando seus braços fortes em torno do tronco de Matthew, esquecendo-se de sua força descomunal, enquanto os outros vieram depois abraçando-o em conjunto. Mutano encarava-os fascinado e admirava a afetividade da equipe pelo filho.

– Ai, James! Você vai me esmagar. – Murmura Matthew com uma careta de dor.

– Desculpe! – Vocifera James animado e empolgado largando o amigo e, sem querer, fazendo com que seus colegas, que também o abraçava, caíssem no chão.

– James, seu brutamontes! – Diz Mayara levantando-se e em seguida estendendo a mão à Anna ajudando-a a se levantar.

– Cara, o que tinha acontecido com você? Você está melhor? Nunca te vi tão abatido. – Declara Edward.

– Eu tive um pequeno quadro de exaustão por conto de... Vocês sabem... Mas, no final, só precisava descansar um pouco mesmo. – Matthew explicava um pouco receoso, pois não queria expor sua possessão. – Eles queriam me colocar em observação o dia todo, mas meu pai já deu um jeito.

Mutano passou a mão pelos cabelos do filho depois que esse lhe deu uma piscadela. Seu pai precisou ameaçar o velho médico para que pudesse sair de lá, passar muito tempo em lugares fechados e isolados certamente aborrece e enfurece o espírito do jovem Matthew e, depois dos últimos acontecimentos, deve-se evitar seu mau humor por conta de suas possessões que estão tornando-se mais frequentes.

– De qualquer forma, vou pedir para o James ficar de olho em você hoje até pegar no sono. Certo, James? – Pergunta Mutano observando o comprometimento do jovem ao aceitar prontamente seu pedido – Preciso ir logo, amanhã tenho uma aula cedo e ainda nem a preparei. Vamos indo pessoal.

Matthew e Mutano passaram alguns minutos assinando a papelada de saída para que Matt recebesse alta, a burocracia estava presente até mesmo no Instituto. A assinatura de entrada era a de Warren então esse que devia assinar a de saída, mas como ele estava junto de Bruce no quarto da Megan Maximoff, Mutano resolveu não incomoda-lo e assinou ele mesmo.

– Pai, você não precisa avisar o Warren que eu já estou melhor?

– Tudo bem, filho. Eu conto depois, nós nos veremos amanhã mesmo.

Matthew estava tão fraco que mal conseguiu assinar na linha pontilhada, precisava mesmo descansar e se alimentar. Todos olhavam com pesar para Matt, vê-lo nesse estado não era fácil, o jovem que sempre esbanja saúde e disposição. James e Edward então se prestaram para carregar o amigo pelos ombros e ajuda-lo a caminhar e descer as escadas para a saída.

– Tchau, voltem sempre... – Disse a enfermeira dando uma piscadinha para Edward que deu um sorriso de lado.

Quando todos já estavam do lado de fora do hospital, Anna não aguentou e disparou:

– Voltem sempre? Essa mulher quer que nós nos machuquemos?

– Anna, você está mais rabugenta que o de costume, o que será que vem te incomodando todo esse tempo? Só porque o Edward... – Observa Mayara tendo a boca tampada pela mão de Anna sem a chance de terminar sua fala.

Todos se surpreenderam com a atitude da jovem, parecia que Mayara iria deixar escapar algo constrangedor e Edward arregalou os olhos quando ouviu seu nome. Ele não era tão lento para não perceber o que estava se passando.

– Érrr... Nós vamos embora andando mesmo. Boa noite! – Grita Anna puxando Mayara pelo pulso e marchando em passos pesados pela estrada de tijolos rumo ao dormitório feminino.

– Esses seus amigos são tão estranhos, Matthew... – Confidencia Mutano confuso. – Bom, eu já vou indo também... Não se meta em encrenca de novo, rapaz!

Mutano abraça o filho com força e por um momento consegue sentir uma voz familiar ecoar em sua cabeça e uma visão desconexa invadir sua mente. Ele separa-se de Matt e por alguns instantes fica sem reação.

– Érrr... Tchau, filho. – Despede-se um Mutano um pouco assustado por conta da recente visão. – E você cuide bem do meu garoto! – Exige enquanto encara James.

– Pode deixar haha... – Vangloria-se James enquanto enrubesce.

E o velho brincalhão, transformando-se em um pássaro verde, desaparece na escuridão da noite deixando os três garotos sozinhos. Mesmo tentando disfarçar, Matthew havia percebido o que havia ocorrido quando seu pai lhe abraçou. Estava acontecendo de novo.

– Seu pai é uma figura. – Admite Edward. – Mas que cara é essa? Algo está de incomodando?

– Para falar a verdade, eu estou preocupado com a Maximoff... Ainda não tivemos notícias dela e não me deixaram saber sobre o seu estado de saúde. – Confessa Matthew tentando disfarçar com outra preocupação que passa em sua mente.

– Que novidade... Ficamos horas sem saber o que tinha acontecido com você. – Diz James revirando os olhos enquanto lembrava das últimas horas.

– Desculpe, incomodar os dois pombinhos, mas eu estou querendo sair desse relento e cair na minha cama. – Observa Edward bocejando logo em seguida.

“Edward, sempre Edward...” pensa Matthew antes de utilizar de suas últimas forças para conjurar um corvo negro de umbracinese que, envolvendo-os com sua escuridão, os teletransporta para o saguão do dormitório masculino em poucos segundos.

Uma sombra invade o espaçoso saguão assustando o jovem Luke que deleitava-se com seu livro sentando na poltrona de frente para Kevin que cochilava na poltrona a sua frente, ambos sob o fogo aconchegante da lareira. Os mais jovens já haviam ido dormir e então o lugar estava calmo e, parcialmente, silencioso, pois ainda havia rapazes espalhados pelo dormitório conversando e preparando-se para dormir.

– Finalmente! Espero que ninguém esteja estudando no meu quarto, pois eu quero dormir. – Grita Edward, ao ser liberado da energia de umbracinese, referindo-se ao seu colega de quarto e já correndo para o mesmo sem nem mesmo cumprimentar quem estava por perto.

– Ai, que susto! Oi, Matt! – Um simpático Luke levantou-se de sua poltrona, colocando seu livro na mesinha de centro, recebendo os colegas. – Você está melhor?

– Oi, Luke... Estou sim, só preciso de uma boa noite de sono... – Disse sucumbindo ao cansaço e sendo segurado por James para não ir de encontro ao chão.

– Vamos, Matthew. Até mais, Luke.

Luke acenou com a cabeça e voltou-se ao seu livro, Kevin estava cochilando sentando em sua frente no sofá e nem o rápido diálogo entre eles havia despertado o garoto, seu sono era muito pesado, tanto quanto o de sua irmã Katherine, o que tirou risos do jovem.

_______________________________________________________________________

– Eu posso estar velho, mas ainda consigo dirigir uma escola. – Vocifera Bruce. – Uma briga na minha escola é inaceitável, onde vocês estavam com a cabeça?!

Eram nove horas da manhã, e a sala do diretor já estava cheia. Na impetuosa porta de madeira, o nome cravado “Bruce Wayne – Diretor” já lhes dava um aviso do que estaria por vir. A sala do diretor é certamente o lugar mais moderno e luxuoso do Instituto. Localizado no prédio central do Instituto, o departamento de administração que cuida de toda a parte burocrática certamente é um dos locais onde os alunos desejam nunca pisar, especificadamente, a sala do diretor.

Logo na entrada, o atendimento é feito por uma secretário que administra todos os afazeres e compromissos do diretor, inclusive visitas. Por ser uma pessoa tão ocupada, Bruce Wayne odeia ser importunado desnecessariamente como, por exemplo, conflitos entre alunos que, para ele, são responsabilidade de seus mentores/tutores.

A sala, revestida de aço por dentro das paredes, para resistir à ataques, é equipada com o mais moderno equipamento de comunicação e vigilância, de lá o diretor consegue vigiar e comandar todo o Instituto por meio de câmeras e equipes de vigilantes. Com uma decoração vitoriana pouco mobiliada, na parede há um imenso quadro com o retrato da última Conferência Internacional de Super-Heróis e de frente a robusta cadeira e escrivaninha do diretor com um notebook e um abajur, pois, definitivamente, as madrugadas de trabalho são longas nessa sala. E, por último, duas poltronas de couro logo à frente da escrivaninha para visitas.

As duas garotas, sentadas nas poltronas, olhavam com pesar para o imponente e renomado diretor. Com alguns cabelos grisalhos a mostra, Bruce já estava perto de seus cinquenta anos, mas seu porte físico e sua lucidez invejável desmentiam todos os comentários, que circulam por todo os Instituto, de que o velho Batman está perto de se aposentar.

– Eu não tenho outra escolha a não ser lhes dar uma punição por conta disso. Nosso Instituto exige disciplina de seus alunos, portanto, vocês irão cumprir doze horas semanais de detenção com seus mentores. Serão treinamentos em conjunto.

– O quê? Colaborar com essa aí? – Pergunta Chat incrédula.

– Como se eu amasse sua companhia, bola de pelo. – Rebate Nicole.

– A parceria de vocês é realmente formidável... Guardem seus elogios para os treinamentos. Irei contatar seus mentores ainda hoje, vocês podem começar a partir de amanhã. Fica a critério de vocês.

– Bom, agora podemos ir? Estamos atrasadas para a aula. – Justifica-se Chat olhando para a hora no celular.

– Ui, falou a estudiosa! Como se você fosse assim o tempo todo. – Debocha a jovem Nicole irônica.

– Olha aqui, sua... – Chat é interrompida.

– Já chega!!!

As duas estremeceram nas poltronas, ninguém nunca tinha visto Bruce Wayne tão mal humorado, ele nunca levantou a voz para ninguém, justamente porque nunca sentiu necessidade. “Definitivamente, há alguma coisa acontecendo e que não estamos sabendo. Algo bem sério, capaz de deixar até o Batman irritado.” pensa Nicole ainda assustada com a repentina explosão do diretor.

– Vocês irão sair dessa sala e ir direto para a sala de aula. Se eu ouvir mais uma queixa de alguma das duas, irei entrar em contato com os pais das duas e, então, teremos medidas disciplinares severas. – Explica Bruce notando as expressões de medo das jovens. – Agora já podem sair.

Nicole e Chat, em choque, levantam rapidamente e saem da sala o mais rápido possível. Realmente aquele dia não estava saindo de acordo com o que pensaram. Bruce volta-se para seu notebook, havia tantos e-mail pendentes que era desanimador ter de ler um por um. Ainda teria uma reunião com o Conselho de Justiça naquela tarde e, além de tudo isso, teria de dar continuidade às investigações daquele misterioso advento ao qual estava tirando suas noites de sono nos últimos dias.

“Até agora já foram seis. Preciso encontrar alguma pista e entrar em contato com a equipe que deixei responsável pela investigação antes que tenha uma sétima vítima.” pensa Bruce suspirando pesadamente ao lembrar-se dos últimos acontecimentos.

De repente, a porta de madeira é aberta violentamente chamando a atenção de Bruce. Sua secretária avisaria pelo telefone antes de alguém entrar. Como era de se esperar, uma figura cativante adentra na sala trajando seu rotineiro uniforme rubro.

– Não se surpreenda se a sua secretária estiver desacordada, mas é que ela insistiu em me impedir de entrar sem hora marcada... – Debocha a Feiticeira Escarlate.

– Wanda, já deveria imaginar que você iria me honrar com uma visita. – Diz o diretor apontando para a poltrona à sua frente convidando Wanda a se sentar.

– Quanto tempo, Bruce. Imagino que você já saiba a razão da minha vinda aqui. – Declara sentando-se à vontade na poltrona com as pernas cruzadas.

– Sua filha ainda encontra-se internada em nosso hospital. Ela continua desacordada, mas os médicos esperam sua recuperação dentro de alguns dias. Me surpreende que você não tenha sido contatada.

– Eu fui contatada, me encontrei com a Megan hoje de madrugada, ela estava para acordar, reagindo bem à medicação, sem ferimentos sérios, entretanto ela está tão debilitada... – Confessa Wanda ao lembrar-se do estado da filha no hospital. – Eu entendo que isso é um sacrifício de sua posição como estudante e heroína. O problema é que eu não aceito isso ter acontecido pelas mãos daquele...

– Não aceita o quê? Situações como essa são inevitáveis, não importa quem é o responsável, faz parte do treinamento de nossos estudantes. Você sabe disso. – Bruce já esperava o ponto em que Wanda queria chegar.

– Pelo que fiquei sabendo aquilo não foi bem um comum acidente de treinamento... Eu quero justiça! A equipe da minha filha esteve fora numa missão durante a luta dela naquela maldita Cúpula de Combate que você inventou, aproveitaram-se dela justo quando não havia ninguém para estar ao seu lado! – Grita a Feiticeira com lágrimas nos olhos.

– Afinal, o que você está querendo?

– Ora, não é óbvio? Expulse o garoto! Ele é um perigo para os estudantes do Instituto!

– Wanda. Eu não vou deixar que uma rivalidade pessoal interfira num simples caso de acidente na Cúpula de Batalha. – Declara Bruce com um suspiro – Se é por isso que veio aqui, receio que perdeu seu tempo.

– Eu vou ficar de olho naquele garoto e se ela encostar um dedo de novo na minha filha, eu acabo com ele.

– Você não acha que está indo longe demais com essa rivalidade? Transferindo sua raiva para o filho dela?

– Você não sabe de nada. – Vocifera Wanda levantando-se da poltrona e caminhando para a saída.

A porta da sala do diretor é fechada com violência causando um estrondo. Bruce passa as mãos pelos cabelos e suspira pesadamente. Estava cada vez mais difícil ter de administrar um Instituto, investigações e viajar em missões internacionais.

_______________________________________________________________________

Ao entardecer...

Um barulho característico, bem conhecido aliás, vindo do monitor cardíaco ecoava por todo o quarto. O ruído estridente foi o suficiente para despertar a jovem Megan. Ela abria os olhos lentamente, deitada naquela típica cama de hospital, sua visão ainda estava embaçada, parecia não reconhecer a luz do dia há dias.

Aos poucos pôde enxergar os elementos do ambiente ao qual se encontrava. O ventilador de teto, os aparelhos próximos à sua cama que monitoravam seus batimentos cardíacos, as janelas abertas que deixavam uma leve brisa e os raios de sol adentrarem pelo quarto. Parecia ser uma manhã tranquila, podia-se ouvir ao longe a voz de estudantes conversando e rindo.

Tudo o que Megan queria naquele momento era sair daquela cama e estar lá foram com eles. Rindo e se divertindo. Recordava-se remotamente do que havia sucedido antes de desmaiar. A luta já estava praticamente terminada, nunca iria esperar uma reação como aquela de seu oponente.

Quando lembrou-se do que realmente aconteceu, seus olhos encheram de lágrimas. Aquela foi uma sensação quase insuportável e que ela nunca desejaria ter de passar de novo. A dor, física e emocional, era completamente desagradável chegando ao ponto de querer implorar pela morte para que aquela agonia chegasse ao fim.

Tentaria não lembra-se mais do ocorrido, pois não valia a pena. Tentou distrair-se supondo quanto tempo havia estado desacordada. Imaginava estar de cama por muito tempo, pois seu corpo estava, de certa forma, um pouco atrofiado, deduzia estar na mesma posição por longas horas. Suas juntas doíam e seus músculos estavam levemente doloridos.

Pensava em como sua mãe iria lidar com o ocorrido, ou melhor, se já não lidou, pois, do jeito que a conhece, ela deveria ter armado um escândalo no Instituto ao saber do que tinha acontecido com a filha. Megan não sabia se a notícia havia chego nos ouvidos da família, mas como o diretor é obrigado a entrar em contato em casos como este, precisaria de muita paciência para aguentar a cabeça quente de seus pais.

Quando sua visão tornou-se mais nítida, pôde notar seu mentor, Bruce, dormindo sentado numa cadeira próxima à porta do quarto, provavelmente ele devia ter perdido suas aulas só para estar ali, ao lado sua querida aluna. Seus olhos encheram-se de lágrimas. Nunca esteve tão sensível como estava naquele momento.

Não conseguia levantar-se e estava com a boca muito seca para poder pronunciar alguma coisa, muito menos para chamar por seu mentor. Teria de esperar pela vinda de alguém ou por este despertar. Pelo menos teria tempo de colocar sua mente em ordem, pois muitas conturbações lhe inquietava naquele momento, seja pelos seus pais, seja pela sua intimidade, seja pelos seus amigos...

Até mesmo a mais dura dos super-heróis possui seus momentos de debilidade e fraqueza, desde que a sensibilidade humana seja enxergada e tratada como algo inconveniente e embaraçoso.

Subitamente, a porta do quarto foi aberta pela metade para evitar a emissão de qualquer ruído de dobradiças. Um vulto adentrou no ambiente. Megan observava tudo de soslaio, pois não consegui nem mesmo mover a cabeça. Podia ouvir os passos lentos em direção à sua cama, o monitor cardíaco que media seus batimentos disparou e os ruídos tornaram-se mais frequentes de acordo com as batidas de seu coração que ficavam mais aceleradas.

Tentava falar, pronunciar um pedido de socorro, mas conseguia apenas emitir um sussurro baixo.

– H-Hum... Hum...

Começou a mexer-se na cama para tentar chamar a atenção de Bruce para que este acordasse, mas parecia que nada acontecia. De repente, Bruce desperta e, transformando-se em Hulk quase que imediatamente, parte para cima da figura que rondava a cama de Megan.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Pois é, Wanda e Ravena são como água e vinho, quando uma está perto a outra faz questão de se afastar... Haha Edward é muito verdadeiro xD
Qual a visão que Mutano teve? O que Bruce está investigando? Quem será que iria atacar a Megan? Já estava com saudade dos mistérios.
Novamente, me desculpem por não conseguir colocar mais personagens, mas eu tinha de terminar os conflitos anteriores (e começar novos xD).
Não esqueçam de comentar! Abraços
Link do tumblr: http://institutovgescoladesuper-herois.tumblr.com/