Kardiá escrita por HyeWook


Capítulo 4
O segundo coração: o coração bom.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/632577/chapter/4

—Choi MinKi! Ya! Que nome fofo! – o homem claramente mais velho dizia de uma maneira estranha aos ouvidos de Ren. Era o chefe de Aron e o presidente daquela agência de publicidade. —Gostei de você logo pelo nome! – continuou falando de uma maneira um tanto estranha.

—Então, Sr. Lee, ele está contratado? – Aron perguntou. Eles estavam na sala da presidência, sentados nas confortáveis poltronas. Uma mesa de cara madeira os separava do Sr. Lee e sua personalidade um tanto suspeita.

—Ah, sim! – homem fez uma expressão de quem havia acordado de algum tipo de visão. Olhava para Ren como quem olhar para um pote de ouro. Totalmente encantado. —Aron, faz muito tempo que eu venho falando para você arrumar uma secretária. E veja, você trouxe esse coisa fofa!

Ren fazia uma expressão de surpresa, ou talvez só estivesse estranhando aquilo tudo. Nem ele mesmo sabia o que expressar ou sentir naquele momento. Aquele homem era muito estranho. Muito.

—Você está contratado meu jovem.

—Muito obrigado! – Ren fez questão de se levantar e fazer referência ao seu chefe. Seu primeiro chefe. —Prometo não decepcioná-lo, Sr. Lee!

—Aron, ele não é uma graça?

***

—Esta será sua mesa! – Aron dizia apontando para uma pequena mesa, acoplada a outras e ao mesmo tempo separada por um tipo de divisória. Tinha um bom computador, um telefone, blocos de anotação, canetas e lápis e alguns outros objetos necessários. —Você vai usar o telefone para atender às ligações que são para mim. Você tem todo o material para anotar recados. Você também tem um computador para ler e-mails e propostas. Tudo bem?

—Sim. – Ren respondeu tentando processar toda a informação em sua cabeça. —E o que devo dizer ao atender o telefone?

—Algo parecido com: “Assistente do Sr. Kwak, em que posso ajudá-lo?”

—Sr. Kwak? – perguntou esboçando deboche

—É um nome muito bonito.

—Se você diz, Sr. Kwak.

***

Passaram-se algumas horas. Ren ainda não havia recebido nenhuma ligação, nenhum e-mail, nem mesmo um pedido de café do próprio Aron. Não tinha certeza se seu primeiro dia de trabalho estava indo bem. Mas estava bem tedioso.

Até que o telefone tocou.

—Assistente do Sr. Kwak, em que posso ajudá-lo? – disse assim que atendeu.

—Cara, você faz isso melhor do que imagina. – era Aron.

—Acredite se quiser, essa foi minha primeira oportunidade do dia.

—Você terá outras oportunidades. Vou ligar mais vezes pra você ir treinando. – Ren pode ouvir um leve riso do outro lado da linha. Se não tivesse certeza de que Aron era heterossexual, poderia dizer que estavam flertando. Mas era apenas amigos, mesmo com o pouco tempo de convivência. —Tenho boas notícias! Liguei para HaNa.

—E como ela está?

—Ela acordou bem e foi trabalhar. Parecia de bom humor no telefone.

—É bom saber, ontem ela parecia tão... – Ren dizia lembrando da imagem de HaNa na chuva chorando. Não conseguiu terminar a frase porque não encontrava uma palavra que definisse como ele via HaNa na última noite.

—Não se preocupe. Essas crises vão ficando menos frequentes. Agora vou deixar você livre. Quem sabe você vai ter outra oportunidade de treinar como atender ao telefone?

—Tudo bem. Eu estarei aqui esperando mais ligações para o Sr. Kwak.

—Bom trabalho, Assistente! – Aron disse num tom encorajador.

***

O fim de um dia de trabalho era cansativo. Aquele era o primeiro de Ren e ele só queria chegar em casa e se deitar. Tentava seguir o exemplo de Aron, que parecia normal e cheio de energia naquele fim de tarde.

Os dois estavam no carro de Aron, assistindo ao pôr do sol enquanto iam para casa.

—Algum comentário? – Aron perguntou focando os olhos no caminho.

—Aquele homem, o Sr. Lee, ele é um tarado. Eu tenho certeza disso.

Aron riu.

—Ele é um bom homem. E fique tranquilo, você não faz o tipo dele.

—Tipo?

—Garotinhas de 16 anos, menininhas de desesperadas por uma indicação em alguma das grandes agências, modelos desesperadas por um bom trabalho... Sr. Lee Tem muitos contatos. Mas ainda é um bom homem.

—Continua sendo um tarado.

***

Os dois estavam na porta do apartamento. Já havia anoitecido. Ren não via a hora de poder se jogar no sofá. Antes de abrir a porta, Aron tinha algo a dizer. Virou-se sério para Ren, que não entendeu.

—Acho que a HaNa está aqui, então aja como se nada tivesse acontecido, Okay?

—Okay.

Entraram e encontraram HaNa na cozinha. Ela parecia preparar algo, que Ren tinha certeza de que não era comida. Mas mesmo com a suspeita, ele agiu de forma natural. A cumprimentou e logo pode realizar o desejo de se jogar no sofá.

—Eu estou tão cansado. – disse relaxando o corpo no móvel confortável.

—Você trabalhou sentado atendendo telefonemas! – HaNa disse. —Sua bunda é que deve estar cansada.

—Sim, ela está. E ela também agradece pelo preocupação.

—Depois de um tempo você se acostuma, Ren. –Aron apareceu. —Agora eu preciso da sua ajuda na cozinha! – disse lançando um olhar de cumplicidade a HaNa.

—Logo eu? Aish...

—Venha logo. – puxou pela mão até à cozinha e HaNa foi logo atrás.

Ren estava tão cansado que nem mesmo se preocupava sobre o que Aron queria. Só queria saber se depois poderia voltar ao sofá. Porém, começou a se preocupar quando, na verdade, estavam indo ao banheiro.

—Sente-se.

Havia uma cadeira bem no meio do banheiro. O mesmo banheiro em que HaNa esteve na noite anterior. Ren estranhou a situação, mas seguiu a ordem de Aron e se sentou.

—Será que vamos precisar amarrá-lo? – HaNa perguntou tomando em suas mãos um pequeno pote. Logo pegou um pincel daqueles que se usa para misturar tinta de cabelo e começou a mexer dentro do pote como se estivesse misturando algo. Na pia, havia uma tesoura.

—Acho que trancar a porta será o suficiente. – Aron disse encostando na porta do banheiro já fechada. Ren pôde ouvir o barulho da fechadura sendo trancada.

—O que está acontecendo aqui? – perguntou confuso.

—Ren... Sinto te informar mas, cabelos loiros exigem muito dinheiro. Como os seus então... Vai gastar o dobro!

—Não estou entendendo.

—Vamos ter que pintar seu cabelo. E cortar também! – HaNa disse ainda concentrada no pequeno pote. —Fique tranquilo. Não vai doer.

Ren encarou Aron com uma expressão de choque. —Maldita hora em que eu fui dizer que faria qualquer coisa por um emprego.

***

Olhava-se no espelho da pia como se no reflexo houvesse outra pessoa. Nada de cabelos loiros e brilhantes. Seu cabelos agora eram castanhos, não só castanhos. Castanhos e curtos. E assim, Ren dava adeus aos fios quase brancos que sempre cuidara com todo amor.

Uma nova vida. Uma novo cabelo.

—Se vocês tivessem tirado uma perna minha eu não sentiria tanta falta.

—Bom, você precisa de uma perna para chegar ao trabalho... – Aron retrucou. Estava em pé à sua esquerda. À sua direita estava HaNa.

—Eu preciso do meu cabelo para ser eu.

HaNa delicadamente passava suas mãos macias pelos curtos fios de Ren. Olhou bem no reflexo do espelho. Os olhos de Ren pareciam segurar lágrimas. Meu deus, ele estava chorando por causa do cabelo?

—Ainda parece uma garota. – disse ainda segurando os cabelos de Ren, fazia uma expressão séria para tentar enganá-lo. —Acho que se cortar mais...

—Mais? – interrompeu-a assustado.

—Ele ainda vai parecer uma garota. – Aron interferiu. —Só que lésbica.

—Sem graça, Sr. Kwak! – Ren respondeu, fazendo HaNa rir.

—Eu não disse que era uma piada.

HaNa virou sua atenção novamente para o reflexo no espelho. Olhou bem atentamente para o rosto de Ren. Havia um detalhe. Uma detalhe particular naquele rosto delicado.

—Você... Você fez cirurgia plástica no nariz? – perguntou curiosa.

—Eu paguei um médico para dizer os meus pais que eu precisava fazer um cirurgia por causa de problemas com rinite. Meu pai pagou achando que era algo sério, mas eu só queria consertar meu nariz horrível. – Ren respondeu focando sua atenção eu seu nariz quase que perfeito. Desde toda a confusão que o fez sair de casa, quase se esqueceu desse pequeno detalhe.

—Querem saber porque eu admiro a Paris Hilton? Ela não precisa mentir pra fazer cirurgias plásticas. – Aron disse com um tom de desapontamento. Virou-se e saiu do banheiro dando ombros.

***

Em comemoração ao novo cabelo de Ren, Aron convidou a ele e à HaNa para jantar fora. Um restaurante barato e tradicional perto de casa.

A sorte dos três era que o restaurante realmente era barato. Aron parecia ter um buraco do estômago, HaNa perdia toda a delicadeza ao ter um prato de comida nas mãos e Ren não sabia se comia ou se chorava de felicidade em agradecimento ao fato de não estar comendo Lámen.

—Sabe – dizia entre uma mordia e outra — Eu nem me lembrava do gosto de algo que não fosse ligado a Lámen.

—Nem eu. – HaNa respondeu de boca cheia. — Aliás, Aron, seu salário é o suficiente para comprar boa comida. Por que vive de Lámen e sopa?

—Não tenho paciência para cozinhar. Essas são as 2 coisas mais fáceis e mais baratas.

***

A água corria pelas margens do Rio Han. Havia várias pessoas ali. Casais, crianças, idosos, artistas e alguns jovens estudantes curtiam aquela noite às margens do Rio. Era GangNam novamente.

Aron, Ren e HaNa sentavam-se em um banco qualquer em uma parte mais afastada das outras pessoas. Não conversavam. Apenas observavam em silencio o decorrer daquela mistura de situações em meio a uma só.

— Sabem, eu não me lembro da última vez que estive aqui. Eu não sei, nem mesmo, se já estive nesse lugar. – Ren quebrou o silêncio.

— Bem-Vindo ao lado não glamoroso de GangNam! – Aron respondeu.

—Agradeço a calorosa recepção.

O silêncio voltou, ainda mais agradável que antes. Ren começou a reparar que HaNa não tirava os olhos de um ponto específico: um grupo de músicos. Pensou em perguntar a ela sobre, porém não queria parecer intrometido.

—HaNa, por que não vai lá? – Aron perguntou surpreendendo os outros dois.

Ela não respondeu.

—Só vá lá e... Diga um oi. – Aron continuou. —Não vai doer.

—Mas e se...

—HaNa, eu estou aqui. Se acontecer algo, eu resolvo. – insistiu.

Sem dizer mais nada, ela se levantou e foi caminhando em direção aos músicos. Ren observava atencioso e esperou HaNa se afastar bem até poder finalmente fazer uma pergunta a Aron:

—Ex-namorado?

—Muito óbvio?

—Aposto que o fim foi triste.

—Despois que ela foi diagnosticada com depressão, quis terminar o namoro.

—Ela merece ter um bom namorado. – Ren dizia observando HaNa conversando com um rapaz de boa aparência, pele branca e cabelos negros segurando um violão.

—YongHwa era um cara legal. O problema é que ele não entendia a doença dela. E aposto que não entende até hoje. – Aron disse, olhando exatamente para o mesmo ponto que Ren.

—Ele é só um babaca.

—Um entre vários.

Passaram-se alguns minutos e HaNa continuava conversando com YonHwa. E Ren continuava com mais coisas a perguntar.

—Aron...

—Sim.

—Você, às vezes, faz questão de dizer que não é coreano. Diga-me, como chegou aqui?

—Quer mesmo saber? – Aron perguntou desacreditado. Fazia muito tempo que não falava do passado.

—Já que agora vou morar com você... Seria muito abuso saber? – Ren virou o rosto levemente para sua direita, onde estava Aron.

—Não, é que é só uma história boba. Mas... Tem certeza?

—Tenho.

—Bom... É um conto colorido de L.A.- disse enfatizando o “L.A.”, Aron falava coreano muito bem, mas seu inglês era notável. —Ele começa quando eu era um adolescente idiota.

—Adolescentes idiotas... Normal até agora. – riu.

—Eu era um garoto meio mimado. Meus pais trabalhavam demais e eu só queria a atenção deles, sabe? Então eu comecei a fazer umas coisas erradas, apenas pra ver se eles me notavam um pouco. Cheguei a andar com uma gangue.

—Bad Boy? – Ren perguntou num tom irônico.

—Não tão... Estereotipado. – riu. —Éramos só adolescentes mimados e idiotas de um bairro rico de Los Angeles. Nós nunca nem saímos da nossa área.

—Gangnam Style! – Ren tentou um inglês que não saiu muito bem. Mas Aron foi capaz de entender a referência. —Continue.

—Um dia, nós saímos com caras maus de verdade. Uma genuína Gangue. Estávamos pichando um muro, logo depois de roubar uma daquelas lojas de conveniências, a polícia chegou e fomos presos. Meu pai tentou me livrar de qualquer punição usando dinheiro e alguns contatos, porém não conseguiu. Eu acho que é porque quando as pessoas chegam ao ponto de serem a obrigadas a amadurecer, não há dinheiro ou pais desesperados que possam impedir. Simplesmente acontece.

—E o que aconteceu? Você foi pra cadeia? – Ren, por um instante, se viu aflito com a história.

—Não foi para tanto! – Aron riu, acalmando-o. —Fizemos as coisas ao estilo Paris Hilton. Glamour e serviços comunitários.

—Isso parece ter sido estranho. – Ren riu. —E ainda não explica nada.

—Essa parte vem agora. – focou-se em sua própria história novamente. Estava próximo a sua parte favorita. — Ao contrário das expectativas do meu pai, eu gostei do serviço comunitário. Eu simplesmente me encantei com a ideia de ajudar pessoas. Eu gostava de ir ao asilo cuidar e conversar com os idosos, levar comida para as pessoas que moravam na rua, ajudar abrigos de animas, entre outros. A minha vida finalmente tinha um propósito, entende? – Aron dizia com um brilho invejável nos olhos.

Ren não entendia. Conhecia apenas uma vida cheia de luxo e sem propósito algum. Até horas antes de ser expulso de casa, seu propósito maior era não esquecer de marcar uma hora com o cabeleireiro. Aron lhe parecia tão... Real? Sim, o conto de fadas da vida de Ren havia acabado e Aron era sua maior prova disso.

—Então, por que você veio para a Coréia? – Ren perguntou. Aron falava com tanta paixão sobre quando trabalhava ajudando pessoas. Por que estaria ali?

—Meu pai... Ele odiou me ver gostando tanto de ajudar as pessoas. Ele queria que eu fosse pra faculdade, arrumasse um emprego com bom salário e vivesse como ele e minha mãe viviam. Mas eu nunca quis isso. Então, quando chegou a época de entrar na faculdade, ele, com alguns contatos, me obrigou a vir para a Coréia.

—E você nunca mais voltou?

—Nunca. E depois que terminei a faculdade eu nem mesmo telefonei para eles. Eu nem sei se eles estão vivos. – Ren procurava um pesar na voz de Aron, porém só conseguia sentir um tom de alívio.

—Você simplesmente parou de falar com eles? Mas eles são sua família!

—É uma situação confortável, Ren. Eu não os procuro, eles não me procuraram. Eles vivem lá, e eu cá. Eu não quero ter que conviver com meu pai novamente. Eu me sinto bem assim.

—Ficou magoado porque te obrigaram a sair da sua casa, não é? – Ren havia entendido essa parte.

—Você entende essa parte da história, não é?

—E muito.

***

Logo estavam em casa. Ren e Aron estavam sem sono. Estavam no sofá conversando. Assuntos sem muita importância, apenas para passar o tempo. Estavam virando amigos de verdade. Aron talvez fosse o melhor amigo que Ren já teve.

A conversa fluía de maneira agradável, até que Aron notou algo em sua mesa de centro. Os remédios de HaNa estavam ali desde a noite passada.

—Não! Os remédios de HaNa estão aqui! Ela não pode dormir sem toma-los! – Aron dizia decepcionado consigo mesmo, nunca esqueceu desse tipo de coisa.

—Leve para ela, rápido!

Enquanto Aron ia levar os remédio de HaNa, Ren aproveitou para ir na cozinha tomar uma água. Tudo ia normal até ele pegar o copo com água gelada e tentar leva-lo até sua boca.

De repente, parecia estar naquela noite terrível novamente. Seu corpo tremia tanto que deixou o copo cair e sequer ouviu o barulho do vidro se desfazer em cacos. Tudo a sua volta escurecia e respirar começava a ficar difícil. Segurou-se no balcão da cozinha, não conseguia mais se manter de pé. Seu coração batia tão rápido que causava-lhe uma dor no peito. Uma dor muito forte, não conseguia falar.

Aron chegou e Ren não estava na sala. Seguiu andando pela apartamento e o encontrou em um estado preocupante. Segurava-se no balcão da cozinha como se sua vida dependesse disso. Sua expressão declarava que ele não estava bem.

Correu até ele e tentou ajuda-lo.

—Ren, o que aconteceu? – perguntou tentando segura-lo. Demorou um pouco para que ele notasse sua presença, mas quando notou, apoiou-se com os dois braços no amigo.

—Meu... Meu... Peito... – falava com dificuldade e uma voz fraca. Aron o guiava até a sala novamente, onde pôde se sentar.

Aron voltou até a cozinha e pegou um copo de água para Ren. Ali viu o copo já quebrado e começou a questionar-se. Lembrou na noite em que encontrou Ren caído na chuva. Talvez houvesse alguma ligação.

—Tome. – segurou o copo para que Ren tomasse a água. Ele tremia muito e Aron já não sabia o que fazer. —Eu vou te levar para um hospital.

—Não... Já vai passar. – Ren já conseguia pronunciar melhor as palavras.

—Não vai!

—Vai sim. Já está passando. – Ren já podia respirar aliviado novamente. Respirava fundo, cada suspiro em sua vez. —É só cansaço.

—Não. Isso não é cansaço. – Aron disse sério sentando-se no sofá ao lado de Ren. —Não é a primeira vez que isso acontece, não é?

—Não.

—Eu vou providenciar um médico pra você o mais rápido possível. Isso não pode ser nada bom.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kardiá" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.