Chiaroscuro escrita por ChopperChan


Capítulo 15
Capítulo 14- Nossa Piedade


Notas iniciais do capítulo

YO Minna!! FIQ acabou entao.... De volta ao mundo real com prova no sábado!!
Bom, essa semana meus aparelhos eletrônicos serão confiscados, então nao sei se volto a postar. Ah, e a Chiroscuro está chegando ao fim.... Mais 5/6 capítulos e.....Okay.
Enjoy!



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Roger se sentou no escuro da cela, os braços para trás, presos nas algemas. Ele cruzou as pernas e, bem no centro das quatro paredes, olhou ao redor. Claro, sem nenhuma luz, ele não conseguiu enxergar nada. Por todos os lados, chegavam gritos de desespero e sons gotejantes que era melhor não imaginar o que anunciavam. Mas, mesmo assim, o Rei dos Piratas manteve a cabeça erguida e começou a falar consigo mesmo.

"Perfídia. Ervilha. - ele disse estas palavras apenas para ter certeza que ainda existia."

Roger deu um sorriso triunfante ao ouvir a própria voz, tomando coragem para pronunciar, então, uma frase inteira:

"Era uma vez"

–-Era uma vez? - uma voz rouca falou de algum lugar próximo- Isso é algo raro de se ouvir por aqui.

Roger nem se deu ao trabalho de procurar pelo dono da voz.

–-Olá? Quem está aí?

Nesse momento, Roger ouviu o som de algo raspando, é uma pequena chama se acendeu à sua frente.

–-Ora vejam só, o Rei dos Piratas.

Roger, na verdade, nem prestou atenção. Sua mente estava tomada por um único pensamento: luz! Luz! Luz!

Mas rapidamente, o guarda usou o fósforo para acender o charuto que lhe pendia do canto da boca, apagando logo em seguida o pequeno palito.

–-Chegou hoje não foi, rato?- Roger acompanhava com o olhar a brasa na ponta do charuto subir e descer conforme é falava.

–- Meu nome não é rato.

–-Ei sei disso. Acha que não saberia reconhecer o famigerado Gold Roger?

–- Então já sabe meu nome? Que bom! Qual o seu?

"Meu nome, camundongo, é Gregório."

–-Shyrium.

–-Você tem um nome interessante.

Roger viu, por um segundo, um anel de fumaça passar pela baixa luminosidade da brasa.

–- Você não tem noção de onde está, não é?

–-Eu estou na cadeia.

–-Você SABE onde está, mas ainda não tem noção disso.

–-Não, não. Eu sei que estou na cadeia e que provavelmente vou morrer logo.

–-Claro que também sabe disso. Era o esperado, quando se entregou. Mas você sabe o que nós fazemos, aqui na prisão, com quem é azarado o bastante para vir pra cá?

–-Não. Mas você vai me dizer, não é?

–-Nos os deixamos desse jeito que você está agora, sem comida, água ou lugar para fazer as necessidades.- ele acendeu outro fósforo, iluminado o próprio rosto enquanto se aproximava das barras.- e assim vai, até que o processo seja julgado. Mas, quem vem para Impel Down só pode ter dois destinos: prisão perpétua, ou morte. Vocês tem sorte de sermos piedosos.- ele apagou o fogo com um sopro.

–-Nenhuma dessas opções me parece piedosa.

–-E você tem razão, não são. Mas não somos nós que as damos, e sim o pessoal do governo. Quando um pobre coitado é condenado à morte, nós damos pão e água para ele, todos os dias, até a execução pública. Queremos que estejam bonitos para o público quando a cabeça rolar, entende?

–-Uhn.

–-E quando alguém é condenado a perpétua....- a brasa fez uma curva que indicava um sorriso largo- nós continuamos deixando-os sem comida e água para que cada um vá lentamente sucumbindo no próprio desespero, até que comecem a implorar pela morte. Nesse momento, ratinho, eu me apiedo do pobre homem. Ele está me implorando para matá-lo! Como posso deixar de atender a esse pedido?

Roger já nem prestava atenção ao que o homem falava.

–-É nesse momento que eu, com a melhor das intenções, saco a minha espada - ele ouviu o som áspero de uma espada sendo desembainhada- E acabo com todo o sofrimento. Um único golpe, certeiro, no lado esquerdo do peito, e eles param de gritar na hora. Morrem sorrindo, ainda! É o fim do sofrimento! Não sou bondoso, rato?

–-Se essa for a sua visão de bondade, então sim.

–-Você gostaria de ver uma demonstração da nossa piedade, rato?

–-Não, obrigado.

–-Você tem sorte, então. Estou disposto a salvá-lo. Não vou soltá-lo, se é isso que está pensando. Mas estou disposto a aliviar um pouco a sua dor- ele atirou algo bem no colo do prisioneiro.

–-O que é isso?

–-Pão. Nenhum outro prisioneiro recebeu pão no primeiro dia aqui.

"Por que iria me ajudar? Já ajudou algum outro camundongo antes?"

–-Por que está me dando isso?

–-Sabe rato, depois de tanto tempo ouvindo apenas os berros de desespero, a gente acaba enjoando deles. E ninguém aqui é idiota o bastante para conversar com o encarregado. Essa conversa é a primeira que eu tenho em muito, muito tempo.

–-E o que isso tem a ver comigo?

–-Faz muito tempo, também, que não ouço uma boa história. E eu ouvi você dizer "Era Uma Vez". Depois de todo "Era Uma vez", vem uma história.

"Histórias são luz. E num mundo tão escuro, a luz é preciosa."

–-É o que a Princesa sempre diz.

–-então você realmente conhece uma história. Vamos, conte-a para mim. Se for boa, depois eu posso te dar água.

E ele contou, leitor. Contou a história de um pequeno camundongo, um pouco de sopa e um rato, nojento, de coração remndado tortamente. Quando sua voz começava a arranhar, a garganta implorando para que ele parasse de falar, ele teimosamente continuou, sendo recompensado com um cantil de água, morna, mas que matava as sede. Já não sabia se era dia, se era noite. Não sabia se estava cansado ou não. Já não sabia mais nada,mas isso nao saber nada sobre so mesmo não o incomodava.

Porque durante toda a narrativa, ele não se concentrava na historia. Seu coração pairava em torno da princesa, em torno de Rouge, se questionando dolorosamente se ela estava bem.


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Notas finais do capítulo

bom, até a próxima!
P.S.: Eu amo a FIQ gente.
P.S.2: eu tenho outra ideia para escrever um Saboala, longo e normal. Mas não sei se vou desenvolver depois da Chiro e da RH. Veremos.



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