Um amor sob medida escrita por Woodsday


Capítulo 2
Definitivamente, essa coca é fanta.


Notas iniciais do capítulo

Gente! Adorei os comentários e os favoritos, vocês são incríveis. ksaosaksaok. Morta com a reação de você, really.



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“Olhe para o lado, Rose. Há muito aqui para se ver”.

Eu ralhei mentalmente comigo mesma, obrigando-me a tirar os olhos do traseiro do meu chefe. O era pior? A) Um chefe lindo de morrer, gentil e possivelmente gay ou B) Um chefe feio e que possivelmente te odeia? Eu começava a considerar seriamente a primeira opção.

Dimitri Belikov era a personificação da beleza. O queixo másculo e quadrado, a barba por fazer, os ombros largos e os braços fortes. Eu podia sentir o arrepio que passava por mim só de imaginá-lo sem aquela camisa social.

Suspirei, observando-o e sentindo-me como um cão faminto cobiçando o belo e pomposo frango assado, girando e girando e girando naquele espeto cheio de temperos deliciosos...

– Srta. Hathaway? – Ergui meus olhos, sentindo minhas bochechas adquirirem um tom característico de vermelho.

Era só o que eu precisava. Ser demitida por assédio sexual. Pigarreei, tentando manter minha expressão séria a indiferente, mas falhando miseravelmente, considerando que meu próprio chefe parecia se divertir muito com a situação.

– Sim, senhor Belikov?

Ele esticou em minha direção uma pasta grossa e só então notei que havíamos parado em frente a uma sala. – Esta é a sua sala. – Ele declarou com um sorriso amistoso.

Um sorriso mais lindo que o outro. Assim ele fere meu pobre coração fraquinho de pessoa que só come feast-food.

– Espero que você goste, estarei na sala em frente. – Então ele fez uma pausa, esticando-me as chaves da sala. – Se precisar de qualquer coisa, é só me chamar. – Piscou sedutor e eu assenti meio idiota.

Claro, tipo você nu na minha cama? O que acha bonitão? Podemos brincar de médico, de professor, de casinha, do que você quiser...

– Srta. Hathaway? – Chamou novamente, parecendo confuso. A sobrancelha arqueada e o sorriso presunçoso, no entanto, denunciavam que o cafajeste sabia exatamente o efeito que tinha sobre as mulheres.

Vem aqui, meu querido! Se você pensa que com esse sorriso pode conseguir o que quiser e ainda manter sua pose de gostoso... Bem, você está completamente certo! Eu me daria de bandeia pra esse homem!

Eu dei uma risadinha constrangida - mais pelo meus próprios pensamentos do que por sua expressão, de fato. Eu novamente esquecera de responde-lo, possivelmente, ele devia estar pensando que eu era muito mau-educada ou uma tarada, considerando que eu vinha cobiçando-o por completo desde o andar debaixo. – Certo. Obrigada Senhor Belikov. Adorei a sala. – Pontuei, ainda que a porta estivesse fechada. Eu indiquei atrás de mim onde uma plaquinha com o nome "Rosemarie Hathaway" estava pendurada. – Quero dizer, não pode ser pior que as minhas outras salas, sabe? Não que ela seja ruim, aposto que é boa, incrível e olha essa placa! Eu só tive uma placa uma vez no peito, porque era garçonete na faculdade... Eu vou... Ali, calar a boca e me organizar. Obrigada e de nada. – Indiquei a sala outra vez e rapidamente atravessei a soleira adentrando a sala gigantesca.

E o prêmio de maior habilidade em envergonhar a si mesma vai para...? Rose Hathaway! Palmas para a king Kong do ano!

Por fim, depois de alguns suspiros, eu observei realmente a sala ao meu redor. Havia um painel com alguns desenhos pregados – que em breve seriam substituídos pelos meus desenhos -, além de uma mesa gigantesca em uma extremidade da sala, a vista então... Era formidável, eu conseguia ver o Empire State daqui! Era simplesmente arrasador. Eu suspirei outra vez, observando com atenção o carpete cor-de-rosa bebê da sala.

Minha sala tinha um carpete peludo! Dá pra acreditar?!

Havia três manequins em outra extremidade e uma poltrona que parecia pra lá de confortável.

Céus, esse era meu maior sonho se realizando.

E antes que eu pudesse refrear meus instintos, eu já estava fazendo uma dancinha da vitória da forma mais ridícula que existia.

– Eu estou na Runway. Yeah! Eu estou na Runway. Yeah! – Cantarolei para mim mesma com diversão. – Quem é demais? Quem é a marvilhosa? Uhul! Rose! Rose! R-o-s-e. Ro-se. Ro-Ro-se!

Eu gritei quando o som de riso atrapalhou meu ridículo desempenho como dançarina.

– Você é a maravilhosa! – Ele pontuou categoricamente e eu me virei lentamente, sentindo cada músculo do meu corpo morrer de vergonha. Certo, eu já posso cavar um buraco para enfiar minha cabeça agora? – E esqueceu de trancar a porta. – Continuou e eu fiz uma careta.

Os olhos escuros fitavam-me com diversão e ele estava displicentemente escorado no batente da porta de braços cruzados. Os músculos em evidência agora que ele usava só a blusa social, aberta dois botões, mostrando o começo de alguns pelinhos em seu peito, inconscientemente eu mordi meus lábios e vi sua expressão mudar drasticamente. Aquele sorriso, o sorriso que dizia “eu sei que sou um baita gostosão e que meio mundo me quer” estava em seu rosto.

– Você viu tudo não é? – Perguntei com outra careta.

Eu tinha que parar com as caretas. Fiz um post-it mental, colando-o em minha... mente (?).

– Claro. Mas acredite, espontaneidade é uma coisa que queremos na Runway. Além de que, se houver um ensaio sobre dançarinas, pensarei em você... Parada, é claro.

Balancei a cabeça, sentindo a vergonha me abandonar e estreitei os olhos em sua direção. – Obrigada.

Dimitri riu e som me contagiou. – Vim te passar algumas coisas que precisa saber. Ia pedir para Mia fazer isso mas... – Ele balançou a cabeça. – Ela não está disposta.

– Você podia mandá-la. – Eu disse e me dei conta de como a frase soara. – Não que você estar aqui seja ruim, claro que não. – Até porque, você é um homem muito lindo, um colírio para os olhos. Eu podia te observar e tentar descobrir algum defeito na pele perfeita, no cabelo preto cortado e desorganizado, no sorriso sexy e nos músculos bem esculpidos.

– Certo. – Dimitri disse com certa confusão e eu apertei meus lábios, contendo o impulso de dizer mais qualquer coisa que fosse. Eu tinha um sério problema com caras bonitos. – Você será minha parceira... – Ele parou e imediatamente minha mente imaginou diversas opções de parceria.

Por cima ou por baixo? Em pé? Claro. Quem liga pra posição? Parceiros!

– Vamos trabalhar juntos em alguns catálogos importantes. – Ele continuou, alheio ao assedio – abuso – que sofria repetidamente em minha mente. – O primeiro vai ser esse, é pra uma marca importante... Eles querem alguém que desenho algo que seja inovador, genial, fofo e ainda assim sexy.

– Ok. – Murmurei começando a ficar receosa diante do desafio.

– Observei seus desenhos, Rose. – Dimitri me encarou com intensidade, confiança transbordando de seus olhos. – Sei que você vai conseguir. – Então ele sorriu, estendendo-me outra pasta. – Fique à vontade para visitar as sessões do prédio, há muitas coisas aqui que irão te ajudar.

Dimitri e eu continuamos conversando sobre os futuros trabalhos e cada palavra saída de seus lábios, eu tinha cada vez mais certeza: Ele era gay. Bom, os fatos eram óbvios e gritantes e apesar dele ser todo presunçoso, me parecia bastante lógico que ele fosse um ser purpurizado - se é que essa palavra existe. Mas o cara gritava "Hello, bitch. I'm fabulous!"

1) Ele sabia muito, muito mesmo sobre moda. O cara era um guru da moda. Miranda Prewsley não era ninguém perto de Dimitri Belikov – o deus da moda!

Tudo bem, talvez saber muito de moda não seja um motivo tão forte assim. Alguns caras gostavam de moda... Rá! Quem eu queria enganar? Em todos esses anos nessa indústria vital eu nunca vi um homem-homem-homem gostar de moda!

2) Ele tinha a pele de um pêssego. Não, ok. Ele tinha a pele de um bebê. Macia, sedosa, brilhante e muito mordível. Eu sentia vontade de lamber Dimitri Belikov. O homem era o pecado em forma de gente.

3) Reparando bem, dava para ver que ele tirava as sobrancelhas, e ainda tinha as unhas bem feitas. Que delicinha, meu Deus!

4) Não usava uma aliança. O que é duvidoso, considerando que ele é um pouco mais velho e normalmente homens assim não passam muito tempo solteiros, e imagino que apesar de maior parte da população masculina seja gay, deve ser um pouco difícil encontrar um parceiro que compreenda seus anseios de moda, afinal, eu também sofro muito com isso.

5) Ultimo fato que me chamara atenção. Ele me entendia perfeitamente! Céus, ele parecia a minha psicóloga. Depois de duas horas de conversa, eu confiava tanto em Dimitri quanto confiava em Lissa e isso é realmente muita coisa. Por favor!

Era um fato épico, assustador e completamente arrasador. Dimitri Belikov é gay! Para a tristeza da população feminina, esse pecado ambulante, gostava da mesma fruta que eu. Que tragédia!

Tirando a eterna decepção – que jamais sumiria do meu coração cheio de colesterol – meu primeiro dia foi incrível, mágico e maravilhoso! Eu me sentia como Andy Sachs quando ela finalmente aprendeu a se vestir como gente! No fim do expediente, Dimitri apareceu para se despedir, depositando um beijo em minha bochecha e a essa altura, eu já havia aceitado sua opção sexual – não que eu concordasse (eu jamais concordaria, vale ressaltar) -, então não me importei em ficar envergonhada perto dele. De qualquer forma, eu não tinha bem o que ele queria, certo?

Porque me descabelar por um homem que não vai me olhar dessa forma?

Mundo cruel!

Por fim, decidi ligar para Lissa e convidá-la para jantarmos fora, precisávamos comemorar afinal! Lissa era formada em psiquiatria e ao contrário do que pensávamos foi muito fácil para ela conseguir um emprego aqui em Nova Iorque, exatamente por isso, eu recebera trinta e três mensagens de texto exultantes da minha melhor amiga.

Assim que estacionei em frente ao restaurante que Lissa indicara - e que meu GPS encarecidamente passara o caminho mais longo - eu me senti maravilhosamente satisfeita por estar nessa cidade.

Tudo era lindo e vivo. E as cores e os brilhos! Eu estava ficando impossível de aguentar com tamanha animação. O restaurante era sofisticado e apesar de estar lotado, havia somente um burburinho rolando aqui, as pessoas conversavam silenciosamente entre si, como se estivessem querendo guardar segredo. A decoração era creme e haviam velas por diversas partes do restaurante. Quis imediatamente esfolar Lissa por escolher um lugar tão romântico.

Hello, baby. Eu ainda não superei o fato do homem perfeito - vulgo amor da minha vida - não estar disponível nem hoje, nem amanhã e nem nunca!

– Rose! - Lissa acenou de sua mesa e eu sorri, seguindo em sua direção. A loira usava um vestido azul claro, soltinho. Completamente doce, exatamente como ela mesma. O casaco estava no encosto da cadeira e eu imitei seu gesto, retirando o meu e colocando na minha. - Eu adorei essa cidade! - Ela finalmente desabafou com um gritinho, atraindo olhares reprovadores em nossa direção.

Eu ri, entusiasmada. - Eu também. Você viu o prédio que o King Kong sobe? Eu tenho uma vista para ele!

Lissa riu também. - Me conte mais. Depois eu conto. - Ela praticamente ordenou e eu tratei de contar absolutamente tudo. Contei sobre como o prédio da revista era lindo e chique, contei sobre as centenas de peças de roupas arquivadas que ninguém nunca mais usaria e que, era totalmente liberada que usássemos, contei sobre meu delicioso e colorido chefe gay e Lissa faltou cair para trás, ela exclamou um sonoro "Não!" e eu um "Sim" que soou muito mais triste que deveria. Analisando os possíveis fatos, Lissa concordou que de fato, Dimitri tinha tudo para ser gay.

– Você pesquisou sobre ele na internet? Pode ter algo interessante. - Lissa abriu um sorriso convencido quando minha expressão deixou claro que eu sequer cogitara essa ideia.

Porque eu não pensei nisso antes?

O google tinha tudo que precisávamos!

Lissa e eu concordamos em fazer a tal pesquisa em casa, então, assim que saímos do restaurante, eu passei em uma loja de conveniência qualquer para comprar sorvete. Minha pseudo-irmã era uma devoradora de sorvetes. Era assustador.

– Rose, o Christian... Ele é demais! - Ela soltou um suspiro enquanto subíamos o degrau da nossa casa. - Ele é motivador e lindo, e inspirador... Engraçado, entende?

Eu fiz uma careta. - Não.

– Ah, Rose! É claro que você entende! - Ela continuou tagarelando enquanto caminhávamos em direção a entrada da casa. Era um desses bairros de prédios germinados com uma entradinha coberta de flores. Era lindo e encantador.

A cada momento aqui parecia simplesmente único. Eu me sentia quase como uma caipira vindo do sul do Texas. Até o trânsito de Nova Iorque me era estranho.

Lissa continuava a falar e eu a viajar mentalmente. Eu tinha que parar com isso.–... Quero dizer, você experimentou a mesma coisa com Dimitri, mas ele era gay...

– Êpa, Êpa! - Eu parei Lissa, jogando os sapatos para o lado assim que chegamos ao apartamento. - Eu não experimentei nada com Dimitri. Você sabe que eu não curto essa coisas, Liss.

Lissa riu sonoramente, aparentemente, me achando muito engraçada. - Tô dizendo sobre aquela sensação dele ser o homem mais lindo do universo, Rose!

Suspirei, aliviada. - Bem, ele é o mais bonito que já conheci. - Concordei, jogando meu corpo pesado no sofá fofinho.

Lissa se jogou ao meu lado, puxando o tablet para o colo. - Vamos pesquisar sobre ele.

– Isso não é tipo... stalkear alguém?

– Quem liga? - Lissa deu de ombros e eu imitei seu gesto. Nós rimos juntas e logo seus dedos digitaram Dimitri Belikov no google.

Os primeiros links eram da vida de um senhor idoso e obviamente muito entediante, então acrescentamos um "Runway" na pesquisa e logo, apareceram centenas de noticias sobre meu chefe.

– Olha, ele é russo! - Lissa cantarolou e eu lancei a uma olhar entediado. Qual a parte de "sotaque russo sexy pra caramba" ela não entendeu? - Ok. - Murmurou envergonhada e as bochechas cocaram, revirei meus olhos e Lissa continuou a ler o artigo. - Bem, aqui diz que ele tem quatro irmãs que moram em Petersburgo, ele tem 36 anos, ual, ele tá com tudo em cima pra essa idade hein?

– Lissa!

– Desculpe. Vejamos... Hum, ele nunca aparece com mulheres em revista, o que confirma que talvez ele seja mesmo gay, que pena... Bom, ele já foi modelo, uh! - Lissa ampliou uma foto de Dimitri de sunga.

– Isso é sacrilégio. - Resmunguei indignada observando o conto do caminho da felicidade. Os musculos eram bem esculpidos e a pele branca estava lisa e perfeita. - É muito gostosura pra um homem só. - Comentei ainda analisando e babando em sua foto. - Eu quero, Liss. - Choraminguei como uma criança e Lissa riu.

– Ele é mesmo um gato! - Lissa se abanou com as mãos e eu ri, concordando com a cabeça.

O homem era uma perdição.

Depois dessa breve pesquisa, Lissa e eu decidimos ir dormir, afinal, ainda era segunda-feira e antes que Rebeca Black começasse a cantar, tínhamos muito, muito trabalho a fazer.


Eu suspirei rendida e envolvida, sentindo as mãos enormes acariciarem minhas costas. O sol batia em meu rosto, deixando um rastro de calor por onde passavam, não muito diferente das mãos grandes do homem as minhas costas. O cheio da maresia invadia meu nariz e eu podia ouvir as gaivotas em algum lugar. Eu estava no paraíso! Eu quase gemi ao senti-lo acariciar minha lombar, rodeando a pele exposta da minha cintura.

– Rose. – Ele sussurrou rouco e sensual ao meu ouvido e eu me virei, fitando os olhos negros de Dimitri. – Rose. – Ele chamou novamente, um sorriso brotando em seus lábios, cheios de um desejo enlouquecedor.

– Dimitri. – Eu abri um sorriso abobado, aproximando meu rosto do seu quando o vi fechar os olhos, os lábios convidativos a dois centímetros de mim.

Like a virgin, touched for the very first time... – Abri os olhos chocada com a voz afeminada que saia de seus lábios. - Like a virgin when your heart beats. Next to mine. – Meus olhos se arregalaram gradativamente conforme ia me dando conta de que Dimitri estava falando como uma mulher. – Bom dia, mona! – Ele deu um gritinho e eu caí para trás, batendo a cabeça contra a cadeira de praia. – Que lindo dia está hoje! São sete e vinte e três e Nova Iorque já está a pino!

Bufei abrindo os olhos irritada, esticando a mão e desligando o despertador enquanto os gritos de Lissa soavam do lado de fora da minha porta.

Que bela forma de começar o meu dia! Eu me virei para cima, encarando o teto branco do meu quarto.

– Rooooose! Você vai se atrasar pro seu segundo dia! Não vou falar de novo!

Grunhi, jogando os cobertores de lado e sai tropeçando pelo quarto em busca das minhas roupas.

Eu nunca, em toda a minha vida, tinha tomado um banho tão rápido. Eu era uma diva, eu precisava de tempo. Eu acho que uma diva deveria entrar no trabalho às dez, afinal, tempo era moda! Meu Deus!

Quando por fim, vi que estava perfeitamente arrumada: Ou o máximo que era possível com quarenta minutos, eu segui voando até o andar de baixo, direto para meu fusca importado direto do ferro velho.

Oh guru da moda! Como minha vida é complicada! Eu nem mesmo conseguira tomar café. A maior sacanagem do mundo, a maior de todas, era começar o dia sem rosquinhas. Afinal, rosquinhas eram vida, açúcar era literalmente, combustível. Quem nesse mundo conseguia viver sem rosquinhas?

Assim que entrei em direção ao estacionamento, flagrei Dimitri sair de seu carro - um Mercedes de ultima geração que me deixou babando tanto quanto seu dono - e soltei outro suspiro resignado. Ele estava ainda mais bonito essa manhã!

Por favor, homem. Me jogue na parede e me chame de argamassa!

Logo, um homem se aproximou e eles se abraçaram com intimidade, eu balancei a cabeça, inconformada, mais ainda quando o homem tocou seus braços com suavidade e entrou no carro de Dimitri. Meu chefe se virou, notando minha presença e eu sorri, tentando manter minha expressão comum.

Ok Rose, sem aquela de expressão de “Oh meu Deus, que desperdício!”. Ok. E sem aquela que diz "Oh meu Deus, me foda até amanhã!" Ah não, sem ok para essa. Eu praticamente babei observando-o caminhar em minha direção vestindo jeans que se ajustavam as suas coxas musculosas e provavelmente ao seu bumbum gostoso. Os braços estavam com uma camisa social rosa clara que... - olha a novidade - deixavam os músculos bem em evidência. O problema é que bem, não era nada exagerado, era aquele tipo que você diz, "uh, que tanquinho bom, vem aqui pra mim lavar minhas calcinhas nele!".

Eu corei, balançando a cabeça e afastando os pensamentos.

Eu endireitei minha postura, alisando minha saia vermelha e verificando discretamente se a blusa branca não estava transparente demais. Não estava.

E ainda que estivesse, ele não iria notar.

– Rose! Bom dia! – Dimitri sorriu lindamente em minha direção e eu suspirei direcionando a ele outro suspiro. – Pronta para mais um dia? - Me direcionou um olhar pra lá de sensual. Meu Deus, eu virei uma ninfomaníaca. E pior, queria desvirtuar um gay! Eu ia para o inferno!

– Sem dúvida. – Assenti enquanto entrávamos no pequeno elevador.

Uh, elevador + eu + Dimitri = minha sanidade indo para o ralo.

Só agora eu notara Dimitri carregava uma caixa pequena nos braços e quando ele a pousou aos seus pés, meus olhos se arregalaram em choque.

Ai meu Deus. Aquilo eram vibradores?!

Puta que pariu. Definitivamente, essa coca é fanta. Ai guru, porque comigo?!


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Notas finais do capítulo

O que acharam, amores?



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