Bittersweet escrita por Ana Paula Puridade, Lua


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Que Saudades meus amores!!!!
Nos perdoem por esse tempo de "Hiatus" mas agora Bittersweet voltou e com força total!
Novas aventuras estão por vir, e prometemos que essa nova fase da Fic será ainda melhor do que a primeira.
Agora deixa eu parar de enrolar e deixar vocês lerem!



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NARRAÇÃO DO DAMON
As emoções de Bonnie estavam misturadas com as minhas, eu sentia tudo que ela havia sentido naquele momento e isso me deixou completamente fora de mim. Eu estava chorando, mas as lágrimas não eram minhas e sim dela, lágrimas de desespero. Eu quis matar Kai naquele instante, queria causar e ele muita dor. Na verdade eu quis me matar por que sim, não pude deixar de pensar que tudo isso é minha culpa porque mais uma vez eu tinha sido o mesmo Damon egoísta de sempre, estragando tudo, só que dessa vez eu não estraguei a minha vida e sim a de Bonnie.
Quando sai da mente de Bonnie, ela ainda continuava com a mesma expressão de desespero. Mesmo receoso e sufocado pelo que tinha visto na mente dela, induzi os sonhos para que a avó a salvasse de Kai e elas tivesse momentos bonitos juntas. Depois saí de lá o mais rápido que minha velocidade vampiresca me permitiu. Quando dei por mim já estava na floresta de Mystic Falls, meu instinto vampiresco me avisava que havia uma presa por perto, era disso que eu necessitava, sangue humano, matar alguém, tirar as lembranças de Bonnie de minha cabeça.
Avistei a garota se aproximando e fingi que estava desacordado, pelo som dos passos notei que ela hesitou em vir até mim, mas acabou se aproximando.
— Ei, Senhor acorde!
Eu continuei imóvel, queria me certificar que só havia ela no local, não poderia me arriscar a fazer uma vitima e ter testemunhas, pois era só isso que me faltava: ter problemas com minhas caçadas.
— Acorde, Senhor!
Quando tive certeza = que ela estava sozinha, abri meus olhos, ela me olhou aliviada e sorriu, as humanas nunca resistem a mim.
— Por um instante pensei que estivesse morto.
— Para o seu próprio bem, ela melhor que eu tivesse! — falei avançando nela.
Eu estava prestes afundar minhas presas em seu pescoço, mas o grito de desespero dela ecoou pela floresta, e algo nesse grito me fez lembrar o desespero de Bonnie ao ver Kai avançando em cima dela e novamente as emoções da Bruxa voltaram para mim com força total. Droga! Encarei a garota que me olhava assustada e usei compulsão para fazê-la esquecer desse pequeno ocorrido.
Eu estava ainda atordoado com tudo, não sabia o que fazer naquele instante, principalmente com sentimentos que não pertenciam a mim, mas ainda assim estavam me sobrepujando. Geralmente eu iria encher o Stefan ou Bonnie com meus problemas, mas não quero envolver Stefan nisso e não sei como olhar para Bonnie depois de tudo que eu vi em sua mente. Como eu poderia contar que simplesmente invadi a cabeça dela, sem ela querer, quando estava escondendo algo de que sentia vergonha e repulsa?
Eu não sabia com quem falar, mas precisava desabafar com alguém.
Voltei à mansão, peguei meu carro e dirigi o mais rápido que pude. Alaric com certeza já estaria dormindo a esta hora, pela vida de um mísero professor de faculdade que ele tinha, com certeza levantaria cedo, mas eu precisava do meu amigo independente que já passasse das 2:00 da manhã.
A morte de Jo, dos gêmeos e o sono de Elena afetaram muito a Alaric, foi ele que decidiu se afastar de Mystic Falls e de todos nós depois da tragédia. A principio tentamos impedi-lo, até eu no meu mau período tentei fazê-lo mudar de idéia, mas sabíamos que para ele era melhor se afastar. Ric saiu da Whitmore e foi trabalhar na Universidade da Virginia, desde que ele se mudou só nos falávamos por telefone, ele mesmo pediu isso, segundo ele era melhor se afastar de tudo e de todos e começar uma vida nova.
Eu também queria fazer isso, mas sei que aonde quer que eu vá Stefan me perseguirá e meus problemas sempre estarão lá para me atormentar, os problemas não somem só porque passamos a ignorá-los. Por isso decidi ficar em Mystic Falls onde a presença de Elena é mais forte para enfrentar tudo e principalmente enfrentar a grande dor que é a ausência dela para mim.
Toquei a campainha da residência de 2 quartos que Alaric chamava de casa e não tive nenhuma resposta. Ele só poderia estar de brincadeira com a minha cara. Não é só porque resolvi aparecer sem avisar às 2h da manhã que Alaric me deixará plantado quando eu preciso dele. Toquei a campainha insistentemente, várias vezes, até que vi uma luz ligar e ouvi a voz de Ric xingar.
— JÁ VOU! — gritou ele irritado, me fazendo rir.
Não demorou muito para a porta da casa se abrir e eu me deparar com um Alaric mais magro com um rosto abatido, olhar triste e cansado. É, Ric, você com certeza é o único que chega perto da dor que eu estou sentindo.
— Damon, o que faz aqui?
— Precisamos conversar. — disse me aproximando da porta, mas ele me impediu.
— Damon, são quase 3 da manhã e eu levanto cedo para trabalhar, então o que você tiver pra falar vai ter que esperar.
Ele queria fechar a porta mais eu o impedi.
— Alaric, — grunhi. — Eu preciso conversar com você, me convide para entrar!
— Damon, já falei que depois conversamos. E como eu já havia dito há um tempo, não convidarei nenhum de vocês para entrar em minha casa, quero começar uma vida nova, sem vampiros, bruxas, hereges ou que demônios for que existir nessa terra! — Novamente ele tentou fechar a porta.
— Bonnie, está de volta. — falei.
— Ah, que bom, mande lembranças a ela. Agora saia que eu preciso dormir.
— Mas que droga, Alaric!
— Damon, vá se... — Interrompi seu xingamento.
— Kai estuprou a Bonnie.
Alaric finalmente parou por um instante e me olhou surpreso.
— O que?
— Aquele desgraçado estuprou a Bonnie.
— Entre, Damon. — ele finalmente cedeu, abrindo a porta e me dando espaço para entrar.
— Você não deveria ter me contado isso. —O vi passar a mão pelo rosto cansado. — Não deveria ter me contado desse jeito, eu nem superei as minhas tragédias e de repente você simplesmente me joga essa informação. Isso não é mais uma das suas mentiras para conseguir o que quer, não é mesmo?
— Você acha que eu viria de Mystic Falls até aqui para falar uma mentira?
— Tenho mesmo que responder essa pergunta? — desdenhou, pegando uma garrafa de Bourbon e colocando na mesa.
— Bom, é melhor que eu fale tudo de uma vez.
— Pode falar, sou todo ouvidos.
— Bonnie voltou estranha, um estranho normal, consegue entender?
— Não, — ele deu um gole na bebida. — Explique.
— Ela está fingindo que está normal, ela simplesmente está escondendo algo e não conta a ninguém. Quem é que fica preso durante dias com um psicopata e depois nem sequer conta aos amigos o porquê de ser alvo dos planos malignos dele? Ela estava agindo como se nem tivesse sido levada quando certamente passar esses dias com Kai Parker deveria ter sido a pior tortura da vida dela.
— Se ela estava escondendo, como foi que você descobriu? — ele arqueou as sobrancelhas, com um olhar acusatório.
— Bem... Hoje Stefan, Caroline e Matt saíram, eu fiquei com Bonnie, ela acabou dormindo e eu entrei em seus sonhos, eu vi toda a cena, Ric. Kai a estuprando. Vi tudo com as emoções dela, foi terrível presenciar aquilo. Eu quis arrancar aquela cabeça maldita dele mais uma vez, mas até eu conseguir isso, não sei como agir com Bonnie, ela precisa de ajuda e eu não sei se eu sou a pessoa mais indicada para ajuda-la.
— Aquele desgraçado! Já não basta todo o mal que ele fez a ela, que ele fez a todos nós? Ele sempre tem um jeito de desgraçar ainda mais nossas vidas! — Alaric jogou seu copo na parede.
— Eu irei matá-lo, Ric. Escolto ele até o inferno se for preciso!
— Quando você fizer isso, me avise, quero ter o prazer de vê-lo sucumbir, vê-lo morto será a única coisa que me fará ter um pouco de felicidade nesta vida desgraçada que eu estou vivendo.
— Eu te entendo amigo, tenha certeza que eu te entendo. — Pus minha mão em seu ombro e vi Alaric se acalmar aos poucos.
— Voltando a Bonnie, o que você pensa em fazer, Damon?
— Eu pretendo ajudá-la, não sei de que forma, mas eu quero ajudá-la.
Ric crispou os lábios e encarou o nada.
— Já parou pra pensar porque ela está escondendo isso? Como ela se sente sobre isso?
— É claro que sim, as emoções dela estão em mim desde que entrei na mente dela. — engoli em seco, lutando pra não deixar aqueles sentimentos me dominarem outra vez. — Ela se sente suja, envergonhada... Mas quem tem que sentir vergonha é ele, ele é o sujo!
— É melhor você fingir que não sabe de nada e tentar ser o mais discreto possível.
Franzi o cenho. Mas que diabos o Alaric tinha na mente? Fingir que eu não sabia de nada? E simplesmente esquecer todo o mal que o Kai fez a Bonnie?
— Não, claro que não, eu não posso esquecer tudo que vi, muito menos deixar de apoiar Bonnie, ela está sofrendo!
— Damon, não estamos falando de qualquer pessoa, estamos falando de Bonnie Bennett, ela jamais permitiria que você sentisse pena dela, muito menos que se aproximasse dela por culpa, por que é isso que você está sentindo. Se você disser que sabe, Bonnie te afastará, ela se sentirá humilhada por você saber, não diga nada a ela, muito menos a Stefan ou aos outros, guarde isso para você e a ajude, a apóie, mas sem que ela saiba que você já descobriu!
Eu fiquei algum tempo repassando tudo que Alaric dizia, e fazia sentido, Bonnie não gosta que as pessoas sintam pena dela, por mais que eu não quisesse admitir, Ric tinha razão.
— Tudo bem, Alaric. Tentarei me controlar e farei o que você disse.
— Olhe só, Damon Salvatore aceitando conselhos. — ele brincou.
— Acho que o álcool já está afetando meu cérebro.
Nós dois rimos.
— Mas o que eu não entendo é, por que demônios ele fez isso? Sei que ele teve uma queda por ela desde o mundo prisão, isso era nítido para todos nós, mas se ele não fez antes, por que logo agora?
— Eu não faço a mínima idéia, as coisas sobre Kai ficam cada vez mais confusas. Segundo Bonnie, ele a queria para alguns feitiços, mas agora ele é mais poderoso que ela, tendo o sangue de Bonnie poderia fazer quantos feitiços quisesse. Existe um plano muito diabólico por trás disso tudo.
— Vindo de Kai Parker, podemos esperar o pior Damon. É melhor nos prepararmos por que com certeza algo terrível estar por vir!

NARRAÇÃO DA BONNIE
Não lembro quando foi a última vez que dormi tranqüila, mas com certeza não foi esta noite. Eu quase não dormia enquanto estava encarcerada, passava a maior parte das noites encolhida no escuro, desejando que Kai não entrasse pela porta. Eu sabia que aqui na casa dos Salvatore as chances de isso acontecer eram quase nulas, mas não consegui evitar dirigir olhares para a porta do quarto a cada 20 minutos, era quase automático: pegar no sono, acordar sobressaltada, encarar a porta. Repetidas vezes. Por volta das 5h da madrugada desisti, joguei as cobertas para o lado e resolvi fazer um chá, mas quando passava silenciosamente pela sala ouvi vozes vindas da cozinha, falando sobre mim, então me escondi sorrateiramente pra ouvir o que diziam.
—Ela estava dormindo no sofá, Damon, no sofá! — era Caroline falando. — Você disse que tomaria conta dela, mas não estava em lugar nenhum, deixou ela sozinha numa casa em que qualquer um pode entrar.
— Eu sei, Barbie. — Damon respondeu com uma voz cansada.
— Como eu confiei que você ia cuidar dela? E onde você se meteu, afinal?
— Eu tive fome, o estoque de sangue está vazio. E advinha? Não tenho que te dar explicações do que faço.
— Quando se trata da Bonnie, você tem! Isso não é brincadeira, Damon, você sabe das ameaças nessa cidade.
Houve silêncio. Eu queria poder ver a cena, mas não dava, se eu soltasse até mesmo uma respiração mais profunda eles escutariam e saberiam que eu estava ali.
— Eu não estava pensando muito quando saí, — Damon disse por fim. — Sinto muito.
— Pois deveria pensar. — a vampira respirou fundo. — Se ela ao menos conversasse comigo. Ela fala, ela sorri, finge que está tudo bem, mas eu sinto o medo nela. Faz parte de ser um vampiro, não é? Sentir o medo que os humanos exalam... Eu sei que você sente e também sente ela lutando internamente contra isso.
— Eu... — a voz do vampiro vacilou. — Temos que dar tempo a ela.
Assim como eu, Caroline também notou a falha na voz dele.
— Você o que? Ela te contou algo?
— Não.
— Damon, se você sabe de algo, tem que me dizer.
A minha respiração estava presa. Eu queria poder ver as expressões nos rostos deles, assim eu saberia se Damon sabia de alguma coisa, será que ele havia descoberto algo? Ah, como eu queria estar dentro daquela sala.
— Bonnie não me disse nada, Caroline. Juro. Eu quero que ela converse comigo tanto quanto você quer.
Senti um alívio percorrer meu corpo, não, ele não havia descoberto nada.
— Ela se fechou como uma concha. — a voz de Care se tornou cansada. — Nunca dá uma resposta direta sobre Kai. Diz que ele queria feitiços, mas quais? E por quê? Eu sei que ele joga com a mente, colocava sonhos na sua cabeça e na dela pra tentar deixar vocês um contra o outro, mas o que ele fez que ela quer manter segredo?
— Não pressione ela, Caroline. Apenas seja amiga dela, é disso que ela precisa.
— Tudo bem. O que mais eu posso fazer, não é?
Depois disso, Damon falou para conversarem em outra hora, pois estava cansado. Prendi a respiração o Maximo que pude então ele saiu e passou por mim na sala, sem me notar no lugar entre as cortinas e um armário, onde eu estava parada ouvindo tudo. Entrei na cozinha encontrando apenas Caroline que encarava o nada.
— Hey, — falei.
— Bonnie, achei que estivesse dormindo. — a loira sorriu surpresa ao me ver
— Estava com insônia, pensei que um chá ajudaria.
— Eu preparo pra você.
— Não precisa, eu mesma faço. — coloquei água numa chaleira e pus pra ferver. — Eu me sinto um pouco incapaz com todo mundo querendo fazer as coisas por mim.
— Estamos sendo gentis. — Caroline corrigiu.
— Eu sei, não quis parecer ingrata. — falei, tirando do armário uma caixa pequena de chás. — Também me deixa desconfortável o fato de todo mundo estar pisando em ovos perto de mim e falando de mim quando acham que não estou por perto.
Desde que cheguei, sinto que todos, incluindo Damon que era o mais franco e sincero de nós, têm cuidado do que falam quando estão comigo, e eu estou odiando isso.
— Hm, — ela balbuciou. — Por que acha que falamos de você quando não está aqui? Ou Pisando em casca de ovos quando estamos com você?
— Caroline, — a encarei. — Acabei de ouvi sua conversa com Damon.
— Oh, — murmurou, — eu... é... quanto você ouviu?
— Cheguei no “ela estava dormindo no sofá”. Você não precisava dar bronca no Damon por causa disso, nenhum de vocês precisa parar a vida, deixar de sair, trabalhar ou estudar pra ter que montar guarda pra mim.
— Somos seus amigos, montar guarda é o mínimo que podemos fazer por você.
— Eu sabia que você ia dizer isso. — sorri. — Eu aprecio muito o cuidado que estão tendo comigo, Care, aprecio mesmo e agradeço.
— Mas...?
— Eu sei que o cargo de “Donzela Em Perigo” está vago, mas eu não vou ocupar ele. Eu não vou ser a pessoa que vê os meus problemas se tornando os seus problemas, ou de Damon, ou de qualquer outro.
Virei-me para o fogão, coloquei água fervente numa xícara e preparei o chá, depois sentei à mesa com Caroline.
— Bonnie, — ela fixou os olhos nos meus. — Nós não queremos salvar a pátria, queremos salvar você, assim como eu sei que você nos salvaria sem pensar duas vezes. Não estou te pedindo pra sentar e deixar que façamos tudo, porque você não é de sentar e esperar, estou te pedindo pra me deixar te ajudar, você é minha melhor amiga, eu só quero ajudar você, sei que Kai te machucou.
— É isso que estou querendo dizer, Care. Foi a mim que ele machucou. Sei que não posso enfrentar ele sozinha, eu não quero estar sozinha, mas quando ele aparecer, não tem que ser você a dar o que ele merece, nem Damon,nem Stefan, nem Matt. Tem que ser eu. Se alguém vai acabar com a vida dele, tem que ser eu, assim como ele acabou com a minha.
Caroline ficou calada. Eu fiquei calada. Notei que o termo “acabou com minha vida” a assustou, deixando-a com mais receio sobre o que tinha acontecido quando fui com Kai. Eu apenas encarava a xícara em minhas mãos. Falar disso me deixava sufocada e desconfortável.
— Eu vou esperar, — minha amiga falou depois de um tempo, segurando em minha mão. — E quando você estiver pronta pra me contar o que aconteceu, eu vou estar aqui pra te ouvir.
— Obrigada. — falei.
[...]
Era fim de tarde e estávamos todos na sala: Damon, Stefan, Caroline, Matt e eu. Tínhamos afastado os moveis e sentamos no chão, Caroline colocou o CD de alguma cantora pop que Damon descreveu como “torturante”, Stefan tinha cozinhado várias comidas deliciosas (adoro as comidas de Stefan, são as melhores) e espalhamos tudo em bandejas ao nosso redor junto com refrigerantes e outras bebidas, estávamos no centro apostando poker e, pro desgosto de Damon, Matt estava levando a melhor. Essa era a “festa particular” que Caroline tinha prometido.
— Argh! — Damon torceu o nariz mais uma vez quando Matt mostrou as cartas vencendo o jogo.
— Não seja um bebê chorão, Damon. — Matt debochou.
— Cuidado, Donovan. Está na minha casa, lembra?
— Acho que agora é a casa dele, — falei.
— Eu nunca deveria ter concordado em passar a escritura pro nome dele. — o vampiro bufou. — Aliás, não dou a mínima pra esse jogo, se fosse strip poker, eu já seria o campeão.
— Aham, — rolei os olhos. — Mas como eu sei que você não interesse em ver ninguém aqui pelado, acho que vamos continuar com o jogo tradicional.
— Preciso de mais Bourbon pra agüentar vocês, — disse ele, levando uma garrafa à boca enquanto nós rolávamos os olhos.
Stefan começou a redistribuir as cartas quando a campainha tocou e Caroline foi atender. Matt estava concentrado no jogo enquanto Damon tentava olhar as cartas que ele tinha. Tudo parecia tranquilo e divertido por um momento em me sentia em segura, até uma voz vir da porta que Care tinha ido abrir.
— Você deve ser a Caroline, certo? Quem é o novo dono da casa que vai me convidar para entrar?
Eu parei de respirar, meus batimentos cardíacos aceleraram como nunca antes haviam feito, minhas mãos ficaram tremulas. Era Kai.
— Olá Bonnie, Sentiu minha falta? — ele falou da porta olhando por cima dos ombros de Care.
Stefan e Damon ficaram de pé imediatamente e foram até ele. Quando mencionei que tinha parado de respirar, falei sério. Alguma coisa bloqueou o caminho entre meus pulmões e minha traquéia, naquele instante eu senti como se a sala toda rodasse, a bile subiu por minha garganta, náuseas e mais náuseas tomaram conta do meu peito quando meu corpo ficou mole e não se manteve mais firme e então a inconsciência veio até mim. A última coisa que me lembro foi Matt chamando meu nome antes de tudo ficar escuro.

 


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Notas finais do capítulo

E ai meus amores, o que acharam?
Deixem aqui nos comentários suas opiniões que iremos ler e responder todas.
Beijos a todos, amamos todos vocês seus lindos!