Wolfpack escrita por Junior Dulcan


Capítulo 2
1x02 - After Moon


Notas iniciais do capítulo

Após o desastroso desfecho de um simples festa na fogueira David e Jonny acabaram seriamente feridos no confronto contra a besta na floresta, enquanto isso Helen tenta fugir e conseguir ajuda.



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Helen

Não estava realmente orgulhosa do meu desempenho como mulher naquela noite: correr na floresta em total pânico, acertar o cara que estava tentando me ajudar com um pedaço de madeira e por fim deixar as únicas pessoas que tentaram me ajudar nessa confusão para serem mortas por um animal gigante e sanguinário. Meu namorado Mateus havia se provado um completo incompetente, ainda não acreditava que ele tinha me largado e fugido sozinho, covarde.

Era difícil entender como tantas coisas haviam acontecido ao mesmo tempo e tão depressa. Estávamos todos nos divertindo, tudo bem, algumas garotas realmente passavam dos limites na bebida e provocações desnecessárias. Kelly minha amiga há dois anos descrevia bem esse termo, possuía aquele visual "garota problema" que atraía os garotos aos montes: quase um metro e setenta, cabelos longos e loiros, pele clara, sorriso provocante, olhos azuis profundos e tudo isso somado a suas roupas despojadas, era a fórmula perfeita para problemas.

Estávamos ao lado leste da fogueira, Kelly queria atrair a atenção de Jonny, mas o rapaz estava muito ocupado sendo assediado por outra garota pra notá-la, ela tinha certa atração pelo rapaz, mas ele não parecia corresponder uma vez que ambos tinham certa fama entre os jovens da cidade, isso acabava por tornar difícil a junção deles, afinal quando se tem várias pessoas a sua volta te assediando não fica muito espaço para se preocupar em procurar por si mesmo.

A música estava alta e por conta da gritaria normal das pessoas não percebi até ser tarde, Mateus havia acabado de sair para buscar bebidas e eu estava começando a pensar se teria sido melhor ficar em casa e tentar terminar minha redação sobre a Reforma Protestante, quando percebi a inquietação. As pessoas estavam correndo para todos os lados e os gritos não eram por causa da festa, mas sim de medo.

Kelly agarrou meu pulso e me puxou para a floresta, seus olhos estavam enormes de medo o rosto pálido. Mateus surgiu ao meu lado segundos depois e juntos nos embrenhamos na mata tentando desesperadamente achar um lugar seguro. Corremos alguns minutos, com galhos prendendo em meus cabelos e pequenos cortes por causa das ervas daninhas, quando paramos para recuperar o fôlego os uivos cortaram a floresta.

— O que está acontecendo aqui? – Queria poder responder à pergunta da minha amiga, mas não fazia a menor ideia do que dizer. – Pensei que não houvesse animais perigosos aqui!

— Vamos manter a calma, temos que ir para a cidade. Se pudermos pedir ajuda a polícia então eles podem ajudar os outros. – Mateus concordou comigo, ele parecia mais assustado do que nós duas o que não era muito bom, afinal no geral as garotas esperam que o homem mantenha a calma e não que seja o primeiro a se borrar.

Os uivos ficaram mais próximos assim como mais gritaria de pessoas em pânico, não tive tempo para falar mais nada e meu namorado medroso saiu desabalado correndo exatamente na direção de onde havíamos acabado de fugir, Kelly me lançou um olhar trêmulo e correu na direção oposta. Ótimo, perdida na floresta com um animal selvagem a solta e estou logo com os dois mais medrosos.

Kelly podia estar indo para cidade, ou seja, o caminho dela era o que precisávamos no momento, por outro lado Mateus havia ido exatamente para o perigo, então mesmo sendo um idiota não podia simplesmente largá-lo. Corri até voltar à clareira e tinha que admitir que aquilo era o mais próximo que já tinha estado de vivenciar um filme de terror, o clima frio da noite, os gritos, uivos e até as sombras e sons da floresta criavam o clima mais tenebroso do mundo.

É claro que Mateus não estava lá, mas havia outras pessoas: Jonny, David e ao lado deles Marcus caído próximo à fogueira. Marcus era um dos amigos de Mateus, tão grande e barulhento quanto os outros. Ele estava com os olhos abertos e vidrados, suas roupas sujas de sangue e não precisava de mais nada para saber que ele parecia estar morto. Jonny e David estavam do lado oeste da clareira ambos caídos no chão olhando com pavor para algo além do círculo de luz.

Olhei na mesma direção que eles e senti frio, não qualquer um, mas aquele que acompanha a pior sensação de medo, quando nos sentimos extremamente ameaçados. Os olhos vermelhos estavam literalmente brilhando na penumbra, grandes como bolas de tênis e o animal parecia ter o porte de um cavalo de tão grande e o rosnado de um lobo. O grito veio de David, ele percebeu que aquele bicho havia me notado, pior que isso, tinha decidido que eu seria sua próxima presa.

Estava meio cansada de ficar correndo o tempo todo, mas naquele momento meu corpo estava tão carregado de adrenalina que minhas pernas se mexeram antes mesmo que pudesse pensar mais a respeito. O animal me seguia, podia senti-lo e vê-lo correr sem nenhuma pressa, tentei me esconder atrás de uma árvore. Meu coração martelava contra as costelas e todo o meu corpo tremia. Naquele instante fui tomada pela loucura, não iria morrer correndo de medo, se fosse para acontecer o pior então iria encarar o problema.

O animal demorou, e não apareceu. Deveria ter me alcançado em um segundo, mas parecia ter desistido ou estava à espreita para me pegar desprevenida. Já tinha pegado um pedaço de um galho grande no chão quando ouvi o som de alguém correndo, respirei fundo, fechei os olhos e bati com toda minha força. Fiquei feliz por tipo uns cinco segundos, até perceber que tinha acertado o David.

— Qual é a sua?! Viemos te procurar e você nos recebe com pauladas na cabeça?! – Jonny parecia mais nervoso do que jamais tinha visto antes, toda aquela posse confiante tinha desaparecido e sido substituída por preocupação e medo.

Desculpei-me é claro, mas estava tão nervosa que não conseguia fazer mais do que repetir frases. David parecia um pouco desorientado, mas disse que estava bem, graças aos céus que nada de pior tinha acontecido. Minha mente vagou em possibilidades como algum trauma que isso pudesse ocasionar, mas aquela não era a hora para pensar no problema.

Começamos a fugir juntos, tinha esperança que Kelly e Mateus tivessem encontrado uma maneira de sair da reserva. O animal parecia não achar que nós três precisássemos da mesma sorte, surgindo logo a nossa frente. Estava nos observando de longe o tempo todo, era um nível de caça que eu jamais havia ouvido falar em nenhum predador.

David novamente bancando o herói queria ficar e deixar Jonny e eu escapar, muito corajoso da parte dele, mas o amigo não iria deixá-lo e eles decidiram sozinhos que eu devia fugir e procurar ajuda. Tinha medo, mas sabia que se conseguisse ajuda talvez a polícia pudesse encontrá-los e os médicos pudessem tratar de qualquer ferimento. Covarde de minha parte deixá-los para trás? Sim, muito, mas o que eu poderia ter feito se ficasse?

O animal não me seguiu e consegui chegar ao perímetro da floresta, havia muitas pessoas ali: participantes da festa, pais preocupados, policiais, guardas florestais e enfermeiros do SAMU. Todos me olharam quando cheguei, várias pessoas correram em minha direção perguntando o que tinha acontecido e se tinha visto mais alguém.

— Dois rapazes que estavam correndo comigo ficaram para trás, vimos um animal e eles ficaram para tentar me dar tempo para fugir. – A menção da palavra animal a maioria das pessoas se agitaram, muitas conversas e outros dizendo: Eu disse que era um animal!

Alguns policiais e guardas conversaram comigo, pedindo para que contasse tudo que havia acontecido. Tentei contar tudo que me lembrava e achava que fosse importante, outros guardas já estavam na floresta a procura dos perdidos e após o interrogatório os médicos me examinaram e me deram calmantes. As buscas levaram quase a noite toda, sempre que aparecia uma nova pessoa com os guardas meu coração pulava.

Meus pais chegaram alguns minutos depois, minha mãe com aquela expressão que misturava preocupação com “vou te matar”, bem adorável. Meu pai estava calado, as rugas entre os olhos era a única evidencia de que ele estava preocupado, um sermão parecia preso em sua garganta, mas eu sabia que a conversa viria mais tarde. Felizmente depois que expliquei a eles o que tinha acontecido não fizeram objeção em esperar que os rapazes fossem encontrados, minha mãe voltou para o carro e meu pai foi falar com os guardas florestais.

Kelly apareceu minutos depois, ela havia escapado logo depois de nos separarmos, parecia abalada, mas o celular não parava enquanto ela respondia e recebia curtidas em sua postagem nas redes sociais. Mateus só apareceu no meio da madrugada, suas roupas estavam rasgadas e sujas e ele agia como um herói de guerra. Sabia muito bem que ele havia agido como um covarde, mas não estava no clima para conversas.

— Você está com raiva? – Estava mais do que estampado no meu rosto que tinha vontade de quebrar a cara idiota dele, em outros momentos eu até poderia ter perdoado a covardia dele, mas lembrar de que ele me deixou largada com um animal selvagem e que duas pessoas com quais eu mal falava é que foram me socorrer fazia minha cabeça latejar de ódio ao ouvir sua voz mansa.

— Mateus, nesse momento você é a última pessoa que eu quero ver.

— Eu sou seu namorado! E fiquei perdido horas na floresta, não recebo nenhum desconto?

— Você me largou na floresta! Se não fosse pelo David e o Jonny eu poderia estar morta! – Quando estava nervosa tinha mania de mexer nas mãos, naquele momento as minhas não paravam de se mexer.

— Eu entrei em pânico! Todos entraram isso não é justo!

— Eu poderia ter saído se não tivesse voltado para te procurar! – Passei a mãos pelos cabelos ainda nervosa e tentando me conter para não gritar ainda mais. – No momento eu quero saber se os rapazes estão bem, então não quero conversar com você agora.

Ele me olhou cheio de indignação e foi embora, não estava com vontade de brigar ainda mais, apesar de que sabia que a briga só estava começando, não iria prolongá-la agora. Kelly deu um sorrisinho de deboche e apesar de amá-la como louca, tive uma crispação de raiva.

— Você também! Não pense que esqueci que você não pensou duas vezes antes de me largar na floresta.

— Olha, confesso que eu surtei. Sou bonita, mas beleza não me preparada para situações com animais selvagens, eles não vão se impressionar com minha aparência e carisma. – Ela suspirou abandonando a pose. – Desculpe, não queria te abandonar. Tive medo.

— Tudo bem, eu entendo. – Suspirei, era difícil ficar com raiva dela da mesma maneira que estava do meu não tão assim namorado.

O corpo de Marcus foi tirado da floresta quando o céu já estava clareando, a família não morava na cidade e deviam estar sendo contactados naquele momento. Não o conhecia profundamente, mas ainda assim fiquei triste ao pensar que alguém tão jovem, estava partindo tão cedo. Fiquei até as buscas serem totalmente encerradas, meu coração cheio de preocupação porque David e Jonny não foram encontrados. A polícia praticamente teve que me expulsar, e minha família que tinha concordado em esperar agora me arrastavam para o carro.

David

A mordida foi profunda e minha cabeça girou e eu apaguei, quando finalmente acordei a luz do sol já incomodava os meus olhos. Olhei a minha volta tentando me orientar, estava em um tipo de caverna, mas era muito pequena, cavada diretamente na terra e com folhas e ossos de animais espalhados.

Havia um zumbido me incomodando como se um enxame de abelhas estivesse em minha cabeça, tentei localizar a fonte do barulho e fiquei chocado ao constatar que o inseto que me referia estava a mais de vinte metros e estava sozinho. Minha adrenalina ainda devia estar muito alta, não pude pensar muito nisso, tinha que sair dali. Outro barulho me fez levantar num salto totalmente alarmado, infelizmente a caverna tinha teto baixo, a dor era cegante.

— Desgraça! Porra! – Não me orgulho das palavras, mas na raiva é difícil decidir o que mais é apropriado a se dizer.

O som vinha de Jonny que estava ferrado no sono, a boca escancarada. Ele estava sujo de terra e sangue, mas não via nenhum ferimento aberto em nenhum lugar, procurei onde o animal havia me mordido e também não achei nenhum ferimento. Confuso? Bastante. Não entendia se tive uma ressaca daquelas ou se isso era um tipo de pegadinha de muito mau gosto. Não poderia ter tido ressaca, nem ao menos havia bebido. Talvez tivessem nos drogado, alguns daqueles caras na festa eram bem capazes de levarem coisas estranhas.

— Jonny acorda!

— O que?! Não fui eu! – Ele se sentou assustando-se e misturando sonolência e confusão, levou alguns instantes para entender. – Onde estamos? Achei que tinha morrido...

— Não morreu. Que tipo de drogas seus amigos estavam distribuindo naquela festa afinal? Nunca tive uma ressaca como essa, aliás, eu nunca tive ressaca nenhuma!

— Drogas? Não seja idiota, tubo bem que bebemos um pouco, mas foi só cerveja. E afinal porque estamos num buraco aparentemente na floresta ainda? Tinha certeza que aquele animal tinha acabado com a gente.

— Espera, você também viu aquilo?

— Claro.

— Então não estávamos drogados, não tem como nos dois termos o mesmo efeito alucinógeno. Então se a coisa não nos matou e estamos num buraco no meio da floresta...

Nem precisamos pensar mais sobre o assunto, quase nos atropelamos para sair da caverna. Disparamos entre as árvores tentando achar um ponto de referência para irmos para a cidade. Para nossa sorte logo avistamos a clareira e havia pessoas, muitas e algumas usando farda.

Os guardas florestais e a polícia disseram que nos procuraram em todos os lugares, tentamos mostrar o caminho para a caverna, mas ficou claro que não fazíamos ideia de onde era. Explicamos tudo que havia acontecido e quando fomos encaminhados para fora da reserva para sermos levados para casa já tinha decidido que nunca mais iria a nenhuma festa fora da cidade nem remotamente distante do perímetro urbano.

Quando cheguei a minha casa encontrei minha mãe com o rosto inchado de tanto chorar, isso me fez sentir ainda pior. Entretanto teria suportado melhor se ao entrar correndo não tivesse feito uma parada brusca ao ver Helen, em consequência Jonny que vinha tão rápido quanto colidiu comigo e ambos caímos. Enquanto minha mãe praticamente me sufocava com abraços, Helen sorria do seu lugar a mesa da cozinha.

— Meu pai é da polícia militar, ele me disse que vocês haviam sido encontrados. – Isso explicava por que a garota estava aqui, devia ter vindo acalmar minha mãe o que era bem legal da parte dela.

Afastei minha mãe com gentileza, não porque não queria abraçá-la, mas porque de alguma forma parecia haver um cheiro forte de alvejante, sal e detergente dela que fazia minhas narinas arderem. Jonny foi para a casa dele, ele morava com a tia e ela devia estar entrando em completo desespero naquele momento. Helen foi em seguida, apesar de querer que ela ficasse seria meio estranho com minha mãe chorando por perto.

Depois de um banho revigorante e da noite mais estranha da minha vida, estava pronto para dormir e voltar a minha calma e familiar rotina. Acordei no meio da noite, havia tido um sonho vívido, estava na floresta de novo e havia uivos, eu estava uivando. Estava revivendo os momentos na floresta, mas agora eu era o animal que perseguia todos, podia ver através de seus olhos enquanto escolhia quem deveria morder.

O cheiro de medo não me atraía, não precisava de covardes comigo. Podia sentir algumas fragrâncias diferentes, autoproteção, vontade de viver, coragem... Havia alguns com potencial, era hora de aumentar a família.

Havia acordado coberto de suor e respirando com tanta força que parecia que estava mesmo correndo pela floresta, por um momento achei que tinhas garras, mas quando olhei de novo minhas mãos estavam normais. Nota mental: Nunca dormir diretamente após um evento traumático e mentalmente estressante.

Corri até o banheiro para lavar o rosto, meu coração pulou quando vi meu reflexo: meus olhos estavam com a íris amarela, havia pelos no meu rosto, meu nariz parecia o focinho de animal e eu tinha presas. Esfreguei meus olhos com força, contei até dez para me acalmar e olhei de novo. Tudo estava normal: rosto sem pelos, nariz do tamanho e forma normal, olhos da cor de sempre e nada de presas.

O dia seguinte às coisas não melhoraram. Parecia que alguém tinha aumentado o volume do mundo e colocado no máximo, desde um espirro que parecia o tiro de uma espingarda, até um lápis caindo que parecia mais que alguém tinha explodido algo. Dez minutos na escola provaram que eu teria a pior dor de cabeça da minha vida.

As pessoas pareciam achar que eu estava com ressaca da festa, mas eu sabia que não era isso, para ter ressaca à pessoa precisa ter bebido. Suspeitava que o ataque do animal tivesse causado alguma infecção generalizada, animais selvagens não andam com as vacinas em dia. Se isso fosse verdade tinha que ir ao médico rápido, afinal meu sistema deveria estar surtando.

Foi um alívio quando a primeira aula terminou, não tinha entendido sequer uma palavra do que havia sido dito e quando saí da sala colidi com Jonny, ele estava com uma aparência estranha, mais pálido e com olheiras profundas. Tirando o barulho que era ensurdecedor me sentia fisicamente ótimo, mais do que isso, nunca havia me sentido melhor antes.

— Você está passando mal? – Ele me olhou a expressão abatida, caminhamos juntos até estarmos afastados das outras pessoas.

— Na verdade estou faminto, mas não consigo segurar nada no estômago. Acho que peguei alguma infecção daquele animal.

— Também pensei nisso, mas não sinto fome, na verdade meus sentidos estão uma bagunça. Minha cabeça doí só de pensar que parece que todo mundo está gritando o tempo todo. E ontem eu pude jurar que tinha garras e presas... Que loucura.

— Você também? Eu podia jurar que meus olhos tinham ficado com a íris brilhando branca, sabe, achei até que estava tendo um pesadelo como daqueles que as pessoas ficam possuídas. E dentes! Parecia até a boca de um tubarão!

— Os meus pareciam amarelos, mas o resto era parecido, garras e dentes afiados. O que está acontecendo com a gente?


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Notas finais do capítulo

Seguindo a deixa do primeiro capítulo, agora vemos os eventos da festa da fogueira da perspectiva de Helen, enquanto isso David e Jonny sentem as primeiras mudanças após a mordida do misterioso animal. Fiquem ligados para o próximo capitulo de Wolfpack!



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