Amor Real escrita por AneQueen


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

oi genteeee :)



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– Estamos indo na direção errada à do palácio. Robin ignorou o comentário de Regina. – Na noite anterior você não comeu uma refeição inteira. Esta noite eu pretendo remediar isso e levá-la para um lugar especial para jantar, a fim de celebrarmos o Festival da maça. Não se preocupe – ele declarou quando notou um brilho de ansiedade nos olhos dela. – Entraremos por uma entrada particular para um jantar privativo, e meu próprio pessoal estará nos servindo. Tudo o que você tem que fazer é apreciar uma refeição livre de cafeína e álcool, com sal em moderação. Ela uniu as mãos. – Eu sei por que você está fazendo isso, Robin, mas não é necessário. – A gravidez a tornou uma vidente? Dessa vez Regina não poderia dizer se ele estava brincando com ela ou se seu comentário o havia irritado. – Eu apenas quis dizer... – ...que não espera nenhum favor especial de mim. Conte-me algo que eu ainda não saiba. – Eu o aborreci.

Sinto muito. – Regina… Precisamos conversar. Devido ao sacrifício que você fez por mim e Marian, qualquer vida social que normalmente iria apreciar foi tirada de você até que o bebê nasça. A essa altura você deveria estar saindo e se divertindo. Não tenho dúvida de que há muitos homens que passam em seu escritório querendo um relacionamento com você. Não preciso lhe dizer que você é uma mulher muito bonita. Meu cunhado me disse o mesmo, mais cedo. – Nunca vi o irmão de Marian. – Mas ele a viu esta manhã, depois de você deixar a sala de estar e rumar para a limusine.

Isso era novidade para Regina. As palavras de Robin a abalaram. – Obrigada pelo elogio. – Agora você é quem parece estar irritada comigo. – Não estou! – Ótimo. Nesse caso, tente entender que o nosso relacionamento não é unilateral. Não posso apenas colher os benefícios enquanto você enfrenta uma gravidez. Tenho que recompensá-la também. Pouco depois, Robin saiu da limusine e contornou o carro para ajudá-la. Junto com alguns dos homens da segurança dele, eles subiram através do teleférico até a entrada de um pequeno restaurante com vista para o Mediterrâneo. – Enquanto estivermos apreciando a refeição, vamos assistir aos fogos do festival sendo lançados da cidade – ele informou.

Robin precisou falar com um de seus seguranças, deixando Regina sozinha com seus pensamentos por um instante. Durante seus anos de adolescência ela tivera devaneios ridículos sobre estar a sós com ele, mas nenhum deles poderia ser comparado à maravilha dessa noite. Sem dúvida esse era o momento mais excitante na vida de Regina. De qualquer forma, havia um problema com a realidade que se introduzia nesse belo sonho. Enquanto ele estava tentando dar a ela uma noite especial para recompensá-la por ter a vida social negada no presente, Regina nunca iria se esquecer de que carregava o filho que Robin e Marian tinham feito. A esposa que ele adorava partira, deixando-o desolado, assim como o pai dela.

Regina se lembrou da noite do funeral de Marian, quando caminhou até o pátio do seu apartamento, sem saber para onde ir com sua dor. À sua frente estava a incrível visão de dúzias de veleiros e iates ancorados longe da costa com bandeiras americanas balançando a meio mastro na brisa, para prestar respeito ao príncipe. De repente, seu celular tocou.

Regina deu um pulo de susto e se apressou a apanhar o aparelho no interior da bolsa a fim de verificar o identificador de chamadas. Mal foi capaz de enxergar através dos olhos embaçados pelas lágrimas.

– Emma ? – ela disse assim que atendeu à ligação. – Regina? Quando o locutor do rádio começou a especular sobre o futuro da monarquia, eu tive que ligar e ver se você está bem. Ela respirou fundo.

– Sim – murmurou Regina, secando a umidade das faces com a mão. – Não, você não está bem. Não sei como consegue lidar com isso.

– Na verdade, não muito bem. – Converse comigo. Sei que você me disse que não pode deixar o palácio até amanhã, e eu não posso ir até aí hoje, então o telefone terá que bastar.

Você conversou com Robin desde o acidente? – Sim. Ele apareceu rapidamente na noite passada, preocupado com o meu bem-estar, se é que você pode imaginar isso. – Na verdade, posso. Saber que você está carregando o filho dele deve ser o único consolo que ele tem. Eu nunca testemunhei algo mais tocante em toda a minha vida do que a visão do cavalo coberto com as flores favoritas dela caminhando ao lado daquele homem incrível. Já vi a manchete de um dos jornais com a seguinte frase: “O príncipe dos sonhos de toda mulher em luto.” Regina cerrou as pálpebras com força. – A mídia vai fazer um circo disso. Ela podia ouvir isso agora: Quem será a próxima princesa? Ela será estrangeira? Ele irá esperar um ano ou vai quebrar a tradição e tomar uma nova esposa nos próximos meses?

Regina tinha uma pergunta a fazer: Como a próxima mulher que ele escolher vai se sentir sobre a mãe de aluguel? Todos esses pensamentos, e mais, a bombardeavam. – Você realmente não deveria estar só. – Tudo o que tenho que fazer é atravessar essa noite, Emma. Amanhã poderei começar a viver uma vida normal. Agora, sete semanas depois, Regina estava ali com o príncipe dos sonhos de qualquer mulher, em um restaurante no topo de uma montanha. Mas não havia nada normal sobre a vida dele ou a dela.

Quando Regina e Henry conversaram sobre tudo o que poderia acontecer antes de ela tomar a decisão de ser mãe de aluguel, a ideia de Marian ou Robin morrer fora mencionada de passagem. No entanto, Regina não poderia ter imaginado nada tão terrível e nunca pensou sobre isso novamente. – Podemos entrar? – a voz profunda e macia soou próxima a ela. – Oh... Sim! – Regina se mantivera tão imersa em pensamentos que não notara o momento em que ele se aproximou.

Robin a conduziu até um terraço com uma mesa para dois, adornada com velas e flores. A noite caíra durante o trajeto deles até ali. Um pequeno gemido de prazer escapou dos lábios dela quando Regina se deu conta de que estava olhando para a mesma vista que podia ver do seu pátio no palácio. Mas eles estavam em uma altura muito maior, então, ela podia avistar toda a cidade de StoryBrooke viva com luzes para o festival desta noite. – Que incrível... – Concordo – ele murmurou, ajudando-a a se sentar. É claro que foi um acidente o fato de a mão dele ter tocado seu ombro, mas Regina sentiu o toque como se tivesse levado uma descarga elétrica. Isso era tão errado... Ela estava apavorada. O suco de uva da vinha mais próxima veio primeiro, seguido pelo carneiro e as ervilhas verdes do jardim do restaurante.

Regina conhecia o chef que preparara a comida e as especificações do príncipe. Ela comeu tudo. – Que jantar fabuloso! Os olhos escuros dele brilharam para ela. – Esta noite você está com um bom apetite. Isso é ótimo. Teremos que fazer isso mais vezes. Não, não, não.

– Se eu fosse comer aqui toda noite, ficaria enorme como uma baleia. Ele deu uma risadinha. – Acha mesmo? – Eu sei. Enquanto Regina apreciava a torta de limão da casa, que era a especialidade para a sobremesa, Robin bebia um gole do café. – Você se importa se eu lhe fizer uma pergunta pessoal? – O que gostaria de saber? – Houve um homem importante em sua vida? E se houve, por que você não se casou com ele? Sim. Estou olhando para ele. Um calor subiu ao rosto dela.

– Tive alguns namorados, mas na faculdade eu levei meus estudos a sério. O curso de direito não deixa muito tempo para uma vida social quando se está trabalhando para um juiz que espera que o atendamos 120 horas por semana. – Isso soa como um de meus dias normais – ele observou. Ela sabia que Robin não estava brincando. – Você e eu nunca discutimos isso antes, Regina, mas estou curioso sobre uma coisa. Não a incomoda saber que não será a mãe do próprio filho antes de gerar o filho de outro alguém?

Regina suprimiu um gemido. Se ao menos ele soubesse o quanto ela sonhou, em seus anos de adolescência, em se casar com Robin e ter um filho dele... Desde aquela época, a história tinha sido feita, e ela estava carregando o bebê dele na vida real. Mas não era dela, e aquele sonho viera com um preço. Como poderia estar se sentindo dessa maneira quando ele era proibido para ela? – Bem... – Regina engoliu em seco. – O desejo de ser mãe sempre esteve enraizado em mim. Nunca duvidei de minha habilidade em ser uma boa mãe. Apesar do fato de mamãe ter morrido cedo, eu tive uma infância feliz. Ela era uma mãe maravilhosa. Carinhosa. Engraçada. Ainda assim, nunca vi o fato de criar um filho como meu único objetivo. – Regina deu uma pausa. – Sempre enxerguei a maternidade como o resultado de um relacionamento amoroso com um homem assim como meus pais teve. – Seu pai foi um homem de sorte por ter inspirado um amor tão grande em sua esposa e sua filha. O comentário soou triste. – Marian o amou da mesma maneira. – Sim. – Assim como seu filho irá amá-lo.


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