Anywhere escrita por Garota Diferente


Capítulo 2
Orfanato e Nico




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/632088/chapter/2

Os cabelos escuros pareciam dançar com o vento, os olhos azuis pareciam ser a unica cor chamativa por perto, no momento em que Thalia começou a correr enquanto brincava com seus irmãos

Dentre todas as crianças que estavam ela era a mais nova, com 9 anos de idade e os outros tendo até 12 anos. Percy estava contando, ela sabia, e sabia também que tinha que ser rápida, pois não corria tanto quando os outros, sendo assim fácil de ser pega. Resolveu se esconder em uma sala que duvidava Percy ir lá.

Na sala havia vários prováveis esconderijos, mas escolheu se esconder atrás da porta: a melhor escolha no momento, poderia ver quem chegava e seria uma ótima  rota de fuga.

A porta foi aberta e por ela passou a diretora de cabelos castanhos e cacheados, junto com um garoto de cabelos escuros, parecia tímido, mas Thalia sabia: ele era órfão, ou foi abandonado pelos pais.

'Se ela me ver aqui novamente terei que ajudar na cozinha' pensou saindo de fininho pela porta aberta. Quando passou pela porta olhou novamente para trás e viu algo que a surpreendeu: o garoto a olhava  de forma assustada.

Querendo não assusta-lo ainda mais, abriu um pequeno sorriso e levou um dedo indicador aos labios em sinal de silêncio, enquanto ia se afastando lentamente da porta.

Quando saiu da sala Percy a encontrou pouco tempo depois, pois não tinha encontrado lugar melhor.

O resto da tarde foi assim, era uma tarde de sábado, Thalia continuou a brincar com seus irmãos até a diretora a chamar na sala da mesma, era quase a hora da janta.

Quando foi chamada não sabia o que esperar, então lembrou-se do garoto de cabelos escuros: 'O novato me entregou a ela, ele vai ver' pensou com uma raiva contida.

—Espero que não tenha nada a fazer agora, pois tenho algo que apenas você pode fazer por mim. –falou a diretora Clarisse com calma.

—E seria o quê?– respondeu/perguntou Thalia, já lembrando que a janta já tinha começado.

—Temos um garoto novo, ele se chama Nicolas, e gostaria que você explicasse à ele como você passa seu tempo aqui.–Clarrise falou com aquela calma que irrita a jovem Thalia.

—Eu? Euzinha aqui? Coloque outra criança ou algum dos adolescentes que vão sair, por que justo eu tenho que dizer a ele o que eu faço?– perguntou já se revoltando.

—O garoto tem um gênio forte, e consegue ser ... –parou ao procurar uma boa definição para o garoto, e não encontrando uma, mudou suas palavras para:– Ele tem um histórico de ser um pouco problemático, não por ter algum problema realmente, apenas o gênio dele é igual ao seu.– Falou temendo que essas palavras pudessem piorar o humor da garota.

—Ok, onde ele está? – Respondeu de forma emburrada.

—Deve estar no quarto. Pode sair, e leve ele pra jantar com você.

Os quartos ficavam no andar de cima, um lado para o quarto dos garotos e o outro o quarto das garotas, Thalia subiu as escadas e foi direto ao quarto dos meninos, quando entrou viu o local quase vazio, pois todos já estavam jantando e Nicolas estava dormindo numa cama no canto.

—Hora da gororoba! Hora da gororoba! Hora da gororoba! –cantou /gritou Thalia perto do garotinho, o assustando pela 2° vez no dia.

—Hora de dormir, hora de dumir, hoa de mimi... – cantou Nicolas de volta, já voltando ao mundo dos sonhos.

—Sabe que se eu perder minha comida você vai sofrer?–falou com a calma igual a da diretora Clarisse, e empurrando/jogando o pobre coitado pra fora da cama.

—Se eu for com você posso voltar a dormir?–perguntou quase, quase, pulando em Thalia.

—Desde que eu coma, não me importo com o que faça.– respondeu pulando de alegria, finalmente teria sua idolatrada comida.

Parecia estranho como duas crianças de gênios igualmente forte estavam jantando perto uma da outra e com calma, a Clarisse imaginava que Nicolas estaria fazendo algum escândalo apenas por ter que fazer algo, e que Thalia iria fazer um escândalo maior ainda pra não perder a 'guerra'. Estava enganada, nenhum dos dois fez qualquer coisa para chamar atenção, apenas jantavam lado a lado conversando. 'Seria maravilhoso se eles ficassem sempre calmos assim.'Pensou Clarisse antes de voltar a sua sala.

—Me lembre de nunca contrariar você, obrigada.– falou Nicolas de forma um tanto engraçada, estava tentando se manter acordado e comer ao mesmo tempo, e falhando, tendo de quebra uma Thalia que não sabia de ria da situação do colega ou comia.

—Nicolas!– comentou/repreendeu /ria Thalia quando o cuscuz caia um pouco na roupa dele e na face.

—Eu nunca lhe disse meu nome, e você não me disse o seu!– falou observando o fato.

—Então me apresento agora. – respondeu Thalia ficando de pé e apresentando a mão direta na direção de Nicolas – Meu nome é Thalia Grace, tenho 9 anos e estou a 3 aqui, já é o bastante?

Se levantando também e apertando a mão dela ele falou:

—Nicolas Di Ângelo, mas pode me chamar de Nico apenas você até agora, e tenho 10 anos. E sim, já é o bastante.

—Bom, se você já terminou, vamos! Tenho que te apresentar os outros meninos antes de dormir– puxando o prato das mãos do garoto, se levantou deixando-o longe dele, e rebocando o garoto para o pátio, onde sabia que teria alguns garotos por lá.

Um menino por volta dos 12 nos com cabelos pretos e olhos verdes estava segurando um menininho de cabelos loiros e olhos azuis clarinho, por perto tinha outras crianças brincando, mas Thalia foi na direção destes.

—Percy! Percy! Percy! Percy!– cantarolou a pequena dos olhos azuis que se aproximava.

—Pexy, Pexy, Pexy, Pexy, Pexy...– continuou o garoto dos cabelos loiros.

—Parem, parem e parem agora. Oi Thalia, o que foi?– falou tentando manter o loirinho nos braços.

—Percy, esse aqui– apontou Nico– é novo, e você pode mostrar os outros à ele? Ele é o Nicolas. Nico, esse idiota é Perseus, mas todos chamam de Pexy, igual meu irmãozinho –mudou a voz pra uma de criancinha, indo na direção do loirinho e o pegando nos braços – e esse loiro lindo é meu irmão, o Jason.

Algumas horas se passaram com eles conversando sobre coisas aleatórias até dar 22:00 horas, a hora de dormir.

Antes de Thalia pegar no sono ela teve um pensamento que a deixou alegre: 'Ele não me entregou, e o sorriso que ele me deixou ver, na sala de Clarisse, foi muito bonito.'


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que esteja bom...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Anywhere" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.