Mais Além escrita por Steh


Capítulo 3
Capítulo 3 - Encontro e Desencontros




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Babi termina o que tinha pra fazer no escritório, passa em sua casa trocar de roupa,
depois vai buscar Katina, que entra correndo em seu carro,
e a surpreende com aquele abraço apertado que só ela sabe dar.
Katina brinca:
– E aí mamãe, melhorou os enjoos, vê se não vai vomitar aqui no carro.
Babi sorri.
– Para Katina, não vai ficar me zoando né?
Katina continua:
– Só um pouquinho poxa, afinal você vai ser titia e mamãe ao mesmo tempo, que belezinha. Imagina quantas fraudas, mamadeiras e chupetas, ainda bem que você tem um bom emprego.
As duas caem na gargalhada, e Babi conclui.
– É, tem que rir pra não chorar.
Katina liga o som do carro, e começa a cantarolar,
Babi apenas a observa, e se sente aliviada.
Por algum motivo que ela ainda não sabia qual,
estava sentindo que a amizade de tantos anos estava voltando ao normal.
De fato ela sempre se arrependeu de ter abandonado a amiga, mas naquele momento ela não conseguia...
Precisava de um tempo longe de todos,
precisava crescer e se transformar na mulher que ela tinha se tornado,

As duas chegam à praia,
estendem as toalhas e sentam na areia.
Começam a conversar e relembrar de tantas coisas que viveram juntas...
Katina tagarela como sempre, fazia planos, contava piadas, e comentava sobre cada homem bonito que passava por ali.
Babi ria, mas apesar de tentar se distrair a preocupação começava a tomar conta de seus pensamentos,
ela não sabia o que ia fazer com essa gravidez, ela não sabia como iria contar para o H, ela não sabia qual rumo sua vida iria tomar, e estava com medo, muito medo.
Babi tinha se tornado uma mulher segura, com um bom emprego, e com uma vida estabilizada,
ela acabou se tornando a filha que seus pais gostariam que ela fosse,
mas devido aos últimos acontecimentos, sentia uma responsabilidade muito grande em tentar manter sua família unida. Mas tinha certeza de que essa notícia ia desestabilizar mais ainda sua família.
O sol estava muito quente, e Babi não tinha tomado café da manhã direito, então começa a se sentir mal.
Katina decide ir comprar uma garrafa de água, para depois irem embora,
porém no caminho até o quiosque encontra H.
– Katina, que bom te ver, o que faz aqui?
Katina fica surpresa, e não sabe como agir.
– Ehhh, bom te ver também H.
– Está nervosa Katina?
– Na-na-não, vim comprar uma água pra... para... para. Babi - e aponta para a direção que Babi está sentada

H vê uma menina de cabelos loiros e curtos sentada na areia, olhando para o mar,
seu coração dispara,
Ele então se recorda da última noite que passaram juntos, ela o trouxe nessa mesma praia.
Babi, que estava mais mulher, sem pudores, atirada,
naquela noite ele a desejou como nunca, e também se sentiu mais desejado do que nunca.
Eles se amaram, ali mesmo, naquela areia,
não tiveram tempo de pensar, nem si quer de respirar, tinham que matar a saudade não só de seus corações mais de seus corpos que necessitavam um do outro.
Um filme passa em sua mente, e milhões de sentimentos dominam o seu coração,
ele a vê de longe,
e sente que ali é a menina que ele ajudou a se transformar em mulher ,
sente sua fragilidade, e sente como se ela tivesse que ser protegida de algo ou de alguém,
sem raciocinar age por um impulso e pega rapidamente a água da mão de Katina
– Pode deixar que eu levo Katina.
Ele caminha em direção a Babi,
que olhava para o horizonte, com a mão em sua barriga, e tentava buscar alguma direção para a sua vida.
H abaixa e coloca a mão em seu ombro, ela imediatamente estranha e o encara.
– H????
–Oi Babi, sua água, Katina mandou te entregar, posso me sentar?
Babi respira fundo e fala:
– Claro.
H se senta ao lado dela,
ela continua olhando pra praia, H abra a garrafa de água, e lhe entrega,
Babi, tira a mão da sua barriga, respira fundo mais uma vez, pega a garrafa da mão de H toma um gole, mas continua olhando para a praia, e buscando coragem para olhar nos olhos de H.
– Acho que você não gostou de me ver, eu vou embora.
– Não, desculpa H, é que eu não estou me sentindo muito bem, mas pode ficar aí.
Agora Babi o encara,
olha nos olhos dele, e encontra tranquilidade,
e uma grande vontade de se jogar em seus braços e nunca mais se separar,
mas ela não sabe o que dizer, apenas sorri.
H a olha e admira aquele olhar, aprecia aquele rosto, que está tão diferente da última vez que se encontraram. Ele a via como uma menina que transmitia uma fragilidade ao qual ele nunca tinha visto em Babi.
Nesse momento H teve a certeza que os dois ainda tinham uma conexão muito forte.
Os dois ficam em silencio por um instante,
H sorri, Babi também sorri...
Mas, o mal estar da Babi piora, ela sente uma tontura, e encosta a cabeça em seus ombros.
– Ai H, não estou me sentindo bem, estou ficando cada vez mais tonta.
H se assusta: - Calma Babi.
ele pega a garrafinha de água que ela deixou cair, molha sua mão, e passa na nuca e nos pulsos de Babi.
– Está muito calor aqui, e você é tão branquinha, e parece está mais branca do que o normal. Passou protetor? Quanto tempo faz que vocês estão aqui?
– Ai H, para. Ajuda-me a levantar.
H ajuda Babi se levantar, ele fica preocupado, pois percebe que ela realmente não está bem.
Eles vão caminhando até o quiosque onde Katina estava,
que por sinal já tinha achado uma pessoa para passar o tempo, conversava com um moreno muito bonito.
– Katina a Babi não está se sentindo bem.
Katinha olha para os dois, e fala sem nenhuma surpresa.
– Ahh, é?
– Vocês estão de carro? Quer que eu as leve para o hospital, ou para a sua casa Babi?
Katina responde rapidamente.
– Leva ela pra casa H, eu volto depois de táxi.
Katina dá uma piscadinha pra Babi, se levanta e da um beijo na bochecha da amiga e fala baixinho: - Conta pra ele.

No caminho para a casa de Babi, ela apenas olha pela janela, não tinha coragem de encará-lo,
estava sentindo uma angustia muito grande, e o nervosismo aumentava a cada segundo conforme se aproximava o destino final, sua casa.

H apenas dirigia, escutava a respiração de Babi, sentia seu perfume, tinha vontade de parar o carro e de beijá-la, mas ele sabia que não podia fazer isso,
ele se lembrava da Gin, e se sentia culpado por estar sentindo tudo aquilo.

– Chegamos.
– Você pode estacionar o carro na garagem, e subir comigo H? Lá ligamos para um táxi?
– Claro, mas e seus pais?
– Não se preocupe não tem ninguém em casa.

Eles entram no apartamento, H pede para Babi se sentar e avisa que vai pegar um copo de água para ela, Babi o tranquiliza dizendo que já estava melhor.
H começa a falar sem parar, pedindo para ela tomar cuidado com o sol, que ela podia pegar uma insolação e ficar desidratada.
Babi se levanta e interrompe H,
– H!!!!
Se aproxima dele e sente seu coração querer sair pela boca,
H olha fixamente em seus olhos, abaixa a cabeça e diz:
– Já está na hora de eu ir.
– Não espera – Babi insiste,
Ele sai andando.
Babi o puxa pelo braço.
– Fica mais um pouco.
Babi o segura pela mão, e caminha com ele até seu quarto.
Em silêncio, um de frente para o outro, nenhum dos dois sabia o que dizer,
apesar de terem muita coisa a falar, porém ambos não tinha coragem de começar.
Então seus corpos foram se aproximando, um sentindo a respiração do outro, e quando se deram conta seus lábios já estavam juntos, em um beijo calmo e tranquilo, que ao passar dos segundos foi se tornando mais rápido e intenso.
De repente H volta em si, se desprende de Babi rapidamente.
– Não, não Babi.
Babi olha assustada.
– Não vou cometer esse erro de novo, você ia se casar, e eu estou com a Gin. Adeus Babi.
E H sai correndo da casa de Babi.
Ela fica imóvel por um instante, tentando entender o que tinha acontecido ali, então vai até a janela de seu quarto, e vê H indo embora em um táxi


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