Seven Lifes escrita por lis


Capítulo 5
IV - The Fall


Notas iniciais do capítulo

Olááááá, como vão?

Mais um capítulo prontinho pra vocês!

Sabe, alguns meses atrás, eu tinha dificuldade em manter uma fanfic num ritmo de um capítulo por semana e eu nunca imaginaria que hoje estaria postando capítulos diários! E eu devo isso à vocês, que não me deixaram ficar desanimada de jeito nenhum!

Muito obrigada, por tudo.

OBSERVAÇÃO: Eu quis manter um pouco do Percy dos livros. Não sei, acho que é daí que vem a essência, sabem? Por isso vai ter uma certa bipolaridade entre um Percy mais divertido e um Percy criado por mim, porque, convenhamos, ele não sobreviveria nesse mundo se fosse muito parecido com o original.

Por favor, leiam as notas finais.

Espero que gostem! Beijinhos c:



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02:46

16 de junho, 2013

5 vidas

Luke tremia. Nunca, em sua vida toda, ficara tão nervoso como estava naquele momento. A delegacia parecia não chegar nunca, e ele não sabia se aquilo o deixava aliviado ou apenas piorava a situação.

Olhou para a direita, tendo uma visão ampla de Annabeth. Suas bochechas estavam molhadas, mas as lágrimas haviam cessado. Ela encarava o chão, perdida em pensamentos, perdida em sua mente.

O loiro se perguntava se ela conseguiria achar o caminho de volta um dia.

Fechou os olhos, e optou por dormir o resto do trajeto, porém, alguns segundos depois de conseguir ter algum sono, o carro parou bruscamente.

– Chegamos. – A voz de Amanda invadiu seus ouvidos. Apesar de ser doce, ele queria gritar para que ela calasse a boca. As circunstâncias não importavam, afinal; quando estava com sono, Castellan sempre viraria um velho rabugento.

Olhou pela janela. Aquilo não era uma delegacia. Quer dizer, era uma delegacia. Estava parcialmente destruída, e com certeza não funcionava mais. Luke sentiu certa nostalgia, repentinamente. Já esteve ele ali antes?

– Mas... – Não tinha nada a perder, afinal. Por que não perguntar?

– Castellan... você não ficou nada parecido com seu pai, hein? – O sorriso que se formou nos lábios de Amanda foi como um tapa na cara.

Como fora idiota. Não existiam inocentes naquela cidade. Até mesmo a polícia estava envolvida com a Olympus.

Paul soltou uma risada.

– Achei que fossem mais espertos. Mas não relaxem ainda. O delegado não sabe dos envolvimentos, então, até que arranjemos uma forma de soltar você, terá que ficar nessa prisão. Dissemos que levamos vocês pra uma cidade vizinha, então temos algumas horas pra gastar por aqui.

– "Você"? E quanto à Annabeth?

– Ah, a Chase? Achei que soubesse. O pai dela ordenou que não a deixássemos sair, sinto muito. – Não havia nenhum remorso em sua voz, apesar das desculpas.

– O quê? Por que? – Se lembrava vagamente de Frederick Chase, mas não o suficiente para saber o motivo daquilo.

– Negócios não envolvem perguntas. Você sabe disso melhor do que ninguém, Luke Castellan.

*

Travis? Que porra você tá falando?! – Annabeth não poderia estar mais confusa.

Podia sentir a respiração quente do garoto em seu rosto, da qual foi interrompida por uma expressão cansada.

– Achei que não ia precisar explicar tudo de novo. Aquele loiro foi um saco. – O moreno respirou fundo e se levantou. A garota ficou um pouco decepcionada ao vê-lo se afastar. – Bom, acho que terei de voltar ao começo, não é? Antes que você volte a me chamar de Travis, eu vou logo avisando: Travis Stoll foi abortado. A mãe queria abortar os gêmeos, mas no fim, teve de deixar Connor nascer. Eu apenas aproveitei a situação por um tempo; já disse que você faz uma cara muito engraçada quando está confusa?

Ele sorriu para ela. Se ela tivesse um mundo, ele estaria de cabeça para baixo.

– Onde estão os policiais?

– Ah, certo. Esqueci que você dormiu enquanto Amanda explicou. Nada ético para uma Chase. – Ele balançou a cabeça, em um gesto falso de desaprovação.

Annabeth parou de ouvir depois do “dormiu”.

Como assim ela havia dormido?

Não, não...

Não era possível.

Seus olhos repentinamente encheram-se de lágrimas.

– Ei! Me ouça quando eu estiver falando com você. Frederick não me pagou pra ser babá, porra. – O humor em sua voz sumira, dando lugar à raiva.

Percebeu que era melhor não desobedecê-lo.

– Me desculpe, Percy. – Sorriu, cínica.

Ele sorriu de volta.

– Agora me sinto mais confortável para te explicar as coisas. Tá vendo como a educação resolve as coisas, loirinha?

Por favor, pensou ela, não piore as coisas.

– Bom, temos um problema. Seu pai, por algum motivo, me mandou aqui e disse que era para fazê-la dormir. Porém, – ele suspirou – você já dormiu antes. Ele foi claro quando disse que isso não deveria acontecer. Aliás, você é um pouco estranha, né? Enquanto dormia, começou a sangrar. Eu não sei se é alguma coisa de menstruação, mas... – ele coçou a nuca, pensativo.

Annabeth segurou uma gargalhada.

Ele a encarou, confuso.

– Percy.

– O que?

– Mulheres não menstruam pela boca.

– Eu sei! Mas alguma coisa pode ter dado errado ou... – Não conseguiu mais segurar. Uma risada escandalosa escapou de seus lábios. Não se lembrava da última vez que aquilo acontecera, mas fazê-lo de novo era muito bom.

Ele apenas grunhiu, nervoso.

– Olha, eu não tenho tempo pra isso. Hm, digamos que... – ele parecia sem jeito. – meu pescoço também estava em jogo aqui, entende? Eu não podia falhar em te fazer dormir. Então, bem...

– Pare de enrolar a garota, Percy. – Um outro homem... não, era um garoto também. Será que os Olympus só mandavam os filhos para fazer os serviços?!

Ele tinha cabelos negros e lisos que caíam por seus olhos tão escuros quanto. Era muito branco e, de certa forma, assustador.

– Porra Nico, deixa de ser chato. – Percy revirou os olhos, irritado. – Você só quer se livrar deles logo por que o Castellan deu em cima da Thalia.

– Bom, então eu explico. – O suposto Nico se aproximou um pouco da cela, mas não tanto quanto Percy. – Se seu pai descobrir que deu merda, a gente fodido. Então, precisamos fugir, e você vai nos ajudar.

– Por que vocês precisam que eu fuja com vocês?

– Por que se você voltar pra sua casa, fugir não vai adiantar nada. Olha, eu não sei o que seu pai queria com isso, mas convenhamos, não podia ser nada bom. Considere isso uma troca de favores, se isso te deixa mais tranquila. – Sentiu um certo remorso em sua voz. Eles sabem, pensou.

– Então me contem tudo o que aconteceu. – Cuspiu um pouco do sangue que se acumulara em sua boca, antes de pronunciar-se.

– Nós estamos esperando o resto do pessoal chegar. Quando todo mundo estiver aqui, trocaremos toda a informação possível. – Não entendeu como Percy podia ser tão bipolar. Uma hora, parecia uma criança inocente, e na outra, se pronunciava como um assassino. – Nico, poderia ir chamar Silena? Tenho que resolver algumas coisas com a loirinha.

O sorriso que ele deu para Annabeth depois, a arrepiou. Ela não sabia se aquilo era bom ou ruim, mas desviou o olhar.

Nico apenas assentiu e deixou o... cômodo? Não sabia se podia chamar aquele lugar imundo daquilo.

Percy se afastou, puxou uma cadeira, colocou-a em frente à cela e sentou-se.

– Com o que estava sonhando?

– Que tipo de pergunta é essa? – Ela estava atônita. Esperava tudo, menos aquilo.

– Quando você adormeceu, começou a gritar. Dizia algo sobre um acidente de carro, e depois começou a ter essa... hemorragia, ou sei lá que merda foi essa. Não aja como se fosse estranho perguntar sobre isso.

– Espera, o acidente foi um sonho?

– Como eu vou saber? Tudo o que posso dizer, é que você e seu amiguinho chegaram intactos da viatura. Então, se esse acidente aconteceu, não foi agora.

Annabeth começou a tremer. Se afastou da grade, e encostou-se na parede. Colocou as mãos na testa, desesperada.

Ela havia dormido.

E seu sonho mudara.

Olhou para trás.

Seu castelo estava desmoronando acima dela. Ela encolheu-se, como se os escombros fossem cair e esmagá-la.

Percy estava confuso.

Em meio ao desespero, ela tirou a seringa de heroína que tinha consigo.

Se aproximou do moreno, tremendo.

E o atacou. Injetara o líquido nele, mas não queria. Apenas queria rasgá-lo com aquela agulha, queria fazer alguma coisa...

Quando um pedaço de seu palácio a atingiu, ela começou a chorar compulsivamente. Um mar de sangue e ossos despedaçados à sua volta...

Seu próprio castelo quase havia matado o gato.

Mas acertara em cheio.


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Notas finais do capítulo

Olááá, como estão? Tivemos um pouco de Percabeth e Thalico pra vocês aqui, pra tentar compensar os capítulos antes deles aparecerem...

Bom, eu pedi para vocês lerem as notas finais pra esclarecer algumas coisas: No início do capítulo, a narração é de Luke, porém, a contagem de vidas é da Annabeth, ok? Não confundam.

E também pra deixar claro que esse final faz parte da sequência de mortes metafóricas que eu citei antes. Por favor, tomem muito cuidado com isso, sério! No começo eu vou avisar, por que ainda não deu pra acostumar direito, mas depois eu vou parar, assim eu não corto o clima.

Como Silena apareceu, eu vou perguntar, apesar de achar que vai ser uma decisão unânime: vão querer Charlena (Silena x Charles) ou algum outro casal louco?

Bom, a música/MEP desse capítulo é It Gets Worse! Bom, apesar do ritmo ser meio diferente, eu AMO ela, por que ela define PERFEITAMENTE o mundo do qual eu coloquei os personagens. É a realidade, querendo ou não. E o ritmo da música, super feliz e animado, deixa tudo ainda melhor, porque, na minha visão, mostra que apesar disso, eles ainda tentam achar alguma diversão dentro de tamanho desespero.

Espero que possam ter essa visão, mesmo que não gostem muito do ritmo c:

Link> https://www.youtube.com/watch?v=v41FveLjJCI

Bommm, é isso. Mais uma vez, obrigada à todos que estão acompanhando, e vejo vocês no próximo!

Beijinhos,
lis c:



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