Seven Lifes escrita por lis


Capítulo 11
X - Anything


Notas iniciais do capítulo

Olá amoresssssss!
Como estão?
Viram, demorei menos de um mês dessa vez, como prometido auhauhaua
Vou tentar manter os capítulos no mínimo semanais, ok?

Bom, antes de mais nada, eu preciso mesmo agradecer vocês. Eu fiquei tão feliz com os comentários de vocês no último capítulo, sério! Talvez eu tenha chorado um pouquinho, mas só talvez.
Mas sério, vocês são maravilhosos! Ai, nem acreditei quando foram tão compreensivos, sério, muito obrigada, de verdade



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20:06

17 de junho, 2013

4 vidas

I think I found hell,

I think I found something,

I think I found something in my TV screen.

(Eu acho que encontrei o inferno,

Eu acho que encontrei algo,

Acho que encontrei algo na tela da minha televisão.)

Annabeth sorrira.

Aquele momento era tão lindo! Finalmente, finalmente acreditariam nela... finalmente Atena Chase mostrara ser real. Sua mãe não estava morta, afinal. Não estaria enquanto pudesse aconselhar sua amada filha.

Observou a pequena tela, os olhos brilhando.

Percy gritava, chamando os outros, que prontamente apareceram para ver a cena.

O jornalista mostrava ao vivo o local onde acontecera um assassinato na cidade vizinha. Até então, não era do interesse do grupo; se fosse, eles saberiam com antecedência.

Mas quem disse que os Chase gostam de aviso prévio?

Um choro podia ser ouvido, e o jornalista olhou para baixo. Havia uma criança – uma garotinha. Seu vestido era verde, seus cabelos eram escuros assim como os olhos e enfeitados com uma pequena rosa vermelha atrás de sua orelha. Tinha uma pele branca, quase pálida demais. Ela puxava a manga do homem, pedindo ajuda, aos prantos.

Confusos, o apresentador optou por chamar os comerciais, entretanto, foi interrompido por uma voz chorosa.

– Não. Por favor moço, eu...

Murmúrios entre os produtores foram ouvidos, e o jornalista agarrou firmemente a mão da garotinha com a sua mão livre do microfone. Aproximou o aparelho de seus lábios, e continuou como se tudo fizesse parte da matéria.

– O que... – começou Leo, confuso. Jason deu-lhe um tapa na nuca, mandando-o calar a boca.

Quando o homem começou a questionar a garotinha, ela apenas mostrou-lhe um sorriso por entre as lágrimas, como se a ajuda dele a fizesse tão feliz... Annabeth quase podia tocar o alívio da garotinha.

Piper estava preocupada com Nico. Ele estava quieto diante toda a situação, como costuma ficar, mas... tinha um ar tenso ali. Suspirando, derrotada, voltou a encarar a televisão.

A garotinha estava de joelhos. Parecia chorar mais do que antes.

Ela tirou a rosa de seus cabelos, e a colocou de pé em seu colo, segurando-a com suas coxas. O pobre coitado ainda perguntava se ela estava bem, o que havia acontecido, seu tom de voz passando a ser menos profissional.

Ninguém pôde ver de onde aquela arma saiu; o que importava, era que estava nas mãos da criança.

Ela devia estar por volta dos seis anos de idade.

Antes que alguém pudesse fazer qualquer coisa, o gatilho estava puxado.

Mais um gato perdia suas sete vidas.

Os olhos vidrados do jornalista mostravam com clareza que não havia mais alguém dentro daquele corpo. Mais uma pessoa se tornara um monte de ossos e pele vazios.

Enquanto ele caía, o sangue espirrava. As mãos gorduchas já não seguravam mais a arma, e sim a rosa.

Havia uma pequena poça de sangue por entre as pétalas, da qual ela encarava maravilhada. Um sorriso sincero era formado por seus lábios.

O canal saíra do ar.

Nico di Angelo soluçava, incrédulo.

O que... o que é isso? – Perguntou por entre o choro. Ele balançava a cabeça, como se estivesse negando algo. – Não...

Annabeth ainda sorria, sentindo-se orgulhosa de sua mãe. De seus olhos saíam lágrimas, das quais ela queria acreditar que eram de felicidade.

Era...

Lindo...

Certo?

Era o sinal que sua mãe mandara para ela. Não havia dúvidas. Não sabia o porquê, mas simplesmente sabia.

Então...

Tinha de ser algo bonito.

Foi bonito, não foi?

Por favor...

Me diga que foi bonito...

Thalia tentou segurar Nico, este que a empurrão, fazendo tal ato ser em vão.

O trajeto até Annabeth, do outro lado do quarto, pareceu lento.

Mas quando seus punhos estavam manchados com o sangue da loira, a espera valeu a pena.

O que você fez com a Bianca, vadia?!

*

Percy tentava acalmar Annabeth, enquanto Thalia tentava acalmar Nico. Cada dupla de um lado do local, o mais longe possível uns dos outros.

Não era uma tarefa fácil para nenhum deles.

A Chase estava em prantos; seu nariz sangrava, mas ela não se importava. Só conseguia pensar no que havia acontecido.

– Por favor... não... conte à ninguém...

– Contar o quê?! – Droga Annie, por que precisa sempre me confundir?, pensou.

– Que foi... o sinal... minha mãe quem... por favor, por favor, não conte à eles que... eu estou feliz...

Anything, anything,

Don't tell them anything,

Anything, please.

(Nada, nada,

Não conte nada à eles,

Nada, por favor.)

– Annabeth, por favor, me escuta... – Sibilava o garoto. – Pare de chorar, eu não sei o que Atena fez, mas não foi culpa sua...

– Pare. – Interrompeu-o, nervosa. – Eu estou chorando de felicidade. Não preciso ser reconfortada, Percy. Eu estou bem. – Abriu um sorriso, do qual nem ela mesma sabia se era falso.

O Jackson riu. Não era um riso sarcástico, mas sim... feliz?

– Annabeth Chase, não sou tão idiota. Eu sei que você não gostou disso, sei que não está feliz. Você não é um robô. Eu vi o bastante pra saber disso. – Retrucou, com firmeza.

– Eu sou uma assassina! Eu mato pessoas, Perseu. – Ela voltara a soluçar. – Ai meu Deus, eu matei tanta gente...

– Eu sequestrei crianças, e tirei seus órgãos enquanto ainda estavam vivas para o mercado negro, Annabeth. Ninguém aqui é inocente, nem você. Mas até o mais nojento tipo de pessoa precisa ter seus momentos, entende? Na verdade, nem sei como esse é o seu primeiro ainda. – Ele riu novamente. Abriu um botão de sua camisa e a abriu um pouco, mostrando-lhe uma cicatriz no tórax. – Isso é de quando tentei me matar depois da primeira criança. Eu chorei como um bebê.

Fungando, a loira encarou a cicatriz.

– É normal? – Perguntou. Quase parecia uma garotinha curiosa, se os olhos tempestuosos fossem tirados.

– O que?

– Vocês... Nós que matamos, ficarmos assim às vezes. Sabe, meio... humano ou coisa do tipo.

Os lábios do moreno formaram um sorriso, enquanto ele a abraçava. Ela estava tão fofa, que ele não se segurou.

– Eu não sei se é normal demais ou anormal o bastante pra gente. Mas acontece.

As ondas pareciam alcançá-la novamente. Não estavam lá para resgatá-la, mas estavam lá, e isso era o bastante.

Afinal, querendo ou não, toda vez que o mar a tocava sem querer, os escombros sumiam cada vez mais.

Estava sendo salva sem intenção e, mesmo assim, sentiu-se abraçada pela água.

– Hm... bom saber. – Ela enxugou as lágrimas e se levantou, num pulo. – Bom, agora que já voltei ao normal, temos trabalho a fazer, certo?

– Hã... quê? – Os olhos verdes estavam cheios de uma confusão cômica.

– Tenho assuntos a serem resolvidos com Atena, é claro! – Revirou os olhos, como se fosse a coisa mais óbvia. – E você prometeu ficar de guarda e tal.

– Mas...

– Vem logo! – Ela o puxou pelo pulso, correndo como uma criança pelos corredores até o quarto.

*

Suspirando, Thalia jogou a revista que estava em suas mãos em cima da mesa, desistindo da leitura.

– Nico! Nico, me ouça... – Tentava não ser grossa, mas sua pavio era curto demais.

Ela estava sorrindo, Thalia. Ela ‘tava sorrindo, porra!

– Olha, eu não sei o que Annabeth tinha a ver com... aquilo, mas porra, para com isso! Você não devia ter socado ela, só piorou tudo...

A minha irmãzinha desaparecida acabou de matar um homem em rede nacional, caralho! – Os berros do di Angelo cortavam os ouvidos de Grace. – E eu nem sei quem ensinou ela a atirar... eu não sei...

Thalia compreendia a frustração de Nico, porém não queria passar horas reconfortando o garoto. Realmente estava sem paciência para aquilo; os últimos dias estavam sendo estressantes demais.

E jurou para si mesma que aquele era o único motivo de sua decisão seguinte.

Levantou-se do sofá do qual estava jogada desleixadamente, e caminhou até o moreno, este que estava sentado no chão, em prantos.

Sentou-se à frente dele, séria.

Aproximou seu rosto do dele, e a respiração de Nico tocou o pescoço de Thalia.

Sem muita enrolação, a Grace tocou os lábios nos do garoto, já pedindo passagem com a língua. Este que cedeu e, ignorando a confusão, e apenas correspondeu com o mesmo fervor.

A morena pensava que tinha pavio curto, e que explodia facilmente; mas naquele momento, sentiu que nunca soube o que era uma explosão.

O calor a invadia ferozmente, e quase podia ouvir o som estrondoso da bomba que acabara de se tornar sua vida, apenas esperando para a nova contagem regressiva.

Sentia-se num espetáculo, onde tudo o que os olhos podiam ver era o fogo sincronizado, mas, no lugar de ver, ela sentia.

Nico não parecia estar diferente, e já agarrava os cabelos de Thalia, puxando-a para si, tentando quebrar qualquer barreira entre eles, qualquer distância que fizesse o menor ar frio que atrapalhasse aquele momento.

Quando o ar faltou, separaram-se.

– Vamos encontrar Bianca. Eu sei que vamos. Agora, por favor, – pediu ela, seu semblante voltando a ficar irritado enquanto levantava e se jogava no sofá novamente. – Me deixe terminar de ler a revista em paz.

O beijo poderia ter acordado Nico de seu devaneio devido à preocupação e raiva, mas nunca apagaria a sua força de vontade para encontrar sua irmãzinha. Nunca.

– Eu vou sair amanhã. Mas agora vou conversar com Annabeth. Se quiser, venha comigo. Digo, em ambos. – Ele já se dirigia para fora do cômodo, mas parou, apenas para continuar. – Ah, e essa revista ‘tava no banheiro do Leo.

Thalia rapidamente a jogou no chão, enojada.

Um catálogo de biquínis, Leo? Sério mesmo? Elas nem sequer estão nuas... céus.

Rindo, di Angelo a deixou no quarto. Aquela mentira traria grandes problemas ao amigo, com certeza.


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Notas finais do capítulo

Olá novamenteeee!
Alguém aqui gosta de RPG Makers? Como dessa vez, o MEP é do jogo Ib, eu acabei deixando algumas coisinhas relacionadas à ele no capítulo - coisa básica como a rosa da garotinha e tal.

E ah, vocês gostaram da letra da música no capítulo? É a primeira vez que coloco e tal, queria saber se mantenho ou não...

Eu tentei fazer esses momentos Thalico e Percabeth, já que disseram que sentiram falta e tal, mas o beijo Thalico e a reconciliação Percabeth foi o que eu consegui fazer sem apressar as coisas de forma exagerada, espero que entendam.

Bom, sem mais enrolações, vamos ao famigerado MEP do capítulo! Yay :3
Link: https://www.youtube.com/watch?v=eu_FRQG_-kQ

Espero que tenham gostado e até o próximo, beijinhos! c:



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