Into the Unknown escrita por Wirt


Capítulo 3
Skye


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora é que teve um imprevisto da faculdade.
mas aqui um capitulo, sei que ta curto, mas a tretas está chegando e se vcs lembram do desenho vão saber de quem o personagem que aparecer ao decorrer do capitulo é herdeiro.



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Seguir o caminho para o que deveria ser uma cidade foi de fato uma complicação para mim já que não fazia a menor ideia de para onde ia, mas a essa altura qualquer lugar era melhor do que dentro daquela cabana com aquela garota. Havia alguma coisa estranha nela só não sei dizer o que.

Dava passos largos enquanto fechava minha capa para não correr o risco de pegar um resfriado. Pelo menos logo estaria de novo em casa sentada em frente a uma lareira quentinha tomando uma xicara enorme de chocolate quente e escutando as historia de meu tio, já posso escutar meu pai o censurando, mas ele prosseguindo mesmo assim. Acho que nunca percebi de verdade o quão perfeita é minha família, mas isso não se torna relevante agora. Só precisava achar meu caminho e entrar em casa.

–Oliver... –juro que o vento havia sussurrado o meu nome. Talvez seja apenas alguma alucinação por conta do sono.

Balancei minha cabeça algumas vezes enquanto me apoiava a uma árvore velha e um tanto quanto assustadora. Seu tronco por alguma razão mais parecia uma face humana do que a simples base de uma árvore. Em minha cabeça repetia que aquilo não era relevante e que não passava de um evento raro na natureza... Que aconteceu com todas as árvores desse bosque.

–Não!-exclamei num tom alto e determinado. –Você está perto de casa Oliver! Pare de se distrair com árvores bobas, sabe muito bem que as historias que seu tio conta são lendas para assustar as crianças bobas! Não seja uma das crianças bobas da histori... –infelizmente antes de ter a oportunidade de terminar o que gritava aos quatro ventos um som um tanto quanto curioso começou a vir de trás de um arbusto.

A principio minha primeira reação foi ter meu corpo paralisado por completo. Meus olhos se arregalaram e minhas mãos ficaram pousadas ao lado do meu corpo, sem nenhuma ação fiquei por longos vinte segundos, mas de repente um surto de adrenalina tomou conta do meu interior. Não posso ficar assim! Preciso correr ou me afastar dessa coisa! E se for o monstro... Oliver! Está se escutando!? Pelo amor dos deuses se porte como uma garota da sua idade.

Claro que nunca fui muito boa em me portar como uma pessoa de minha idade, mas era preciso nessa hora. Precisava mais que nunca ser madura e mostra que estava sobre o controle da situação que me encontrava. Deu um longo suspiro e comecei a me aproximar do arbusto um tanto quando receosa daquela minha ação.

Obvio que antes de fazer qualquer coisa peguei um galho que estava caído ao meu lado, o ergui um pouco acima da minha cabeça e voltei a me aproximar com toda a cautela que me era permitido naquele momento de puro pânico.

Estava suando frio e parecia que vomitaria meu coração a qualquer momento. Mas não hesitei, aproximei minha mão do amontoado de folhas e os afastei devagar. Infelizmente antes que tivesse a chance de ver o que ali se escondia fui surpreendida por algum que pulo em minha direção. Dei uns passos para trás por culpa do susto e nem percebi a raiz atrás de mim que acabou por me fazer perder o pouco equilíbrio que tinha naquele momento. Tombei com tudo para trás e quando finalmente parei de cair pude sentir a água fria que corria no riacho bater em minhas costas e me olhar por completo. Meu grito de terror se misturou com um de frustração e outro de raiva. Acho que nem sei ao certo o que sinto nesse momento.

–Ai meu deus! Você está bem senhorita? –perguntava uma silhueta em meio à escuridão. – Eu sinto muito assusta-la, pensei ser outra pessoa.

Aos poucos o dono da voz foi se aproximando e finalmente pude ver sua face. Era um cara normal que aparentava ter minha idade. Seu cabelo era castanho escuro e suas roupas eram de época o que era realmente estranho e curioso. Seus olhos tinham um tom intenso de azul que chegava a refletir as coisas que o moreno via.

–Minha mãe mandou ter cuidado nessa parte do bosque e às vezes a melhor forma de afastar algum perigo e o assustado. –dizia o garoto que me ajudava à saia do riacho e dava uma boa olhada no meu estado. –Meu deus... Eu sinto muito... Se eu soubesse o caminho para casa traria uma muda de roupas novas para senhorita

–Está tudo bem. –respondia enquanto puxava meu cabelo para frente e depois esfregava uma mão contra a outra na esperança de me esquentar. –Eu sou desastrada por natureza você apenas deu um empurrão para que caísse no rio.

–Riacho. –corrigiu o garoto com um belo sorriso em seus lábios avermelhados.

–Da na mesma. –respondia sorrindo de volta e retirava minha capa agora encharcada. –Mas então... Pelo que entendi também está perdido.

–Permita-me ajudar com isso. –garoto pegava minha capa e a estendia sobre um galho de árvore. –Não estou perdido... -respondia o moreno um pouco sem jeito enquanto retirava sua blusa.

Acho que meu rosto nunca corou tão rápido e tão violentamente. Olhei para o lado oposto enquanto questionava o que o mesmo estava fazendo, mas antes de terminar minha pergunta pude sentir a blusa do maior sobre meus ombros.

–Isso vai ajudar até encontramos algo melhor senhorita. –falava o garoto sorrindo de novo.

Ele era branco demais. Essa foi a primeira coisa que reparei, se ele encostasse em uma parede branca poderia correr o perigo de desaparecer, mas mesmo assim não deixava de ser bonito, mas de qualquer forma isso não é tão importante no momento.

–Como dizia não estou perdido. Eu fugi. –dizia o garoto que pegava alguns gravetos secos que tinham ao nosso redor. –Não aguentava mais minha mãe falando que as pessoas vão me fazer mal que eu preciso fazer tarefas inúteis todos os dias para não ficar malvado. Entre outras coisas... Oh! Perdão estar falando dos meus problemas assim sem motivo...

Sorri de canto enquanto me sentava sobre uma copa de árvore cortada, era o banco mais confortável no momento.

–Está tudo bem, você é jovem precisa desabafar às vezes. –brincava enquanto o observava preparar uma fogueira.

O silencio predominou todo o ambiente até finalmente as primeiras faíscas saírem a fogueira feitas as presas. Não posso negar que aquela foi a melhor ideia até o atual momento, acho que nunca senti tanto frio em toda minha vida e agora tinha uma fogueira quentinha a minha frente. Cheguei um pouco mais perto do fogo e agradeci.

–Não foi nada demais senhorita.

–Oliver. –disse enquanto sorria. Havia por completo de me apresentar pro garoto e agora que percebo que não faço a menor de seu nome. – Meu cavaleiro teria nome? –brincava.

Ele riu da brincadeira e fiz que um gesto positivo com a cabeça.

– Skye. –falava o garoto sorrindo de canto.


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