Amor proibido escrita por danny_lolita


Capítulo 2
2º Capitulo – Conhecendo o noivo


Notas iniciais do capítulo

Bem decidi ser simpática e postar já o segundo capitulo. Mesmo que não saiba se ha muita gente a ler. Mas aqui fica.

Boa leitura



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O sol já brilhava há muito tempo no céu, mesmo com a luz do sol a bater-lhe na cara, Temari, não acordava. O despertador ao lado da cama anunciava uma da tarde, fazendo um pequeno barulho irritante.

A rapariga, meio adormecida, estica o braço e atira o despertador ao chão partindo-o. Continua então, a dormir tranquilamente.

A porta do seu quarto abre-se de repente com um estrondo, batendo na parede fazendo um barulho que desperta Temari assustada. Ela meio sonolenta olha em direcção à porta e encontra seu irmão com uma cara pouco amigável, ainda menos amigável do que era costume ter.

– Não achas que são horas de te levantares e ires preparar-me o almoço? – Pergunta ele.

– Bolas Gaara. Ainda é tão cedo. – Reclama a loira.

– Cedo o tanas. Já é uma da tarde, e eu estou a morrer de fome. Por isso levanta-te e vai fazer o almoço.

Ela fica irritada, mas resolve não discutir com o irmão. Levanta-se, atirando com as cobertas da cama para o lado e começa arranjar-se para poder ir preparar o almoço. Chega a cozinha e começa a arranjar simples e rápido para comerem.

Passados alguns minutos a comida já se encontrava em cima da mesa. Temari chama o irmão e começam os dois a comer silenciosamente.

– Hoje vais conhecer o teu noivo. – Disse Gaara quebrando o silêncio.

– A que horas? – Quis saber sem muito entusiasmo. Continuava a odiar a ideia daquele casamento, mas não havia saídas que ela pudesse pensar.

– A seguir ao almoço. – Respondeu ele friamente.

Nenhum dos dois abriu a boca para falar depois desse pequeno diálogo. Gaara acabou de comer e saiu para a sala sem dizer nada. A jovem levanta-se pouco tempo depois e rapidamente trata de arrumar a cozinha.

" Bem, como será o meu "querido" noivo? Para ser amigo do meu irmão deve de ser gordo, baixinho, estúpido, anormal, irritante, e mais um monte de coisas. Ai, que raiva! Porque isto tinha de me acontecer?" Pensa ela, enquanto acaba de arrumar a louça acabada de lavar.

Tira o avental, que tinha posto, e vai ter com o irmão que estava a ler um livro deitado no sofá. Este, ao aperceber-se da presença da irmã, fecha o livro e levanta-se.

– Vamos. Eles não têm o dia todo. – Disse saindo de casa sendo seguido pela irmã.

Temari não estava minimamente disposta ou entusiasmada em ir, mas não havia nada que pudesse fazer, era isso que ela dizia a si mesma a todos os segundos desde que tinha descoberto o casamento.

Entram no carro e arrancam em direção à casa do noivo de Temari.

O caminho foi rápido, em menos de cinco minutos tinham chegado ao destino. Era uma parte afastada do centro da cidade.

A rapariga não acreditava no que os seus olhos viam. A casa do seu noivo era uma enorme mansão de cor clara, com um grande jardim à volta e um grande portão preto que dava aceso à residência. A sua volta não havia mais nada sem ser terreno daquela família, que seria a sua em pouco tempo.

Gaara sai do carro e toca a campainha. O portão começa abrir-se vagarosamente. O ruivo volta a entrar no veículo e começam a entrar pela casa.

Chegam à porta da frente, param o carro e saem.

A porta abre-se em seguida, mostrando um homem com uns traços frios no rosto, olhos brancos de dar arrepios, com cabelo castanho comprido atado pelo meio das costas e atrás dele uma mulher ligeiramente mais baixa com os olhos e cabelo igual. Depois apareceu um rapaz que era muito parecido com homem mas mais jovem e com uns traços mais gentis.

– Sejam bem-vindos. – Disse a mulher curvando-se ligeiramente sendo imitada pelos outros dois.

Temari e Gaara fazem o mesmo. A mulher aproxima-se da jovem e começa analisá-la.

– Eu sou Hyuuga Kanome, tia do teu noivo. Hyuuga Neji – O rapaz fez uma pequena vénia a jovem. – Também conheci a tua mãe. Bem que ela dizia que iria ter uma rapariga muito bonita. – Disse com um gentil sorriso no rosto. – Os pais do meu sobrinho tiveram de viajar de urgência, por isso deixou-me a mim e ao meu marido, Hyuuga Hiashi, a tratar do vosso casamento. Bem mas falemos de pormenores lá dentro.

Com que então, aquele tal de Hyuuga Neji era o noivo de Temari. Não parecia ser má pessoa, mas também não ficara propriamente encantada com ele. Tinha de admitir que o rapaz tinha algum charme e era muito mais bonito do que tinha imaginado. Mas continuava sem ser a pessoa com quem Temari quereria casar.

Hiashi entrou sendo seguido por todos. Entraram numa sala enorme com uns sofás azuis escuros, uns tapetes bege a cobrir a sala toda, uma grande estante de madeira num canto cheia de livros e com uma televisão. Sentaram-se nos sofás, exceto o homem mais velho que ficou de pé ao lado do sofá onde a sua esposa se tinha sentado.

– Bem, já deves de saber as regras do casamento, mesmo já com os teus pais mortos, não tens saída. – Disse ele muito friamente, fazendo com que os pelos da jovem se arrepiassem todos. – Não vamos querer dificultar as coisas. Alem do mais é para o bem de todos.

Temari apenas concordou com a cabeça, ainda que não gostando do tom do homem. Não se sentia nada bem ali. O noivo sem dúvida era lindo, mas havia alguma coisa nele que não a deixava ficar mais descansada com aquela ideia absurda de se casar.

– Bem, hoje à noite daremos aqui nesta casa uma festa particular para anunciar o noivado. Ou melhor dizendo apresentar a noiva. – Nesse momento a campainha toca. Mas em poucos segundos já se ouvia uma empregada aa correr para abri-la.

– Boa tarde, menina. A menina Hinata está lá em cima à sua espera. Já sabe o caminho não é? – Ouve-se a empregada dizer.

Permaneceram todos em silêncio até os passos de alguém a subir as escadas secarem.

– Bem, o teu vestido para esta noite, já está escolhido. Eu mesma tive a honra de o escolher. Não quero que recuses. – Disse Kanome quando reparou que Temari ia abrir a boca para falar. – Hinata, a nossa filha está lá em cima a tua espera. O quarto dela é subindo as escadas e é logo a segunda porta à esquerda. Ou preferes que peça a uma empregada que te acompanhe?

– Não deixe estar, eu vou sozinha. – Responde Temari, saindo o mais rápido possível do local. Poderia sentir pena de deixar o irmão sozinho com aqueles desconhecidos. Mas ela sabia que ele e o seu indesejável noivo se davam muito bem.

Sem muito entusiasmo, Temari começou caminhar rumo ao quarto de Hinata. Quando chegou à porta do quarto ia para bater mas reparou que mais alguém se encontrava lá dentro.

– Bem, ela daqui a pouco deve estar aparecer por aí – Disse uma voz fina, tímida, muito baixinho.

– Bem, o Neji a casar-se… Essa vai ser bonito de se ver. Nenhuma rapariga aguentou ficar mais de 1 semana com ele. Bem, vamos ver quem será a bruxa. Estou mesmo a imaginar assim gorda, muito baixinha, muito chata e faladora, que não sabe fazer mais nada se não… – A rapariga não teve tempo de terminar de falar. Temari tinha-se irritado com o que ouvira sobre o seu possível eu, e tinha entrado fazendo o máximo de barulho possível.

Quando entrou ficou espantada ao deparar-se com quem se encontrava no quarto. O quarto era enorme, em tons claros e todo mobilado como se quem ali dormisse fosse uma princesa.

– Sakura? – Pergunta vendo a conhecida que a tinha "salvo" ontem quando estava perdida.

– Temari? – Pergunta Sakura. – Mas que raio estás tu aqui a fazer?

– Bem, eu sou a rapariga gorda, baixa, chata, … de quem falavas antes de eu entrar. – Falou com um pouco de raiva na voz.

– Tu só podes estar a brincar, certo? – Questiona Sakura, não acreditando no que a rapariga acabava de dizer.

– Achas que eu vinha aqui sem saber quem é ela. – Apontou para Hinata que estava a olhar para as duas muito confusa. Temari nesse momento repara melhor na prima do seu noivo. Era muito parecida ao resto da sua família. Porem tinha cabelos azulados compridos e transmitia paz e todos os seus movimentos eram bondosos. – E se não te lembras eu disse que vinha para aqui para me casar.

– Bem, agora que falas nisso... sim. Eu nunca mais me lembrei que podias ser tu. Desculpa o que eu disse. – Disse Sakura indo em direção a Temari que ainda se encontrava a porta. Notava-se pelos seus olhos que estava arrependida. Temari não ia conseguir ficar chateada. Ela própria tinha pensado obscuridades sobre o noivo.

– Não há problema. – As duas sorriram uma para a outra. – Tu deves de ser a… como é que eles disseram que te chamavas mesmo? – Pergunta Temari olhando para a Hinata tentando lembra-se do nome dela.

– Hi…nata. – Disse timidamente.

– Pois é isso. – Disse com um sorriso dócil na cara. – Sou a Temari, a infeliz noiva do… Como ele se chama mesmo? – Pergunta à Sakura.

– Neji. – Respondeu Sakura.

– Pois esse. – Disse com uma cara triste.

– Descansa, o Neji não é má pessoa. – Disse Sakura.

– E eu acredito. Mas o problema não é esse. Já viste o que é seres obrigada a casares com uma pessoa que não conheces? É horrível. – Lamenta-se a loira enquanto se senta numa cadeira próxima da cama onde as raparigas se encontravam. – Mas, bem… eu quero é despachar-me, a minha vida não é ficar aqui sentada. Disseram-me que tinha aqui um vestido para logo a noite, que era para eu vir experimentar. – Hinata concorda com a cabeça.

A jovem levanta-se e vai em direção a um enorme armário que se encontrava no quarto. Cuidadosamente retira um lindo vestido preto comprido de cavas, com um decote retangular e com uns efeitos em forma de flores em cor dourada.

– É lindo! – Exclama Sakura analisando o vestido.

– E deve ter sido bem caro. – Comenta Temari olhando pasmada para o seu fato.

– Vais ser a mais bonita da festa Temari. E eu pensava que seria eu. – Diz Sakura, em tom de brincadeira.

– Também vais? – Pergunta Temari olhando espantada para a rapariga.

– Claro que sim. Sou uma amiga de infância do Neji e da Hinata. – Respondeu Sakura. - Hinata vamos lá por esta menina a vestir isto.

– Es…tá bem – Disse Hinata timidamente.

As duas aproximaram-se da rapariga da loira. Meteram o vestido cuidadosamente em cima da cama e começaram a tirar a roupa a Temari. Depois de muito esforço conseguiram que ela ficasse só com a roupa interior.

– Não achavam que era mais simples pedirem-me… – reclama ela, ironicamente.

Nesse momento a porta é aberta entrando por Neji. O rapaz olha para dentro do quarto e encontra a noiva em roupa interior. Fica paralisado e começa a analisa-la com os olhos. Temari, ao sentir-se observada pega numa almofada em cima da cama e atira-a na direção ao rapaz.

– Sai daqui seu tarado! – Disse irritada.

Sem pensar duas vezes, Neji sai porta fora, fechando-a em seguida.

– Desculpem. – Pode-se ouvir ele dizer do outro lado da porta.

Quando ouviram os passos já longe, as raparigas suspiraram de alívio.

– Meu deus, que cena! – Exclama Sakura.

– Eu diria antes, que vergonha. – Comenta Temari.

– Mas… ele… já esta …longe. – Disse Hinata

– Pois. Por isso toca lá a vestir isso. – Manda Sakura.

Temari pega no vestido e com a ajuda das raparigas veste-o. Ficava-lhe lindamente. As suas curvas eram bem destacadas, fazia-a muito bonita e ficava lindo pela cor do cabelo.

– Meu deus. Estás linda! – Espanta-se Sakura andando ás voltas em redor dela.

– Ela…tem razão. – Concorda Hinata, sorrindo.

– Pois. – Disse Temari enquanto se via ao espelho. – Bem é melhor tira-lo antes que se amachuque. – As três começaram a tira-lo com muito cuidado. Mal se viu livre do vestido, Temari voltou a vestir a sua roupa normal.

– Que maquilhagem vais pôr? – Pergunta a jovem de olhos verdes.

– Sei lá. Fazes cada pergunta. Eu depois vejo. – Responde a loira.

– Bem e o penteado? – Continua Sakura empolgada.

– Não sei. Mas devo levar este. Devo não. Levo mesmo este. – Continua Temari a responder

– E os sapatos? – Persiste Sakura

– SAKURA BASTA! – A jovem cala-se logo. – Bem, mas já falas em sapatos, eu não tenho nada.

– A…minha mãe e a…minha tia compraram. – Responde a Hyuuga, tirando uma caixa debaixo da cama entregando-a a Temari.

A Sabaku abre-a e tira um par de botas de cano alto pretas, com um ligeiro salto fino e com uns detalhes dourado escuro. Ela e a Haruno ficam espantadas ao ver as botas.

– Bem, rapariga vais arrasar. – Disse Sakura.

– É, parece que essa é a intenção. – Respondeu Temari olhando para as botas nas suas mãos.

Quando sai do transe, Temari olha para o relógio que marcava 5 da tarde.

– Bem, é melhor ir. É que estou a ver que ainda tenho muito que fazer. – Disse começando arrumar as botas.

– Eu também vou indo. O Sasuke vai-me buscar daqui a 4 horas e eu ainda não me comecei arranjar. – Temari e Hinata ficaram a olhar para Sakura admiradas. Como era possível ela estar a stressar por ter quatro horas para se arranjar.

Temari e Sakura despediram-se de Hinata, saíram do quarto. Caminhavam até a saída mas a meio caminho encontraram Gaara a começar a subir as escadas, que procurava pela irmã. Despediram-se de Neji e foram para as suas respetivas casas. Gaara e Temari, como fizeram a viagem de ida fizeram a de volta. Nenhum abria a boca.

Chegaram a casa e Temari enfiou-se logo no quarto sem dizer uma única palavra. Ouviu o irmão entrar na casa-de-banho e ligar o chuveiro. Passados uns 10 minutos o chuveiro é desligado. Temari pega numa toalha e dirige-se até à casa-de-banho. Quando está para abrir a porta, Gaara abre-a por dentro, saindo com a cintura coberta por uma toalha branca e o corpo sendo percorrido por pequeninas gotas de água, o cabelo ruivo molhado ficava uns tons mais escuro. Temari nem liga, afinal era irmã dele e estava farta de o ver assim, e entra logo. Vai em direção a banheira e começa a enchê-la de água morna. Começa a despir-se e fica à espera que a banheira encha. Passam-se 5 minutos e a água finalmente estava ao seu gosto. Entra lá para dentro, deita-se, ficando coberta até ao peito com a água.

" Bem, é hoje que a festa será. Bem, também só hoje é que soube da festa. Mas eu não quero ir. Aquilo deve ser uma seca. A minha sorte é que a Sakura vai. Mas ela deve ficar com namorado." Pensa a rapariga enquanto brinca ligeiramente com a água.

" O que será que ele está a fazer? Onde será que o Shikamaru está?" Continua a pensar. De repente dá-se conta do que acabou de pensar. " Raios, outra vez não. Porque não me sais da cabeça? Eu vou-me casar… Não posso pensar noutro, mesmo que eu não ame o noivo." Estava tão distraída nos seus pensamentos que nem reparou nas horas. A água já se encontrava fria. Só acorda dos seus pensamentos quando ouve alguém a bater bruscamente na porta.

– Temari, estás ai? – Pergunta Gaara do outro lado da porta.

– Não fugi. Claro que estou, o que queres? – Responde mal-humorada.

– Quero que te despaches. Estás aí há horas. Já pensava que tinhas morrido. A festa começa daqui a 45 minutos.

Ao ouvir as horas, a loira sai da banheira rapidamente, enrola uma toalha ao corpo pega noutra para enrolar no cabelo e sai disparada da casa-de-banho em direção ao quarto para se começar a arranjar. Veste o vestido mas deixa-o por fechar o fecho por não conseguir chegar até ás costas. Vai até a mala e tira uma caixinha com maquilhagem. Corre novamente para a casa-de-banho. Ao pentear-se decide usar o seu penteado usual e começa a pôr uma maquilhagem ligeira. Um batom rosa bem clarinho que mal se via, quase só dava brilho, um pouco de rímel e os olhos pintados com preto e cinzento muito de levezinho. Volta rapidamente para o quarto e calça as botas. Sai do quarto e dirige-se à sala onde o irmão já se encontrava à sua espera. Com um fato preto de calças e casaco e uma camisa branca com os últimos botões desabotoados mostrando um pedaço do seu peito.

– Que demora. A festa já começou há 15 minutos. – Reclama Gaara.

– Deixa de reclamar e puxa-me lá o fecho para cima se não nunca mais saímos daqui.

O ruivo resmunga algo baixinho mas vai até a irmã e faz o que ela lhe tinha pedido.

– Está bom? Bem, vamos indo. – Diz ele, apressadamente.

Rapidamente chegaram à mansão Hyuuga. Estava diferente do que era horas atrás. No portão estavam 2 seguranças, havia muita movimentação no jardim, viam-se luzes por todo lado o que fazia a casa parecer uma discoteca. Os dois irmãos começaram a entrar na festa. Era difícil reconhecer ou encontrar alguém ali dentro. Todos estavam com fatos muito elegantes. O falar alto quase abafava o som da orquestra que tocava. Nesse momento Temari ouve alguém a gritar. Olha em frente e vê a mesma loira que esbarrara com ela no dia anterior, vestindo um vestido roxo de alças pelos joelhos.

– Tu não podes estar aqui! – Grita a loira, mas por sorte dos irmãos ninguém reparava no escândalo dela. – Isto é uma festa privada. Não é para qualquer um.

– Bem estou a ver que és sempre assim simpática. – Disse Temari ironicamente.

– Põe-te a andar antes que te venham prender.

– Bem, Ino acho que quem vai ser presa és tu mesmo. – Disse Sakura aparecendo por trás da loira com um vestido bordou de manga curta, e um xaile da mesma cor por cima dos ombros.

– Ah sim? E porquê? – Questiona Ino chateada.

– Porque ela… – A Haruno apontou para a Temari – É a noiva do Neji. - Ino ficou de boca aberta sem saber o que dizer.

Nesse momento, um rapaz alto de cabelo preto meio despenteado, vestido com um fato preto e gravata escura, abraça Sakura pela cintura, e começa a falar com Ino, sem reparar na presença dos Sabaku.

– Bem., ele continua a teimar que não quer falar contigo... Acho que as coisas estão pretas para o vosso lado. – Ino só abaixa a cabeça tristemente. – Além disso eu não vou andar a fazer de moço de recados.

– Eu vou falar com ele. Obrigada Sasuke. – Dito isto, Ino sai a correr na direção em que o rapaz veio.

– Bem, desculpem a Ino. Ela tem andado com problemas com o namorado e descarrega tudo em cima das pessoas. – Explica a jovem de cabelos rosas. – É verdade… este é o Sasuke, o meu namorado. Sasuke esta é a Temari e o… - Sakura fica à espera que o ruivo se apresente.

– Gaara. – Responde Temari vendo que o irmão não responderia.

– Pois o Gaara, irmão da Temari. A Temari é a noiva do Neji.

– Prazer. – Disseram os dois ao mesmo tempo. Gaara apenas acena com a cabeça.

Pouco depois Hinata e Neji aparecem ao pé dos jovens. Este último vinha com um fato preto como os outros, camisa branca e gravata cinzenta. Hinata vestia um vestido de manga curta, a metade de cima era preta e a metade de baixo era branca, tinha um decote em "V" mostrando as belas curvas que a jovem tinha.

– Bem, a minha tia vai anunciar a minha noiva agora. – Anunciou Neji, no seu habitual tom frio. – Temari, vamos? – Oferece a mão a noiva.

Sem alternativa, a mesma aceita e segue o noivo até ao pequeno palco no meio do jardim onde a orquestra tocava. A música parou quando eles subiram. As atenções viraram-se para eles.

– Meus queridos convidados. – Começou Hyuuga Hiashi a falar. - Depois de tanto tempo finalmente o meu sobrinho vai casar-se como prometido. Esta bela jovem, Sabaku no Temari será a sua futura mulher. – Disse apontado para Temari. Todos aplaudem muito contentes.

Neji puxa Temari ligeiramente para que os convidados a pudessem ver. Ela não estava a gostar nada de ter atenção toda para si. Queria tanto cavar um buraco e esconder-se.

Ela percorre a multidão com os olhos e de repente repara num rapaz de rabo-de-cavalo no cimo da cabeça, vestido de preto, com uma camisa cinzenta e com os botões de cima da camisa abertos. Era Shikamaru. Os seus olhares encontraram-se.

"Isto não é possível. Ele não pode estar aqui!", Algo dentro dela fazia-a ter vontade de ir a correr até ele e explicar tudo mas a obrigação impedia que ela cumprisse esse ato.

O olhar dele não conseguia desviar-se do dela, algo dentro dele estava triste, era como se alguém tivesse espetado uma faca no seu coração. Com muita dificuldade, o Nara, quebra o contacto visual e começa a caminhar em direção à mansão.

Temari e Neji, por fim, saem do palco e são rodeados por um monte de pessoas a darem-lhes os parabéns e a querem conhecer a noiva.

– Neji, eu vou à casa-de-banho. Venho já. – Ele acena com a cabeça, dando permissão.

A Sabaku sai dali o mais rápido possível e entra na mansão à procura de Shikamaru. Ao fundo de um corredor vê uma luz acesa vinda de dentro de um quarto que tinha a porta entreaberta. Ao aproximar-se, Temari ouve alguém a discutir. Com curiosidade encosta-se à parede, silenciosamente, podendo ouvir e ver o que se passava lá dentro. Espantou-se quando viu que eram Ino e Shikamaru que estavam dentro da divisão.

– PORQUE NÃO ME FALAS DIREITO? – Berra Ino. – RAIOS, CUSTA MUITO RESPONDERES?!

– És muito problemática, Ino. Não sei porque este escândalo todo agora. Já te disse que te desculpo. Não sejas tão problemática. – Responde o rapaz num tom calmo e desinteressado como se aquilo não estivesse a ser com ele.

– RAIOS, SHIKA! EU ESTOU CANSADA DE TE DIZER QUE A CULPA NÃO É MINHA! ELE E QUE ME AGARROU! – Continua a loira a escandalizar.

– E eu já disse que te desculpo, oras. Que acredito. – Responde Shikamaru, mas sem olhar diretamente para Ino.

– Mas estás a tratar-me de maneira diferente. – Continua Ino a insistir, um pouco mais calma.

– Tens de ter calma, oras. Eu vi-te agarrada a um amigo meu. Como queres que eu fique? – Retruca Shikamaru.

– JÁ TE DISSE QUE O KIBA É QUE ME AGARROU! – Grita novamente outra vez Ino. Parecia que a pouca calma recuperada já tinha ido embora.

Shikamaru olha para a janela e não diz mais nada. A Yamanaka começa a sentir as lágrimas a caírem e sai a correr em direção ao jardim, passando por Temari mas sem sequer reparar na sua presença. Esta olha para dentro e vê o rapaz com um olhar perdido e distante. Vagarosamente, decide aproxima-se.

– Bem, parece que nos voltamos a ver. – Disse chamando a atenção do jovem para si.

– Pois, é o que parece. Mas a situação não foi a melhor. – Respondeu Shikamaru, voltando a olhar pela janela.

– Parece que as coisas estão feias para os teus lados, não é? – Comentou Temari enquanto se sentava na cama que havia no quarto.

– Ela é muito problemática. – Retorquiu o Nara, voltando o olhar para ela agora. – E já agora… parabéns pelo casamento.

– Eu acho que não mereço os parabéns. O casamento não estava propriamente nos meus planos. – Respondeu ela, tristemente. – Bem, tenho de ir. O Neji deve estar à minha espera. Espero ver-te outra vez. – Finalizou, sorrindo para o rapaz.

– Acho que nos vamos ver muitas vezes. – Ele retribui com um fraco sorriso.

Temari aproxima-se do rapaz, assustando-o com a proximidade repentina e dá-lhe um beijo na face, deixando-o um pouco envergonhado. A jovem sai, deixando Shikamaru sozinho. Dirige-se para ao pé do noivo tentando fingir que estava feliz com o casamento, para não magoar o jovem Hyuuga.

Durante o resto da noite ela não conseguia deixar de procurar Shikamaru com os olhos. Ela não estava a reconhecer-se. Ela não costumava ser assim. Ela metia medo as pessoas e ser fria com toda gente. Mas alguma coisa naquele preguiçoso a fazia acalmar-se.

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Ino corria desesperadamente pelo enorme jardim. Encontrava-se numa parte onde não havia festa. Estava escuro. O local só era iluminado pela luz da lua, bem alta no céu. Parou de correr e sentou-se num banco debaixo de uma enorme árvore. Agarrada aos joelhos, continuava a chorar, soluçando. As lágrimas caminhavam pelo seu rosto sem pedirem permissão. Levantou a cabeça quando sentiu alguém sentar-se ao seu lado. Olhou para o lado e viu a silhueta de um rapaz, mas não conseguia ver quem era por causa do escuro. Mas sentia que ele olhava para si. Quando o mesmo reparou que estava a ser observado olhou para a rapariga com mais intensidade. O olhar frio dele assustou-a, mesmo no escuro ela podia sentir a frieza daquele olhar. A jovem resolveu desviar o olhar para outro ponto.

– Chorar não vai resolver os teus problemas. – Disse ele olhando para a lua lá no alto.

– Mas é a única maneira de eu libertar esta mágoa ou pelo menos aliviar um pouco. – Respondeu Ino, deixando as lágrimas escorrerem livremente pela sua face. – Eu sou tão estúpida, mas tão estúpida. Não admira que o meu namorado esteja zangado comigo por uma coisa que eu não tive culpa. – Disse abraçando os seus joelhos, com mais força.

Continuava na mesma posição quando vê um lenço branco à sua frente. Educadamente aceita o lenço e seca as lágrimas com ele. Quando ia agradecer viu que o rapaz já não se encontrava ali. Observa o lenço com mais atenção e com alguma dificuldade, pela escassez de luz, consegue ver um G bordado a preto no tecido branco.

" Quem seria ele?" Questiona-se, enquanto um pequeno e fraco sorriso se forma nos seus lábios.

Continua…


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se calhar não eram bem o que tinham imaginado, e espero que assim seja, gosto de surpreender.

Comentem, possa ser que também seja simpática a próxima vez.



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