Fora do ACAPAMENTO

PART. 2

Desde a última vez que vira Duca, Nat não conseguia tirar o certinho da cabeça. Ela não gostava dele, pelo menos não tanto quanto ela gostava do Alan (pelo menos, por enquanto). Estava em seu apartamento acompanhado de seu “namorado” Lobão, um homem meio em tudo. Meio feio, meio baixo, meio gordo... Só não era meio no quesito de ser um babaca. Lobão tinha um esquema de apostas com um famoso advogado no qual eles “alteravam” resultado a seu favor, gerando dinheiro, gerando lucro. Por esse motivo Alan tinha sido assassinado. Assim que o “monstro” deixou seu apartamento ela subiu na moto e dirigiu-se ao QG. Chegando lá viu um Cobra engolindo alguma garota- Cobreloa, posso usar o computador? –perguntou e quando Cobra reparou que ela estava lá afastou a garota (Jade) que estava descabelada.

–Claro. Olha não conta pra ninguém o que você viu aqui ta? Põe o fone pesquisa o que tiver que pesquisar e ignora nós dois ok? –disse e então voltou a beijar Jade, cada vez com toques mais arriscados, e a garota sempre guiava a mão dele para as costas. Uma hora ela arriscou o toque e então corrigiu o movimento voltando a mão ao ombro do lutador.

Cobra tentou repetidas vezes movimentos mais quentes, mas sempre Jade o reprendia até que a cobra conseguiu dar o bote. Pelo menos foi o que Cobra pensou até que Jade repreendeu-o de novo e ele se irritar- Dama você não quer que a gente namore e não quer que a gente faça sexo decida-se!

–Aaaah que bonitinho... A minhoca irritou. –zombou Jade

Jade provocou-o passando a mão por seu membro e ele não se segurou puxou a garota até sua moto colocou o capacete e partiram. Nat concentrada demais na sua pesquisa só notou algumas dezenas de minutos depois. Investigava a seu tão “amado” Carlos Eduardo. Não sabia nada sobre ele e não se falavam desde o último acontecimento. Nat focada não percebeu que Duca tinha entrado e ria da situação, só quando ele riu um pouco alto ela notou sua presença. Fingiu não ter notado e pesquisou sobre Alan para “intrigar” o lutador. Depois de alguns minutos saiu e “tocou-se” que ele estava ali- Ahn. –disse coçando o cabelo

–Oi. –cumprimentou o rapaz sorrindo- Pesquisando sobre eu e minha família é?

Ela riu nervosamente e saiu. Duca chamou-a que se virou para o Menezes e tinha pouco espaço entre eles- Chamou?

Ele afirmou com um simples “sim” e com um movimento apontou com a cabeça para o Acquazen e então começaram a andar- E tenho que te perguntar uma coisa.

Quando chegaram lá Duca beijou Nat que foi pega de surpresa. Ela afirmava pra si mesma não estar gostando daquilo, mas quem ela tentava enganar? Estava amando a situação tanto que entrelaçou sua língua na de Duca e seus braços no pescoço dele. Como todos sabem pessoas respiram durante o beijo e não se perde o fôlego, porém o corpo dos dois atraia um ao outro e deixava tudo mais quente, e isso sim acabou com o fôlego dos lutadores. Separaram-se até que Carlos puxa-a de novo, mas desta vez o beijo não se intensifica e Nat o empurra.

–Eu, eu, eu não posso fazer isso. –disse olhando envolta e levantou as mãos- Não posso, não posso!

– Por que não? –pergunta confuso

–Duca você se imagina na minha situação! –exclamou brava e então se sentou

Duca continuava em pé e refletiu- Ta pensei, e aí? –questionou novamente se sentando e massageando o rosto da garota. Nat era uma garota forte, porém só por fora.

–Para de ser sínico! –exigiu- É a mesma coisa que se você ficasse com minha finada irmã!

O lutador sempre era sério, e isso irritava muita gente e então tentou diminuir a tensão- Você tem uma irmã morta?

Ela não riu não se divertiu ou nem mesmo se irritou (mais do que já estava). Levantou-se e ia saindo quando Duca segurou seus dois braços e se pôs a frente da lutadora- Não você não vai sair daqui logo agora.

–Quem me impede? –ironizou Nat se soltando e andando até que o rapaz respondeu “eu te impeço” e beijou novamente a garota que tentando recuar tropeçou e os dois caíram na piscina- CARLOS EDUARDO MENEZES!

– Que bonitinho! Pesquisou até o meu sobrenome. –disse se balançando espalhando água por tudo quanto é canto.

Quando se encararam perceberam um fator. A água deixara suas roupas coladas no corpo, realçando-os. Nadaram até se encontrarem e suas bocas mais uma vez se tocaram para a felicidade dos dois.

[...]

–Vagabundo pra onde você ‘tá me levando? –perguntou Jade. Eles já estavam andando de moto a alguns minutos até que o lutador estacionou na frente de um shopping

Ele olhou pra ela e sorriu, pegou sua mão e levou ela para dentro do shopping, ou seja, a garota ficou maravilhada com luzes. Mentira não foi com as luzes que ela ficou maravilhada e sim com as lojas de roupa que tinha lá. Cobra a conduziu á uma joalheria. Chegando no caixa Cobra perguntou se a encomenda tinha chegado e a atendente confirmou entregando uma caixa pra ele.

Saíram da loja e Jade estava mais curiosa que quase roeu a unha- Por mim, a gente poderia ficar no clima gostoso que está, mas você não libera passagem. –falou. A garota já começava a se assustar com o rumo da conversa- Mas, mudar ou não o status não faz diferença pra mim. –e então abriu a caixa mostrando uma pulseira- Quer namorar comigo dama?

Diferente do que muitos pensam Jade consegue se emocionar e se emocionou com o rapaz. Respondeu que sim e beijou o Cobreloa com ferocidade até que se lembrou de estar no meio do shopping e todos encaravam então mordeu o lábio do lutador

–Vagabundo onde você achou dinheiro pra me comprar isso? –interrogou

Ele se irritou, mas conseguiu controlar, algo que quase nunca acontecia- Isso importa Jade?

–Meu lado mal diz que não... E eu não tenho lado bom então não importa mesmo. –riu a garota acompanhada da risada do novo namorado.

Andaram um pouco pelo shopping e a bailarina se controlava pra não entrar em qualquer loja que tivesse sapato ou algo caro, mas não resistiu a uma loja do 2º andar. Cobra olhou bravo para a Gardel, mas de nada adiantou, a garota o puxou para dentro da loja.

–Por isso não queria namorar tão cedo. Você da a mão a namorada já quer o braço. –zoou (ou não) o garoto

–Aaaah qual é Vagabundo essa blusa aqui combina com o seu presente! –observou

Ele trocou olhares com a namorada até que cedeu. Cobra resistia a tudo menos a duas pessoas. Jade e Karina. Iam em direção ao caixa quando se depararam com Lucrécia e Edgard entrando na loja.

–Foi muita gentileza da Dandara e do René deixarem a gente vir pra cá um dia só para comprar algo pra Jade. Agora o senhor Edgard vai ter que me ajudar a achar uma blusa. –dizia

Cobra e Jade correram para o provador e fecharam a cortina. Ela já estava apavorada com a ideia de sua mãe a achar e seu mundo desmoronar. Ricardo a abraçou no intuito de ajudar.

Fora do provador

–Edgard eu encontrei essa aqui. –anunciou a professora e quando olhou pra mão de Edgard gargalhou com a blusa rosa que ele carregava- Isso não é pra você ou é querido?

Ele riu seriamente e colocou a mão em cima do olho procurando- Droga! Ainda não achei a graça! É lógico que é pra você. Vai lá ao provador e vê se cabe e dá está da Jade eu espero do lado de fora. –ordenou entregando a blusa.

Escutando passos que vinham na direção dos provadores a filha da professora quase gritava se não fosse a mão de seu namorado tampando sua boca.

Lucrécia caminhava cantarolando á cabine que ia entrar até que levou um susto e gritou alto que todos se assustaram.

Continua...