Os 10 Universos escrita por sarahilysm


Capítulo 2
Capítulo 2




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Ao chegarmos ao nosso destino, nos deparamos com Jack esperando do lado de fora da porta de Lohan. Não sei o motivo, mas corri e o abracei. Não esperava o mesmo, mas ele me abraçou também. Faziam 2 meses que a gente não se via, desde quando ele saiu daquela mesma porta do escritório de Lohan da última vez.

— Madelinne, que saudades! — Jack disse.

— Eu sei — Respondi, sorrindo e largando seus braços. Olhei para ele. — Você sabe o motivo de estarmos aqui?

— O mesmo que o meu, provavelmente. Mas eu também não sei.

Quando Jack terminou de falar, a porta se abriu. Entramos, e nós três sentamos. Havia a quantidade de cadeiras certas para nós. Lohan deu um sorriso simpático e pelo que eu pude ver, todos nós retribuímos. Ele começou o seu "discurso", se levantando:

— Pois bem meu caros. Estive acompanhando o desenvolvimento e a intimidade de vocês... Principalmente você, Mad. Você tem intimidade com todos aqui, não? — Fiz que sim com a cabeça, olhando para os lados. Recebi um sorriso dos meus dois amigos. Retribui.

— Vocês são realmente bons. As mudanças genéticas em vocês deram muito certo, estão todos usufruindo corretamente. Rápidos e ágeis, são requisitos que vocês têm e que a Young está procurando. Vocês, meus queridos, estão preparados?

Nos entreolhamos.

— Estamos, senhor. — Falamos em uníssono.

— Então aguardem até completarem seus 17. — Ele disse, levantando-se e abrindo a porta.

Ficamos confusos.

— Oi? — Jack, que tinha mais intimidade com o senhor Lohan por fazer alguns serviços para o mesmo de vez em quando, disse.

— Vocês não sabem? Ainda acham que a Young só recruta gente menor e pronto? — Ele disse, surpreso.

Assentimos com a cabeça. Era exatamente isso que achávamos. Ele virou-se para trás e foi voltando para sua cadeira, pronto para dar uma explicação para nós.

— Existem casos mais especiais ainda — Ele olhou para ver nossa expressão, esperando carinhas animadas. E com razão, nós estávamos mesmo. "Somos mais do que especiais?" essa pergunta passava pela minha cabeça.

— A missão mais importante da geração de vocês, será totalmente vossa. A Young já está preparando-se para um futuro problema que pode acontecer, e que no momento não pode fazer nada, e vocês é que terão de enfrentá-lo. Como apoio, terão um treinador especial.

Estávamos totalmente animados. Eu, pelo menos, estava. Não que eu queria que o tal problema ocorresse. Mas eu sabia que se realmente acontecesse, eu, o menino mais educado que já conheci e a minha melhor amiga iríamos enfrentá-lo. Juntos, como uma equipe.

Outra coisa que eu estava esperando para saber, era quem seria o nosso treinador. O grande soldado James, talvez? Ou o bravo lutador Texas! Quem sabe o sábio senhor Faelis?! De forma muito clichê, meus pensamentos foram interrompidos.

— Senhor Lohan? Faça o favor de encontrar o Senhor Gaa em sua sala em cinco minutos, por favor. — Um cara que parecia ser muito, muito forte e ao mesmo tempo incrivelmente simpático entrou e deu o aviso para Lohan.

— Obrigado por avisar, Trok. Você poderia acompanhar nossos convidados até a saída, por favor? Não quero atrasar-me para ver o Chefão. — sr. Lohan disse, dando uma risadinha. Era o tipo de piada que os funcionários faziam entre si.

Apesar de que sr. Lohan é funcionário, mas nem tanto assim. A sua única autoridade maior é Gaa. Mesmo assim a humildade prevalece nele.

O senhor fortão nos acompanhou até a saída do prédio. Não passamos muito tempo com ele (afinal aquele elevador leva poucos segundos e plim, já estamos no térreo) mas já notamos o quão legal ele era. Aquele tipo de gente que dá pra contar os segredos, sabe? Aposto que várias visitas já desabafaram pra ele alguma coisa. Espero um dia fazer isso também, não sou daquelas que jogam boas oportunidades fora.

Na rua, antes de Wen e eu entrarmos no carro que nos levaria para o Diferencial, conversei por poucos segundos com Jack.

— Ei, Jack. Espero te ver brevemente, antes da nossa missão. Você foi a primeira pessoa com quem socializei nesse Universo, é muito importante pra mim... — Falei, meio envergonhada. Mas falei.

— Também espero te ver logo, Madelinne. — Ele sorriu, tirando uns poucos fios que incomodavam sua visão. Seu cabelo havia crescido. Estava fofo. — Até mais, então! — Nos olhamos sem falar nada por, sei lá, um mísero segundo.

Aí ele me abraçou.

(...)

Já no colégio-internato, eu e as meninas começamos a conversar sobre algo que incomodava todos os que saíram de seu respectivo Universo e vieram parar no 2. Nossa família, aquela que nunca existiu, apenas em nosso coração.

Felizmente, não lembrávamos dela. Ninguém que já estivesse há pelo menos 3 meses lá lembrava-se. Eu achava que colocavam algum tipo de complemento em nossa comida. Wen achava que fazia parte das modificações que faziam em nós, o que não fazia sentido pra mim. Afinal, se fosse, no segundo dia (o dia em que nos modificam) nós não lembraríamos mais da família. Uma das poucas coisas que nós discordávamos. Ela achava que as modificações apareciam gradativamente, e só no final do terceiro mês o esquecimento daria as caras. Olhando por esse lado, até faz sentido.

No meu segundo dia eu lembrava. E chorava. Chorei até o terceiro mês, e no início do quarto mês eu acordei sem lembrar de nada. Então eu associei na hora em que percebi que não lembrava o nome da minha mãe: Só pode ser a comida que nos deram todo esse tempo, que foi modificando nossas memórias. Na verdade não modificando, apenas apagando.

Mesmo assim, não apagaram a parte em que eu lembrava ter uma família, apenas a parte dos componentes da família, e dos acontecimentos dentro da mesma. Isto é bom, pois eu estaria sofrendo até hoje.

Enfim, Ash e Mia achavam que na noite do "dia do esquecimento" de cada um eles nos davam uma vacina que nos fazia esquecer dessas coisas. Pode até ser, mas acho que alguém acordaria e espalharia pela escola toda o que estavam fazendo. Mas elas afirmam: Alguém já deve ter acordado, mas obrigaram-o a não contar nada. Ok, até fazia sentido. Mesmo assim, acho que já teria vazado.

Nossa conversa foi interrompida quando o sinal para dormir tocou.

— Boa noite, meninas.

— Boa noite — Minhas colegas de quarto responderam.


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Notas finais do capítulo

Não sei se ficou cansativo de ler. Mas é mania minha dar explicação de todos os detalhes, ou quase todos, quando eu faço uma fic de ficção ou fantasia. Sei lá, tenho medo que os leitores fiquem boiando. E mesmo depois de explicar, ainda acho que alguns não entendem. xD Se não entenderem, favor me avisar!



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