Mais que amigos escrita por PalomaFreitas


Capítulo 31
Conversas...


Notas iniciais do capítulo

Oi, um aviso: Acho que vou passar a postar a Fic dia sim, dia não, é complicado para mim postar todo dia e para não deixar de postar nos dias combinados vou deixar assim, sendo que aos sábado de qualquer forma não vou postar mesmo. Espero que não me abandonem por isso hehehe. Ai está o capitulo de hoje, boa leitura



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Por Eduarda

Eu estou super abalada, nunca me dei bem com meu pai, mas o perder assim, do nada, dói muito, eu não pude dar um ultimo abraço nem nada.
Estou voltando para a casa depois de horas cansativas e tristes no enterro de Marcos, já deve ser muito tarde. No carro está indo para minha casa junto de mim e do Lucas Flavia, ela me falou que está sem onde morar. Eu não me esqueci das barbaridades que ela me falou quando eu ainda estava gravida, na verdade, acho que nunca me esquecerei, mas eu sabia exatamente o que ela passava, eu sabia a dor que ela sentia e por mais dura eu seja, não a deixaria desabrigada, tendo uma casa grande o suficiente para acomoda-la, ao menos por algum tempo. Por mais que eu devesse, não conseguia odiá-la, ela é afinal minha mãe.

Eu consigo perceber por sua expressão que Lucas não gostou da ideia, mas ela não pode se opor a isso, eu quero apenas ajudar minha família, mesmo depois de tudo. Eu tenho esperanças de que com isso nós nos demos um pouco melhor, não quero que aconteça de novo o que aconteceu com meu pai, não quero que um dia ela vá embora e eu esteja sem falar com ela também. Acho que talvez posamos recuperar o tempo perdido, quero que meus filhos possam conhecer minha família, e não pensem que meus pais não gostam de mim.

JL: Você quer aproveitar que estamos na rua pra comprar alguma coisa? Está precisando de algo?

DU: Não... Só quero pegar meus bebes logo e ir para casa.

JL: Tá bom!

Flavia não falou nada o caminho inteiro. Lucas parou no prédio de sua família e eu pedi que ele fosse lá sozinho pega-los.

Ele vai e logo está de volta, Marta vem com ele ajudando-o a trazer as crianças.

MM: Eu sinto muito minha querida.

DU: Eu sei. - Falo triste.

Ao ver minha mãe ela aponta para ela com a cabeça como se perguntasse a Lucas quem era, ele faz sinal com a boca, respondendo que é minha mãe e Marta fica intrigada.

JL: Nós vamos indo mãe.

MM: Vão com Deus. Tchau Eduarda.

DU: Tchau.

Ela acena para minha Flavia e seguimos para minha casa.

Chegamos e mostro a ela em qual quarto ficará. Rosa já não estava mais em casa, sigo então para meu quarto onde Lucas se encontrava com Martinha, enquanto Alfredinho ninava em meu colo

JL: Será que não está na hora deles mamarem?

DU: Se tiverem dado as mamadeiras no horário certo, está. - Falo e dou um beijo de leva na cabecinha do meu pequeno. - Me dê ela aqui, já que ele está dormindo.

JL: Tá.

Coloco Alfredinho em seu bercinho e Lucas me entrega Marta. Dou o peito para ela que mama com vontade.

DU: Ela estava com fominha. Né meu amor?! - Falo bem baixinho perto do ouvido de minha filha. - Lucas não fala nada, apenas continua me observando. - O que foi? - Falo e dou um sorriso.

JL: Nada, é que eu gosto de ver você assim, amamentando eles, acho tão lindo, um momento tão intimo, mãe e filho ou filha. - Ela completa tá sendo graça.

DU: Eu também gosto muito disso, acho que no dias que eles pararem vou sentir falta desse momento.

JL: Se sentir falta temos outro filho.

DU: Ata. - Falo debochada. - Eu não quero ter mais filhos não, só eu sei o que passei.

JL: Cada gestação é diferente da outra.

DU: Prefiro não pagar para ver.

JL: Credo Du! - Diz ele revirando os olhos. - Pois eu gostaria de ter vários outros.

DU: Dois é o suficiente. Eu os amo, gosto de cuidar deles, dar banho trocar, dar de mamar, fazer dormir, só que quero parar por aqui, eu quero daqui um tempo seguir minha fida, quero trabalhar...

JL: Você não está pensando em voltar né?!

DU: Não, eu já falei que só vou voltar quando eles estiverem maiorezinhos. Mas quero voltar.

JL: E se você engravidasse de novo?

DU: Você pode ter certeza que isso não irá acontecer. Me cuido o suficiente para isso não acontecer.

JL: Nossa Du.

DU: Por favor, não vamos começar uma discussão por besteira.

JL: Tá, me desculpa vai.

DU: Ai!

JL: Que foi? - Dou risada e o respondo.

DU: Ela tá, mordendo o meu peito. Filha, não pode. - Falo rindo.

JL: Ela nem sabe o que ta fazendo.

DU: Sabe sim, essa é a maneira de concordar que não quer ter mais irmão nenhum.

JL: Até parece né?!

Coloco minha filha para arrotar e depois a ponho no berço.

DU: Já que ele está dormindo, vou deixar e quando ele acordar eu dou de mamar, ela vai acordar logo mais mesmo, deixe que seja por conta própria.

JL: É...

DU: Ah Lucas, vai me dizer que você ficou chateado?

JL: Fiquei não, só to cansado. Vou tomar um banho.

DU: Tá né...

Ele vai para o banheiro toma um rápido banho e enquanto ele o tomava Alfredinho acorda e aproveito ora fazer ele mamar. Quando Lucas sai do banheiro eu já estava colocando ele para dormir novamente.

JL: Bem que você disse.

DU: Pois é. Eu vou lá tonar um banho também, da uma olhada ai para mim.

JL: Pode deixar.

Vou e assim como Lucas, tomo um rápido banho.

DU: Quer comer alguma coisa?

JL: Eu quero sim.

DU: Vou ver o que podemos fazer. - Ele me da a mão e saímos do quarto. - Vou ver se a... Flavia não quer comer alguma coisa.

JL: Faça isso, ela não comeu o dia todo.

DU: Aham.

Ele segue para baixo e eu vou até o quarto em que ela se encontrava. Bato de leve na porta e como não obtenho respostas, falo.

DU: Flavia? Você quer comer alguma coisa? - Ela não responde então abro a porta um pouco, ela estava deitada e percebo que já dormia, resolvi deixa-la dormir, mesmo sem comer, pois se o dia já havia sido difícil para mim imagino para ela.

Desço e encontro Lucas já na cozinha.

JL: Ela não quis comer?

DU: Ela já estava dormindo.

JL: Ah...

Nós esquentamos uma comida que Rosa deixou pronta e comemos. Depois vamos dormir, já era tarde e Lucas tinha que ir para a empresa amanhã.

Deitamos e agarradinhos dormimos rapidamente.

Assim que Lucas sai da cama no outro dia, acabo acordando por perceber sua ausência, a noite foi tranquila, dormi bem e por um momento até cheguei a esquecer tudo que tinha acontecido.

JL: Te acordei Mores?

DU: Não, eu já estava quase levantando mesmo.

Pelo horário ele estava atrasado, não conversamos muito e ele logo vai. Fico um pouco mais no quarto e pouco tempo depois quem acorda são meus pequeninos. Os pego do berço e com calma os troco e amamento. Fico um longo tempo com eles sozinha no quarto e levo um susto ao ver que Flavia estava no observando na porta.

FL: Posso entrar?

DU: Pode sim, eu não percebi que você estava ai.

FL: É que eu não chamei mesmo... - Ela fica em pé parada em silencio por mais algum tempo e depois fala meio sem graça. - Eu, é... Eu posso ver, eles? - Fico surpresa com sua pergunta.

DU: Pode sim. - Eu estava sentada com os dois em meu colo em uma poltrona que ficava em meu quarto, ela se aproxima e os observa minuciosamente, como se quisesse conhecer cada detalhe deles, o que faz meus olhos marejarem, eu sinceramente acredito que a morte de meu pai a faça rever algumas coisas.

FL: Eles... São tão lindos.

DU: É, são sim. - Minha voz fica embargada.

FL: Eduarda.

DU: O que?

FL: Eu acho que tenho algumas coisas para falar com você... Queria primeiro agradecer... Depois de tudo que aconteceu você quis me ajudar mesmo nós nunca termos te tratado como tão mal, tendo te... - Ela pensa para falar. - Te rejeitado, essa é a palavra, ter te rejeitando tanto a vida inteira você não me negou abrigo neste momento que para mim está sendo tão difícil... - Ela respira fundo. - Queria também me desculpar, por tudo que te disse aquele dia, me desculpar por mim e por seu pai, sei que aonde quer que ele esteja ele deve estar reconhecendo o que você está fazendo por mim.

DU: Fla... - Eu ia falar mas ela não deixa.

FL: Eu acho que já está mais do que na hora de tentarmos nos aproximar, sempre fui muito errada com você e sinceramente hoje, te vendo ai, me arrependo, eu estava errada quando falei que eles - Ela passa os dedos pela cabecinha de meus filhos. - te fariam mal, acho que você nunca esteve tão bem, tão madura. Não espero que você me perdoe fácil, longe disso, só quero poder um dia ter uma relação melhor, quero que o tempo me ajude a me redimir...

DU: Eu... - Algumas lagrimas escorrem por meu rosto. - Eu sempre fui muito triste por não poder contar com vocês como os filhos podem contar com os pais, por não receber carinho com os outros recebem. Aquele dia que vocês vieram aqui, eu juro que eu pensei em nunca mais querer ver vocês, mas a verdade é que isso é impossível, você é minha mãe e, acredite, eu também quero um dia ter uma relação melhor com você.

FL: Acho que podemos tentar começar isso daqui pra frente né?!

Apenas balanço a cabeça. Nos abraçar agora acho que seria demais, apesar do que ela me disse, não da pra se apagar uma vida inteira de uma hora para outra, esse é um começo, um recomeço, o que por enquanto já é o bastante.

FL: Posso pegar no colo um pouco?

DU: Ah sim, claro.

Ela pega Martinha que fica quietinha em seu colo. Posso ver afeto em seus olhos enquanto a segura, acho que meus filhos serão o principal canal entre mim e ela, posso perceber que o que eu não recebi dela meus filhos receberão.


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Notas finais do capítulo

Falem o que estão achando, se gostam ou não dos rumos que a Fic está seguindo, é importantíssimo saber o que pensam! E vocês que gostam da Fic favoritem aii!! Espero muiiiiiiitooos comentários em!?



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