Mais que amigos escrita por PalomaFreitas


Capítulo 22
Chegou a hora!


Notas iniciais do capítulo

Algumas coisas me fizeram gostar de LucaDu, foi um amor que foi crescendo gradativamente e que é claro algumas coisas ajudaram. Tais como a garra da Du em vários momentos etc etc etc. O parto foi uma das coisas que gostei muito e acho legal relembrar dessas coisas, por isso nesse capitulo apareceram alguns pontos que tiveram na novela. Espero que aprovem!



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Por João Lucas

Estava em um sono profundo quando sou acordado pela Du.

DU: Ei Lucas, acorda vai. Acorda. - Estou meio sonolento, era como de sua voz estivesse longe, mal presto atenção no que ela disse, apenas resmungo.

JL: Tá cedo ainda, vamos dormir mais um pouco.

DU: É serio, acorda ai vai. - Quando ela fala isso começo a prestar mais atenção no que está acontecendo. Acorda ai, por favor.

Fico mais acordado, me viro para ela e ascendo um abajur que fica ao lado da cama.

JL: Que foi? - Ao olha-la percebo que está meio pálida então pergunto. - Tá passando mal?

DU: Acho que você e a Rosa tinham razão. Exagerei. To meio enjoada agora, me leva até o banheiro, por favor?

JL: Vamos lá. - A ajudo a se levantar e no curto caminho até o banheiro falo. - Quando for assim me da uns tapas que acordo mais rápido. - Ela ri, mas logo tira o sorriso do rosto e coloca a mão na boca. Tivemos sorte foi o tempo certo de chegarmos ao banheiro e ela coloca toda a pizza que comeu para fora. Enquanto ela vomita seguro seus cabelos para que ela não os suje. Ela fica um bom tempo ali e assim que termina escova seus dentes e passa uma água no rosto. Volto ela para a cama e falo.

JL: Vou preparar um chazinho para você.

DU: Não quero, não precisa não.

JL: Precisa sim, você está sem nada no estomago espera ai que eu já volto com ele.

Desço e vou até a coxinha para preparar o chá. Minutos depois ele está pronto, pego algumas torradas e as levo para ela comer.

Assim que chego lá em cima os entrego para Eduarda, mas ela fala.

DU: Ah, a torrada não!

JL: Só uma Du, pra você não ficar de estomago vazio. Nunca te disseram que saco vazio não para em pé?! - Ela solta um sorriso para mim e fala.

DU: Tá, mais só uma!

E assim ela o faz. Depois que vejo que ela tomou praticamente todo falo.

JL: Não força, se não quiser tomar todo não precisa.

Ela coloca a xicara no criado mudo e eu dou um selinho nela. Tento ficar acordado para ver se ela irá passar mal novamente, nas estou muito cansado, os dias andam sendo cansativos para mim, por isso acabo não aguento e durmo.

Por Eduarda

Talvez eu tenha comido de mais, há algum tempo não comia assim, devo ter desacostumado e acabei passando mal. Lucas acabou dormindo novamente, ele está exausto. Olho no relógio e vejo que são apenas 2:40 da madrugada. Resolvo dormir um pouco mais.

Depois de alguns minutes tentando relaxar e dormir vi que será impossível. Meus bebes estão agitadíssimos, não param de chutar, parecem estar dançando dentro de mim, fico fazendo carinho em minha barriga na tentativa de acalma-los mas é em vão, não adianta eles realmente não querem que eu durma. Ficar deitada já estava me cansando e estava me incomodando. Com dificuldade me sento na cama e fico um pouco nesta posição, mas também não consigo ficar assim por muito tempo. Essa noite será longa, não consigo nenhuma posição boa...

Depois de estar muito tempo acordada não aguento mais. Volto a ficar deitada e conforme me mexo acabo despertando Lucas.

DU: Desculpa, não queria ter te acordado, de novo.

JL: Não tem problema. Ele me da um sorriso ainda meio sonolento e pergunta. - O que faz ainda acordada?

DU: Nossos filhos não querem me deixar dormir. E não consigo achar um jeito de ficar confortável.

Ele coloca as mãos sobre meu ventre e fala com voz infantil.

JL: Meus amores deixem a mamãe descansar, ela está cansadinha. - Depois ele fica me olhando por um tempo e depois fala. - Tive uma ideia. - Ele vem mais para o meio da cama e me ajuda a ficar no meio de suas pernas que estão abertas, sento ali com as costas viradas para seu peito e ele fala. - Deita sobre meu corpo.

DU: Ah não, assim quem não vai descansar é você. Eu to pesada - Dou risada e ele fala.

JL: Você está confortável assim?

DU: Estou, mas...

JL: Então fica aqui e tenta dormir. não se preocupe porque eu gosto de estar assim com você.

Viro um pouco meu rosto para alcançar sua boca e lhe dou dois rápidos beijinhos seguidos, ele fica acariciando minha barriga e é assim sentindo sua respiração quente perto de meu rosto que acabo adormecendo um tempo depois.

Acordo e percebo que já amanheceu. Ainda estou na mesma posição na qual dormir. Lucas está acordado e mexe em meus cabelos. Me levanto de seu corpo e falo.

JL: Você nem deve ter descansado né?

JL: Que nada, eu até consegui dormir.

DU: Nossa, você também cai em qualquer lugar em?!

JL: Em qualquer lugar não, eu estava com você.

Ele me da um rápido beijo e depois eu pergunto.

DU: Que horas são?

JL: Deve ser quase meio dia já.

DU: Nossa, dormi demais.

JL: Você dormiu tarde né?! É normal está acordando somente agora. - Ele se levanta e fala. - Quer tomar banho? Dai aproveitamos depois e já almoçamos logo.

DU: Tá vamos lá.

Estendo minhas mãos para ele me ajudar a levantar da cama e falo

DU: Você não faz ideia do quanto esses dois pesam, tá muito difícil. Daqui uns dias vou ter que ser carregada no colo.

JL: Será?

DU: não seu bobo, é modo de dizer né?!

JL: Ata, que susto.

DU: Não iria aguentar?

JL: Acho que não.

Nós rimos, depois tomamos nosso banho e assim que terminamos e estamos devidamente trocados vamos para baixo.

Me apoio em Lucas e desço degrau por degrau até chegar ao andar de baixo.

Quando chegamos lá fico um pouco parada com a mão na barriga e Lucas fala.

JL: O que tá sentindo?

DU: Foi uma pontadinha. Mas já passou.

JL: não está sentindo mais nada?

Nego com a cabeça e vamos almoçar.

Depois do almoço ficamos na sala assistindo alguns programas na televisão

Apos um longo tempo lá sentada começo a me sentir incomodada novamente. Eu não estava mais aguentando todo esse desconforto.

JL: Mores...

DU: Que?

JL: Tava longe é?

DU: Só estava pensando em algumas coisas.

JL: Ata. Eu vou ali no banheiro tá?! Qualquer coisa me chama.

DU: Tudo bem...

Ele vai para cima, deve ir usar o banheiro do nosso quarto.

Continuo vendo TV quando de repente começo a sentir algumas pontadas, fortes pontadas e não são como as que já senti antes elas era estranhas e mais doloridas, seriam isso as contrações? Fico nervosa e então me apoiando no próprio sofá e não sei como consigo me levantar, quando fico de pé sinto um liquido escorrendo por minhas pernas, como eu estava de vestido senti rapidamente. Ou eu estava maluca e fiz xixi ou minha bolsa estourou. Com certeza a segunda opção era a mais provável, me sento novamente ao sentir outra contração, e nesse momento vejo Lucas descendo as escadas e o escuto falar.

JL: Que que tá pegando?

DU: Lucas, acho que eles decidiram se adiantar.

JL: Eles quem? - Pergunta ele sem entender.

DU: Nossos filhos Lucas. A bolsa estourou.

Ele estava mais ou menos a 5 degraus do chão, mesmo assim com um pulo ele chega ao chão e vem até mim e fala me ajudando a levantar.

JL: Vamos pro hospital Du. Vamos.

DU: Calma Lucas, pega minha bolsa primeiro

JL: Que bolsa? - Ele estava mais desesperado que eu o que me fez relaxar, estava muito engraçado ver seu completo desespero.

DU: A que eu tinha mandado você fazer com roupas minhas e deles.

JL: Mas eu esqueci.

DU: Caraca Lucas!

JL: Eu faço agora. - Ela já ia sair correndo para fazer mas eu falo.

DU: Não seu maluco, me leva pro hospital.

JL: Tá doendo muito? Respira cachorrinho.

DU: Não, não é isso, é que a bolsa estourou então vamos logo, chama a Rosa.

JL: Ou Rosa! - Ele berra o nome dela.

DU: Se fosse pra gritar eu mesma teria chamado né Lucas.

JL: Ah, mais é que...

DU: Deixa pra lá, Falo e dou um beijo em seu rosto. - Você está nervoso não é?

JL: Claro que não, eu to calmo. - Rosa aparece e fala.

RO: O que houve?

DU: Minha bolsa estourou.

RO: Ai meu Deus!

DU: Nós estamos indo para o hospital, mas o Lucas se esqueceu de fazer minha mala com nossas roupas - Falo me referindo aos meus filhos. - Prepara para nós e liga para meus sogros e pesa para que eles venham aqui pega-la e levem para o hospital tá?!

RO: Pode deixar. Farei isso. Boa sorte Du!

DU: Obrigada. - Falo sorrindo.

Lucas pega meus documentos e as chaves do carro e com a ajuda de Rosa sou colocada no carro. Ele da à partida e fala.

JL: Mesmo nervosa conseguiu pensar mais rápido que eu.

DU: Eu estou calma. Só to louca para ver a carinha deles.

JL: Eu também.

De um em um minuto ele pergunta se eu estava bem e realmente estava, havia um enorme sorriso em meu rosto, as contrações estavam controladas ate que sinto uma bem forte e percebo que elas começam a aumentar.

DU: Ai ai!

JL: Tá doendo muito?

DU: As contrações aumentaram.

Ele acelera um pouco o carro e fica aparentemente mais nervoso, eu não deveria ter falado nada.

Conforme o caminho foi passando as dores iam aumentando e já estavam quase insuportáveis quando cheguei ao hospital. Ele me tira do carro me pegando no colo, assim que entramos no hospital Lucas consegue que me coloquem em uma maca e me levam para uma sala.

Assim que cheguei a sala de preparação e meus médicos Carlos e Vinício entram e eu pergunto a eles.

DU: Já que minha bolsa estourou sozinha não posso tentar parto normal?

Dr. VÍ: Poder você até poderia mas seria muito arriscado Eduarda, você teve muitas complicações durante a gestação, eu não arriscaria, a cesariana já está marcada, você está pronta para isso.

DU: O senhor sabe que eu sempre quis parto normal, se tenho a possibilidade de escolher prefiro ter meus filhos ao natural.

Dr. C: Acho melhor não.

DU: Vamos tentar, se vermos que não vai dar partimos para a cesariana, eu insisto.

Dr. VÍ: Tá, mas olhe, estamos avisando que não é indicado.

Eles então me prepararam, colocaram a devida roupa e seguem comigo para a sala de parto. Agora que realmente estava chegando a hora começo a ficar nervosa e minha dor só aumenta...

Dr. VÍ: Eduarda, de zero a dez de uma nota para a dor que sente.

DU: Acho que está nove.

Logo depois falar isso dou um grito muito alto, vejo que eles preparam uma peridural e aplicam em mim.

Ficamos algum tempo tentando e mesmo com a anestesia que tomei sentia muita dor.

Dr. VÍ: Nós já esperamos demais e sua dilatação é muito pouca, vamos partir para a cesariana, se esperarmos mais seus bebês podem sofrer as consequências.

Eu ia negar, mas nesse momento uma dor que jamais imaginei que sentiria vem e eu sinto que as coisas começam a escurecer, sei que minha pressão está caindo. Acabo não aguentando e sinto meus olhos pesados se fechando.

Por Joao Lucas

Nunca pensei que eles nasceriam antes do dia marcado, também nunca imaginei que ficaria tão nervoso como estou, cadê aquele Lucas corajoso e confiante de horas atrás.

A Du tinha acabado de ser levada para a sala de preparação e eu tive que ficar do lado de fora.

Depois de não muito tempo meus pais chegam e junto com eles Clara, que tráz a bolsa que Du havia pedido. Estou tão aflito que nem presto atenção em algumas coisas que eles falam.

MM: Fale Lucas, faz tempo que ela entrou?

JL: Ah, sei lá. Eu estou muito nervoso.

JA: Se acalme meu filho, logo mais você escutará seus filhos chorando.

JL: Espero que não demore muito para isso acontecer mesmo.

Ficamos ali na recepção, enquanto meu pai e Clara tentam me acalmar, minha mãe fica em outro canto, consigo ver em sua expressa e que ela está tão aflita quanto eu.

Estou pensativo quando vejo que Dr. Carlos, um dos médicos da Du está vindo ate nós. Assim que ele se aproxima eu falo animado.

JL: Já nasceram?

Dr. C: Infelizmente não. E eu vim aqui para dar uma noticia não muito boa.

JL: O que está acontecendo?

Dr. C: Tentamos fazer um parto normal por insistência de Eduarda, mas como não deu certo íamos partir para cesariana, só que a pressão dela caiu e ela está desmaiada, esperamos muito e os bebes estão precisando sair.

MM: Mas essa menina tem o que na cabeça? Já estava tudo mais do que certo, porque foram mudar? E vocês deviam ter a impedido!

De. C: Nós a aconselhamos, mas não adiantou, ela é teimosa. Não posso demorar muito, só vim aqui pois tenho que fazer uma pergunta. Se for preciso escolher pela vida deles, a quem devo dar preferencia?

Não podia acreditar no que estava ouvindo? Não posso escolher entre o amor da minha vida e meus filhos, sou tirado de meus pensamentos ao ouvir minha mãe dizer.

MM: Escolha pelas crianças. Eles precisam sair logo de dentro dela antes que aconteça algo.

Dr. C: Tudo bem.

Ele sai às pressas e só então minha fixa cai.

JL: Você está louca? - Falo alterada.

MM: Não. Mas você queria que escolhesse por Eduarda por que não disse que não queria optar por seus filhos?

JL: Não é isso... É... - Começo a chorar.

MM: Falei para darem preferencia a eles pois não acho certo justo não dar a chance deles conhecerem a vida.

JL: Não fala isso.

MM: É a realidade Lucas. Mas tenha calma, eles fazem essa pergunta, pois não sabem o que irá acontecer e eles tem que tentar salvar alguém, isso não quer dizer que vai acontecer algo. Reze, é o melhor que pode fazer e mantenha a calma.

Minha mãe estava me pedindo o impossível. Falar para que eu mantenha a calma naquele momento era impossível. E se eles realmente tivessem que escolher pelos meus filhos e não conseguissem salvar a Du? O que seria de mim? Como eu cuidaria dos meus bebes sozinhos? Ficar sem ela seria meu fim.


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Notas finais do capítulo

Amanhã tem mais!!Estou sentindo falta de comentários :( Cada um que recebo é um incentivo a mais. Comenteeeem e me ajudem a seguir essa historia kk Lembrando... Dicas sugestões e críticas são suuper bem vindas.



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