Por João Lucas

A exatamente um mês eu e a Du compramos nossa casa, neste mês que se passou muitas coisas ocorreram. Meu casamento será daqui algumas horas, a Du se troca em um dos quartos da nossa casa enquanto eu estou no nosso, aflito esperando a hora passar, minha mãe aceitou que a cerimonia fosse em nossa nova casa, hoje apos a festa, já ficaremos aqui.

Não teremos lua de mel, o medico da Du acha melhor não viajarmos, ela não se sente mais tão mal, os remédios que ela está tomando conseguiram controlar sua pressão, mas às vezes ela ainda sente algumas coisas, preferimos não arriscar. Só de estar me unindo a ela oficialmente já me deixa radiante e, não importa o lugar, estar com ela será sempre maravilhoso. Ela já está com seis meses e sua barriga parece cada dia maior. Ela passou esse mês inteiro pilhada por causa do casamento, apesar de tentar fingir que não ela esta muito nervosa, minha mãe a pressionou o tempo todo, com vestido e decoração, as ideias das duas não batiam. Cada uma queria uma coisa, já estava ficando estressante até mesmo para mim, então acabamos deixando minha mãe cuidar de tudo, a única coisa que fizemos foi em relação a casa em si, a decoração foi feita conforme nosso gosto afinal nós que iriamos morar lá.

MM: Posso entrar? - Diz minha mãe abrindo uma flechinha da porta.

JL: Claro que pode. - Ela entra e vem até perto de mim.

MM: E então? Como se sente? Muito nervoso?

JL: Ah você nem imagina o quanto. Mãe a hora parece não passar. - Ela me abraça e fala.

MM: É normal, você está ansioso. - Minha mãe se senta na cama e faz sinal para que eu sente também. - Eu queria falar algumas coisas para você.

JL: Pode falar. - Fico dando um sorriso.

MM: Eu sei que nesses últimos dias andei pegando muito no seu pé, no seu e no de Eduarda, mas só faço isso, pois quero que tudo sege perfeito, ocorra na mais plena perfeição. É o casamento do meu filho mais novo, não poderia querer que fosse diferente.

JL: Ah mãe... Ela me abraça novamente e depois prossegue.

MM: Olha, e eu quero que você cuide muito bem da Du, ela é uma ótima pessoa, não merece sofrer e, principalmente, ela te ama, por mais que nunca tenha me falado nada, eu sei, está escrito em seus olhos. Valorize isso meu filho. Quero que saiba que eu gosto muito dela, eu só implico porque...

JL: Porque essa é você . Se não implicasse não seria. - Ela já estava emocionada e eu também, então nesse momento ela sorri.

MM: Eu espero que vocês sejam muito felizes meu querido.

JL: Nós seremos mãe. - Ela seca as poucas lagrimas que caiam de seu rosto e fala.

MM: Vou terminar de ajudar a Eduarda, ela está toda perdida.

Por Eduarda

A ultima prova dessa porcaria de vestido fora a uma semana atrás e hoje já estamos com problemas para fecha-lo, não imaginei que minha barriga cresceria em uma semana o suficiente para me deixar sufocada. Nesse sentido marta tivera razão. Ela havia falado para deixar um pouquinho maior, mas eu não quis. Ela estava sendo tão do contra que não quis ir por ela.

Eu estava agora o tirando, para que algumas costuras fossem desfeitas e eu ficasse mais confortável.

CO: Dona Eduarda. - Fala a costureira referindo-se a mim. - Acho que não vai dar para aumentar muito mais. Não ficará totalmente confortável no corpo.

DU: Primeiro. Pela milésima vez, me chama só de Du, por favor. - Ela ri e concorda com a cabeça. - E segundo, melhorando um pouco já estará ótimo, só quero conseguir respirar dentro dela.

MM: Mas porque você tirou o vestido menina? - Pergunta minha sogra assim que entra novamente no quarto, ela havia saído a poucos minutos atrás.

DU: Aconteceu alguma coisa? Parece ter chorado.

MM: Não. Eu só estava conversando com uma pessoa. Mas me responda. Por que tirou o vestido, já está quase na hora.

DU: É que ele estava muito apertado.

MM: Ah mais eu não disse? Se tivesse me escutado.

DU: Marta, por favor, agora não. - Ela revira os olhos e logo muda de assunto.

Estou colocando o vestido novamente, a costureira foi bem rápida quando sinto uma leve pontada no pé da barriga e acabo colocando a mão no local.

MM: O que houve? - Ela pergunta assustada. - Está com dor?

DU: Não - Falo segura. Na verdade a pontada me incomodou, mas eu já estava acostumada com elas, às vezes isso acontecia.

MM: Ai que susto. Ela anda chutando muito?

DU: As vezes ela chuta bastante, em momentos específicos, tenho a impressão que ela bate os pés e as mãos mas isso acontece só de vez em quando.

MM: Vai ser agitadinha minha netinha. - Ela passa a mão pela minha barriga. Não que eu achasse ruim mas depois de gravida sua barriga vira patrimônio publico, todos querem acariciar.

DU: Tomara que não!

MM: Vocês ainda não escolheram o nome?

DU: Ainda não

MM: E estão esperando o que?

DU: Sei lá, é que ainda não temos muitas ideias, pelo Lucas já estaria escolhido, mas ele só tem ideias ruins..

MM: Ah, eu imagino. Eduarda, seus pais não viram mesmo?

DU: Não consegui falar com eles, não atendiam telefone e cheguei a ir lá com Lucas, mas não encontramos ninguém em casa. - Falo isso um pouco triste, queria tentar me reaproximar deles, mas não consegui nem que eles viessem ao meu casamento.

Depois que termino de colocar meu vestido, e dão o toque final em meu cabelo e maquiagem chega o momento, irei encontrar com Lucas e seremos oficialmente marido e mulher.

Desço as escadas devagar, não estava na melhor forma para descer rápido, apesar de a minha vontade ser essa. Chegamos lá em baixo e Marta foi para fora primeiro que eu para avisar que eu já estava vindo. Eu ia entrar sozinha, então assim que escutei a música começar sai. Estava tudo muito lindo. As flores que decoravam eram brancas amarelas e cremes, eram rosas, cadeiras brancas acomodavam os poucos convidados que tinham sido chamados. A minha frente estava Lucas a minha espera, o caminho parecia interminável e eu estava com muita vergonha de passar por aquelas pessoas, algumas desconhecidas, sozinha. O cerimonialista que realizará nosso casamento estava lá na frente também, e atrás deles havia um arco grande também decorado por rosas das mesmas tonalidades das demais. Tudo estava lindo, minha sogra realmente caprichou. A música que toca para minha entrada é o instrumental de céu azul, escolha minha e de Lucas, o que me deixou super emocionada.

Chego na frente e a cerimonia começa, tudo ocorreu bem rápido, mas foi magico. Agora eu e Lucas havíamos acabado de falar o sim e colocamos nossas alianças.

O celebrante fala que estamos casados! Então nos beijamos. Agora era verdade. Somos casados.

A festa começa e pela animação de alguns de nossos amigos irá até tarde, esse vestido e o salto estavam me incomodando, mas minha sogra já tinha me alertado de que não queria que eu os tirasse, ainda bem que a partir de agora teria minha casa e não precisaria mais ficar a obedecendo, essa era a ultima vez.

Carol estava na festa com Arthur, ficamos conversando por um longo tempo, foi um jeito que arrumei de descansar.

Já era tarde e eu estava exaltas, mas Lucas ao contrario de mim estava com o maior animo do mundo, acho que poucas vezes o vi tão animado assim. Uma musica que nós gostávamos muito começa a tocar e ele fala:

JL: Ou Du, bora dançar?

DU: Ai, mas eu...

JL: Vamos vai Du, só essa! - Não quis tirar a alegria dele então acabei indo.

Dançamos mais umas duas musicas emendadas além daquela. Já estava esgotada por isso falo no ouvido de Lucas.

DU: Mores, vou parar, sentar um pouco. Estou realmente cansada.

JL: Tá bom vai lá, já já a festa acaba.

Me sentei e fiquei esperando um pouco, Lucas conversou com algumas pessoas e veio ficar um pouco onde eu estava. Depois disso, não demorou muito e as pessoas começaram a ir embora.

Assim que saem os últimos convidados eu e Lucas entramos e eu me jogo no sofá.

DU: Caraca Lek, casar cansa. Estou morta.

JL: Cansa mesmo, mas a melhor parte vem agora.

Ai havia esquecido isso. Por mais que eu quisesse estava cansada demais. Ele vem até o sofá e começa a me beijar, ele está bem animado, será impossível resistir ou mesmo negar.

DU: Calma, você está muito animadinho moço.

JL: Não tem como não ficar com uma mulher igual a você! - Ao falar isso ele começa a beijar meu pescoço.

DU: Serio Lucas, espera, vamos para o quarto.

JL: Mas a casa está vazia, só nós estamos aqui.

DU: Mesmo assim. - Dou um selinho nele. - Vamos para lá vai?!

JL: Tá bom! - Ao falar isso ele me pega no colo e sobe as escadas seguindo para nosso quarto.

Assim que chegamos lá ele me coloca delicadamente sobre cama e entre beijos fala:

JL: Nós inauguraremos esse quarto da melhor maneira possível.

O clima entre nós começa a esquentar cada vez mais, a cada beijo nosso corpo parece incendiar com maior intensidade. Estamos quase lá, Lucas já arrancou meu vestido mas ainda estou de lingerie, posso sentir seu membro. Estava quase esquecendo meu cansaço, mas sinto mais uma daquelas pontadas que havia sentido hoje cedo e, dessa vez mais forte que as outras, como não tinha contado nada para ele, resolvo parar o que estávamos prestes a fazer o empurrando para o lado.

JL: Qual foi Du?

DU: Nada...

JL: Como nada? Você não está querendo?

DU: Não é isso, eu quero, só estou... Estou meio cansada. Espera um pouquinho, vou tomar um banho e volto novinha.

JL: Tem certeza? Se não quiser não faz mal. - Eu não iria fazer isso com ele. - Você está querendo me dizer algo?

DU: Não meu amor, é serio. Deixa só eu ir tomar um banho, já volto.

JL: Tá bom então.

Ele fica deitado com a cabeça por cima dos braços, posso ver o qual excitado ele ainda está. Vou tomar um banho, preciso relaxar um pouco, o dia foi muito cheio e passei por grandes emoções, deve ser isso...

Assim que entro no banheiro sinto novamente a dor e agora ela é constante. Fico preocupada, o que será que está acontecendo? Será que está acontecendo algo com minha bebê? Essa dor não é normal.