Não uso palavras bonitas. escrita por Stherphany


Capítulo 8
Sete


Notas iniciais do capítulo

Criei uma nova personagem sem perceber e bom, me surpreendi com o que ela fez com a minha história. Espero que não estejam confusas com ela, tanto como eu fiquei :3
Boa leitura!! :)



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–Sim...Quer dizer, não do jeito que eu acho que você tá pensando. -Falei, meio confusa. -Que isso, ele é meu amigo, quase um irmão.

–Ah, sem essa, quer dizer que você nunca ficaram?! -Perguntou ela, se levantando e observando um quadro que tinha na parede. -Ah vai, vocês já se beijaram alguma vez né?! -E percebendo o meu silêncio. -Não?!

–Eu já disse, a gente é amigo, você beija seus amigos? -Pergunto pegando a vasilha de salgadinhos e a caixa de suco.

–Bom, se tivermos clima! -Ela disse, me ajudando com o suco. -Você não vai pegar copo?!

–Não, eu trouxe canudo...Eu fico com o lilás. -Falei, subindo as escadas.

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–Eu tô dizendo, ela tava muito estranha. Eu não sei o que aconteceu, mas aquilo não é ela! -Falei, escolhendo o que pegar na máquina de doces.-Ela até perguntou se nós já tínhamos nos beijado, acredita. Sem contar que ela passou horas falando mal do ex namorado dela! O ex namorado dela!

–Eu não tô entendendo, você quer dizer que ela não era assim, quando você morava lá?! -Disse Léo, enquanto abria um saco de Ruffles. -Então como ela era?

–Bom, ela gostava de nadar e de ouvir música, nós passávamos horas cantando e rindo das revistas que comprávamos.

–Vocês compravam revistas só pra rir delas?! -Perguntou Léo, sentando numa das mesas da escola, mas precisamente, na mesa secreta da solidão, que era o nome da mesa mais escondida do colégio, a NOSSA mesa.

–É, a gente ria das roupas que os famosos vestiam...E pensar que agora ela está se vestindo igualzinha à eles. -Suspirei.

–Ei garota! Ééééé...ei, garota que eu não sei o nome!

–Ân, mas você é oooo, O FILHO DA SUSY! -Disse, apontando com o indicador pra ele. -O que tá fazendo na minha escola?

–Eu estudo aqui né! -Falou. -Bom, eu tenho que te encontrar no fim da aula. Ordens da minha mãe!

–Quê, pra quê?! E desde quando eu tenho que obedecer ela?! -Perguntei.

–Desde que minha mãe irá se mudar pra casa do seu pai! -Falou o garoto, já indo embora. -Ah, e foi bem difícil encontrar vocês viu?!

–O QUÊ? POR QUE TÁ ACONTECENDO UMA COISA DESSA COMIGO? -Falei.-Léo, diz que eu tô sonhando.

–Se eu falar isso, vai uma grande mentira. -Disse Léo, tentando me consolar.

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Eu me arrependo...Me arrependo de todas as vezes que falei que minha vida era uma merda. Por que no final, sempre dá pra piorar.

Acabaram as aulas e tive que encontrar o tal garoto no portão, é difícil admitir, mas, mesmo com a farda do colégio o garoto ainda sim, tinha classe.

–Vamos. -Falei, passando pelo portão bem rápido, junto de Léo. Sei que ele precisa me seguir, para saber onde fica minha casa, mas isso não quer dizer que devemos andar lado a lado. Eu quero chegar em casa e acabar logo com isso.

– Pai! -Abri a porta com força, e entrei. -Entra Léo, a noite não vai ser tão boa assim, você vai dormir aqui!

–Sabe, eu acho que não é uma boa ideia... -Falou Léo, ainda parado na entrada. -E também, eu não acho que quero ver a cara da nossa professora depois da aula.

–Sério, que você não vai entrar?! -Perguntei ainda ofegante e cansada. -Pois nem pense em falar comigo mais viu?!

–Calma Anny, se acalma. -Disse Léo, enquanto o filho de Susy, chegava finalmente em minha casa.

–DR em plena cinco horas da tarde. É isso que me espera todos os dias a partir de hoje? -Perguntou o garoto, em tom de sarcasmo.

–Cala a boca! -Disse, cuspindo as palavras. -Se você não quer entrar, vai embora logo! -Falei, olhando pra Léo.

Léo já ia sair quando se bateu com meu pai, que havia chegado em casa. Ele pediu desculpas e foi embora.

–PAI! QUE HISTÓRIA É ESSA QUE A SUSY VAI MORAR AQUI HEIN?! -Falei, ou melhor gritei, enquanto o garoto sentava e via o começo de uma discussão quase infinita.


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Notas finais do capítulo

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