I will never forget you. escrita por Lorena


Capítulo 3
Head combustion.


Notas iniciais do capítulo

Oi! Obrigada pelos comentários!
Espero que gostem!
Beijos!



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Sou acordada com um serzinho subindo em minha cama, estranho, pois, ele não é muito de fazer isso, ainda mais essa hora da madrugada.

– O que que houve meu amor? -Questiono ainda preguiçosa

– Mamãe, posso durmi com você? - Ele pergunta choroso

– Claro, mas o que aconteceu? Teve pesadelo? - Pergunto puxando ele para meus braços. E ele apenas balança a cabeça e se aconchega em meus braços.

Tento dormir, mas sem sucesso. Acabo voltando meus pensamentos para Miguel, como ele pode escolher não viver tudo isso? Apesar de tudo que aconteceu comigo durante a gravidez e os primeiros meses de Lucca, não me arrependo por ter escolhido criar ele, todo dia é uma surpresa nova, seguida de uma emoção, meu filho é o ser que eu mais amo nesse mundo, e o fato de o ver começar a perguntar pelo pai, que por mim nunca vai conhecer, dói muito, parece que a partir do momento que o segurei pela primeira vez, senti que devia protege - ló com unhas e dentes, não vai ser aquele idiota do Miguel que vai estragar a felicidade do meu pequeno, mas não vai mesmo!

Em algum momento o sono e vence e sou acordada tempos depois com Lucca me agitando e e tentando fazer com que eu abra meus olhos.

– Vamo mamãe, acorda! -Ele fala todo empolgado e eu fico feliz por ver ele assim.

– Calma filho, ainda é cedo- Digo manhosa feito uma adolescente

– Não é não, quero brinca com meu amigo- ele fala se sentando ao meu lado

– Filho, seu amigo vai para o parque às 15:30, e ainda é..- Digo me virando para o relógio

– Meu Deus, eu dormi muito, já são 14:40! – Falo já pulando da cama.

– Viu mamãe, vamo logo - Ele fala me apressando enquanto ainda escovo meus dentes.

Acabo optando por um vestido soltinho azul, coloco meu saltinho, arrumo minha bolsa e passo uma maquiagem fraca. Fiquei quase quarenta minutos me arrumando, normalmente não demoro tanto.

Praticamente engolimos nosso almoço e tento chegar o mais rápido no parque, mas o trânsito não colabora.

Chegamos dez minutos atrasados e meu coração palpitava fortemente, mas aí vejo Lucca encostado em um poste, enlouqueci de vez. Ele estava mais lindo que ontem, estava um verdadeiro homem, vestia uma blusa branca e por cima uma jaqueta de couro. Pronto, aí ele resolve sorrir, me amoleci toda, para mim era algo incrível, ele sorrindo para mim? Ainda mais com aquele sorriso divertido e com covinha! Só podia ser um sonho! Foco, Sophia, foco. Não permita que ele mexa com você novamente.

Em um piscar de olhos meu filho lhe alcançou, Lucca o pegou no colo e o girou no alto, era lindo de se ver, ficava feliz apenas por ver meu filho feliz. Eles sorriam um para o outro de uma forma tão... familiar?

Me aproximo devagar por conta das minhas pernas bambas, será que eu não consigo ser mais discreta? Será que eu não vou crescer e parar de ser besta por conta de um homem?

– Oi, Sophia, tudo bem? - Ele pergunta sorrindo.

– Tudo e você? – Questiono e percebo que só agora voltei a respirar.

– Melhor agora- Ele fala sorrindo e mostrando aqueles dentes maravilhoso, foco Sophia, foco. Mas agora não dá mais, ele já percebeu meu olhar fixo em seu rosto, coro imediatamente pelo jeito que ele me olha.

– Ah..a... eu vou meu sentar, qualquer coisa me chama, tudo bem? - Digo abaixando o olhar e encarando meu filho.

– Tá bom mamãe- Ele fala já correndo com Lucca para a quadrinha de futebol.

Fico os observando de longe e imaginando como seria bom para meu filho ter uma figura masculina em sua vida, fico boba de ver o quanto eles se divertem e se entendem.

Um bom tempo depois Lucca se direciona para onde estou sentada. É agora, ele vai querer saber de tudo.

Para disfarçar meu nervosismo, prendo minha atenção em meu filho que está no gira- gira com os amigos.

– Será que a gente podia conversar? - Questiona Lucca se sentando ao meu lado.

– Claro- Falo em um tom mais normal o possível. Tentativa falha.

– E então, como anda sua vida? Quero dizer deve ter sido uma loucura ser mãe cedo.- Ele pergunta coçando a cabeça.

– Ah, tudo foi um turbilhão na minha vida, de um ano para cá que ela começou a entrar nos eixos, finalmente consegui voltar para meu trabalho.

– Mas e aí, você está casada? -Ele pergunta todo sem jeito o que me faz sorrir.

– Piada né? - Pergunto debochando de sua pergunta

– Porque? Acho que todas as mulheres têm sonho de formar uma família e tals. – Ele fala me encarando e perco o fôlego de novo.

– Já tive esse sonho, agora casar não é mais prioridade.- Digo meio triste

– Ah, mas e o pai dele? Não ficaram juntos? Ele nunca fala do pai. – Ele diz se atropelando nas palavras.

– Não, o Lucca nem conhece o pai, aquele covarde fugiu quando soube da minha gravidez- Falo me lembrando de Miguel e isso já me deixa brava.

– Nossa, e você lidou com tudo sozinha? - Ele pergunta surpreso

– Tive que lidar! - Falo meio ríspida, mas ele nem percebe. – Sempre tive ajuda de minhas amigas, não foi um bicho de sete cabeças como deve estar imaginando.

– Só sei que o pai dele foi um idiota de te deixar e perder a chance de conhecer ele, Lucca é tão inteligente e divertido. – Ele diz e viramos ao mesmo tempo nossas cabeças em direção a ele.

– Eu não fico chateada com o que ele perdeu, mas sim com o que Lucca sente, agora ele começa a perguntar sobre o pai, e eu nem sei o que responder!

– Deve ser complicado mesmo, mas posso te fazer uma outra pergunta? – Ele fala apreensivo

– Pode. – Digo curiosa.

– Por acaso você o nome dele tem a ver com o fato de você ter gostado de mim na escola? -Ele pergunta nervoso e eu gelo.

"Não, tem a ver com o fato de eu ainda ser completamente louca por você”- Penso

– Ah...an... Não, eu só gosto do nome - Digo nada convincente - E você ainda lembra que eu gostava de você? Que memória hein! - Digo tentando deixar o ar menos pesado.

– Você não tem noção do quanto me arrependi depois de ter saído da escola, não queria ter te tratado daquele jeito. - Ele fala e meu coração para por um instante. - Eu era um idiota na época, me desculpa? - Ele pergunta me deixando ainda mais besta

– Pelo o que exatamente? - Pergunto me fazendo de desentendida.

Flashback on: 8º ano

Estávamos no meio da sala, todos conversando e agitados pela falta do professor, porém o grupinho em que eu estava, todos estavam concentrados em uma coisa, a caneta. Que por sua vez girava no chão. Quando ela finalmente parou, apontava para mim e João, a caneta dizia que ele deveria me perguntar algo.

– Verdade ou desafio? - Ele pergunta arqueando as sobrancelhas

– Verdade- Digo até já sabendo o que vem a seguir, e como mentirosa eu sou uma ótima comediante.

– É verdade que você gosta do Lucca? - Ele me pergunta em um tom desafiador

Praticamente todos sabem disso, menos Lucca, se ele sabe ele não acredita.

– Sim - Digo o mais firme possível, tenho certeza que acabei de desfazer a pouca amizade que tínhamos.

Lucca me olha com os olhos todos confusos e eu abaixo minha cabeça, me arrependendo do que acabei de falar.

Acabo saindo da rodinha em seguida, não estava mais aguentando o olhar de Lucca sobre mim. Ao me sentar na cadeira acabo escutando algumas partes da brincadeira.

– Verdade ou desafio? - Alguém questiona

– Desafio - Identifico a fala como a de Lucca

– Te desafio a beijar Sophia - reconheço como a voz de João e gelo imediatamente

– Prefiro a toca do terror - Lucca fala e as lágrimas vem involuntariamente.

Para quem não sabe a toca do terror acontece quando a pessoa se recusa a cumprir o desafio, e então todos se unem em uma roda e enchem a pessoa de socos. Ele realmente preferiu ser socado a me beijar, o que eu tenho de errado?

Depois daquele acontecimento, decido mudar, em tudo! Me tornei um pouco mais dura, mas o que eu mais queria não era possível, era impossível eu mudar o que sentia por Lucca!

Sendo que aquele foi um dos inúmeros episódios em que me senti péssima por ele. Mas eu era tão besta por ele que nem ligava.

Flashback off:

Esse acontecimento não saia de minha cabeça, sei lá, estou me sentindo péssima por algo que aconteceu há tanto tempo, mas eu não penso em mais nada, apenas saio correndo em direção ao meu filho e o levo direto para o carro.

Deixo Lucca plantando no banco sem resposta para sua pergunta, apenas sigo para minha casa, onde talvez consiga colocar meus pensamentos em ordem e entender essa minha reação inesperada. Agi como uma adolescente mimada fugindo daquele jeito, por que, Sophia? Se toca, você já cresceu! Não existem mais razões para fugir desse jeito.


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Notas finais do capítulo

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