I will never forget you. escrita por Lorena


Capítulo 14
Father's day!


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Espero que gostem!
Postei uma one-shot, se puderem dar uma lida, deixarei o link aqui em baixo.
https://fanfiction.com.br/historia/640773/My_only_hope/
Beijos!



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Dia dos pais:
Fiquei todo esse tempo sem dar uma resposta concreta à Lucca, fiquei o tempo inteiro enrolando e dizendo que precisava de mais tempo, e em cima da hora consegui organizar tudo, estamos um pouco atrasados então saio correndo de casa com meu filho nos braços, mas sem esquecer o envelope.
Chego com ele em cima do começo de sua apresentação, ele está todo animado, decidi que a minha decisão seria um segredo só nosso então ele já tem um pai, porém o pai não sabe que já tem um filho.
Avisto Lucca em meio a multidão e consigo me sentar ao seu lado.
– Oi! -Ele fala animado, sorrindo de orelha a orelha.
– Oi, tudo bem? - Pergunto o abraçando.
– Tudo sim, e você? - Ele pergunta e eu só balanço a cabeça pois a apresentação é anunciada.
A apresentação foi linda, meu pequeno era só sorriso, cada criança abria um coração de papel com palavras que definiam os pais, e depois cantaram uma música em homenagem a todos.
– Você estava lindo, amor. - Digo o pegando no colo e o enchendo de beijos.
Lucca o pega no colo e o abraça, sinto que não importa o que eu decida, ele já o considera como filho.
Como o combinado, decidimos ir ao parque para fazer um piquenique, o envelope estava começando a pesar em minha mão, estava tão ansiosa por sua reação.
Organizamos nossos lanches e começamos a comer, era incrível como a conversa fluía bem entre nós, quem olhasse de longe afirmaria que somos uma família, não exatamente, mas algo próximo a isso irá acontecer.
Como combinamos, meu filho começa a brincar um pouco longe para que eu possa conversar a sós com Lucca.
– Precisamos conversar. - Digo tentando parecer seria.
– Eu já sei o que você vai dizer, entendo que não aceite, mas só quero que saiba que eu amo muito seu filho, é tudo que eu puder fazer por ele eu irei fazer, sendo ou não o pai dele. - Ele fala preocupado e eu acabo sorrindo.
– Isso é para você. - Falo estendendo meu braço e lhe entregando o envelope, ele me olha confuso e começa a abrir o mesmo, seus olhos passeiam pelas linhas e vejo lágrimas se instalarem em sua face. - Feliz dia dos pais, papai. - Digo e ele me olha perplexo.
– Isso é sério? Você aceitou? - Ele pergunta emocionado.
– Não diga que quer voltar atrás, foi um sacrifício conseguir tudo isso para hoje, você só precisa assinar. - Falo e ele me olha com um sorriso capaz de cobrir todo o céu.
– Nunca voltaria atrás. - Ele diz e de súbito, me beija.
Não sei o que fazer, apenas correspondo o beijo, nesse momento não penso no que é certo ou o que é errado, apenas sigo meu coração, que sempre complica minha situação.
O beijo é um tanto apaixonado? Talvez o melhor beijo que recebi, aos poucos o ar vai faltando e nós nos afastando.
– Me desculpe...eu não deveria...me desculpe mesmo. – Ele fala atordoado se afastando e eu estou fora de órbita.
– Não, tudo bem. A culpa também foi minha. – Digo abaixando a cabeça e ele a levanta com o dedo indicador.
– Melhor deixarmos isso de lado, certo? – Ele pergunta e eu assinto triste, isso era tudo que eu menos queria que acontecesse.
– Isso. – Respondo tentando colocar um sorriso na cara.
– Vou contar a novidade para Lucca. – Ele fala se levantando.
– Vai lá, vou arrumar as coisas aqui. – Digo ficando de costas para ele.
Olho de lado para trás e vejo os dois se abraçando e logo correndo para brincar de futebol, aí não tenho dúvidas de que fiz a escolha certa, não poderia ter feito escolha melhor.
Arrumo as coisas na cesta e meu pensamento fica parado no beijo que ele acabou de me dar, para falar a verdade, ele só serviu para duas coisas: Me deixar atordoada e ter certeza de que nunca terei Lucca do jeito que eu sempre quis.
Logo meu filho vem correndo em minha direção seguido por Lucca.
– Mamãe! – Ele fala animado.
– Diga, meu filho. – Falo botando um sorriso na cara.
– Posso dormir na casa do meu pai? – Ele pergunta orgulhos em dizer “Meu pai”.
– Melhor não, outro dia, tudo bem? – Questiono e ele contorce o rosto. Sim, já estou com medo de perder meu pequeno.
– Mas, mãe, ele que chamou! – Ele fala insistente e já se mostra bravo, posso com isso?
– Isso mesmo, deixa Sophia, se você quiser pode dormir lá em casa também. – Lucca fala e eu me assusto com a ideia.
– Não sei, amanhã ele tem escola e eu tenho que trabalhar, melhor deixar para o fim de semana. – Falo tentando convencer ambos.
– Eu levo ele para a escola e minha casa também fica perto do hospital, vai. – Lucca insiste e eu me dou por vencida.
– Tudo bem, mais tarde a gente passa lá. – Falo e eles comemoram. – Agora vamos, antes que eu mude de ideia. – Falo autoritária e Lucca corre para meu lado.
– Tchau, papai. – Ele fala orgulhoso e eu aceno para Lucca.
__**__
Arrumo as minhas coisas e as de Lucca em uma mochila, aviso à Lara que não será necessário que ela venha amanhã e rumo para a casa de Lucca.
O caminho inteiro meu pequeno passa animado, ansioso por poder dormir na casa do pai.
– Mamãe, você e o papai vão ficar juntos igual aos outros? – Ele pergunta e eu respiro fundo antes de responder.
– Não, nós vamos ser apenas amigos. – Falo e sua expressão muda de feliz para decepcionado
– A gente não vai morar junto? – Ele questiona.
– Não, mas sempre que você quiser ir visitar ele, vai poder. – Digo compreensiva e ele se alegra ao avistar a casa de Lucca.
Ele nos espera ansioso na fachada da casa, estaciono meu carro no meio fio da rua e abro a porta para meu pequeno, que sai animado. Pego minha pequena mala e ando em direção à entrada.
– E aí, moleque. Arrumei um quarto só para você. – Lucca fala bagunçando seu cabelo e meu filho sorri animado.
– Oi! – Falo o abraçando e um ao mesmo momento um choque toma conta de meu corpo.
– Também deixei um quarto pronto para você, vem. – Ela fala me puxando para dentro.
Bom, como nada é simples nessa casa, o quarto que vou ficar também não é. Ele tem no centro uma enorme cama king size, com quase cem travesseiros espalhados por ela, um closet enorme com entrada para um banheiro maior que minha casa!
O quarto que Lucca preparou para nosso filho – estranho falar isso- também é lindo, é o mesmo quarto que um dia pertenceu ao seu falecido filho.
Deixo os dois brincando e tiro o tempo para descansar um pouco, pois tenho que sair para trabalhas ás quatro da madrugada. Nunca dormi tão bem, quase que me afoguei em meio a tantos travesseiros e cobertores.
Acordo ás três e dez e me arrumo rapidamente, por fim dou uma olhada em meu pequeno que dorme tranquilamente em sua cama.
Desço as escadas e tomo um susto quando encontro um ser sentado no sofá, apenas encarando a lareira acessa.
– Te assustei? – Ele pergunta ainda encarando as chamas.
– Um pouco, já estava de saída. Tchau. – Digo caminhando para a porta.
– Vai sair assim, sem comer? – Ele pergunta agora me encarando.
– Não tenho fome essa hora. – Respondo rapidamente e começo a destrancar a porta. Quando o sinto atrás de mim.
– Mais uma vez, obrigado. Você conseguiu me fazer a pessoa mais feliz desse mundo. – Ele diz se aproximando cada vez mais, até que nossas respirações se juntam e eu me afasto.
– Tudo bem, agora tenho que ir, mesmo. – Digo já correndo em direção à saída. Até quando vou permitir que ele me deixe assim atordoada?


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Notas finais do capítulo

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