Addiction escrita por Nicholas Sanders, Pablo Andrez, Edward Wolff, Masmorra Solitariamente Louca, Bull Terry Doll


Capítulo 6
Robert Wolff


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, meus senhores! Aqui vos trago um novo capitulo da nossa maravilhosa(eu gosto de pensar assim, pelo menos) fanfic! Direto do forno, então, espero que apreciem!

Legenda:

Nome em Negrito: Ponto de vista que está sendo focado.
Itálico: Pensamentos/Palavras em outra lingua

BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/631157/chapter/6

Vivi e Nicholas haviam saído da biblioteca. Foi fácil ensiná-lo as palavras, ele era rápido, e inteligente. Ficaram bastante tempo lá, embora, mas foram divertidos do ponto de vista dela. Nicholas era uma pessoa divertida. Ele é meu amigo, pensou.

— Então... Ah, está mais fácil para você ler agora?

— Creio que sim, madame. — ele parecia honesto. — Embora x... Z... Uh...

— Você se acostuma. — riu. — Ei... — Ela disse, com um sorrisinho. — Não estou me sentindo muito bem, acho que vou para o dormitório. — Bocejou.

— Vou te acompanhar. — ofereceu Nicholas, os olhos dele piscaram com uma emoção indecifrável e ele manteve o sorriso.

— Não precisa. — Seu tom era suave. — Não é como se eu fosse desmaiar e alguém acabar tropeçando em mim, certo?

— Bem, nós nunca podemos ser cuidadosos demais. — Ele explicou, levantando também.

— N... Não precisa se incomodar comigo... — Ela disse insegura. — Eu vou ficar bem, Nicholas.

— Nah. Eu vou. — Ele riu. — Além do mais, eu não falo com ninguém além da madame e do Pablo e eu realmente não quero ficar todo emo em algum canto aleatório, minha senhora.

Ele encolheu os ombros, guardando os livros na mochila.

— Acontece que... — Ela suspirou, cansada. — Ver os meus irmãos não foi muito legal... Acho que eu preciso ficar sozinha... Só dessa vez, pode ser? — Ela deu um sorriso a ele.

Nicholas inclinou a cabeça e sorriu tristemente.

— Estarei na torre norte se precisar de mim, minha senhora. — Ele disse. — É só gritar meu nome.

Então ele saiu rapidamente.

Vivi suspirou um tanto triste. Acho que devia ter deixado ele me acompanhar, pensou. Então, foi andando pelos corredores, a caminho da torre da Grifinória. O castelo estava movimentado como de costume... Infelizmente, ela logo chegou num corredor vazio. Ele parecia até um pouco sombrio.

— Ah...

Então, de repente, alguém a segurou pelo pulso. Doeu. Essa pessoa estava segurando forte.

— Solte-me! Está doendo!

— Desculpe pelo susto. — Uma voz terrivelmente familiar soou. Felizmente, ele soltou seu pulso. — não queria que você ficasse com medo de mim. Podemos conversar um pouco? O que tenho a dizer é muito importante.

— N... Não. — Ela se afastou, dando dois passos para trás.

Era ele. Robert Wolff. Ela tremeu um pouco. Nunca gostou muito dele. Nem quando eram crianças, o quando ele apareceu no corredor quando ela estava indo para a primeira aula de Transfiguração.

— Calma, por que tem medo de mim? Eu não sou o tipo de pessoa que te faria algum mal. Eu realmente estou aqui por que estou preocupado com você.

Ela deu mais alguns passos para trás, esbarrando contra a parede.

— O q... Que quer?

— Vi, eu gosto muito de você, e a sua segurança é a minha prioridade. Mike me disse que você se tornou amiga do Sanders, isso é verdade?

Ela olhou um tanto desconfiada para ele.

— Algum problema com isso?

Robert colocou a mão na cabeça como se o que ela tivesse dito fosse algo realmente grave.

— Não seja infantil... O que você pensa que está fazendo? Ele é um traidor do sangue, minha família é uma das poucas que conhece a verdade. Vi, por favor, enxergue os fatos, os Cobbens mataram os Sanders, você acha que esse garoto iria querer algum tipo de amizade com você? Por favor, não caia nessa cilada. Ele apenas está te usando para ferir o orgulho dos Cobbens, ele está te usando por vingança.

— Confio mais nele do que em você. — Ela falou, com veneno. — Eu não gosto de você. — Depois, deu um meio sorriso.

Então, espremeu-se, como se quisesse atravessar a parede do corredor. Não queria ficar ali, realmente.

— Ele pode enganar a você, que ainda é uma criança inocente, mas a mim ele não engana. Se você mantiver essa amizade eu terei que mata-lo. — O olhar do garoto era frio e determinado — Não permitirei que ele continue usando você.

Ela arregalou os olhos.

— T... Tente! — Depois, apontou a varinha para ele. — Eu nunca irei te perdoar. Nunca. Nunca!

— Ooooh... — a voz de Nicholas veio ironica, atrás do garoto malcriado. Ele estava encostado em uma das pilastras do corredor. — Você vai ter que me matar? — os olhos de Nicholas brilharam um azul-frio.

Quando percebeu a presença de Nicholas, o coração dela disparou. Droga, droga, droga.

— Sanders, me poupou o trabalho de ter que procurá-lo! Quem você pensa que é para usar a Vi? Eu não irei permitir que você continue fazendo esse tipo de coisa.

— "Usar" a Cobbens... — Nicholas riu. — Você é hilário. Já pensou em fazer stand-up? — provocou, sorrindo. Caminhou na direção deles.

— Não... Não... — Ela gemia. — Nicholas, não o provoque... — Sussurrou.

Nicholas ergueu a sobrancelha e piscou, fazendo um grande show com uma curvatura zombeteira.

— Acredito que ainda não fomos apresentados formalmente. Sou Nicholas Sanders, embora eu suponha que você já saiba disso.

— Sou Robert Wolff, é um prazer conhecer o tesouro dos Sanders! — Ele sorriu ironicamente — Pensei que sua raça já tivesse sido obliterada há muito tempo, mas infelizmente restou você. E agora ousa brincar com alguém importante para mim. Você tem sorte que sou uma pessoa muito legal, e vou te dar uma chance. Esqueça a Vivi e você poderá continuar com essa vida patética.

Nicholas olhou para ele, por um segundo antes que ele não pudesse mais controlar.

Ele riu. Um riso de gargalhar mesmo. Dobrou-se, com dificuldade para respirar, limpando lágrimas imaginarias dos olhos.

— Não me faça rir, garotinho. — ele riu, divertido. — Eu tenho sorte que você é uma pessoa muito legal? Eu posso continuar com minha vida patética...? — ele riu.

Aquilo era simplesmente muito divertido.

— Você acha que eu me importo com o que você diz? Suas palavras e ameaças vazias? — ele se aproximou. Era um tanto mais baixo que Robert, mas isso não pareceu importar, realmente. Riu novamente.

Robert suspirou incomodado.

— É por isso que odeio crianças! Por favor, amiguinho, é feio usar as pessoas por vingança, como você perdeu os pais muito cedo talvez seja burro o suficiente para não conhecer essa lição, porém o Tio Robert vai ensiná-la a você. — Ele colocou a mão na cabeça do loiro. — Nicholas meu querido, jamais desafie alguém mais forte que você! — Ele sorriu — E não olhe feio para as pessoas, isso pode incomodar bastante. Agora faça um favor para nós dois, esqueça a Vivi e você poderá ter uma vida tranqüila em Hogwarts, estamos aqui para estudar e não para arrumar encrenca.

— Não toque nele. — Disse Vivi, com olhos gélidos. Depois, aproximaram-se alguns passos dele. — Não toque.

Depois, ela pegou a varinha e apontou para ele, as mãos, incrivelmente, não tremiam.

— Olha só! Uma heroína! Vai lá queridinha, use um feitiço em mim. O que um novato no primeiro ano sabe sobre magia? — Ele fez uma pausa.

Nicholas riu, novamente, mas dessa vez um pouco aborrecido. Sem se importar muito, ele colocou a mão sobre o braço de Robert.

Com um movimento rápido, ele passou o pé atrás de Robbie, derrubando o menino mais velho e prendendo os dois braços dele atrás das costas.

— Cobbens, por favor. Nós nem aprendemos o Wingardium Leviosa ainda, senhora. — Nicholas riu, segurando os braços do garoto no aperto de um lobisomem.

— Quem disse que eu iria usar um feitiço com ela? — Vivi bufou. — Seja o herói, então, garotão.

— A senhora sempre poderia usar isso para furar o olho dele. — sugeriu Nicholas, alegremente.

— Okay, certo. Esse método trouxa é novo para mim. Não pensei que você usaria essa forma de combate. Eu entendi! Agora me solte! Vamos resolver isso de uma forma verbal. — Disse o garoto em meio à dor que sentia pelo aperto de Nicholas.

— Ah... Não, desculpe. — Nicholas disse, sorrindo. — Desculpe mesmo, sabe. Mas eu fui criado no mundo trouxa. Apesar de tudo, acho que posso mudar um pouco para mágica... — ele segurou os braços dele com uma mão e puxou a varinha com a outra. Usando a mesma técnica que usou para transfigurar a agulha, ele transfigurou as mangas dele para ficarem juntas. Não era costura, então não era fácil de romper. Ele teria que achar alguém e pedir para cortar com uma faca ou um feitiço de corte.

Vivi tossiu. Ele aprendeu fácil, até.

— Isso é por me chamar de criança! — Nicholas resmungou, agora que o garoto já estava preso, soltando-o. — Vá se ferrar, eu não sou tão mais novo assim!

— Está vendo Vivi! É esse o tipo de amizade que você faz? Por favor, não faça o meu esforço ser em vão, pelo uma vez nessa sua vidinha faça o que é correto! Não seja amiga da pessoa errada!

— Wow, ele acabou de sugerir que a senhora não faz nada certo. — apontou Nicholas, desnecessariamente. — Isso é babaquice.

Vivi sorriu para o garoto mais velho, depois se agachou.

— Eu gosto dele. E ele não vai me fazer mal. — Ela tentou ser o mais gentil possível. — Então, não conte nada para aquelas pessoas, certo?

— Essa é a sua escolha? Tudo bem, não irei mais tentar te proteger, eu prometi a eles que faria você acordar, mas pelo visto não consegui. Porém vou te dar um conselho, a minha falha trará mais conseqüência para vocês do que pra mim.

A garota pegou a varinha dela e espetou o pescoço dele com força. Muita força.

— Que só traga para mim, então. — Ela disse com um sorriso assustador. — Eu sou boa em acertar pontos mortais das pessoas, mesmo.

— Essa é a minha garota. — Nicholas brincou alegre. — Já disse como você é incrível? — riu. — Bem, vamos antes que Momma Pablo venha procurar.

Ela deu um sorrisinho inocente para ele. Depois, olhou para Nicholas.

— Não precisa dizer que eu sou. — Piscou. — Sim, vamos.

— Que seja... Esse foi o caminho que você escolheu... — Logo a tristeza dar lugar ao ódio, por ser humilhado quando apenas tentou ajudar.

Eles o ignoraram.

— Será que tem bacon hoje? — Nicholas perguntou como eles saiam.

Nicholas se sentiu um pouco mal, quanto às emoções de Robert. Em algum ponto, parecia uma raiva controladora tinha aparecido nele, antes àquela calma que debochou de tudo. Além do mais...

Nicholas não gostou nem um pouco das implicações daquelas emoções.

000000000

Robert não conseguia acreditar naquilo, ele fora derrotado por dois alunos do primeiro ano que nem ao menos conseguiam conjurar feitiços! Como ele iria encarar seus amigos da Sonserina agora? O garoto sabia que ele estava destinado a sofrer o peso daquela derrota durante todos os dias em Hogwarts, os Sonserinos nunca iriam se esquecer do nome do jovem que perdeu para dois novatos.

Humilhado e derrotado, Robert levantou-se do chão, as mãos ainda presas pela transfiguração usada por Nicholas o faziam parecer mais idiota, de uma coisa ele tinha certeza, aquele ato custaria muito caro para os dois. Eles começaram uma guerra que não tinham condições de vencer.

O garoto caminhou o mais depressa possível até o salão comunal da Sonserina. Quanto menos pessoas o vissem passando por aquela situação ridícula melhor, porém ele sabia que era um esforço inútil. Logo os boatos que ele passara correndo com as mãos amarradas iriam se espalhar pela escola e sua vida de popularidade iria acabar. Assim que chegou ao salão, muitas pessoas começaram a cochichar aquilo estava o incomodando, mas ele não podia fazer nada, Robert apenas caminhou até onde Mike estava e não disse nada, a sua expressão já estava falando por ele.

Mike deu um sorriso um tanto irônico enquanto Robert se aproximava dele.

— Uou, alguém amarrou suas mãos. — Ele riu. — Quer uma ajudinha?

— O que você acha? — Ele virou de costas para Mike, para que o garoto pudesse cortar as mangas que o prendiam.

— Calminha. — Ele disse, com um rápido Diffinto para cortar as mangas. — Esse, portanto, é um feitiço simples. Quem fez em você?

— O Sanders. A sua irmã me distraiu para que ele pudesse usar um método de combate trouxa me fazendo cair. Então ele fez essa transfiguração para que eu não pudesse pegar a varinha. Sua irmã é uma traidora agora, ela ajudou um traidor, e ainda me feriu — Ele mostrou o pescoço machucado. — Espere só até o meu pai ficar sabendo disso!

— Pronto. — Ele acabou cortar. — Oh, é mesmo? Você perdeu para o primeiro ano? — Ele riu, depois, olhou o machucado. — Minha irmãzinha é um pouco perigosa, às vezes, é só você usar a força que tudo se resolve. — Ele disse, depois deu um leve empurrão nele. — É o seu papai vai ficar bravo.

— Isso não vai ficar assim Mike, venha comigo, vamos dar um jeito naqueles dois! Eu e você damos conta de dois babacas. O que aquele Sanders fez foi um golpe de sorte, mas ainda assim conseguiu me humilhar. Agora é a nossa vez de dar o troco.

Mike suspirou, mexendo as mãos.

— E o que você gostaria de fazer com eles?

— Apenas disciplinar! A Vivi manchou a imagem da família Cobbens quando se uniu a um Sanders, eu tentei ajudá-la e ela também me traiu. Você não está sentindo ódio por tudo que ela está fazendo? Ela precisa se disciplinada. E o Sanders precisa aprender onde é o lugar dele.

Ele abanou o ar com a mão.

— Não me incomodo de te ajudar com isso. — Deu um meio sorriso. — E já estou acostumado com essas coisas da minha irmã. — disse, pensando. — Mas não é como se não fosse uma surpresa ela ser amiga do Sanders. Então... — Ele o fitou. — Como planeja discipliná-la? E como planeja dar uma lição no Sanders?

— Como você me disse assim que eu cheguei, usando a força! — Ele sorriu — Não é assim que sua irmãzinha aprende as coisas? Já o Sanders será diferente, vamos humilhá-lo na frente de toda a escola, assim como ele fez comigo. Ainda não pensei como fazer ou o que fazer por isso para esse plano vou precisar que você convença a Sophie. Ela sempre foi à melhor quando o assunto é humilhar as pessoas.

Ele deu um sorriso um tanto tenebroso.

— Claro, acho que ela ficaria lisonjeada de ajudar. — Riu. — Claro, claro. Afinal, ela é a temida Sophie Cobbens I.

— Okay, conto com você. Agora irei até o meu quarto para escrever uma carta ao meu pai relatando o acontecimento. Eu não vou perdoar a sua irmã depois do que ela fez, sinto muito, mas se depender de mim ela vai aprender a lição de respeito que ela tanto precisa. — Assim que terminou de falar o Robert se dirigiu ao seu quarto.

Malditos sejam eles. Eu vou mostrar, para todos, todos eles. Ninguém meche com Robert Wolff e sai sem receber a devida punição!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se o senhor ou a senhora gostou... Deixe seu comentário! Adoramos ouvir suas opiniões! Se não gostou, coloque sua critica! É sempre bom saber como melhorar, não acham, senhores?

Próximo capitulo: 31/07