Addiction escrita por Nicholas Sanders, Pablo Andrez, Edward Wolff, Masmorra Solitariamente Louca, Bull Terry Doll


Capítulo 2
No Trem


Notas iniciais do capítulo

Hehe! Olá galera! Eu gostaria de dizer que estou muito feliz! Tivemos um comentario, 4 acompanhamentos, um favorito e 89 visualizações, nesses ultimos dias!
Especiais agradecimentos a Blue Black! Ela deixou o comentario da fanfic e me fez ter vontade de me esforçar demais para deixar esse bem feito! Obrigada mesmo!
Legenda:
Nome em Negrito - Pessoa que o foco narrativo está
Itálico - Pensamentos


Boa Leitura~~



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−Não se esqueçam de mandar cartas... E se eu receber uma reclamação de vocês... −Remus ameaçou.

Após o incidente na loja de Olivaras, Nicholas havia ficado de castigo. Ele achou injusto - não é como se ele tivesse começado tudo - mas ok. Infelizmente, Remus já o via como um encrenqueiro.

Que talvez eu seja ele acrescentou em pensamentos, rindo.

−Eu sou incrivelmente bem comportado, Senhor Lupin. Não há com o que se preocupar. –O loiro não conseguiu resistir a brincar.

O lobisomem mais velho encarou o menino loiro, antes de se virar para Edward. O pequeno moreno parecia estar prestes a cair no choro, realmente. Ele abraçou Remus.

−Vou sentir saudades! Ah, se o Leon fizer muita bagunça pode botar ele de castigo!

−Eu vou.

−Tchau... −disse Edward com voz de choro.

Ah... Provavelmente não quer sair de perto de Leon ou Remus, ou pelo menos foi o que Nicholas podia entender. Ele realmente não entendeu esse apego tão forte, de uma forma geral, então encolheu os ombros.

Ambos entraram no Expresso Hogwarts. O loiro entre eles tomou um tempo para analisar tudo ao redor, tomando nota do aspecto antigo das paredes estofadas e do cheiro irresistível de excitação infantil... E da tristeza do moreno ao lado dele.

−Por aqui. −Nicholas apontou, decidindo deixar o irmão com seus próprios problemas. −Tome cuidado, não se perca. Tem um compartimento vazio... Aqui. −Ele abriu a porta, encontrando um compartimento que cheirava a vazio já no fim do trem. −Sorte. Deve ser um dos últimos.

Edward não respondeu, o garoto encarou Nicholas com os olhos cheio de lagrimas.

−Eh... Edward? O que foi? −Nicholas franziu a testa. Ele não vai começar a chorar vai? Eu não sou bom com crianças chorando...

−Nada, apenas estou feliz. Não se preocupe comigo, eu estou bem.

Mentira.

Mas o moreno secava lagrimas enquanto falava então Nicholas inclinou a cabeça para o lado. As palavras “eu estou bem” sempre significavam, “alguém me ajude, por favor,” para ele.

−Você sabe que vamos ver o Remus... E o Leon quando voltarmos pra casa, em Dezembro, não sabe? −ele se sentou. −Não precisa chorar. Heróis não são chorões.

−Eu não estava chorando! Eu só... –Ele foi cortado pela entrada de alguém.

Uma garota entrou. Ah, Vivi. Ela sentou-se rapidamente numa dos assentos, era um pouco obvio que ela não tinha percebi do os outros dois ocupantes do compartimento. Nicholas quase riu da ironia. Ela o havia chamado de cego? E esse cheiro... Ela estava... Nervosa?

Era um nervoso meio assustado, Nicholas decidiu. Seus olhos brilharam como uma criança que o Natal chegou mais cedo.

Oh... É um ótimo quebra cabeças. O loiro pensou. Vamos lá decifrá-lo, então.

−Eh... Normalmente, é um costume pedir licença, você sabe. −Nicholas riu.

−Oi! Você é a garota brava! Meu nome é Edward, eu esqueci o seu nome, como você se chama mesmo?

Ela olhou para os dois, de cara fechada.

−Eu não ligo Sanders. E não te interessa Wolff.

−Ora, alguém parece ter acordado de mau humor. O que, seu café não estava morno o suficiente, essa manha? −retrucou Nicholas, ainda sorrindo.

−E a sua ração, estava boa? – replicou ela. Estava tentando fazer Nicholas aborrecido? O sorriso do menino loiro se alargou.

−Maravilhosa. −concordou, prontamente.

−Oh, então fique comportado.

Ela se encolheu um pouco. Nicholas quase podia ler seus pensamentos, pelo jeito que ela se movia. Esse garoto nunca se abala? Ele tamborilou os dedos na perna, com diversão.

−Estarei em meu melhor comportamento, madame. –O loiro riu, colocando as mãos nos bolsos para parar o mal habito.

Aparentemente nunca.

−Ótimo.

Ela batia os pés freneticamente no chão. O cheiro dela agora era de adrenalina, misturado com o medo. Seus batimentos cardíacos também tinham se acelerado. Subitamente, uma parte do quebra cabeça de encaixou.

−Oh... −Nicholas murmurou. −Edward, poderia fechar a cortina, por favor?

O irmão levantou e fez o que Nicholas pediu sem questionar, alegremente.

Cobbens deu uma leve olhada para ele, um pouco irritada, embora ele pudesse ver a gratidão escondida. Nicholas ergueu a sobrancelha.

−Achei ter ouvido alguém que... Eu não gostaria de encontrar. −mentiu ele, com um sorriso. Aquele cheiro de preocupação vindo da garota o preocupava... Assim como o de impaciência passando na frente da porta agora.

O odor das duas era muito parecido.

Não era difícil concluir que Cobbens tinha fugido de alguém, muito possivelmente um parente dela... E estava sendo procurada.

Estranho, o loiro pensou. Mas eu posso jogar esse jogo.

−Você é estranho. −disse ela, olhando para Nicholas.

−Você é fácil de ler.

−Nem tanto. −Ela olhou para a janela, que estava fechada. −Nem tanto. −Repetiu.

Você deseja Madame.

−Talvez. −Ele concordou, era sempre melhor concordar se você queria alguém mais disposto a dar informações. −Você poderia estar enganado minha leitura para me levar para um lugar e me matar em um beco. −Ele riu da idéia.

−Poderia, não duvide de mim. −Ela sorriu. −Mas tenho pena de matar pobres cachorrinhos moradores de rua.

−Deixei de ser morador de rua há um ano, muito obrigado. −apontou, sem drama.

−Problema o seu. −Ela disse um tanto atordoada. Nicholas por um segundo se perguntou se ela achava que ele devia estar com raiva de alguma coisa.

Talvez da morte dos meus pais? Ele ponderou sobre isso, um segundo, antes de encolher os ombros para si mesmo. Era provável, mas ele não tinha peças o suficiente para trabalhar corretamente nesse fato.

−Ei! Por que você tem raiva do Nicholas? O que ele te fez? −Edward parecia um pouco aborrecido. Isso é raro, Nicholas pensou, rindo.

−Ela não está com raiva de mim. −Tentou acalmar o irmão. −Embora, ela quer.

−Calem a boca. –Opa, alguém está irritada. –E... Eu tenho raiva sim.

−Viu Eddie? Você a irritou. −O loiro disse, brincando.

−Desculpa, eu não queria te deixar irritada, só perguntei por curiosidade.

−Sim, sim. Se desculpe com a dama. É educado. −Nicholas não pode resistir a provocar.

Ela olhou para ele, com um sorriso irônico.

−Você deveria voltar para as ruas.

−Talvez. Mas é mais divertido brincar com a senhora. Eu tenho menos chance de levar um tiro, ou ser esfaqueado por retrucar. −Ele disse, alegremente. Sua boca tremeu de riso.

−Tiro... –sussurrou a menina, estremecendo. Era baixo o suficiente para Nicholas ter que se esforçar para ouvir. Outra peça foi adicionada ao quebra-cabeça que ele montava de Vivi Cobbens. Como uma puro-sangue sabia sobre tiros?

−Tiro? Que magia é essa?

−Ah, é. −Nicholas inclinou a cabeça para o lado, olhando para o irmão. −Você é estranho. Tiro é o nome do que uma arma trouxa faz. Como uma varinha. Ele dispara um negócio de ferro na direção de uma pessoa em alta velocidade. Antes que pergunte, machuca. Muito. Muitos ladrões e gente do mal usam. −Ele sorriu, ironicamente. Ele já tinha usado, algumas vezes.

−Ela é... Assustadora. −disse Cobbens, baixinho.

−Oh, bem, só nunca use uma, ok, Edward? −Nicholas ficou sério. Ele tinha certeza que o menino menor nunca pensaria nisso, mas era sempre melhor prevenir que remediar.

−Eu nunca usaria um método como esse, eu não sou um vilão Nicholas! E também não gosto de machucar as pessoas.

O sorriso de Nicholas pareceu ficar um pouco sombrio.

−Continue assim. –Sempre. –O mais inocente possível. −murmurou para si mesmo.

Um cheiro ansioso tinha chegado ao corredor. Nicholas virou sua atenção para ele, uma vez que ele parecia ter acabado com a discussão de Cobbens. Ele acompanhou o cheiro mentalmente, até a porta do seu compartimento. Um toque ansioso na porta despertou varias reações, simultaneamente.

Cobbens quase pulou de seu assento, com um cheiro insuportável de susto. Edward parecia alegremente surpreso. E ele mesmo se sentiu divertido, se um pouco desconfiado.

−Hum, com licença, tem muita gente neste compartimento? –a voz do lado de fora era tremula. Oh, ele não pode ver pela cortina. Nicholas notou, sorrindo um pouco. Pelo menos esse aqui é educado de perguntar.

Antes que Nicholas pudesse reagir, para averiguar a situação ou concluir que a pessoa do lado de fora era um ponto seguro, Edward levantou e abriu a porta.

−Oi! Pode entrar! Temos vários lugares ainda!

O garoto era realmente um tanto estranho. Ele tinha uma pele escura. Não exatamente negro embora. Americano? Com um cabelo claro. Um loiro queimado, mas claro. Seu sorriso era brilhante apesar de ansioso. Ele também parecia mais velho, em torno de 12 ou 13 anos, mas suas roupas eram pretas, como as dos primeiros anos. Não tinha sido selecionado? Provavelmente doente demais para ir à escola. Nicholas tinha notado a aparência um pouco frágil, geralmente de quem tinha acabado de sair de uma doença quase terminal.

Mas tudo isso era apenas detalhes, comparados com a real estranheza da pessoa. Nicholas se sentiu um tanto desconfortável, com os olhos do menino.

Os olhos mais cor-de-rosa que Nicholas já tinha visto na vida dele. Como infernos aquilo podia ser natural? Talvez um feitiço? O menino era uma criatura mágica? Sua mente rodopiou nas hipóteses. Tudo em apenas um segundo.

−Obrigado! Puxa por um momento jurava que eu teria que ficar fazendo companhia para a tia dos doces.

Ele entrou e se sentou em um dos assentos livres, sorrindo gentilmente. Desde que ele não parecia que ia causar nenhum dano, o loiro menor voltou sua atenção para a reação de Edward, que o estava incomodando.

Suspirou. Enquanto ele não achava que era particularmente perigoso alguém dentro do trem, ele realmente preferia que Edward tivesse verificado. Não se podia confiar tão facilmente.

Cobbens parecia encolhida, Nicholas tomou nota. Ela parecia mais aliviada depois que viu que era um menino, também. Ela definitivamente não queria ser encontrada por alguém.

−Bem, olá! Meu nome é Pablo Andrez, obrigado por me deixarem entrar. –Ele disse, olhando para Edward aliviado. –E vocês são?

−Nicholas.

−Meu nome é Edward Wolff, e sou um herói! Qualquer problema que acontecer com você pode falar comigo e prometo que irei ajudar! –Edward fechou a porta.

−V-Vivi Cobbens III. − A menina não olhava para Pablo, parecendo incomodada. Talvez ela não gostasse de lugares com muitas pessoas? Explicaria a sensação de sufocamento que Nicholas podia sentir emanando dela.

Pablo deu uma risada baixa e sorriu calorosamente, especialmente para Edward, que tinha sido o mais aberto dos três em sua resposta.

−Pode ter certeza então, pequeno herói, muito prazer conhecer Nicholas e... Vivi. –Ele hesitou nervosamente por um segundo, mas voltou num sorriso bem alegre.

Houve um curto silencio porque, bem, ninguém sabia muito que dizer. Edward também tinha começado a parecer sonolento...

−Vocês são da Inglaterra mesmo? –Pablo quebrou o silêncio, desconfortável.

Nicholas sorriu insolente para ele, com essa pergunta.

−Bem, acho que sim. -Ele riu. Ele era confundido muitas vezes com um alemão. Então, essa pergunta sempre pareceu muito engraçada.

−Talvez. –Cobbens continuava evitando o olhar de Pablo, nervosamente.

Pablo ergueu a sobrancelha com a reação da garota, mas apenas deu de ombros olhando Edward, que parecia quase estar caindo no sono agora.

−Bem... −Nicholas cantarolou brevemente. -Eu não reconheço seu sotaque. Da onde você é Andrez?

−Bem eu não sou da Europa, eu sou na verdade da America. –Bingo.

Pablo coçou a cabeça rindo um pouco sem graça, antes de continuar.

−É difícil tirar o sotaque da terra natal já que eu não nasci exatamente sabendo inglês.

−Hm... Oh, bem. Pensando nisso, você tem um sotaque um pouco espanhol. −Nicholas inclinou a cabeça para o lado. Isso eliminava a America do Norte quase completamente. Havia o México, mas ele realmente achava que o Castelhano tinha um tom um pouco diferente. −Conheci algumas pessoas assim. −O sorriso dele parecia um pouco gélido agora.

Não é como se tivessem sido bons encontros, realmente.

−Bem... Sim minha língua-mãe é o espanhol mesmo. −Ele deu um sorriso leve encarando-o, desconfortável.

−É, bem, interessante. −O outro loiro encolheu os ombros. −Mas é bem longe. Dá muita saudade de casa, ou algo assim? −Ele realmente só queria se mantiver falando. Ficar em silêncio no mesmo ambiente que Edward nunca era bom.

−Não taaanto assim, eu vejo meus parentes de duas a quatro vezes ao ano. Sem dizer que minha amiga também vem para Hogwarts, então eu tenho uma memória bem viva de lá.

Pablo riu.

−Hm... É, acho que é bom conhecer pessoas que já estudam lá. Quero dizer, dizem que o castelo é enorme e você se perde muito fácil. –Nicholas sentiu seu sorriso se alagar. Ele adorava lugares grandes para explorar. −De qualquer forma, se você tem uma amiga, porque você estava procurando compartimento? −Ele franziu a testa curioso. Não fazia sentido.

−Ah, a gente acabou se perdendo no caminho e ela acabou perdendo o trem. –Pablo riu, obviamente relembrando a cena.

Nicholas ergueu a sobrancelha, inclinando-se por informações. Se essa menina já tinha ido para Hogwarts, e pelo que ele tinha dito, já tinha ido... Como ela não sabia como pegar o trem? Talvez tivesse feito algum tipo de aparatação, ou chave portal internacional?

−Meio que a gente se separou para ver se a gente achava o trem, tanto que a gente até perguntou para um... Como vocês os chamam? Ah sim trouxas, haha o cara olhou incrédulo para gente como se fossemos loucos, ele até ameaçou chamar a policia achando que a gente tava assaltando o trem ou algo assim, acho que isso foi um tanto xenofóbico da parte dele, mas... −Ele deu de ombros. −Eu acabei achando primeiro e meio que em cima de hora, e já que eu não a achei aqui, acho que ela perdeu o trem.

− Você é idiota em perguntar aos trouxas. – A única menina do grupo falou baixinho.

−Não deram exatamente informação de "Você tem de passar por uma parede que você pode ou não dar de cara com ela se for à errada!”−Pablo imitou com uma voz engraçada, ficando um tanto emburrado com o pensamento.

Nicholas, no entanto estava olhando incomodado. Ele geralmente se considerava muito bom com as palavras, por que... Bem, ele conhecia um monte. Fazia questão. Mas o menino mais velho tinha tido uma que ele não conhecia e isso incomodou.

−O que no inferno significa xenofóbico? −ele estava confuso.

−Bem, xenofóbico significa fobia de estrangeiros, medo ou raiva de estrangeiros, e como a gente tem nosso sotaque espanhol e meio que já pela aparência, o cara provavelmente encarou a gente como bandidos mexicanos ou sei lá.

Bem, isso definitivamente risca México da lista de onde ele pode ser.

−Oh. −Nicholas inclinou a cabeça. −Entendi. Péssimo sentimento. Peço perdão pela má experiência aqui. A grande maioria não deve ser assim, creio eu. −Ele riu, coçando atrás da cabeça, um pouco mais simpático. Ele sabia bem como era aquilo, de certa forma.

Pessoas não gostam muito de mendigos, afinal.

Nicholas virou os olhos para a janela, sorrindo para si mesmo. Um sorriso era sempre a melhor mentira. As pessoas simplesmente não conseguiam ver através.

Não conseguiam ver o terror de uma criança no fundo de seus olhos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se gostarem, deixem um comentário! Para ajudar agente a ter vontade de escrever mais sabe?

Obrigado por ler até aqui e até o próximo capitulo!