Tenshi no Tatakai, não Há apenas Um escrita por Anita


Capítulo 6
A Fundo




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Tenshi no Tatakai § 6- A Fundo

Notas Iniciais:

Sim! Tenshi no Tatakai 6 tá aí quentinho pra v6!!! Ahahaha *rima forçada* mandem mail pra mim: anita_fiction@yahoo.com se quiserem logo o cap 7 (que só deve sair em setembro devido aos vestibas)

Olho Azul Apresenta:

Tenshi no Tatakai,

Não Há Apenas Um

 

Capítulo 6 –  A Fundo

   O quarto ainda estava escuro. Um tique-taque de relógio se encarregava do único som que alguém poderia ouvir ali. Mas aquela garota, deitada na cama de solteiro com uma coberta rosa, podia ouvir mais coisas.

 

  Muitas delas se sobrepondo umas às outras. Uma lembrança e outra e outra. Estava tão confuso que a fazia se perguntar se poderia ser imaginação. Naquele breu, naquele silêncio de cemitério, naquele momento... Ela queria que fossem falsas.

 

  Mais Fahel, seu anjo da guarda, tinha razão. Michael havia agido estranho dois dias antes.

 

  Não só sua intuição nunca falhava, mas como também seus comentários fora do comum não se encaixavam.

 

  Como ele também conhecia o apartamento 49? E não fora coincidência, pois também mencionara a senhora e seu finado cônjuge.

 

  E a senhora morrera.

 

  Quando ouvira aquilo, no meio da rua, naquela televisão, tivera vontade de se ajoelhar e de se entregar. Como e por que ela morrera? Fora tão gentil... E Beatrice nem ficara para o chá.

 

  Logo amanheceria e teria que ir para a escola. Encarar Michael seria uma árdua empreitada.

 

  Ele era o assassino? Por quê?

 

  Em quem confiar a partir dali? Afinal, se precisasse de Michael confiaria nele sem hesitar nem por um segundo. Mas...

 

  Mas ele era o assassino, não era?

 

  Um raio e mais outro e mais outro se refletiam no espelho do quarto. Anunciavam o raiar de um dia que seguia uma noite mal dormida. Mais uma... A febre preocupara Nana. A moça cuidou dela a tarde inteira e só saíra do quarto após Beatrice lhe prometer que dormiria.

 

  Andava mentindo muito...

 

-Eu não gosto disso...-disse para si mesma. Ainda acreditava que aquilo logo acabaria. Que, como sempre, tudo acabaria bem.

“Sinto muito, Beatrice; eu não posso fazer nada...”

 

  Fahel... O início de seus problemas.

 

  Mas o anjo estava sempre lá por ela até ali, não? Algo em uns poucos comentários dele a fazia pensar que muitas daquelas ajudas o estavam custando caro. Principalmente quando virara humano.

 

  Uma vez, ele mesmo dissera que não era uma coisa tão concebível assim, como a ficção mostrava.

 

  E por que ele fazia aquilo? Seria o dever de ser Filha de Deus tão importante assim? Algo como decidir o destino do mundo?

 

“Eu sinto muito, Bia...” ele continuava a sussurrar em seu coração, “Eu queria poder fazer de tudo pra você. Mas não posso. Há coisas que nem te contar me é permitido”.

-Talvez eu nem queira saber, por mais curiosa que esteja. Eu estou com medo! Não consigo imaginar Michael um assassino. Mas ele foi o último a ver a senhora.

“Não creio que ele seja o assassino. A senhora era má, Beatrice. Se ele também o é, não a mataria. A menos que seja de alguma facção rival. Mas não sei muito disso. Os demônios são bem discretos quanto a essas coisas. Eles se eliminam silenciosamente”.

-Ainda acha que a senhora era do mal? Por quê!?

“Tenho certeza, não são todas as que têm uma coisa daquelas em suas casas”.

-Sei lá... Nem deixariam tão em evidência, não é?

“É só um pressentimento. Mas esse Michael falou coisas estranhas, não é?”

-Eu vou à missa hoje. Padre Julius pode me aconselhar.

“Vai contar a ele? Isso significará envolvê-lo e até pô-lo em perigo... Eu sinto muito, Beatrice...” a “voz” de Fahel era melancólica. Ele parecia muito arrependido mesmo.

-Não se preocupa, Fahel. Um padre pode me ajudar sem eu ter que contar o problema. Não tem aquela história de só ouvindo já se auxilia? Fique sempre comigo e eu estarei bem. Afinal, alguém tem que me entender, né?

“Certo... E quanto ao seu amigo?”

-Qual?

“O que te ajudou ontem...”

-Sim, agradecerei Amada-san por ter me carregado!

“Eu quis dizer o outro... Também não gosto desse Eyuku!”

-Hanato-baka? Ah, o safado já me roubou um beijo. Nem aqui nem em lugar algum que o agradeço.

“Ele é bom. Tem uma aura muito leve, sabe...? Deveria dar-lhe uma chance. Se eu tivesse que te dar a alguém, seria a ele”.

-De que fala, Fahel? Pare de falar assim! Dar...? Não ache que sou sua propriedade.

“Hahaha, foi só modo de me expressar!”

-Vou tomar banho agora... Dormi tão mal, mas conversar contigo me deixou relaxada! Está virando um amigo muito precioso para mim.

“Ah, um amigo? É mesmo...?”

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

  Tudo era branco e um tanto enevoado. Mas se podia ver os seres ali. Todos brilhavam muito. E tinham olhos vermelhos, o que contrastava com o cenário.

 

  A tela de cristal havia se apagado e o ser, que flutuava no meio de uma fonte de água clara, ficou mudo.

 

  Para a menina na Terra, ele era apenas um amigo. Para as pessoas dali, era apenas um anjo da guarda. Obviamente, um posto importante. Mas nada comparado ao seu posto real. Com a queda do Arcanjo Miguel, este se elevara ainda mais. Fahel havia se tornado algo muito próximo do lado direito de seu Senhor.

 

  As razões para Miguel haver feito o que fizera ainda eram desconhecidas. Mas desapontara muita gente. Abandonar o Paraíso. Viver na Terra...

 

  Aquilo desapontou principalmente Fahel. Este sabia da importância de Miguel na proteção de Beatrice. Ele fazia todas as investigações... Às vezes, até prendia um ou outro espião ali. Assim, Fahel podia se dedicar inteiramente à menina de seus olhos.

 

  Com Miguel de fora, os outros arcanjos estavam sobrecarregados. E aquele camuflado não era exceção. Beatrice também teria que ajudá-lo...

 

  Se não fosse sua falha, anos atrás, talvez seria tudo mais fácil. Mas esta lhe custara muita credibilidade. E a troco de quê? Nem ao menos gratidão... Seu sacrifício ficara esquecido.

 

  Um amigo muito precioso. Beatrice não poderia pensar somente aquilo dele! Não! Para ele, ela era tanto... Por que aquilo não era retribuído? Era como sua filha, ou sua irmãzinha.

 

  Gratidão? Isto é pecado, esperar algo em troca. Sim, era ganância. Desde quando tinha aqueles sentimentos tão humanos? Anjos realmente tinham livre-arbítrio como tantos haviam dito?

 

  Bobagem! Anjos com livre-arbítrio... Isso era sorte de muitos poucos. Ou azar, como fora com Miguel. Azar de muitos, na verdade.

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

-Não falou com Hanato-kun a manhã inteira...-Kari comentou, sentando-se debaixo de uma árvore.

 

  Era recreio e de fato a jovem havia evitado tanto Hanato quanto Eyuku.

 

-O mais estranho -sua amiga continuava, -é que nem ele...

-Nunca falei com aquele chato. Se nem ele o fizer, creio que estarei sonhando. Vai ver está rouco hoje.

-É que todos estão falando... Sabe, de ontem. Nem Hanato-kun nem Amada-san parecem já terem demonstrado se importarem tanto com alguém. Deveria se sentir feliz.

 

  Beatrice suspirou como resposta. Sentir-se feliz. Não havia sido há muito tempo. Mas... Estava tão distante.

 

-Posso me juntar às senhoritas?-alguém falou, já se sentando ao lado de Beatrice.

-Itonokoi-kun! Como vai?-Kari sorriu.

-Não muito bem, Bia está me evitando.

-Impressão tua! Os problemas dela são com outros dois.

-Então estou incluído!-o mestiço falou sorrindo. O Sol batia direto em seus olhos azuis. Algo nele fez com que Beatrice fixasse seu olhar e não conseguisse mais afastá-lo.

 

  Sim, era muito atraente. Sabia que muitas garotas da escola já estavam apaixonadas por aquele rapaz. Mas só em haver pensado nele como pensa em Eyuku lhe causava calafrios. Michael não parecia alguém de sua idade...

 

  Não que aparentasse ser maduro ou velho. Mas algo nele... Faltava algo. Faltava um espírito de juventude ali. Por que ela tinha aquela sensação? Era mesmo um assassino? Ou um adorador do demônio? Os dois!?

 

  Seus olhos dourados finalmente voltaram a encarar o nada. Se ele realmente era da idade dela, ficar lhe dando muita atenção poderia resultar em enganos. Isso a menina não queria. Quanto menos se envolvesse com aquele sujeito, melhor seria.

 

-Bia? Algum problema?-o mestiço lhe perguntava.

 

  A menina voltou à realidade, balançando a cabeça. Tudo em Michael era de um jovem comum. A voz em mudança, o visual, Alguns pêlos faciais... O que poderia tê-la feito imaginar aquele absurdo!?

 

-Sinto muito Michael... Eu tenho que resolver um problema. Fique aqui e faça companhia à Kari-chan por mim.

-Certo...-ele respondeu. Bia sabia que seus olhos azuis ainda estavam fixos nela, enquanto se afastava. Aquilo não tinha a ver com seus novos poderes. Mas incomodava.

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

-Aí!-alguém disse, enquanto a jovem fugia do jovem misterioso.

-Quê? Amada-san?

-Por que não me chama pelo nome?

-Desculpa... Eyuku-san. Algum problema?

-Sim. Alguém veio à aula ontem morta de febre e desmaiou. É um problema grave...

-Eu estou bem, não se preocupe. É que havia tido um pesadelo... Mas estou bem melhor hoje!

-Não parece. Aliás, desde o primeiro dia de aula é que fala em pesadelos, em não ter dormido bem. Hanato tinha razão. Há algo muito errado. Que tal sairmos após a escola? Prometo ouvir tudo sem julgar.

-Amada... Eyuku-san. Eu sinto muito, mas vou à Igreja depois da escola.

-Está sempre por lá. Não tem cara de beata.

-Se não gosta, não posso fazer nada.

-Não é isso! Também tenho uma religião que venero. É que é a única que conheço que vai ao templo todo dia!

-Igreja...

-O que quero dizer é: reze muito. Dizem que isso ajuda... Sei lá. Sou de outra religião, não conheço muito da Católica. Mas reza. A fé ajuda em qualquer religião, não é?

-Obrigada, Eyuku-san.

-Posso te pedir uma coisa?

-Sim?

-Esqueça o “san”... Somos da mesma sala, não é?

-Hai, Eyuku-kun! –e sorriu. Ela finalmente se sentia feliz de novo.

 

  O rapaz retribuiu o sorriso. Estava chegando cada vez mais perto. Tanto que fazia o coração da moça bater cada vez mais. Mais perto. Mais forte. Mais perto. Mais...

 

-Trix-chaaaaan!-alguém gritou, abraçando a menina.

 

  Eyuku pareceu aborrecido com a nova presença. Sorriu de fraco e saiu. Mas eles não eram amigos? Aquele beijo importaria tanto?

 

-Você está bem? Parece de volta à sua temperatura normal; isso é ótimo! Estou tão feliz. Quando ficou daquela forma ontem, me deixou preocupado. Mas agora está tudo bem, que bom! –e deu-lhe um beijo na bochecha, que estalou alto. Aquilo fez a jovem voltar à realidade.

-Hanato!? O que faz aqui!? Pensei ter me livrado de você sabia?-ela disse empurrando o rapaz, que enfim retirou seus braços dela.

-Nunquinha! Vou sempre te amar, minha Trix-chan –ele novamente se aproximou e deu-lhe outro beijo do outro lado.

-Pare com essas coisas nojentas. Já passou do limite ontem! Da próxima te meto um tapa bem no meio da cara.

-Eu te protejo do meu fã-clube. Já falei com elas pra nem pensarem em chegar perto de minha querida!

-O quê!? Sua? Nunca!

-Minha... Se fosse minha seria um sonho!-o rapaz respondeu com um sorriso.

-Então continue sonhando. Eu tô caindo fora! –e começou a se afastar. Mas algo a segurar pela cintura e a puxara de volta.

-Eu amei aquele beijo ontem. Quase desejei que você passasse mal de novo só para ganhar outro, desculpa.

 

  Hanato estava mais sério que nunca, aquilo fez as bochechas de Beatrice se avermelharem.

 

  Então ele a soltou e se foi.

 

  Sim, seria um sonho... A única garota que lhe parecia fora de alcance era o sonho de sua vida.

 

  Talvez tivesse sido amor à primeira vista. Ele nem sabia direito. Era pequeno demais para saber que era amor. Só passara a segui-la por toda parte.

 

“Durishi-chan! Brinca comigo!” dizia, puxando um de seus macios cachos dourados. Não conseguia dizer seu nome, então por um bom tempo a chamara assim. Com o tempo mudou para “Trix”.

“Cai fora, seu chato!” sempre era a resposta. Às vezes sentia que no caso dela fora ódio à primeira vista.

 

  Mas nunca desistiria. Porque era seu sonho e ele não era covarde de desistir de um sonho. Assim como uns querem ser craques do esporte, outros um artista de Hollywood. Ele queria ser dela. Aliás, aquilo ele já era. Seu escravo. Ele a queria feliz, se possível a seu lado.

 

  Também, desde sempre percebera seu interesse por seu melhor amigo. Passou a andar com Eyuku para tentar levá-lo até sua musa. Por isso nunca se desgrudara dele. Com o tempo, ele também virara um amigo muito querido. Mas nunca parava para ver Beatrice, nem quando Hanato implorava, ele a percebia. Naquele início de aulas, somente ali ele parecia ter sido enfeitiçado por sua magia angelical.

 

  Surpreendentemente pedira ajuda ao amigo, que mesmo de coração partido, nunca a negaria.

 

  Claro que estava por feliz por Beatrice. Mas sabia que Eyuku era um bom rapaz... Seria o melhor para ela. Inteligente e quieto. Melhor que sua personalidade expansiva e suas notas baixas. Muito melhor.

 

  O beijo do dia anterior era para ter sido uma despedida. Mesmos sendo popular, nunca o tinha feito com garota alguma. Sempre se guardara para ela.

 

  Então, com seu amigo e ela juntos, teria que desistir. Mas tinha que saber como era beijar alguém que amava. Pois não parecia haver amor de verdade após aquele seu anjo. Ninguém seria como ela.

 

  Mas tudo aconteceu diferente. Quando seus lábios se tocaram, aquela sensação quente e elétrica invadira todo seu corpo. Seu amor parecia ter subido mais uma escada ao invés de descê-la correndo. Sentia vontade de chorar naquele segundo e assim que chegara em casa o fez.

 

  Chorou e riu. Muito. Havia sido muito bom, inesquecível, eterno... Tudo. Foram tão poucas vezes que chorara em sua vida. Todas na sua infância.

 

  Após o choro de alegria, derramara muitas lágrimas de tristeza. Pois se havia se decidido por lutar por aquela menina, estaria não só indo contra seu melhor amigo, mas como também contra seus princípios. Porém, Beatrice lhe era tudo. Estava em primeiro lugar. Não podia pensar em princípios quando a razão de sua vida se escapava por seus dedos, como grãos de areia.

 

  E esses grãos caíam como numa ampola. Se Beatrice e Eyuku conversassem por muito tempo estriam namorando. Isso seria demais, desmanchar um namoro. Era injusto que a menina o considerasse um nada quando ele sempre estivera lá. Em seus aniversários, nos White Days e outros sempre lhe dava presentes. Sempre mandava flores quando a notava triste.

 

  Era tão injusto que a fosse perder, que nunca mais sentisse o beijo do dia anterior...

 

  Não! Desta vez ele tinha que vencer... Quando saísse daquela escola a seguiria. Ela andava estranha, nunca tomando o rumo da própria casa. Ele tinha que descobrir o que era e ajudá-la. E se a conhecia bem, ela nunca o diria, a menos que fosse a última alternativa.

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

-Sim, Padre... Tenho tido sonhos horríveis. E sentido muita dor nas costas. Principalmente após esses sonhos. Já foram dois, mas também tive sensações. O que está acontecendo?

 

  O jovem sacerdote parecia pensar por um tempo. Beatrice sabia que aquilo não era para ser normal, contar isso a um Padre. Mas ela, mais que ninguém, também sabia que ele era o mais próximo de um médico para seu problema.

 

-Eu realmente não sei, minha criança. Acha que isto é um problema de religião?

-Sim, tenho certeza!

-Devo confessar que é uma menina estranha. Apareceu do nada, salvou meu posto aqui... E agora me conta coisas que não posso solucionar. O máximo que posso dizer é pedir que reze. Se achar que tem a ver com religião, reze. Um padre não é uma cura, apenas um intermediário. Como o psicólogo da Igreja. O médico é só nosso Senhor mesmo. O remédio é a fé.

-Fé...?

-Sim, acreditar que tudo ficará bem.

 

  Seus olhos dourados começaram a circular aquele lugar. Não tinha muitas estátuas. Apenas o mais básico do básico. Mas a última missa havia tido um número maior de fiéis que o normal. As pessoas ainda estavam nos bancos, rezando.

 

-O que foi, Beatrice?

-Essas pessoas... Estão tão diferentes da primeira vez que vim.

-Ah, estão dizendo por aí que ando mais empolgado. Milagres estão acontecendo, Deus está nos olhando. Besteiras do tipo.

-Besteiras?

-Sim, Deus está sempre nos olhando. É que nós nunca realmente sabemos do que necessitamos e ficamos querendo o que é supérfluo. Se estamos vivos quer dizer que ele ainda não falhou conosco, certo?

-E os que já morreram?

-Eu tenho fé em meu Deus. Sei que se coisas assim acontecem é por um bom motivo.

-E você está mais empolgado?

-Não sei te dizer, querida. Só sinto meu coração mais quente que antes. Desde a morte de minha mãe, sinto que posso fazer algo por esse mundo. Alguém mo sussurrou. Lá vou eu falando besteiras de novo...

-Alguém?

-Não dê atenção, Bia. Escuta, você tem Bíblia?

-Sim, uma que era de minha mãe, toda em italiano. É muito bonita!

-Então a leia toda noite. Sempre que não tiver o que dizer ao nosso Pai, leia o que ele tem a te dizer. Se realmente acredita nesse alguém que me sussurra, ele me pede para te dizer isso.

-Alguém que te sussurra... Você fala com anjos, Padre Julius?

-Eu não sei, mas se esse alguém tem dado bons conselhos... É bom ouvi-lo.

 

  Beatrice sorriu, pensando em seu próprio anjo. Poderia ser que houvesse outros com outros Fahels? Ela só não esperava que fosse o Fahel dela.

 

  Andava um tanto possessiva... Deveria se policiar quanto aquilo.

 

Continuará...

 

Anita, 2/03/2003

 

Notas da Autora: 

Aí estamos com outro capítulo!!! Eu tenho que dar uma parada, ou me viciarei... Mas, bem, isso é bom, né? Não tenho muito que comentar. Só agradecer à Vane por pacientemente ouvir todas as minhas idéias malucas para a fic. E a todos os que estão me ajudando e me apoiando!  

Mandem mails para anita_fiction@yahoo.com e para mais fics minhas visitem meu site http://olhoazul.here.ws

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