Tenshi no Tatakai, não Há apenas Um escrita por Anita


Capítulo 7
Grandes Poderes e Preocupações




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Tenshi no Tatakai, Não Há Apenas Um § 7- Grandes Poderes e Preocupações

Notas Inicias:

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Olho Azul Apresenta:

Tenshi no Tatakai,

Não Há Apenas Um

Capítulo 7 – Grandes Poderes e Preocupações 

  Os jovens se amontoavam para suas carteiras. Um homem de cabelos cacheados grisalhos entrava na sala com um pacote de folhas e os olhava.

 

-Muito bem; hoje é teste surpresa, -ele dizia para infelicidade dos alunos.

-Ai, não! Puxa, cara, logo hoje!-Hanato falou, causando risos de alguns. Era o que sempre dizia quando havia testes surpresas, Beatrice ouviu alguém comentar.

 

  O professor olhou para o moço de cabelos castanhos e sorriu:

 

-Pois é, Meichi-san. Como todos têm estudado muito em casa, decidi dar-lhes uns pontos com este teste facílimo.

 

  Beatrice sorriu. Era agora que o maldito pagaria o beijo que lhe roubara semanas antes.

 

  Uma moça de cabelos cor de ferrugem bateu à porta e entrou.

 

-Tentoai-san... Há um recado para a senhorita, sua secretária mandou informar que deve ir ao Hospital Central imediatamente após o término das aulas. Com licença, sensei. –E saiu.

 

  Beatrice sentiu-se perdida. O que Nana queria? Quem estaria no hospital!?

 

  Mal notou quando o professor pôs a prova de Física em sua carteira. Sua cabeça cogitava as piores possibilidades.

 

“Fahel eu não entendo nada desta prova! Você disse que eu saberia quando precisasse!” pensou para seu anjo da guarda.

“Acalme-se Beatrice. Verá que não foi nada irremediável. Quando estiver em paz consigo mesma conseguirá resolver tudo sem maiores problemas”.

“Você sabe o que houve?”

“Sim, mas é melhor não te dizer. Não se preocupe, tudo estará bem”, o anjo tentou tranqüilizá-la.

 

  Mas ela não conseguia fazer nada. Raramente havia prestado atenção na aula desde que o ano letivo iniciara. Culpa do maldito anjo que dissera não ser necessário.

 

  Algumas semanas haviam se passado desde sua conversa com o Padre Julius e, ao invés de estudar, Beatrice tornou a leitura da Bíblia um hábito. De início, fora muito difícil, por estar em italiano. Quando mais nova era fluente no idioma, mas assim que completou o curso e provou a seu pai que já sabia tudo, foi perdendo a prática. Aquilo a ajudava a se lembrar. Mas também lhe tomava tempo, por te que consultar sempre o dicionário.

 

“O que faço com isso aqui!?” perguntou, ainda tentando se lembrar de outras vezes que já havia visto aquela matéria. Mas pensar que alguém estava no hospital já lhe aterrorizava.

 

  E ainda tinham os sonhos que lhe vinham todas as noites. Fazia um mês que tivera aquele primeiro, e também que conhecera Fahel, mas até o momento não entendia o porquê daquilo tudo.

 

  E a prova... Tinha que se concentrar na prova.

 

  Mas quem estaria no hospital? Seu pai... Algo se sucedera a ele. Estaria bem!? Fahel tinha dito que não era tão grave. Mas ele estava no Hospital Central, não era?

 

“Papai...”

“Faça a prova Beatrice...” Fahel lhe dizia.

“Eu não posso. Não sei nada desta matéria, Fahel. Não dá”, ela pensava desesperada. Tanta coisa acontecia numa menina só. Como poderia saber algo sobre a velocidade de um corpo qualquer, quando o de seu pai poderia estar naquele momento numa funerária?

 

-Eu não posso!-gritou, espantando toda a sala,-Sinto muito, sensei. Não posso fazer mais que isso!

 

  Então saiu correndo.

 

-Trix-chan!-Hanato correu atrás da menina.

-Por Buda!-E todos olharam Eyuku, que havia se levantado e ido recolher a prova de Beatrice.-Ela já havia terminado e...

-E o quê, Amada-kun?-Kari perguntou, preocupada com a amiga.

-Ela acertou tudo, não é?-Michael completou.

-Como sabe?-Eyuku olhou para o estrangeiro, assustado.

-Eu não poderia esperar menos da Bia, -e levantou-se, entregando a própria prova.

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

-Papai! Como pode ter me preocupado tanto?-Beatrice perguntou, ao ver o senhor de cabelos negros acordando.

-Bia... Eu sinto muito.

-O senhor teve um colapso por trabalhar tanto. Viu no que deu? Sei que tem dias em que nem o vejo... O médico me mandou te dar uma bronca.

-E você sempre obediente... Não chore –O homem com o rosto cansado esticou lentamente a grossa mão até a face frágil da filha, secando suas lágrimas.

-Você é tudo pra mim, não posso te perder.

-Ela entrou aqui como um trovão, senhor, -uma moça de cabelos castanhos entrou no quarto.

-Enfermeira... Eu sinto muito, acho que te atropelei.

-Tem um rapaz lá fora que pediu para avisar quando pudesse sair, querida. Deveria ir vê-lo enquanto faço meu trabalho –ela disse passando a mão maternalmente na cabeça de Beatrice.

-Um rapaz? Será seu namorado?-o homem na cama perguntou, olhando fixamente para a filha única.

-Não, né, papai!

 

  Beatrice sorriu para todos e saiu.

 

-O senhor tem uma bela filha, Tentoai-san, -a enfermeira comentou, trocando o soro.

-Ah, sim! Talvez mais que a mãe.

-E onde ela está?

-Junto com os anjos, presumo...

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

  Beatrice fechou a porta, ouvindo o comentário do pai. Talvez realmente estivesse. Teria que se lembrar de perguntar a Fahel sobre aquilo. Mas fora um alívio confirmar que o que o pai tivera não fora nada grave. Dali em diante, porém, cuidaria melhor dele.

 

-Trix-chan! Que bom que está tudo bem, aquela enfermeira falou. Eu fiquei muito preocupado quando saiu daquele jeito...

-Hanato? Você veio atrás de mim? Não tinha como você saber do quarto sem ser parente!

-Segui sim...-ele falou, enquanto se levantava, rindo embaraçado, com uma mão atrás da cabeça, -Você nem notou, né? Sinto muito por tê-lo feito.

-Não precisa de se desculpar. Acho que dei um show... Que vergonha!-a menina disse rindo, sentando-se num dos bancos.

-Nem sei. Eu me assustei tanto que saí logo atrás, -ele respondeu, também se sentando.

-A enfermeira... É muito bonita! Tenho até ciúmes.

-Pois eu te acho mais.

 

  Beatrice corou de leve.

 

-Não fale besteiras!

-Sério! Você tem essa coisa de exótica e seu jeito ingênuo e descontraído. Deve ser isso que a- Quero dizer, você sabe né? Trix-chan? Trix-chan!

 

  A menina, que antes parecia perdida em pensamentos, olhou assustada para Hanato.

 

-Desculpa. Eu tava pensando naquela prova. Devo ter ido muito mal, já que mal fiz qualquer coisa.

-Posso ligar pro Yu-kun e perguntá-lo... Você quer?

-Faria isso mesmo, Hanato-kun!?

-Hã... Claro! Se quiser até te ajudo a pedir uma segunda prova ao professor. Afinal, eu também não fiz nada da minha.

-Sério?

-Se bem que dará no mesmo! Pena não poder dizer o mesmo quanto a você, sempre tem boas notas.

-Como sabe?

-Ouvi falar...-ele respondeu um pouco vermelho, -Agora vou ligar pro Yu-kun!

-Bia!-alguém chamou do fundo corredor do hospital.

-Bia-chan, está aí então!

 

  Michael e Kari haviam chegado.

 

-Hanato ia ligar agora para o Eyuku-kun, pra saber o que houve...-Beatrice falou, -Mas como nos acharam?

-Pelo uniforme... A moça da recepção acreditou que somos da mesma sala então nos deu o número do quarto. Mas nós é que perguntamos o que houve!-a amiga disse.

-Bem, eu acho que não precisa mais de mim. Estou indo...-Hanato levantou-se e sumiu.

-O que deu nele?-Kari perguntou.

-Ciúmes... Lembre-se que sou um rival dele.

-Ora, Michael! Até você com estas besteiras...-Beatrice falou, -Bem, meu pai teve um ataque por ter trabalhado tanto. Tirei um zero à toa.

-Mas você acertou tudo, Bia-chan!-Kari disse animada.

-Como!? Eu mal fiz! Se é que pus o nome...

-Hanata-san foi quem conferiu... Estava tudo certo. Até o professor pegou o gabarito e tudo o mais. Ele se espantou muito, mas sabia que não podia ter sido trapaça.

-E como eu disse, não poderia esperar menos de você, Bia...-Michael disse, sorrindo.

-Vamos almoçar! Deve estar faminta...-Kari falou, já puxando a  amiga pelo braço.

 

“Eu não fiz nada, tenho certeza...” Beatrice falou para si.

“E é verdade. Mas não podia te deixar tira um zero!”

“Fahel!? Foi você quem fez tudo? E um gênio!?”

“Claro que não... Mas como já te disse: nós todos sabemos dessas coisas. Você só estava nervosa demais para se lembrar”.

“Pelo menos meu pai está bem e com aquela enfermeira bonita tomando conta dela vai sair daqui novinho em folha!”

“Você confia demais nas pessoas”.

“E você desconfia demais, Fahel!”

“Claro! Principalmente quando faltam duas semanas para o seu aniversário... Já falou com o Padre?”

“Sim... Ele concordou”.

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

  A sala estava escura quando quatro mãos, usando luvas, jogaram aquela pessoa bem em seu centro. Mas mesmo assim nada se iluminou.

 

  Ela tentou se levantar, mas sabia que estava ferida demais para que aquilo lhe fosse uma tarefa fácil. Tudo tinha um preço muito alto. Ninguém fica rico sem trabalho. Ninguém aprende sem dedicação. Nenhum milagre acontece se não se dá algo em troca.

 

  E aquela pessoa, ainda muito em idade tenra, o estava aprendendo.

 

  Com ambas as mãos, pôde sentir um líquido viscoso no chão onde estava ajoelhada no momento. Nem precisava sentir o cheiro para saber que era sangue. Mas não era o que a assustava.

 

  Nem o seu próprio, e estava provavelmente manchando suas belas roupas, a assustava.

 

  Era sua próxima missão.

 

-Muito bem, sem rodeios, criança. Não tenho visto nenhum avanço de sua parte, -uma voz metálica falou, provavelmente, nem ali estava, -Já estou impaciente. Nosso Mestre exige que você tome as devidas providências. Ela já confia o bastante em você?

-Na verdade, não, senhor... Ela tem evitado a todos. Mas tem certeza de que é ela? A tal Filha de Deus? Ela me parece tão normal quanto eu tento ser...

-Ela é e em breve terá quinze anos. A partir daí poderemos atacá-la por completo. Mas até então, temos que criar uma ponte. E você deveria sê-la! Será que ter te permitido participar do ritual hoje não te incentiva apoiar com mais entusiasmo o nosso Mestre? Saiba que se ele vencer a Última Batalha, seremos grandemente recompensados. E já estamos sendo. Você, sem futuro como era, não tinha nem chances de estar naquela escola cara sem a ajuda do Mestre!

-Eu entendo, senhor. Farei o possível para trazer Beatrice para o nosso lado, para mostrá-la a glória de nosso Mestre!

-Agora vá! Beba o cálice do sacrifício e deixe esta sala.

-Sim.

 

  A criança caminhou vacilante até onde estava o cálice e o bebeu. Aquilo lhe incentivava a prosseguir. Os negócios de sua família sempre tinham pico quando lhe permitiam beber aquele cálice. O gosto de sangue, no início repugnante, começava a atrai-la. Após aquelas reuniões, que seguiam às torturas, aquela criança sentia-se adulta o bastante para conseguir o que quisessem dela.

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

  Já fizera uma semana que Setembro chegara e Beatrice não estava nada ansiosa com a proximidade de seu aniversário. Após quatro dias internado, como único jeito do médico garantir que seu pai descansaria, ele estava prestes a receber alta.

 

  Mas algo incomodava Beatrice... Um péssimo pressentimento e uma latente dor nas costas.

 

“Fahel... Eu já tinha me acostumado, mas só piora...” ela comentou com o Anjo, enquanto aguardava o último exame em seu pai.

“Bem, seu aniversário é em uma semana, então... Digamos que não me surpreende”.

“Tenho tido pesadelos horríveis. Tenho tanto medo!”

“Lembre-se de que nunca te abandonarei. Nunca mais!”

 

-Ah! A filha lindinha de Tentoai-san! Que bom revê-la...-uma bela voz feminina falou.

-A enfermeira... É um prazer também!-Beatrice respondeu.

-Então ele nos deixará hoje, não é? Foi um ótimo paciente...

-Sim! Mas essa última é difícil de acreditar; papai nunca pára quieto! A senhora é que tem muita paciência.

-Senhora? Pareço tão velha assim?

-Não é casada?

-Oh, não! Meu marido nunca me deixaria cuidar de um homem tão atraente quanto seu pai, hahaha.

-Acha meu pai bonito, enfermeira Damashi? Nunca tinha pensado assim, ele não fala muito de mulheres...

-Deve ainda sentir falta de sua mãe, não é?

-Eu acho que não é bem isso... É que, como está sempre trabalhando, não dá para conhecer muita gente.

-Tem razão! O trabalho atrapalha muito... Eu que o diga!

 

  Beatrice raramente falava sobre aquilo com outra mulher, mas nos últimos dias havia conversado sobre muitas coisas com a enfermeira Damashi. Era uma mulher bonita, inteligente e dedicada.

 

-Damashi-san...-um homem de jaleco e cabelos grisalhos saía do quarto do pai de Beatrice,-Entre aqui por favor.

-Sim, já estou indo, doutor. Volto já, Beatrice-chan.

 

“Já pensou, Fahel... Se papai voltar a se casar, quero que seja com ela!”

“Eu não sei, não...”

“Eu é que deveria ser contra, não é!? Mas é uma ótima amiga! Sei que entende meu pai e, por isso, o faria feliz...”

“Mal a conhece. Não invente tantas idéias”.

 

  Beatrice viu o médico sair do quarto.

 

-Quando podemos ir, doutor?-perguntou.

-Logo... Assim que Damashi-san terminar os últimos detalhes.

-E vai demorar?

-Nadinha! Em cinco minutos sairão daí!

-Arigatou!

 

  Mas dez minutos já se haviam passado e nada dos dois deixarem o quarto. O que estaria havendo...?

 

“Vá lá e cheque, assim mata a sua curiosidade!”

“Mas, Fahel... Lembra do clima que tinha entre os dois? E se estiverem se beijando ou coisa assim!? Onde ponho a cara!?”

“Não diga besteiras, Beatrice! Entre imediatamente. Há algo errado”.

“Outro demônio!?”

“Com certeza!”

 

  Beatrice saiu correndo, mas a porta estava trancada.

 

  Bateu várias vezes, mas ficara sem resposta.

 

-Papai!? O senhor está bem? Papai!-gritou.

 

  Até que, enfim, a enfermeira a abriu.

 

-Beatrice-chan? O que houve? Para que tantos gritos?-Damashi perguntou.

 

  O pai dela a olhava com a expressão séria.

 

“Fahel, você me paga por esse mico”, mas o anjo não respondera.

“Tem certeza? Olhe de novo para seu pai...”

 

  O homem parecia ter desmaiado e a enfermeira o acudia.

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

-Então seu pai vai ficar mais uma semana?-Kari perguntava, olhando preocupada para a amiga.

-Parece que o médico o diagnosticou errado e que será melhor que ele descanse ainda mais.

-Pensei que aquele médico era bom...

-Todos nós... Bem, erros acontecem.

-Trix-chan!-algo a abraçou pelas costas.

-Aaaaah! Seu idiota, solte! Anda, solta neste momento! Solta!!!-Beatrice gritou desesperada, sentia-se sem ar, o que era aquilo?

 

  Sua vista foi escurecendo e como se tivesse visto um raio, algo começou a aparecer em flashes em sua mente, misturando-se às carteiras e alunos de sua escola.

 

-Solta, Solta!-continuou gritando, enquanto o ar lhe faltava ainda mais. Por que se sentia daquela forma?

 

  As imagens... Muito sangue, a cruz invertida, pessoas encapuzadas flutuando. O que estava havendo!? Algo parecia apertar-lhe o peito, além dos braços de Hanato. Não, era mais dentro... Parecia comprimir seu pulmão, seu coração. Como se outro órgão estivesse ali, ou uma pedra muito pesada e pontiaguda. Estava doendo.

 

-Por favor! Solte! Por favor...!

 

  As imagens sumiram e um monte de rostos curiosos vinham. Eram seus colegas de sala... E o professor. Mas alguém mais estava ali. Alguém a olhava e fazia-a sentir aquilo. Quem era?

 

  Olhou ao seu redor, mas não tinha nada de diferente...

 

-Pode soltá-la, Meichi-san –o professor disse, chegando mais perto de Beatrice.

 

  A moça estava sentada na mesa com as pernas que pareciam prestes a chutar algo.

 

-Certo...-e Hanato o fez, ainda hesitante.

-Está melhor, Tentoai-san?-o professor perguntou.

-O que houve?-Beatrice perguntou, ofegante, enquanto descia da mesa.

-Quando entrei estava gritando e se não fosse Meichi-san te segurando teria caído da mesa e se machucado muito. Parecia que ia pular da janela...

-Seus olhos estavam brancos...-Kari disse, pálida –Digo, não tinham virado, é que sua íris ficou quase tão branca quanto o resto...

 

  Beatrice olhou ao redor. Quem provocou aquilo.

 

-AI!-gritou ao sentir uma forte pontada nas costas, caindo sentada no chão, em posição fetal.

-Com licença, professor, -Michael acabara de entrar na sala, -Eu estava me sentindo mal então passei na enfermaria antes de vir. Bia, o que há contigo!?

 

  A jovem levantou-se encarando Michael seriamente. Ele próprio estava ofegante e um tanto pálido.

 

“Terá sido ele, Beatrice?” Fahel perguntou num tom preocupado.

“Com certeza... Michael nunca está atrasado”

 

-Eu senti vertigens, mas já estou muito bem. Sinto interromper sua aula assim, sensei.

 

  E sentou-se em sua carteira.

 

-Beatrice-chan...-era a voz de Eyuku, era tão reconfortante ouvi-la...-Você me assustou. Está melhor mesmo?

-Com certeza, Eyuku-kun. Obrigada por se preocupar.

 

  O jovem a olhou estranho, parecia tão distante, perdido em pensamentos.

 

-Seu aniversário é semana que vem não é? Mas seu pai vai poder ir? Ouvi que continuará por mais uma semana no hospital.

-Pois é... Ele sai no dia exato, será um grande presente!

-Ah, é que eu queria te levar a um lugar nesse dia. Será que vai dar?

-Um encontro? Eu não sei.

 

  Ele hesitou, pondo uma das mãos na nuca e olhando para baixo. Estaria tão sem jeito assim?

 

-É muito importante para mim. Digo, esse lugar... É um máximo, mas tem que ser no seu aniversário!

 

  Beatrice sorriu.

 

-Vou dar um jeito!

 

  Pelo menos algo de bom estava acontecendo. Mas tanto seu pai quanto ela estavam mal. Seria mesmo por causa de seu aniversário? De repente passar com  Eyuku não lhe parecia má idéia. Dizem que o amor é o mais puro dos sentimentos, então deveria passar a data com ele, não é?

 

Continuará...

 

Anita 06/05/2004

 

Notas da Autora: 

Uau, penei com esse capítulo. Mas está terminado, enfim. As coisas começam a ficar graves, o que será da Bia agora? Passar com Eyuku é realmente uma boa idéia? Confiram nos próximos capítulos!

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