Capitulo um

Acordar.

Era noite quando um pequeno barulho de fez presente dentro do grande laboratório, o barulho era baixo e constante, como quando ligamos algo, fazendo uma das muitas capsulas que ali haviam se acender, iluminando o local.

A capsula com desenhos geométricos manteve-se acesa por alguns minutos antes de abrir, revelando um corpo que a primeira vista pareceria humano, mais se olhasse com mais atenção perceberia o grande cabo que estava conectado na nuca, mostrando que não era um ser humano, mais sim um robô.

-Ativando sistemas – falou o robô, que possuí uma forma feminina, com longos cabelos vermelhos – Inicialização completa.

A ruiva então abriu os grandes olhos vermelhos, que rapidamente se ajustaram a condição do ambiente. A robô então se levantou de onde estava, sentindo o cabo que lhe alimentava com energia soltar-se automaticamente de seu corpo.

A jovem notou que estava nua e por instinto ou algum programa que possuía a fez olhar em volta, procurando por alguma roupa que pudesse usar. Rapidamente seus olhos param em uma muda de roupa, que parecia ter sido separada especialmente para ela.

Sem receio ou medo a jovem se aproximou das roupas, pegando o sobretudo e a calça de couro preta, colocando-os em seguida, porem a jovem não sabia para onde ir, então andou a esmo no laboratório.

Enquanto andava a jovem sentiu como se alguns arquivos seus estivessem estranhos e abrindo em sua mente, em sua maioria eram vídeos de um homem de longos cabelos brancos presos em um rabo de cavalo baixo e frouxo, ele geralmente aparecia de costas, com um longo jaleco branco.

A ruiva olhou para uma cadeira que havia ali, e ao olhar ali outro arquivo foi aberto, dessa vez o homem estava de frente, uma longa franja cobria quase que totalmente seus olhos e este a olhava tristemente.

A boca no homem se moveu levemente, porem não havia áudio e por tanto ela não sabia o que ele falava, a não ser pela ultima palavra, “Adeus”.

Enquanto via a lembrança, uma das portas do local foi aberta, a ruiva percebendo isso seguiu pela porta para um corredor com as paredes negras com veias iluminadas com uma luz branco-azulada.

Enquanto observava o corredor a jovem viu um par de botas pretas colocadas cuidadosamente ao lado da porta. A jovem colocou as botas e seguiu pelo corredor até chegar em uma porta que se abriu automaticamente. A porta abriu para um ambiente totalmente iluminado, no local havia somente uma mesa aonde duas jovem loiras de olhos verdes e orelhas pontadas estavam sentadas, pareciam gêmeas.

-Olá! – falou uma delas, sorrindo – Bom dia.

A ruiva se aproximou do balcão, a outra jovem estiou a mão e retirou um dos fios de cabelo da ruiva, com cuidado ela abriu um pequeno item e colocou o fio ali, após alguns segundos o aparelho fez um pequeno apito e uma tela se projetou a frente.

-Nome: Elesis – falou a loira – Criada em 1550 após a grande guerra.

Logo varias informações começaram a aparecer na tela, as loiras liam tudo e preenchiam algumas lacunas que estavam em branco, após uns cinco minutos a tela se fechou.

-Olá Elesis, eu me chamo Rena – falou uma loira.

-E eu Lire – falou a outra sorrindo – Bem vinda a Hamel.

-Vamos introduzi-la ao nosso mundo – começou Rena.

-Assim poderá viver em paz com os outros Lobos – completou Lire.

-Lobos...? – falou a ruiva sem compreender.

-Robôs automatizados humanoides dotados de capacidade de aprendizado elevado – falou Rena sorrindo.

-Nos os Lobos fomos criados para manter a lembrança e existência da humanidade viva – falou Lire – Fomos criados para conseguir ter a única coisa que torna os humanos o que são.

-Somos capazes de aprender os sentimentos – falou Rena – Os criadores nos deram essa dadiva para que pudéssemos manter algo que mostre que os humanos um dia existiram.

-Você deve ir até esse local – Lire disse, abrindo um mapa que possuía dois pontos bem longe um do outro.

-Lá lhe explicarão o que deve fazer – falou Rena.

-Saia por essa porta e pegue o expresso numero 1 – completou Lire. As duas sorriram e disseram em perfeita sincronia – Boa Viagem.

Elesis nada disse apenas fez o que as loiras lhe falaram para fazer e saiu do local. Assim que saiu viu vários Lobos, porem todos possuíam características diferentes. Haviam aqueles que era como ela, com aparências tão humanas que chegavam a assustar e outros com aparências menos humanas, ou completamente diferente dos humanos.

A ruiva logo viu o expresso numero 1 parado esperando por passageiros, rapidamente a jovem seguiu e adentrou o veiculo, sentando-se aleatoriamente sem se importar muito, pois só havia ela naquele expresso.

Enquanto o expresso andava, Elesis se pôs a observar a paisagem. Haviam muitos prédios altos e cinzas cobertos de espelhos, assim como haviam construções mais antigas e mais baixas, com arcos brancos na entrada.

A ruiva viu muitos Lobos nas ruas por onde passava, muitos estavam rindo e conversando, já outros estavam largados no chão, como se não possuíssem mais vida.

Elesis viu que conforme o expresso andava, a paisagem da cidade também mudava, mais e mais prédios cobertos de vidros iam aparecendo e os mais antigos de fachada branca iam desaparecendo, até que em algum ponto não havia mais nenhum prédio branco, somente os negros e com espelhos como janelas.

O expresso parou na frente de um grandioso prédio no que parecia ser o centro da cidade. Ali os prédios eram negros com “veias” brancas que por sua vez emitiam uma luz branca, o chão parecia ser feito do mesmo material dos prédios e também possuía as mesmas “veias” brancas.

Ali, diferente do começo, haviam muitos carros e motos de cores variadas, porem com as mesmas veias brancas, na verdade tudo parecia ter aquele designe. A ruiva desceu do expresso e se dirigiu ao prédio a sua frente.

Elesis entrou no prédio e logo viu uma mesa, porem mais larga e negra. Atrás da mesa estavam sentados dois homens de cabelos negros, um possuía olhos dourados e o outro olhos violetas.

-Seja bem vinda – falou o homem de olhos violetas enquanto passava a mão em seus cabelos charmosamente bagunçados – Sou Sieghart.

-E eu sou Raven – falou o outro homem, sorrindo ternamente para a jovem, que por sua vez possuía cabelos pretos bem mais arrumados e lisos que Sieghart – Bem vinda a Cytus.

Elesis assentiu levemente, sem saber o que dizer. Raven então esticou sua mão, que na verdade parecia bastante com uma garra, e pegou com cuidado um fio de cabelo de Elesis, que manteve-se parada.

Raven então colocou o fio de cabelo na mesa a sua frente e assim como aconteceu com Rena seu cabelo foi escaneado. Após alguns segundos uma projeção se fez presente, mostrando vários dados.

-Criada em 1550 após a grande guerra.... Uau! – falou Sieghart rindo levemente – Você é bem antiga, apesar da aparência.

-O que quer dizer? – perguntou a ruiva, sem compreender.

-A grande guerra aconteceu a quase sete mil anos atrás – falou Raven – E nos estamos no ano 3580 após a completa extinção dos humanos, também chamada de a era de Cytus.

-Ou seja você tem quase nove mil anos de idade – falou Sieghart – O que é muita coisa, acredite.

-Para que você tenha uma ideia melhor, eu fui criado em 5870 após a grande guerra – falou Raven, sorrindo – É surpreendente o fato de você funcionar.

-Seja lá quem foi que te criou, caprichou em seus sistema e esqueleto – falou Sieghart rindo.

Raven e Sieghart começaram a conferir os dado, pois parecia ser impossível que a ruiva pudesse ter sido criada a tanto tempo, porem não encontraram absolutamente nada, nem mesmo quem a criou.

-Isso é realmente estranho – falou Raven com um olhar confuso – Mais não importa, seja bem vinda a Cytus.

Elesis assentiu levemente, Raven levantou, mostrando-se bem mais alto do que a jovem esperava.

-Por favor acompanhe-me – falou ele, sorrindo e tomando a frente.

Elesis seguiu o moreno que a levou para um elevador, a ruiva reparou que os números iam de um a dez em números romanos e mudavam para letra sendo essas O, S, K, R, T, M e o ultimo botão eram duas palavras “Cytus Alive”. Raven ao perceber o olhar da jovem focado nos botões riu baixo.

-Curiosa? – perguntou ele, sorrindo. Elesis assentiu – Vai entender quando chegarmos.

Raven pressionou o botão com o numero um em numero romano e o elevador começou a se mover para cima, após alguns segundos um pequeno barulho se fez presente, mostrando que haviam chegado.

Assim que as portas se abriram Elesis viu uma garota jovem de longos cabelos negros e olhos bem dourados, porem diferente dos de Raven, os dela eram incrivelmente brilhantes.

-Olá! Sou Ara, muito prazer – falou a jovem sorrindo.

-Esta é Elesis, ela acabou de acordar de um sono muito, muito longo – falou Raven que deu uma leve piscada para a ruiva – Introduza ela ao nosso mundo.

-Sim, deixa comigo! – falou Ara animada.

Elesis saiu do elevador que voltou a fechar as portas e foi embora, Ara rapidamente pegou a mão da ruiva e a levou para dentro. Assim que entraram Ara a levou para uma das muitas salas que haviam ali.

A morena aproximou-se da porta que se abriu automaticamente revelando uma sala de paredes brancas com duas poltronas brancas, uma mesa preta e duas cadeiras pretas. Atrás da mesa havia uma grande janela que ocupava quase toda a parede, e no canto esquerdo há uma capsula toda de vidro com um painel ao lado cheio de botões coloridos.

Ara fez um movimento com a mão, sinalizando para que Elesis se sentasse a sua frente, rapidamente a garota sentou-se do outro lado da mesa e apertou um pequeno botão que assim como nas outras vezes, projetou uma tela contendo as informações da ruiva.

-Criada em 1550 após a grande guerra....Nossa! Agora entendi o espanto do Raven – falou a morena rindo. A jovem então abriu mais um arquivo, porem este estava completamente em branco, exceto pelo nome e sexo – O que.....? – Ara aproximou-se da tela, mexendo nas abas que deveriam exibir dados como o modelo, tamanho e etc – Esta absolutamente tudo em branco...

-E isso é ruim? – perguntou a ruiva, que apesar da noticia não esboçava nenhuma reação.

-Bem, sim e não – falou Ara, intrigada – É ruim pois não sabemos quem a criou, e quais materiais usou com exatidão, o que significa que não tem como calcular quanto tempo de vida você tem, e nem quando e como devem ser feitas as suas manutenções – falou a jovem, apoiando as mãos juntas sob a mesa – Mais apesar disso, podemos escanear seu corpo e assim termos uma ideia de como você é por dentro.

A morena levantou-se e aproximou-se da capsula, a jovem apertou um grande botão preto fazendo todo o painel se acender, assim que a capsula se ativou sua porta também se abriu.

-Tire a roupa e entre aqui – falou Ara, sorrindo e mostrando uma pequena prateleira que havia ali, para que Elesis pudesse colocar suas roupas.

Elesis não questionou, apenas fez o que lhe foi pedido e ao ficar completamente nua, sentiu-se um pouco desconfortável, porem ignorou a sensação e entrou dentro da capsula. Assim que entrou Ara ligou a maquina, fazendo com que várias luzes se acendessem e começassem a escanear, começando pelos pés. Após alguns minutos as informações sobre o corpo da ruiva começaram a aparecer em um monitor que estava encima do painel.

-Sua estrutura é de Mitrhil, impressionante – falou Ara – Esse metal nem existe mais.

O escâner continuou subindo e ao chegar próximo ao quadril começou a fazer pequenos apitos e varias telas começaram a se projetar para frente. Ara começou a ler as informações rapidamente, assustando-se com o que lia.

-O que...? – falou ela – Isso não pode ser real....

-Algum problema? – falou a ruiva.

-Não se mova, nem um milímetro se quer – falou Ara, apertando os botões – Eu não posso acreditar nisso.

Ara agora sorria, enquanto analisava rapidamente as informações. Os grandes olhos dourados não paravam um único segundo, sorrindo mais a cada pagina que se abria mostrando novas informações. Os escaners pararam na região de sua barriga, subindo e descendo, analisando cuidadosamente aquela área especifica.

-Você....você possuí algo inimaginável – falou a morena, que rapidamente puxou um grande painel que mostrava duas estruturas físicas diferentes – A primeira estrutura é de um corpo humano, a segunda é de um Lobos.

Elesis viu que apesar de parecidas, ambas eram completamente diferentes, porem não entendia o por que da morena lhe mostrar isso.

-E essa estrutura é a sua, pelo menos até o que foi analisado no momento – ao dizer isso, o painel mudou para uma estrutura diferente, que só possuía metade do corpo, mais apenas de olhar, Elesis percebeu, seu corpo era muito parecido com o de um humano.

-Você possuía um útero! E ovários! – falou Ara, animada – Isso deveria ser impossível! Completamente e indiscutivelmente impossível! Eu tenho que avisar o Raven sobre isso!

Ara andava de um lado para o outro, completamente animada e chocada. A morena então ligou para Raven, que ao ouvir a noticia se surpreendeu também, porem logo uma duvida apareceu.

-Mais poderia ele ser capaz de gerar vida? – falou o moreno – O fato de ela possuir isso é realmente surpreendente, porem se ela for incapaz de produzir vida, isso não servira de nada.

-Bem, de acordo com os dados o útero é sintético, feito de um material muito leve e maleável, mais os óvulos são humanos – falou Ara – Talvez exista outros como ela! Pensa nisso, podemos trazer a humanidade de volta a vida!

Raven ficou em silencio um tempo, porem ao ver os grandes olhos pidões de Ara resolveu arriscar.

-Veja qual o distrito que ela acordou e mande patrulhas para lá, para procurarem por outros como ela – falou ele, após um grande suspiro – Quero ser informado de qualquer novidade imediatamente!

Ara deu saltinhos e gritinhos de alegria, enquanto Elesis ainda estava parada dentro da capsula, sem compreender nada.

-Por ora, continua o escaneamento – falou Raven, massageando as têmporas – E me mande os resultados.

-Sim senhor – falou Ara, voltando para o painel.

O escaneamento recomeçou, e novamente Ara apoiou as duas mãos no painel, chocada. Estomago, pulmões, fígado e rins, a ruiva possuía todos eles, apesar de todos serem feitos de maneira sintética, porem pareciam funcionar perfeitamente, ao subir o escâner um pouco mais, Ara constatou também que a ruiva possuía glândulas mamarias humanas, o que tornava possível a produção de leite materno.

-Céus...isso...você... – a morena estava simplesmente sem palavras, porem após alguns instantes a jovem se recompôs, sorrindo – Você é como a Eva – começou ela, tentando encontrar as palavras certas – Tudo em você foi criado para poder conservar e recriar a vida humana, extinguida há muito tempo.

-Isso é bom? – perguntou Elesis.

-Isso é extraordinariamente bom – falou Ara, sorrindo – Principalmente su-...

Ara ia falar algo mais porem um bibi se fez presente. A morena apertou um botão no painel que fez abrir a capsula e seguiu para a mesa, atendendo a chamada. Logo o rosto de Raven foi projetado a sua frente.

-Ara, aqui vai demorar um pouco, pois encontramos coisas inimagináveis ao chegarmos aqui na área norte – falou Raven, Ara pode ver no fundo uma grande movimentação – Achamos muitas pesquisas variadas e achamos algumas informações sobre Elesis também, parece que ela foi criada como uma arca de noé, guardando o que restou da humanidade, parece haver outro como ela, um homem, porem não encontramos nada sobre ele.

-Raven, dá uma olhada nisso! – falou uma voz ao fundo.

-De qualquer maneira, introduza ela ao Cytus, para que ela possa aprender as emoções, pois mesmo com tudo que ela possa ter, ela ainda é uma Lobos – falou o moreno, que desligou em seguida.

-Bem, como eu estava dizendo, principalmente sua fonte de energia – falou Ara, pegando novamente o painel que agora mostrava o esqueleto da ruiva – Sua fonte de energia é algo extremamente raro – falou ela, fazendo a imagem se ampliar, e ali Elesis viu uma pedra não muito grande – Isso é um fragmento de El, parece que todo o seu corpo foi criado para que pudesse suportar esse poder, não apenas isso, sua energia é autossustentável, ou seja, você não precisa recarregar, porem precisa...bem...precisa dormir.

-Dormir? – perguntou à ruiva.

-Sim, diferente dos outros Lobos, você é incapaz de se desligar completamente, pois se fizesse isso, seus órgãos sintéticos morreriam – falou Ara – Mais em contra partida, se não reduzir seu processamento, eles também seriam prejudicados e eventualmente parariam de funcionar, então você precisa apenas apagar sua consciência por algum tempo, ou seja, você precisa dormir.

A ruiva assentiu levemente, sinalizando que havia entendo. Ara então bateu duas palmas e seguiu em direção a porta.

-Vem, vou te contar sobre Cytus – falou ela sorrindo.

Elesis pegou seu casaco e o colocou, pois era a única coisa que faltava para a ruiva vestir, rapidamente ela seguiu Ara corredor afora. Ara levou Elesis para uma grande sala, aonde haviam varias capsulas completamente negras, algumas das capsulas estavam acessas, sinalizando que estavam ligadas.

-Cytus inicialmente era um programa que permitia a nós Lobos vivenciarmos as memorias dos poucos humanos que existiam, e assim sentirmos emoções, porem não conseguíamos aprender as emoções, então só as vivenciávamos e quando acaba voltávamos para o nosso mundo sem cor. Mais com o passar do tempo, os humanos, mais especificamente seus cérebros começaram a se deteriorar, e já não podíamos mais ver suas memorias, sentir suas emoções – falou Ara – O primeiro Lobos que acordou, vendo que se as coisas continuassem do modo que seguiam, acabaríamos sem nenhum proposito e os humanos desapareceriam por completo, e sua existência seria esquecida com o tempo.

Ara parou de andar, parando na frente de uma capsula bem mais afastada das outras, não que houvessem muitos Lobos ali.

-Então baseado nas memorias de um humano ele modificou o programa, deixando-o de um modo que pudéssemos não apenas reviver, mais sim aprender as emoções, nos tornando mais humanos , porem as emoções são algo muito complexo, então elas foram compiladas em forma de musica– Ara falou isso e apertou um botão ao lado da capsula, fazendo a mesma se abrir, revelando uma poltrona estofada negra – Aqui é o primeiro nível, aonde você aprende as emoções mais básicas, conforme você joga e passa as musicas você pode ir para o nível dois.

Ara fez sinal para que Elesis se sentasse no aparelho, coisa que a ruiva fez sem questionar, a morena então pegou uma pequena coroa negra com ornamentos geométricos e entregou a Elesis, que colocou o equipamento.

-Cada uma das musicas possui dois níveis, quanto melhor você os fizer melhor vai entender os sentimentos, você só compreendera corretamente se passar os dois níveis – falou a morena sorrindo – Há um total de dezesseis níveis, sendo dez representados em números e seis em letras, a maioria só consegue chegar até os níveis de números, isso por que os níveis de letras são emoções mais difíceis de lidar.

Elesis assentiu positivamente, sinalizando que havia entendido.

-Ah! É mesmo, se você falhar em passar alguma das partes, não apenas não será capaz de compreender a emoção, como pode acabar compreendendo-a erroneamente e assim se tornando incapaz de aprender a emoção corretamente – falou Ara – Por tanto tenha cuidado. Por hora, apenas relaxe e deixe o programa fazer o trabalho dele – a morena deu uma pequena piscadela – E Boa sorte.

A capsula se fechou e a sua frente tudo se acendeu, logo uma interface se apresentação se fez a sua frente pedindo para que a ruiva tocasse em qualquer lugar, algo que Elesis fez sem questionar. Assim que tocou na tela a sua frente, o programa se iniciou, mostrando um pequeno tutorial.

No começo Elesis não entendia muito bem o que deveria fazer, porem após repetir o tutorial duas vezes, compreendeu bem o que deveria fazer e começou então a jogar. A primeira musica possuía letra, porem a ruiva não estava prestando muito a atenção, já que estava completamente focada em acertar as pequenas notas que apareciam a sua frente.

E enquanto jogava, Elesis perderá a noção do tempo, sentindo somente as emoções começarem a se apossar de seu corpo, eram emoções fracas, porem muito importantes e fundamentais.