Já era 6hrs da manhã, oque queria dizer que a minha colega de quarto já ia acordar.

Infelizmente as férias acabam hoje, que significa que teria de voltar ao colégio, com aquelas criaturas simpáticas que há nele.

– Pelo que vejo você não voltou a dormir, estou certa?- perguntou Cristee com a cara toda inchada.

–Não consegui você ronca muito- gargalhei-AAAUU! (ela me acertou com um travesseiro). Eu estava brincando tá! Na verdade depois daquele pesadelo não consegui pregar os olhos.

– Você tá um caco bela, acho que você deveria procurar a senhorita Jasmine, você anda meio abatida nesses últimos dias, estou realmente muito preocupada com você Ravenna( eita me chamou de Ravenna, a coisa ficou séria), você até parou de fazer suas travessuras- disse ela séria.

– Ah! Claro e oque é que vou dizer a ela? Com licença senhorita poderia ter um momento para mim?.. é que ultimamente eu não tenho dormido bem por conta de alguns pesadelos que venho tendo. Eu até imagino ela me dizendo– Senhorita Evans oque quer que eu faça? Que eu fique sentada ao lado de sua cama esperando que pegue no sono para não ter medo de ficar sozinha?- disse em tom de deboche.

– Você sabe que não vai ouvir isso dela, afinal você é a queridinha dela. Acho que você deve falar para ela que quer ter um acompanhamento de um psicólogo.

– Cristinne não estou ficando louca para essas coisas queridinha- disse indignada.

– Psicólogo não é coisa de loucos não sua boba, eu já me consultei com um e se você quer saber me senti bem melhor- disse ela enquanto se arrumava para o café.

– Viu oque eu disse? Coisa para loucos- ri e ela fez uma cara de ofendida. Mas acho que eu vou tentar.

Nisso alguém bateu na porta do nosso quarto. Pedi que entrasse, era a senhorita Jasmine.

– srta? Chegou em boa hora, Ravenna queria mesmo conversar contigo- disse Cristee me dedurando.

– Bom... oque queria falar comigo srta Evans?- perguntou a diretora do orfanato.

Eu meio sem jeito tentei encontrar as palavras certas para dizer que minha amiga achava que eu estava ficando louca.

– Não é muito importante, a srta queria alguma coisa?- perguntei desviando o assunto.

– Como vocês já sabem hoje é volta as aulas, e o material escolar de vocês estão lá em baixo, e a van que levará vocês para o colégio estará esperando por vocês lá em baixo as 9hrs. Peço que não se atrasem pois o transito não está muito bom por causa da chuva- assentimos.

– Então o que queria me dizer que não era muito importante bela?- disse a diretora me chamando na porta.

– Bem é que eu venho tendo uns pesadelos ultimamente e não consigo voltar a dormir, então Cristee sugeriu que deveria te falar e pedir para que eu visitasse um psicólogo- respondi.

–Olha o horário está meio apertado agora, será que poderia passar no meu escritório depois que voltar do colégio?-assenti- Muito bem então, ate mais tarde.

Jasmine foi para sua sala e nós descemos tomar café da manhã, e depois de arrumar o nosso material partimos para o colégio.

Narradora on.

O telefone do orfanato toca, era a diretora da escola das meninas.

– Como assim Ravenna brigou no colégio? Oque? Ela quebrou as janelas? Tudo bem vou a escola busca-la e assinar a expulsão. Chegarei antes de uma hora. Obrigado.

– Algum problema srta Jasmine?

Um velho apareceu do nada e Jasmine salta com o susto.

–Quer me matar do coração Alvo? Oque lhe traz aqui?

–Odiaria causar sua morte, então aceite meu pedido de desculpa... Vim para tratar de um assunto que creio que saiba do que se trata- disse ele pegando uma revista de tricô que avistou em cima da mesa- disse o velho.

– Sente-se por favor Alvo, quer alguma coisa? Chá? Um café expresso?

–Não eu estou bem, sem dizer que parece que esta com pressa. Algum problema?-perguntou o homem.

– Ravenna entrou em uma encrenca e agora foi expulsa do colégio- disse ela pensativa.

– Suponho que cheguei numa boa hora então...

–Como? Desculpa, não entendi.

– Bom como sabe daríamos uma escolha para a menina, precisamente quando ela completasse 11 anos. O que acontecera amanha.

– Pelas barbas de Merlim! Alvo, esqueci completamente. Sem contar que eu nem a preparei para isso- disse com uma expressão abalada.

– Sabe que ela precisa saber de sua história, vai chegar a hora que ela vai saber, e você deveria ter preparado ela, foi por isso que você foi incumbida para isso-disse ele calmamente analisando a revista de tricô.

– Você tem razão, me desculpe, é que varias coisas tem acontecido aqui no orfanato com a volta as aulas, meu tempo ficou conturbado. Alvo, talvez você possa me ajudar com a situação da Ravenna, ela disse que ultimamente vem tendo pesadelos e que não consegue dormir, e pelo que percebi, também não esta aprontando nenhuma de suas travessuras o que para mim é muito estranho, pois ela sempre esta aprontando uma.

– Tem com quem parecer. E onde eu entro nessa historia?

– Talvez você possa se passar por um psicólogo, com certeza ela acreditaria, você é ótimo com as palavras.

– Talvez de certo sim.

– Sabe Alvo, não me dei conta de como ela cresceu tão rápido. Ate parece que foi ontem mesmo que McGonagall trouxe a pequena para cá- disse ela um pouco amargurada.

– Criou um laço com a menina Jasmine?

– Acho que me identifico com a história dela. Perdi meus pais quando ainda era um bebe, e vim parar nesse orfanato do qual nunca sai- disse ela pensativa- Céus Alvo tenho que ir busca-la no colégio, assim você pode conversar com ela. Nos espere, e se sinta a vontade, voltarei logo- disse ela se despedindo as pressas.

RAVENA ON.

Meu deus, estou em uma enrascada a Srt Jasmine vai me matar...

Vi a diretora se aproximando com srt Jasmine e não pude deixar de ficar nervosa, não era a primeira vez de brigar no colégio, mas seria a minha primeira expulsão. Quando ela chegou perto de mim ela me olhou com uma expressão que parecia ser de pena, então me disse:

– Não precisava ter agredido a aluna, sabe disso Ravenna, já aviamos conversado sobre isso, imagino que se lembre.

– Me desculpe perdi a cabeça-disse de cabeça baixa.

– Bom... me espere aqui, vou assinar sua suspensão e logo poderemos ir. Preciso conversar com você-falou se afastando.

Em menos de 10min ela reaparece apressadamente e sem ter contato visual me chama para irmos embora, senti que ela estava meio abalada, o carro ficou com um silencio constrangedor até que ela quebrou esse silencio.

– O psicólogo já esta a sua espera no orfanato.

– Obrigada...

– Quer me dizer o que aconteceu no colégio?-perguntou ela

– Eu havia esquecido minha lancheira no orfanato e ela como de costume pega os lanches da turma da sala, ela foi pegar a lancheira de Cristee e depois quando ela ia pegar o meu ela disse ” Oque houve Evans? A mamãe não fez seu lanchinho hoje? A é tinha me esquecido, ela fugiu para não ver essa sua cara nojenta”, e os que estavam em volta riram de mim- disse olhando para a janela do carro.- eu não aguentei gritei com ela para que parasse os vidros das janelas se quebraram e ela começou a me chamar de aberração, foi nessa hora que perdi a linha e parti para cima dela- ela me olhou meio assustada.

– Não preciso dizer que você agiu mal, acho que você já tem idade o suficiente para saber o que é certo e o que é errado.

– Sim senhorita.

– Também não posso julgar sua impulsividade, já passei por isso acredite- arregalei os olhos quando ela disse isso, quem diria que uma mulher tão seria como ela já havia se metido em uma briga, então ela me contou um pouco de sua infância, como ela era parecida comigo...

– Senhorita Jasmine... – Sim Ravenna- respondeu ela.

– Sinto muito por ter perdido seus pais- ela deu um sorriso fraco e percebi que não deveria falar sobre esse assunto, nisso me veio na cabeça uma pergunta que eu nunca tinha feito, talvez por medo de ouvir a verdade. Então tomei coragem e perguntei:

– Senhorita, como vim parar aqui? Quer dizer, porque motivo meus pais não me quiseram mais?-ela parou o carro de repente e olhou para o banco de traz no qual eu me encontrava

– Ravenna nunca diga isso. Seus pais amavam vocês!- disse ela nervosa.

– Então q-quer dizer que... você os... os conheceu?- disse gaguejando e quando me dei conta os meus olhos já estavam marejando- E oque quer dizer com... Eles amavam vocês?

– Você não é filha única Ravenna, você tem um irmão, queria ter te contado isso antes. Pensei que você não estava preparada, mas acho que quem não estava preparada pra isso sou eu. Assim como eu não queria que ninguém me contasse como meus pais me deixaram. Sempre tive medo.

– Onde ele esta? Quero vê-lo.

– Compreendo, mas antes teremos mais a conversar.

– Pois então diga.

–Acho que não sou a pessoa certa para isso, no orfanato você terá a chance de perguntar qualquer coisa, mas não será eu que responderei a elas- assenti e em menos de 2min chegamos no orfanato.

Senhorita Jasmine disse para que eu levasse o material para o quarto e depois que eu fosse para seu escritório, e assim eu o fiz. Estava me encaminhando ao escritório perdida em meus pensamentos, e antes mesmo de bater na porta do escritório me pediram que entrasse.

Então avistei um velho senhor com longas barbas brancas com uma mescla de simpatia com uma feição admirada.

– Ravenna esse é Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore.

– Hm... Prazer senhor sou Ravenna Lilian Evans- confesso que fiquei espantada com o tamanho do nome dele, mais acho que eu já tinha mais com que me preocupar.

– O prazer é todo meu, senhorita Evans. Creio que já esta sabendo da existência de seu irmão?

– Você não é um psicólogo é?

– Na realidade não sou, mas temos muito a conversar. E digamos que a primeira coisa que eu vou dizer vai ser meio estranha- esperei atentamente ele dizer- Srt Evans você é uma bruxa!