– Onde eu estou?- não dava para ver nada, a não ser uma imensidão branca. Eu que antes estava caiada no chão agora estava sendo puxada dele.

– Oi meu pequeno lírio- disse uma mulher de cabelos ruivos e aquele olhar. Era minha mãe.

– Ma... mamãe?- ela assentiu e sorriu para mim, e em um salto á abracei- onde estamos?

– Aqui é uma vida infinita. Você salvou seu irmão da maldição da morte apontando a varinha para você mesma, você esta em um sono profundo, poderia ter morrido se não fosse seu colar.

– Como assim? Ele é um colar comum, não é? Fred me deu ele.

– Frederic, você sabia que quando eu batizei Fred, havia prometido a mão de minha primeira filha a ele?

– Não sabia, ele é muito especial sabe...

– Assim como o colar, ele disse que daria á alguém especial, a qual ele protegeria. Esse colar contem o fragmento da pedra filosofal. Foi por isso que você não morreu. Por mais que eu tenha lançado uma proteção em vocês ao me sacrificar, essa proteção só funcionaria se tentassem te matar, mas você fez um sacrifício, se não fosse o fragmento você morreria.

– Por que eu não estou aqui se eu não morri?

– Isso é oque costumamos chamar de experiência de morte, quando você tem um sono muito profundo e não reage, parece estar morta.

– Como volto? Quero saber como Harry esta.

– Ele esta bem, só acha que você morreu, isso é a única coisa que o atormenta. Na realidade atormenta a todos que te rodeiam. Você cresceu minha pequena. Acho que chegou sua hora de voltar.

– Quando eu vou te ver de novo mamãe?

– Nunca se sabe, mas espero que demore. Agora vá, seu irmão precisa de você- disse ela me abraçando- Eu te amo minha filha. Diga a seu irmão que eu o amo também.

– Também te amo mamãe, sim eu direi- antes mesmo de sair de seus braços, me senti cair. Senti meu corpo frio, abri os olhos e a imensidão branca havia sumido, agora estava uma noite fria e alguns pontos de luz no céu.

Varias pessoas em volta, algumas em silencio e outras chorando. Meu irmão estava estirado sobre meu corpo a chorar. Isso era um funeral, o meu funeral, e chegou a hora de eu acabar com esse choro todo.

– Eu disse que não se livraria de mim tão fácil, não disse?- falei baixo para que só ele ouvisse.

– Ravenna?- disse ele em um pulo se aproximando de meu rosto- mas como pode, isso é um delírio?

– Não, não era minha hora de morrer- saltei dei um abraço em Harry, a cena foi até que hilária quase ri, todos estavam assustados com aquela situação, se não fosse drástica pelo fato de eles pensarem que eu estava morta, eu riria muito.

Ouvi murmúrios dizendo que eu renasci, que eu não havia morrido, que eu estava fingindo...

– Ela esta viva, mas como?- disse Rony, ele e Hermione vieram me abraçar. Acho que foram para ter certeza de que não era uma miragem.

– Como pode estar viva? Você foi atingida por uma maldição da morte vinda de você mesma, nem...

– Nem a proteção que minha mãe lançou em sua morte bastaria para me deixar viva, pois eu havia escolhido morrer, ela me disse- disse interrompendo Hermione.

– Ela quem?

– A mamãe Harry, eu á vi. Vi quando eu ‘ morri’

– Mamãe? Você a viu?- disse ele me olhando como se eu estivesse maluca.

– Vi sim, ela disse que você precisava de mim, ela mandou dizer que te ama- escorreu-se lagrimas em seu rosto.

– Ravenna, vejo que venceu a morte- disse o diretor com um sorriso calmo- Seja bem vinda novamente. Tem alguns amigos que gostariam de vê-la.

– Srt Jasmine? Cristee?

– Que susto você nos deu Ravenna, oque eu havia dito sobre arrumar confusões?- disse srt Jasmine me dando um abraço materno.

– Me desculpa, mas dessa vez foi por uma causa justo.

– Você nos matou do coração bela- disse Cristee quase quebrando meus ossos.

– Diretor, ele retornou, Voldemort, ele queria a pedra- todos que estavam ali presentes se estremeceram ao ouvir esse nome.

– É, temia por isso.

– Era Quirrel, não era Snape, snape é inocente, aquele patético se aliou a ele em troca de poder...

– Harry já me contou srt Evans, acho melhor leva-la para a enfermaria.

– Estou me sentindo bem diretor. Só queria saber oque aconteceu depois que eu fiquei desacordada.

– É o seu direito, mas precisa ser examinada primeiro.

– Tudo bem. Rony onde esta Fred e Jorge?

– Jorge esta com Fred na enfermaria.

– Por... por que?

– Fred foi salvar vocês, e você sabe quem o machucou, é uma longa historia.

– Tenho que ir para enfermaria- sai correndo deixando para traz os que estavam no meu enterro.

Chegando lá me deparei com Jorge chorando ao lado do irmão. Andei silenciosamente até onde ele estava e toquei seu ombro.

– Sinto muito, eu não sei como ele escapou do meu feitiço de sono. Não queria que ele se machucasse- disse chorando com a cabeça baixa.

– Ra...Ravenna, você esta morta, isso é loucura- disse ele espantado.

– Não, eu poderia ter morrido, se não fosse por Fred.

– Você já estava morta quando ele chegou.

– Estava em uma semi morte. O colar que ele me deu, tinha um fragmento da pedra da ressurreição. Mas isso não importa agora, como ele esta?

– Quando Dumbledore e Snape Trouxeram vocês, ele já estava desacordado, e assim continua. E se ele morrer?

– Ele não vai morrer, ele vai ter que cumprir o prometido, ele não pode me deixar assim- as lagrimas deslizavam meu rosto.

– Que combinado?

Minha mãe cedeu minha mão em casamento a ele, quando o batizou- disse dando um sorriso fraco junto das lagrimas.

– Acho que ele não sabia disso, mas ficara muito contente quando souber. Ele gosta muito de você Ravenna.

– Ele sempre esteve comigo, nos piores e nos melhores momentos. Não suportaria que algo ruim acontecesse a ele. Ele é...tão importante para mim... você não sabe o quanto gosto dele Jorge- desabei a chorar, Jorge me abraçou e chorou também.

– Pode por favor tirar os braços da minha bela Jorge?- disse a voz fraca de Fred, me separei de Jorge e olhei para Fred- bela, pode repetir oque disse, por gentileza?

– Eu disse “Não sabe o quanto gosto de você”- disse abraçando ele com muito cuidado para não Machuca-lo.

– Fiquei com medo de que morresse- disse ele me abraçando forte sem se importar com as dores em seu corpo.

A porta se escancarou, nela apareceu um casal de ruivos, Rony, Hermione, Dumbledore, Harry e madame Pomfrey. Eu me afastei de Fred, o homem abraçou Jorge.

– Fred meu filho como esta?

– Só um pouco dolorido mamãe, nada demais. Pai, mãe essa é a Ravenna.

– Querida você esta viva?- disse a mulher chorando ao me abraçar.

– Sim senhora, sinto muito por Fred estar assim, eu não queria...

– Fred esta bem agora, isso que importa. Ele só quis fazer oque foi prometido quando sua mãe se tornou madrinha dele, ele tentou te proteger.

– Meu filho gosta muito de você srt Evans- disse o homem.

– E eu dele, senhor Weasley.

– Querida venha até aqui, preciso te examinar- disse a medi-bruxa.

– Com licença- ela me examinou e viu que estava bem.

– Harry oque aconteceu depois que eu desmaiei?

– Bom vou começar desde o momento que entrei naquela sala. Eu esperava ver Snape lá, tudo indicava ser ele. Quando entrei na sala Quirrel estava virado para o espelho, aparentemente falando sozinho. Disse que ele foi a melhor a escolha para Voldemort por não ser obvio quanto Snape...

– Eu disse que Snape não era do mal- falei para Harry com cara de deboche.

– Snape só queria nos proteger de Voldemort. Continuando, Quirrel começou a falar, não era comigo. Então ele me puxou para frente do espelho de ojesed e perguntou oque eu via nele. Eu vi a pedra no meu bolso, mas é claro menti. Ele desenrolou o turbante e Voldemort apareceu.

– Acho que essa parte pode pular eu já estava lá.

– Ótimo. Quando você tentou se sacrificar ele saiu do seu corpo para voltar no do Quirrel. Quando entrou no corpo dele, Quirrel me atacou. foi quando Fred apareceu pra nos resgatar, ele foi te ver e você parecia estar morta, e já não era o mesmo Fred que eu conhecia, ele parecia estar com sede de vingança e estava determinado a matar. Só não fez isso pois, Quirrel fez desmoronar sobre ele um pilar...

– Ele podia ter morrido-disse nervosa.

– Sim, podia Ravenna, foi sorte terem nos encontrado a tempo. Deixa eu terminar de contar agora... eu não sei como aconteceu mas quando ele voltou a me atacar, em gesto de me defender coloquei minhas mãos em frente ao meu rosto e ele começou a sei lá se queimar, e eu continuei até que Quirrel desapareceu. Um vulto negro passou por mim e desmaiei.

– Você acha que ele ainda esta por ai?

– Com certeza, ele saiu do corpo de Quirrel, acho que significa que ainda não acabou.

– Desculpem por atrapalhar, mas acho que deviam arrumar as suas bagagens de manha vocês partiram- disse Dumbledore, Harry saiu rumo ao seu dormitório.

– Sim senhor- fui até Fred que estava cercado pela família.

– Fred, eu queria agradecer por ter me salvado, você poderia ter morrido, e isso não seria legal, ainda temos muito para aprontar com Filch e muitas taças pra ganhar, sem falar em uma certa promessa que temos que cumprir. Certamente você não entendeu, mas quando embarcarmos eu conto.

– Esta bem, fico feliz por não ter morrido.

– Na realidade ela morreu um pouco sim Fred. Mas isso eu conto depois- disse Jorge.

– Bem, senhor e senhora Weasley, sinto muito por conhece-los nessa circunstancia tão infeliz, mas quero que saibam que foi um enorme prazer conhece-los.

– O prazer foi nosso Lira, desculpa é que era assim que chamávamos você quando bebe, pelas iniciais do segundo e do primeiro nome. E olha como esta agora.

– Acho que esta com o tempo apertado não é mocinha. Ficamos felizes por saber que esta viva. Foi um grande prazer revê-la. Esperamos você em nossa casa.

– Pode deixar senhor. Bom tenho que ir, acho que ainda nos vemos na estação, com licença- subi para o meu dormitório arrumei minhas coisas e me deitei um pouco para dormir.

...

– Ravenna vamos descer.

– Ah claro mione.

– Como esta se sentindo?

– Agora que tudo acabou melhor, só que ainda preocupada...

– Harry me disse que você acha que aquele que não deve ser nomeado ainda não morreu. Não se preocupe com isso agora, deixe para se preocupar quando isso acontecer, se acontecer.

– É, acho que você esta certa, vou me trocar, te encontro no salão- me vesti o mais rápido que pude, queria ver como estava Fred, quando abri a porta ele estava atrás dela.

– Oi, como você esta?

– Melhor agora senhor Weasley- disse apertando ele em um abraço- e você? Ia agora mesmo te ver.

– Estou bem. Rony me disse que você acordou no meio do seu funeral.

– Isso mesmo. Foi muito engraçado.

– VAMOS LOGO VOCES DOIS, JÁ VÃO DIZER QUEM GANHOU A TAÇA DAS CASAS- disse Olívio para nos dois.

Já no salão principal todos estavam em suas mesas. O diretor se levantou e deu seus sermões pelas regras quebradas. No final ganhamos a taça das casas, foi tirado vários pontos da Grifinória por causa de mim do meu irmão e amigos, mas por nossa bravura, amizade e lealdade, pontos a mais foram acrescentados.

Quando acabou o banquete voltamos aos dormitórios para pegar nossos pertences para podermos ir embora. Os monitores estavam pondo ordem no trem.

– Queria ir com você, mas infelizmente não posso.

– Sinto muito Harry, queria ficar sempre perto de você, mas fazer oque. Harry será que pode arrumar minhas coisas na mesma cabine de Fred por favor? Tenho que fazer um coisa.

– Claro, volta logo.

– Corri para as masmorras e antes de bater em uma das portas ela foi aberta. Era Snape.

– Oque quer senhorita Evans?

– Queria agradece-lo, por ter nos salvo. E pedir desculpas por meus amigos e por meu irmão, eles pensavam que você estava do lado de você sabe quem. Eu sei isso é ridículo, mas Quirrel armou para que todos pensassem isso enquanto você cuidava para que nada de mal nos acontecesse.

– Não fiz isso por vocês Evans, ele é muito perigoso para a sociedade.

– Eu sei. Bom... eu tenho que ir. Até mais professor- dei-lhe um abraço, parecia que ele nunca tinha experimentado um, estava imóvel, então sai correndo para o trem.

Jorge e Lino estavam dormindo na cabine e Fred estava acordado.

– Onde estava bela? Quase perdeu o trem.

– Fui fazer oque acho que ninguém fez, fui agradecer o professor Snape Fred.

– Eu não o vi no banquete, mas quando o ver eu agradecerei também.

– Como você saiu do sono que te lancei?

– Não sei, só lembro ter acordado com você me chamando, e fui atrás de você.

– Isso é estranho.

– Sabe Ravenna, quando eu fui para aquela sala e te vi estirada no chão daquela maneira... morta, foi como se o mundo já não existisse, a única coisa que me movia naquele momento era a raiva. Queria ter matado ele, para que você nunca mais sofresse.

– Nem sempre você vai me proteger, não quero que se arrisque de novo para que eu não morra. Se estou viva hoje Fred é pelo presente que me deu, ele tinha um pequeno fragmento da pedra filosofal.

– Isso me deixa muito feliz, eu não sabia, acho que nem mesmo os meus avos sabiam. Mas ele foi utilizado para voltar a vida quem é muito especial para mim.

– Sabia que você poderia ter morrido quando o pilar caiu em você? E isso seria uma pena porque eu poderia ter ficado viúva antes mesmo de me casar com você...

– Oi? Eu não entendi direito...

– Minha mãe concedeu a você a minha mão em casamento quando te batizou. Pergunte a sua mãe ela pode explicar a você.

– Sinto que temos uma ligação muito forte, de vidas passadas. Eu sei que vai parecer estranho, mas desde que ti vi aqui no trem pela primeira vez e te segurei em meus braços, senti que você e eu nunca mais seriamos os mesmos, senti que seriamos um só, eu gosto de você Ravenna e quando formos grandes quero que se case comigo.

– E eu claro, aceitarei desde já. Você é muito importante para mim, nunca me deixe por favor.

– Nunca- nossos rostos foram se aproximando e logo selamos os lábios- nosso primeiro beijo.

– Pelo menos com você estando acordado. Quando te enfeiticei pensei que nunca mais o veria, queria levar comigo um beijo seu, entao o roubei.

– Ficamos conversando o resto da viagem, quando chegamos na estação me despedi dos Weasley e da Hermione, passei o pilar com o Harry para o mundo trouxa e dei de cara com Jasmine que me esperava anciosa.

– Bom acho que só nos veremos em setembro- abracei-o com tanta força que parei logo por medo de te-lo machucado- eu te amo Harry, por favor se cuide.

– Também te amo Bela, até as aulas- meu irmão se encaminhou a três pessoas, o casal me olharam espantados, acho que viram a semelhança minha e de minha mãe.

– Como foi o ano bela?- perguntou a senhorita Jasmine.

– Melhor impossível.

Fomos embora para o orfanato. Espero que o tempo passe rápido, já estou com saudades de todos.

leiam em baixo 9dades

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v ( isso era para ser uma flexa kkk )