All that jazz escrita por BartoDHina


Capítulo 8
Talento




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No término da aula, o Felipe veio falar comigo, falou que o amigo contou sobre o que havia ocorrido na festa, eu ainda estava com raiva, por ele ter me convidado para eu ficar com o amigo dele, mas falei que apenas não queria ter ficado com o Fabio, o Felipe me convidou para dar uma volta naquela hora, já que tinha acabado a aula, mas recusei o convite e falei que poderia ficar para outra hora por que eu precisava ir. Confesso que fiquei contente com o convite, e que se não estivesse comprometida com o jazz, largaria tudo para sair com o Felipe, mas o pessoal da escola de jazz botou fé em mim, e não vou desperdiçar essa chance

Como meu coraçãozinho é mole e meus pensamentos decolam rápido, cheguei um pouco distraída na escola de jazz, pensando no Felipe junto comigo, mas logo que ouvi aquele ritmo, me fez passar pela cabeça que aqueles pensamentos eram fúteis, e que afinal, eram ilusões e que a fantasia não é melhor do que a realidade. A professora mandou que todos se alinhassem e se mantivessem a uma certa distância uns dos outros. A professora se direcionou diretamente para mim e perguntou:

Professora –Qual a primeira coisa que fazemos?

Eu não respondi com palavras, apenas comecei a fazer os alongamentos, ela fez um aceno com a cabeça e voltou para posição em que antes se encontrava, começamos a treinar, me ensinava os movimentos básicos. A aula acabou, assim que todos saíram, eu fiquei no salão, subi no palco, retirei o sapato e o casaco, arremessei aqueles empecilhos que dificultavam minha performance, me alonguei novamente, e comecei a treinar os movimentos que aprendi na aula e observando os outros alunos, além de me recordar de algumas coreografias do filme, e aquela música do início do filme, não saia da minha cabeça, e por isso lembrava da letra e do ritmo, comecei a cantar e fazer movimentos leves, de repente comecei a criar meus próprios movimentos, quando terminei de dançar e cantar, àquela hora em que se faz a pose final, escutei alguém bater palmas, assustada sai da pose, e direcionei o olhar para o palco, era Eduardo, que seguia seus passos dizendo:

Eduardo –Você tem talento, onde viu esses movimentos?

Eu –Ah, no filme CHICAGO...

Eduardo –Acho que não, me lembro bem das danças nesse filme, e não tem nenhum movimento como esse.

Eu –É não tem, eu acabei de improvisar...

Eduardo –Além tem talento para dançar, tem talento para criar movimentos? Minha professora realmente estava certa.

Eu –Obrigada.

Eduardo –A gente vai se reunir naquele clube de jazz, por que você não vem junto?

Eu –Desculpe, não posso.

Eduardo –Por que?

Eu –Tenho que ir.

Eduardo –Tem que ir? Pra onde?

Eu –Tenho que ir.

Eduardo –Só tenho que ir? Ok

Disse ele com um sorriso irônico no rosto, fiquei um pouco constrangida, não sabia ao certo se era por que achei que tinha sido um pouco rude ou se era por causa daquele sorriso que ele deu, que por acaso era bem bonito...

Enfim quando me virei para ir:

Eduardo –Eu gosto de mistério

Eu encarei ele por um tempo:

Eu –B-bom, até.

Eduardo –Uma coisa que gosto mais do que mistérios, é resolver mistérios.

Encarei ele por um tempo, não sabia que era possível olhar alguém nos olhos por tanto tempo seguido, enfim, consegui ir embora, com os pensamentos ocupados pelo igualmente enigmático Eduardo...


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