All that jazz escrita por BartoDHina


Capítulo 11
O grande show




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Está chegando o dia, de apresentarmos a peça, graças ao meu esforço e a ajuda do Eduardo, consegui o papel de Velma Kelly, eu ia dar o meu melhor não é sempre que uma oportunidade cai surge dessa forma.

No dia da apresentação, era muita emoção ao entrar naquele salão imenso, parecia quase um palácio, me conduziram até meu camarim, isso mesmo, como uma das atrizes principais, tinha um camarim só para mim, eu olhava as coisas, passava a mão na mobila, era sofisticada, com traços bem feitos, a penteadeira era delicada, me sentei para me olhar no espelho, quando vi meu reflexo, parecido com o da personagem, fiquei preocupada, era uma enorme responsabilidade a que eu carregava nos meus ombros, como fiquei muito nervosa eu recorri ao Eduardo, eu ficava andando de um lado para o outro enquanto ele me fitava, ele se levantou e agarrou minhas mãos, olhou em meus olhos, e disse que ia dar tudo certo, depois de olhar para aqueles olhos intensos, me acalmei, agradeci, e voltei ao meu camarim, me alonguei, e treinei alguns passos, agora estava confiante de que ia sair tudo bem, afinal, eu e o Eduardo trabalhamos duro para isso.

Fiz questão de fazer minha maquiagem, me vestir, e me dirigia para o palco, meu coração palpitava, comecei a sentir um calor imenso que fazia minha nuca ficar suada, mas quando me lembrei de mim e do Eduardo ensaiando, esqueci daquele monte de pessoas, que ali estavam sentadas, eu esperava que fosse diferente, mas agora isso não importa, o que importa é que vou dar o meu melhor...

Foi um sucesso, nos saímos muito bem, não houve erros, e houve muitos aplausos, não poderia estar mais feliz, na saída de palco todos da nossa escola de jazz, se reuniram deram as mãos e se curvaram diante do público, jogavam rosas vermelhas no palco, pipocava flashes da plateia, um grupo de jovens mais ousados elogiava a aparência das moças. Enfim eu e Eduardo íamos para o camarim, quando de repente veio uma comitiva, várias câmeras, microfones, perguntavam como nós nos sentíamos sendo a melhor apresentação do concurso, me deram um buque de rosas, e pediam que eu e Eduardo nos aproximássemos para que tirassem uma foto. No dia seguinte, acordei e fui para a cozinha, meus pais estavam eufóricos, seguravam o jornal, nele, na primeira página, estava falando sobre a escola de jazz vencedora do concurso, e dos atores que se destacaram na performance, e lá estava, a foto do Eduardo e eu.

Na escola todos vinham falar comigo, inclusive o Felipe, ele chegou um pouco sem graça e tentou puxar assunto:

Ele –Oi, é, era por isso que você sempre tava ocupada... É foi mal...

Eu –Que isso, não tem problema, acho que teria feito o mesmo.

Eu estava me reaproximando dele, estava desfrutando de novas coisas que adquiri, como a confiança em mim mesma, a coragem e independência, mas não sei se o fato de não ter ficado tão empolgada se deve a isso ou talvez porque... talvez porque não goste mais tanto dele, o jazz fez eu ver coisas que não via, e em vez de ficar paparicando o Felipe fui até o barzinho fiquei um tempo lá, estava sentindo falta de algo... Não de algo, de alguém, o Eduardo não estava por lá, como não tinha o número do telefone dele, fui até a escola de jazz, dançar me lembrava dele, e foi muito bom eu ter ido, porque ele estava lá, ele olhou para mim e deu um sorriso, cheguei perto, e subi no palco, ele me estendeu a mão, eu fiz o mesmo, comecei a cantar uma música, e fizemos uma coreografia improvisada que ficou maravilhosa, na pose final, paramos um de frente para o outro, ele estava com um joelho apoiado no chão, com as mãos em minha cintura, eu com minhas mãos em sua face, com os rostos muito próximos, não dava mais para resistir, se eu não tinha um sentimento romântico quanto á ele, com certeza eu sentia alguma atração. Ele rapidamente, ergueu o pescoço e me beijou, quando se afastou de um passo a diante, coloquei minhas mãos, uma em seu cabelo, a outra em seu pescoço, e o olhei nos olhos, ficamos assim por um tempo, até nos aproximarmos de novo, e começarmos a nos beijar novamente, quando aquietamos aquele fogo, nos sentamos na beira do palco, nos despedimos, quando ele estava para passar pela porta ele deu uma parada, olhou para mim, voltou e me beijou:

Ele –Amanhã, vai ser feriado, vai durar dois dias, você quer ir para minha casa?

Fiquei um pouco assustada com a rapidez, mas meus sentidos estavam dopados, pelos beijos dele, então decidi que ia ver com meus pais, eles provavelmente não iam deixar, a menos se eu não dissesse a verdade, eu realmente queria tentar estar com o Eduardo, não tem tanto problema assim, não estamos mais tão novos, e nos conhecemos a um tempo, não seria nada de mais... Eu acho.


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