All that jazz escrita por BartoDHina


Capítulo 10
O que realmente importa




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Depois das surpresas que eu tive com o jazz, eu estava bem alegre, só que uma coisa veio me atormentar e pisar na minha felicidade, o Felipe, eu fui para perto dele, tentar conversar:

Eu –Oi, você tá a fim de dar umas voltas? Hoje eu tô livre.

Ele –Hum... Não, eu tenho coisas mais importantes para fazer.

Eu fiquei com muita raiva, não porque ele me dispensou, mas a forma com que ele falou, nem pensei duas vezes e retruquei a grosseria:

Eu –Não é só porque eu não sai com você, que você tem o direito de falar assim.

Ele –Oxe garota se liga, se você meu deu o fora eu posso muito bem te dar também, não fica se achando especial.

Na hora eu fiquei com raiva, mas depois não dei tanta importância, se ele quer ser um idiota, eu vou deixar o caminho livre para ele ser, mas que seja longe de mim. Pela primeira vez na minha vida, deixei de me iludir com paixonites, não por alguma decepção do tipo; ele tem namorada, ou eu falar que gosto dele e ele me ignorar, mas sim pelo motivo de eu estar finalmente entendendo que sim, eu gosto e gostaria de ter um namorado, mas não é necessário ter isso pra ser feliz, não preciso de um par para dançar, porque, porque eu sei dançar sozinha. Então finalmente fui fazer algo útil, que era fazer o que me alegrava, sai com meus amigos, damos várias voltas, e depois passei na escola de jazz, mesmo que não dessem aula hoje, queria ver se estava aberto.

Não estava apenas aberto, como tinha alguém dançando no palco, ele era muito bom, dançava jazz divinamente, me aproximei e comecei a bater palma, para minha surpresa, não era qualquer um, era o Eduardo que igualmente surpreso olhou diretamente para mim:

Eu –Pelo visto não sou a única que dança sozinha.

Eduardo –É poise.

Ele, um pouco sem jeito começou a andar de um lado pro outro enquanto me aproximava:

Eduardo –A professora deixa a cópia da chave comigo, pra eu ensaiar.

Eu –Você gosta bastante de jazz também né? Ensaia quase todo dia, não é à toa que é o melhor.

Eduardo –A professora ficou bem animada com você, ela viu muito talento na sua dança, ela disse que você e eu somos os melhores da escola, até falou para dançarmos juntos.

Eu –Mas se somos os melhores não devemos dançar juntos, temos que dançar com outros pares para equilibrar a qualidade.

Eduardo –É, pode ser. Então se for assim, você tem que dançar comigo agora, se não nunca vamos dançar juntos.

Fiquei um pouco tímida, mas na minha dança não há espaço para a timidez, então subi no palco e começamos a dançar. Foi quando ouvimos passos, era a professora:

Professora –Vocês ficam esplêndidos juntos

Tentei convencer ela de que era melhor não dançarmos juntos para equilibrar, mas não teve papo:

Professora –Não ligo, vocês vão dançar juntos, ficam ótimos em par.

Eu e Eduardo nos olhamos, eu fiquei contente, ensaiar e dançar com o melhor da escola de jazz, ia aprimorar ainda mais minha dança.

Ensaiamos duro por dias, saiamos, agente se dava muito bem, ele tinha um olhar penetrante, era alto, bonito, não tinha o cabelo grande, era loiro com olhos azuis, conseguia ficar de boa, mas quando queria, conseguia muito bem me deixar sem graça.


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