Quem sabe então assim ? escrita por DCAlexanderRizzles


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi gente ...(hoje tô chateada por não ter conseguido ver RandI ao vivo ,sejam gentis comigo )
Eu sei que a maioria dos leitores são muito ansiosos,eu também sou ,mas eu costumo esperar mais de 2 semanas para que Um,sim,um único capítulo das histórias que acompanho pelo meu perfil de leitor,seja atualizado,então por mais que esteja demorando a acabar o sofrimento da Maura,pensem que pelo menos eu posto capítulos com intervalos de no máximo 24 horas e capítulos curtos ( o que me deixa insegura, mas com o eu não tenho tempo de ler histórias com mais de 2.000 palavras por capítulo ,penso que podem ter leitores aqui que disponham de tão pouco ou menos tempo que eu ) então talvez eu não seja tão mal assim ,enfim , divirtam-se ,ou ao menos peguem a aflição como algo positivo ...Ah , se por acaso alguém tiver tendo problemas pra entender , me relatem, vai ver na costura de novos capítulos eu me perdi , ou vai ver eu pontuei errado,eu estou sem o word,e a gente sabe que um ponto no lugar errado faz um estrago em qualquer história,podem ficar à vontade ao apontar os erros,seja nos comentários ou se preferirem ser mais discretos por mensagens privadas Beijos .



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Do outro lado da cidade, no apartamento de Jane, um silêncio ensurdecedor se estabelecia.

Tudo parecia conspirar para que os pensamentos de Jane fossem ouvidos em alto e bom som. Até a sempre tão bagunceira e escandalosa Joe Friday estava em silêncio aquela noite.

Como se soubesse o turbilhão de coisas que povoava a mente de sua dona.

Jane esquecia do mundo ao seu redor.

Tudo que conseguia era ouvir o som da voz e das sempre tão contagiosas gargalhadas de Maura que tinha por hábito ser algo que a deixava em paz, mas não agora, ouvir o sorriso de Maura, e sua voz em seus pensamentos só conseguiam atordoá-la ainda mais.

Ainda atordoada Jane decide que é hora de levantar do sofá onde tantas vezes sentara com Maura e ir ao banho.

Depois de muito esforço, pois parecia que seu corpo não respondia aos comandos de seu cérebro aquela noite, Jane enfim levanta-se, e deixando suas calejadas botas ali mesmo, segue pelo corredor mal iluminado que Maura sempre implicava.

Já no banheiro, porém já nua, pois Jane cultivava o péssimo hábito de se despir em seu quarto e só então seguir para o banho segurando, quando deveria ter a toalha envolvida em seu corpo.

Ela liga o chuveiro e deixa na temperatura que ela julga agradável para a ocasião, nem tão frio, nem tão quente, afinal ela sabia desde que Maura entrara em sua vida os malefícios de altas temperaturas, sobretudo por longos períodos, e ela sabia que nem toda preocupação que ela deveria ter com o planeta, mais um mérito de Maura aliás, aquele banho seria tudo, menos rápido.

Jane se coloca sob os jatos d’água, e mais uma vez a imagem de Maura vem à sua mente.

Ela sabe que precisa pôr um fim à esse tormento, mas mesmo assim, não encontra meios para tais resoluções.

Jane passa as mãos por seu rosto enquanto os jatos atingem em cheio sua face que está totalmente voltada para o chuveiro.

Jane pode jurar que o ar lhe faltara por muitas vezes ali, durante o banho, mas não lhe faltava de fato, era apenas seus sentimentos, suas dúvidas e receios a sufocando cada vez mais.

Ela encosta suas costas quentes na parede fria do box, o que causa um contraste de temperatura que a faz sentir enjoo, mas mesmo assim, ela permanece ali, parada.

Por mais que tenha tentado desde que chegara a seu apartamento, Jane não consegue e por fim, se entrega novamente à dor.

Ela perde as contas de quanto tempo se passou, tudo o que Jane pensava era em com o havia sido tola e covarde, todo esse tempo.

Sobretudo se sentia mal, sentia nojo de seu corpo, que agora lavava com força como se pudesse tirar dali, todo e qualquer resquício dos homens que passara por sua vida nessas últimas semanas, quando ela se viu obrigada a afirmar sua sexualidade. Não! Ela não fazia isso para que os outros a vissem como ela queria, ela fazia apenas para tentar dispersar as ideias que a faziam ver Maura de maneira diferente da qual devia.

Ela se recusava a ver a Jane que realmente era, a que estava completamente apaixonada, e que teve indícios de que era correspondida, mas que cega pelo medo, rejeitou todas as chances de se perder nos braços de quem ela sabia,à aquela altura que amava .

Jane se desfazia cada vez mais em lágrimas ao passo que percebia que por mais determinada que ela fosse em quase tudo em sua vida, ela se anulou totalmente quando o assunto que mais deveria ter sua determinação fora ignorado.

Ela amava Maura,sim , e muito, mas assim como sentiu naquela fatídica noite , do jogo decisivo do Red Sox , ela ainda tinha medo de dizer à todos ao seu redor , que ela estava apaixonada, aliás , que ela amava a melhor amiga, afinal , Jane nunca teve muita sorte no amor, mas também nunca teve medo de arriscar-se em novas paixões , em novas aventuras ,mas com Maura era diferente .

Ela sentia medo de não estar a altura da amiga, sentia medo de revelar seus reais sentimentos porque eles eram tão intensos,tão lascivos , tão reais , como ela nunca antes havia sentido por alguém.

No fundo seus instintos a fizeram manter a guarda, não deixando nunca seu emocional falar mais forte que o racional.

Ela sabia que a partir do momento que seus sentimentos fossem verbalizados, eles jamais poderiam voltar para onde sempre estivera antes.

E se Maura a rejeitasse? E se receber essa declaração de Jane a fizesse não a querer mais como amiga? E se ... e se, e se.....

Meu Deus! Mas e se , -Jane grita e em seguida com punhos fechados, socando a parede de vidro-em seguida – E se ... continua ela :

..Entre todas essas hipóteses existisse uma que tornasse possível nosso amor?

Agora era tarde! –Pensava ela

Depois de tanta relutância, insegurança, e estupidez da parte dela, certamente, sobretudo depois de ela não ter aparecido no jantar por medo,medo que que já estava se tornando um adjetivo para ela.Seu medo de encará-la , de ouvir de Maura todas as dores que ela a fez sentir nas últimas semanas, rejeitando-a, simplesmente por medo, quando tudo que ela mais queria era ter coragem pra deixar todo esse amor ser exposto.

Mais uma vez, Jane pensa nas inúmeras vezes nas últimas semanas, em que saiu,e muitas vezes entregou seu corpo aos prazeres da carne, deixando-o ser tocado , estudado , excitado por homens que agora a causava repulsa .

Todas as vezes que Jane se entregava à tais homens, era na verdade as mãos de Maura que ela imaginava ali, acariciando, percorrendo, e estudando cada detalhe de seu corpo.

Agora tudo fazia sentido, tudo se encaixava,Jane enfim percebe que sempre foi assim ,desde o dia em que ela teve certeza que nutria e sobretudo reprimia seus desejos por Maura , no entanto, somente quando estava ,nua , excitada e prestes a se perder de vez nos braços de Dean, aquilo ficou evidente para mais alguém além dela .Embora naquele momento , não tenha feito nenhum sentido.

Tudo o que Jane conseguia absorver dali era que pela primeira vez, um homem a deixava a ver navios, pela primeira vez, um homem resistiu ao seu corpo que costumava ser tentador sobretudo quando ela já havia o excitado, e estava visivelmente excitada por ele.

Não! Jane não via, mas Dean foi capaz de notar que era as mãos sempre delicadas e perfumadas de Maura ali, passeando, estudando e excitando cada centímetro de seu corpo, que ela queria.

E ele tinha razão em pensar isso, Jane havia o excitado, o provocado de maneira dominante como fizera, com um único objetivo, retardar, já que não podia dizer o motivo pelo qual queria na verdade evitar todo e qualquer contatos das mãos de Dean tocando a mais intimamente.

Sim, se ela pudesse voltar no tempo, ela não perguntaria a ele o motivo de ele a ter deixado ali, nua, excitada, no chão da cozinha, quando ela estava sim pronta para se entregar a ele, mesmo que o nome, os beijos e os toques que imaginava e a excitaram enquanto consumava o ato, não eram dele.

Sim, Jane diria a ele, com todas as letras, agora se tivesse oportunidade:

–Sim Dean.

Era o corpo quente e macio de Maura sobre o meu, que eu imaginava enquanto você, selvagemente cravava suas unhas nos meus seios, eram os lábios quentes e a respiração pesada dela que eu imaginava sentir no meu baixo ventre, era a língua dela passeando pela minha boca e pelo meu corpo que eu mais desejava naquele momento. Era a lembrança dela, era cheiro dela que me excitava naquele momento.

Era essa a resposta que ela deveria ter dado, em vez de ficar parada, sobre seus cotovelos, tentando entender quando Dean apenas dizia:

–“ Não sou eu quem você quer aí,entre suas pernas, despertando sabe-se lá quantos milhares de terminações nervosas ao tocá-la Jane ‘’........

[Não tenha medo de ser você ].....

Mas isso nunca aconteceu, ela era covarde, sim, ela ainda tinha medo, embora tudo fizesse sentido.

Ela continuava fazendo quem mais amava, sofrer.

Sofrer por achar que ela não correspondia aos seus sentimentos.

Jane se sentia péssima ao só agora notar, que Maura, diferente dela, sempre fez de tudo para que ela percebesse que ela estava disposta a assumir seu amor por ela.

Maura sempre deixava óbvio em gestos e em ações que não passaram despercebidas aos olhares de Frost e Korsack, mas aos delas, só se faziam visíveis agora.

Todo esse tempo, Jane ignorou os sinais nem sempre sutis.

Ela estava cega.

Ela idolatrava Maura sempre que podia, mostrava ao mundo o orgulho que tinha em tê-la ao seu lado, no entanto, fechou os olhos para o amor que ela sentia e mostrava ter por ela.

Jane nunca fora boa em dar a si o devido valor, e com Maura não era diferente, ela jamais imaginou que Maura, uma mulher decidida, determinada linda e realizada pudesse correspondê-la amorosamente, quando nunca , nenhuma mulher a fizera sentir tais desejos antes .

Ela decidiu calar-se diante seu medo, julgando Maura merecedora de alguém à sua altura.

E as consequências de seu medo , só se faziam claras agora,depois de tudo que acontecera nas últimas horas ....


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Notas finais do capítulo

Tá demorando , eu sei , mas eu tive que incorporar coisas que não pretendia ,fiz à pedido de vocês , e correndo severo risco de me perder totalmente nessas mudanças.De verdade ? Até sonhei com vocês me massacrando , e confesso que tô com medo .Tenham paciência comigo, afinal vcs assumiram os riscos que eu jamais imaginei que estivessem dispostos , e estiveram comigo nessa viagem por mares nunca navegados por mim.O carinho que tenho recebido de vocês e os pedidos para que a história continue está realmente me tirando o sono.Te vejo no próximo ?Ainda existe coragem pra isso ?