Divergentes escrita por PandaRadioativo


Capítulo 2
O Teste




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Narrado por Tobias Eaton

Me levantei da cama quando minha mãe, Evelyn, puxou as cortinas, revelando o sol.
– AH, NÃÃÃÃO! O SOL! ESTOU DERRETENDO!
– Tobias. - advertiu minha mãe.
– Que foi? - perguntei, dando de ombros.
– Tem uma garota te procurando lá em baixo.
– Ahn... Mãe, não consigo pensar direito. Eu já vou.
Ela revirou os olhos e saiu do quarto. Ouço ela gritar:
– Ele já vai descer!
E lá vem a resposta:
– Tudo bem! - droga. Era Tris. Eu tinha me esquecido do teste.
Coloquei uma roupa qualquer e desço as escadas correndo.
Abri a porta e vi os olhos castanhos dela me encarando.
– Desculpe. Esqueci do teste.
– Relaxa, não somos pontuais mesmo e... - seus olhos baixaram para minha camiseta do Bob Esponja.

– Ah, qual é! Acabei de acordar, Tris! Ela sorriu.

– Seu segredo está à salvo. Começamos a andar em direção ao galpão.

– Era sua mãe? - ela perguntou. -

Sim. Eu morava em Tóquio com meu pai. Ela arregalou os olhos para mim.

– E o que te traz à Vegas?

– Arranjei confusão com um carinha importante de lá. Então meu pai implorou para que eu voltasse. - ela deu mais um de seus meios sorrisos.

– Você já correu alguma vez?

– Não. Eu apenas assistia às corridas de Tóquio.

Ela assumiu uma expressão preocupada.

– Vamos precisar de alguém bom. - sussurrou.

– Porquê?

– Porquê vamos enfrentar a equipe do Toretto no fim do mês. E mesmo nossa equipe estando em maior número... Eles têm mais experiência com corrida. - ela disse, enquanto me encarava.

– Espere. - eu disse, parando de caminhar. - Toretto? Dominic Toretto?

– Esse mesmo. Conhece?

– Ah, sim. Teve seus quinze minutos de fama em Tóquio. - Ela riu.

– Só que aqui não é Tóquio, Tobias. - ela falou em um tom tão sombrio que me deixou arrepiado. - Se for correr, tem que ser bom.

– Eu posso ficar bom. - foi o que respondi.

– Vamos ver, Tobias Bob Esponja Eaton. - ela começou a rir, e aquela risada preencheu o ar.

[•••]

– É o seguinte. - disse Uriah. Entendi que ele era o segundo na linha de comando do grupo. Então, continuou:

– As regras são simples. Você fica com o Abnegação.

– Ah qual é! - respondi. Christina me encarou e percebi que ele não estava brincando.

– Nós ficamos com o Audácia. A ordem do teste será: Você e Christina. Depois você e eu. Você e Peter. E por fim, você e Beatrice.

O silêncio caiu entre todos e eu cheguei a pensar que câmeras iam surgir e todos gritariam: "Primeiro de Abril!" Mas as câmeras não vieram e eles não gritaram. Eu suspirei.

]- Vamos correr.

Beatrice abriu o portão do galpão. Entrei no Abnegação e girei a chave na ignição. O motor ganhou vida. Eu só havia dirigido nos videogames de Tóquio, mas isso aqui não era tão diferente. Christina ligou o Audácia. Tudo nele parecia ameaçador. Até a motorista.

– Aí, novato! - ela exclamou, já preparada para correr. - Vê se não destrói o carro, o.k? Tentei sorrir.

Ahn, claro.

Por um segundo, pensei que ela estivesse brincando sobre destruir o carro.

– A pista é simples e vale para todos os Desafios de hoje. E isso inclui o teste. Sairão daqui, Chicago. - calma, ainda estamos em Vegas, mas o nome do bairro é Chicago. Vai entender... – O percurso acaba no West Sally. Fiquei imaginando o que seria o West Sally.

– Preparar. - gritou Beatrice. Alguns segundos depois, Uriah gritou:

– Correr! - demorei uma fração de segundo para entender, mas Christina já estava pisando fundo no acelerador. O.k Tobias. Acalme-se. Acelerei também, mas perto do Audácia, isso aqui era um Hot Wheels. Minha velocidade aumentava e então era como se o mundo não existisse. Só eu, o carro e a pista. Emparelhei com Christina.

– Vou ganhar. - ameacei.

– Nunca! - ela riu. Então, acelerou mais. Eu acelerei também.

Vi que havia várias curvas seguidas no percurso.

– O que é o West Sally? - perguntei, emparelhando com ela de novo.

– Descubra, novato!

Fizemos uma curva fechada à direita, e ficamos fazendo curvas por pelo menos um quilômetro.

Eu já achava que nunca ia acabar o percurso, quando ao longe, vi um letreiro neon: WS

Só podia ser o tal lugar. Acelerei mais, e o carro pigarreou.

– Vamos lá garoto! - murmurei. Vê se não destrói o carro. Minha mente me lembrou.

Christina bateu no volante, frustrada. Estava ficando para trás. Eu estava ganhando. Derrapei na pista, parando em frente ao portão do West Sally, uma lanchonete simples.

– Sorte de novato. - disse Christina, saindo do carro. Ela apontou para a estrada. - Vamos ter que voltar agora, para o próximo desafio.

– Isso não tem lógica! Chegar até aqui para ter que voltar para lá e acabar voltando para cá de qualquer jeito? - ela deu de ombros.

– Somos Divergentes, não podemos ser controlados.

[...]

– O.k, novato. - disse Tris, entrando no Audácia e ligando o rádio. - Vamos ver se consegue ganhar essa.

Ela começou a cantar o refrão da música, e ela até que cantava bem. Daí ela aumentou o som até o máximo e aquela música entrou no meu cérebro. Pelo menos a janela estava abafando o som.

Mas como se lesse meus pensamentos, ela abriu a janela, deixando escapar o som abafado. Faça isso parar! gritou meu cérebro. O.k... Essa opção ainda não está disponível, meu amigo.

Narrado por Beatrice Prior

Música: Worth It, Fifith Harmony

E a corrida com o novato é ao som de Fifith Harmony. Prefiro Taylor Swift, mas o.k.

Liguei o Audácia e o Tobias fez o mesmo. Pelo menos ele não destruiu o carro igual a maioria. Pisei no acelerador, com Tobias ao meu encalço.

Acelero mais, deixando-o para trás. Ele emparelha comigo.

– Chama isso de correr? - Eu disse.

Ele nada respondeu, apenas acelerou. Ah não. Ele não ia ganhar assim. Acelerei, passando-o novamente.

Au revoir, Tobias.

– Você fala francês? - ele disse, aflito.

Non, monsieur Eaton. - eu ri, e diminuí a música.

Ah, meus ouvidos agradecem! - ele disse.

Vous êtes en retard. - murmurei. Ele fez uma cara de quem não entendeu nada.

– O quê?

– Você está ficando para trás!

Eu acelerei, deixando-o incrédulo. Ele não achou que ia ser fácil, achou?

Fiz algumas curvas, com Tobias perigosamente perto. Deixei que ele emparelhasse comigo.

– Vai chorar, novato? - ele parecia a ponto de explodir. - Não me diga que vai chorar! - repeti.

– Não. - ele disse, acelerando bruscamente. Isso me deixou momentâneamente atordoada. Eu não tive tempo de parar para pensar no que ele fizera, porque logo em seguida ele derrapou na pista, vitorioso.

Desliguei o rádio e saí do carro.

– Parabéns. - eu disse, enquanto ele saía do carro. - O.k... Você é o primeiro que entra no gruopo assim tão fácil.

Ele deu de ombros.

Vi o resto do pessoal vindo até nós, acelerando ameaçadoramente. Mas atrás deles, um carro prateado que não era o Abnegação.

Uriah botou a cabeça para fora e me lançou um olhar preocupado. Claro, alguém da equipe do toretto tinha resolvido arranjar confusão. Eles derraparam na pista, ao lado dos nossos carros, e o carro prateado parou de frente para nós.

A porta se abriu, e um salto agulha pousou no chão. Cara, quem dirige de salto agulha? A morena desceu do carro, colocou os óculos de sol como uma espécie de tiara e sorriu fingidamente.

– Olá, perdedores! - era Letty.

– O que faz aqui? - perguntei, dando um passo a frente.

Ahn... Não sei... Comer um hambúrguer no West Sally?

Ela apontou para a lanconete atrás de nós.

– Se liga! - disse Christina. - Você é um esqueleto humano! Se comer um hambúrguer você morre garota!

Letty tirou o srriso da cara.

– Espero que seus carros peguem fogo! - ela entrou no carro de novo e recolocou os óculos.

– Não tem problema! - eu gritei. - Desde que a gente fique vivo.

Eu sabia que aquela não era a melhor resposta, mas eu não consigo pensar em mais nada! Letty saiu de lá, nervosa.

Ahn... Alguém quer um hambúrguer? - tentou desesperadamente Peter.

– Não. - eu respondi. Christina recusou, e Uriah negou com a cabeça.

Ah, qual é! - disse Tobias. - Isso não é o fim do mundo. Vamos lá, eu pago os hamúrgueres!

Por fim, acabamos concordando e entramos no WS.

Ficamos lá por um bom tempo, conversando e tomando mil shake.

Eu não queria admitir, mas tinha medo dos truques de Toretto no fim do mês.

Mas... Tenho esperanças de vencer.


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