POV Jonay

A muito tempo atrás, eu era um simples garoto com uma vida que eu considerava feliz. Era eu, meus pais, Sofia e Mia, irmã de Sofia.

Eu me lembrava muito bem desse tempo: eu e meus pais adorávamos esportes radicais como paraquedismo, escalada, parapente, entre outras coisas. Era fantástico. Eu dividia a adrenalina com eles… com as pessoas que eu mais amava no mundo inteiro. Até que um dia isso acabou.

Fazia poucos dias que eu havia completado quatorze anos, meus pais tinham tido a ideia de fazer um fim de semana em família na Califórnia, eu adorei a ideia. Assim que chegamos na Califórnia, eles me falaram o verdadeiro motivo de termos ido para lá: iriamos ao Parque Nacional de Yosemite. O que esse local tem de tão especial? Ele tem a El Capitan, que é uma das montanhas de escalada mais famosas do mundo.

Estava tudo correndo bem, no Sábado, visitamos a Califórnia e descansamos bastante, e no Domingo, fomos escalar aquela montanha… e essa montanha foi o palco de uma das maiores catástrofes de toda a minha vida. Estávamos quase no topo, quando cabo de segurança rebentou e nós os três caímos no chão. Eu sobrevivi e recebi a notícia que passaria o resto de minha vida numa cadeira de rodas, já meus pais… Meus pais morreram… Fiquei destruído, chorei muito. Minha vida havia acabado apesar de eu estar vivo.

Subi por uma rua, do outro lado da montanha, até o topo da mesma. Eu tinha que saber o que fez aquele cabo rebentar ou até mesmo se soltar. Eles me disseram que não sabiam o que acontecera naquele local, não me restava mais nada ao não ser, eu procurar por pistas. Achei os cabos e, imediatamente, percebi que eles foram cortados.

Naquele momento eu jurei vingança contra quem cortou os cabos e não descansaria se eu não o fizesse. Ao parar para tentar achar uma explicação para alguém fazer isso com a gente e culpado, olhei para meu lado e lá tinha um cartão onde estava escrito “DiLaurentis Real Estate”.

“O que o cartão do negócio dos DiLaurentis estava fazendo no local do assassinato de meus pais?” eu me perguntava isso naquele momento. Depois foi só somar dois mais dois para descobrir o obvio: os DiLaurentis estavam envolvidos nesse incidente. Só não sabia o por quê.

Assim que voltei daquela que devia de ter sido uma viagem em família feliz, como eu não tinha mais nenhum parente vivo, alguns assistentes sociais tentaram me levar para um orfanato, mas os pais de Sofia e Mia me salvaram dessa e fiquei morando com eles.

Sofia me fez lhe explicar tudo o que tinha acontecido na Califórnia e eu o fiz. Lhe contei tudo, até mesmo sobre o cartão dos DiLaurentis. Eu lhe expliquei que tinha sede de vingança e que faria de tudo para os mandar para a cadeia, no entanto, ela me convenceu que não seria o melhor para mim, pois eu não tinha provas o suficiente.

Afinal, quem garantia ao tribunal que não era alguém que estava passando e que deixou cair aquele cartão? Além dos mais, não podiam fazer uma análise as impressões digitais, no havia nenhuma. Como eu sabia disso? Eu sabia porque quando eu peguei nele esteve estava completamente sujo, então eu tive que limpar e, por consequência, limpei todos os vestígios das impressões.

Mas eu não perdi só meus pais… Dois anos depois, eu perdi uma melhor amiga, uma irmã. Eu perdi Mia. Ela estava sendo ameaçada por uma pessoa, que se nominava “A”. “A” ameaçava contar um grande segredos de Mia, que nem eu nem Sofia fazíamos ideias. Um dia, Mia deixou as ameaças para lá e não quis mais saber delas. Esse foi o pior erro da vida dela. O que aconteceu? Dois dias depois que ela tomou essa decisão de fazer de conta que “A” não existia, Mia foi encontrava morta no meio do mato e seu segredo veio a tona. Eu fiquei chocado com esse segredo, assim como Sofia. Não que fosse eu segredo mal, ficamos chocados porque Mia nunca nos havia dito nada, nem nos feito suspeitar de nada. Qual era o segredo? Era que assim que Mia nasceu, os pais de Sofia e Mia trocaram o sexo dela. Mia era um garoto na realidade e, aparentemente, “A” sabia disso. Eu não conseguia entender o por quê dela nunca ter contado isso para nós. Se fosse medo de não aceitarmos ela, definitivamente ela não nos conhecia. Mas dessa vez eu e Sofia queríamos vingança, e ninguém pararia a gente até conseguirmos chegar no nosso objetivo.

Mais dois anos depois, eu e ela ainda tentávamos achar um jeito de nos vingarmos de “A”, até que descobrimos que, em Rosewood, mais cinco garotas de dezassete à dezoito anos, entre elas, Alison DiLaurentis, também eram vítimas de “A”. Estudamos um pouco cada uma das garotas e assim que terminamos, Sofia deu um jeito de se infiltrar no tal A- Team para se aproximar e acabar com “A”, já eu me mudei para Rosewood para me aproximar das delas.

Assim que chegamos em Rosewood, eu decidi acabar com um amor secreto que eu tinha por Sofia e me declarei a ela. Ela correspondeu a meus sentimentos e nos beijamos, dando início a uma relação. Eu nunca imaginaria que alguns dias depois disso, eu perderia Sofia também.

Eu perdi todo o mundo que eu considerava importante para mim, mas eu podia dar uma chance a essas cinco garotas de não perderem mais ninguém. Mesmo eu achasse que a família de Alison tinha algo haver com a morte de meus pais, eu não queria que ninguém ali perdesse quem era importante para eles.

Eu não sei como, mas temos de arranjar um jeito de travar “A”, sem machucar ninguém que não faz parte disso. E teríamos que fazer isso rápido.